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diato, e commodo regresso: quando não, ficareis responsavel a Deus, a ElRei, a mim, e ao amigo e novo mundo pelos deploraveis resultados, e funestissimas consequencias da vossa desobediencia. Escrita no palacio do Rio de Janeiro em 15 de Junho de 1822. Principe Regente. - Joaquim de Oliveira Alvares. - Para Ignacio Luiz Madeira de Mello.

Amigos Bahianos.

O meu amor ao Brazil, e desejo de vos felicitar me chamão, e a vós vos convidão a seguirdes o mesmo trilho de vossos irmãos Brazileiros.
Os sacrifícios por mim de bom grado feitos, em honra do grande Brazil, e a verdade que rege o meu coração me instão a dizer-vos: Bahianos, he tempo... sim, he tempo de seguir entre vós a honra, (devisa do Brazil), desterrar o medo, e fazer apparecer o valor, e intrepidez dos invictos e immortaes Camarães.
Vós sois doceis, candidos, e francos, a prova he terdes vos entregado nas mãos de facciosos sectarios de outros, no dia 10 de Fevereiro de 1821, em que os estragos, e insultos que hoje soffreis começárão: (lancemos sobre isto um véo, todos fomos enganados) nós já conhecemos o erro, e nos emendamos, vós o conheceis agora, cumpre para não serdes traidores á patria, fazer o mesmo.
Vós sedes a marcha gloriosa das provincias coligados, vós querereis tomar parte nella, mas estais aterrados pelos invasores: recobrai animo.
Sabei que as tropas commandadas pelo infame Madeira, são susceptiveis de igual terror: haja coragem, haja calor.
Os honrados Brazileiros preferem a morte á escravidão, vós não sois menos; tombem o devia fazer para comnosco entoardes vivas á independencia moderada do Brazil, ao nocco bom e amavel Monarca ElRei o Senhor D. João VI, e á nossa assembléa geral e legislativa do reino do Brazil. 17 de Junho de 1822. - Principe Regente.
Presidente, e Deputados da Junta Provisoria do Governo da Bahia, Amigos, eu o Principe Regente vos envio muito saudar. Desejando pôr a salvo os habitantes dessa provincia dos gravissimos males que tem soffrido, e que hão de continuar a soffrer em quanto ahi existirem os que delles forão causa; derijo agora ao brigadeiro Ignacio Luiz Madeira a carta regia inclusa por copia, para que immediatamente se recolha a Portugal com a tropa que dali veio, tomando eu sobre mim a responsabilidade desta urgentissima, e indispensavel providencia. Recommendo-vos que empregueis o maior zelo e patriotismo no fiel cumprimento desta minha real ordem; aprontando sem demora tudo que for necessario para o commodo regresso da tropa; tomando todas as medidas para que não haja alguma reacção dos diversos partidos, que trabalhareis por conciliar, e reprimir; e fazendo constar a toda essa provincia o muito que me magoárão as suas desgraças, bem como os ardentissimos desejos que tenho de remedialas, e de cooperar com todas as minhas forças, para que este tão rico, tão grande, e abençoado Reino do Brazil (conhecido só nas cartas geograficas por alguns que sobre elle legislárão!) venha a ser em breve tempo um dos Reinos constitucionaes mais felizes do mundo. Escrita no Palacio do Rei de Janeiro em 15 de Junho de 1822. - Principe Regente. - José Bonifacio de Andrada e Silva. - Para o Presidente, e Deputados da Junta Provisória do Governo da Bahia.
Depois de lidas as cartas, mandárão-se restituir com os documentos ao Governo; ficando de tudo copia para se imprimir, e remetter á Commissão de negocios politicos do Brazil.
Mencionou-se outro officio do Ministro dos negocios da guerra, com o mappa demonstrativo das casualidades que tem tido a força do exercito, durante o 1.º semestre do corrente anno, e algumas reflexões sobre este objecto, que se mandou para a Commissão militar.
Leu mais o Sr. Secretario o seguinte

OFFICIO.

IIlustrissimo e Excellentissimo Senhor - Tenho a honra de remetter a Vossa Exca., para ser presente ao soberano Congresso, os dois officios inclusos, com os documentos que os acompanhão, datados de 7 e 9 de Julho do presente anno, remettidos pelo Governador das armas da provincia da Bahia, Ignacio Luiz Madeira de Mello, em que expõe os ultimos acontecimentos daquella provincia.
Deus guarde a V. Exca. Palacio de Queluz em 26 de Agosto de 1822. - Illustrissimo e excellentissimo Sr. João Baptista Felgueiras. - Candido José Xavier.

Primeiro officio.

Senhor. - A revolução do Brazil tem dado ultimamente grandes pastos; porém a sabedoria de Vossa Magestade opporá um dique a esta torrente de males, e o Brazil tornará ao estado em que nos convem que elle esteja. No dia 3 de Junho promulgou Sua Alteia o Príncipe Real um decreto, em que manda convocar no Brazil uma assembléa geral legislativa e constituinte, composta de Deputados das provincias deste Reino. Nas copias numeros 1, 2, 3, 4, 5, e 6, poderá Vossa Magestade ver tudo o que a este respeito se passou. No dia 1.º de Junho proclamou-se em Pernambuco a regencia de Sua Alteia Real, segundo Vossa Magestade verá no impresso n.º 7. O mesmo te teria feito em toda esta provincia, se aqui não estivera a tropa de Portugal: entretanto, como ella he em pequeno numero, e não póde acudir a qualquer parte tem comprometter a segurança da cidade, que he o que mais interessa conservar, foi a sedição fazendo progressos pelo Reconcavo, e ultimamente acclamou-se na Caxoeira no dia 25 de Junho a Sua Alteza o Principe Real, Regente e Perpetuo Defensor, e Protector do Reino do Brazil, e se instalou uma junta, a que chamão os facciosos daquelle districto - Junta interina conciliatoria, e de defeza. - Tem-se ali commettido toda a sorte de insultos contra os Europeos; atacarão e tomárão uma barca canhoeira, que

TOMO VII. Ff