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DIARIO DAS CORTES GERAES E EXTRAORDINARIAS DA NAÇÃO PORTUGUEZA.

NUM. 35.

Lisboa, 16 de Março de 1821.

SESSÃO DO DIA 15 DE MARÇO.

O SENHOR Vice-Presidente tomou a Presidencia, e leo huma Carta em que o senhor Presidente participava ao Congresso o seu impedimento por molestia, pedindo alguns dias de licença, que lhe foi unanimemente concedida.

Leo-se e approvou-se a Acta da Sessão antecedente.

Lerão-se as seguintes Cartas de felicitação, e prestação de homenagem ás Cortes, que se mandarão honrosamente mencionar:

CARTA PRIMEIRA.

O Juiz, Vereador, e Procurador da Camera da Cidade do Porto, altamente possuidos dos mesmos sentimentos, que no sempre fausto dia 24; de Agosto fizerão resoar naquella Cidade as primeiras vozes de z= Viva a Religião = Viva EIRey o Senhor D. João 6.º = Vivão as Cortes = e a Constituição, que ellas fizerem = vem em seu nome, e em nome da distincta porção de Cidadãos a que presidem, congratular o Soberano Congresso Nacional, de cuja Sabedoria, prudencia, e conhecido patriotismo a Nação confia, com o desterro dos males que a definhavão, o sello da sua Regeneração Politica.

Digne-se o Soberano Congresso de acceitar benigno esta demonstração do patriotico zelo que os anima, e continue o Ceo a prosperar suas tão arduas, quanto interessantes fadigas.

Porto em Camera de 10 de Março de 1821 - Miguel Martins de Deos Pereira Mello - José de Sousa e Mello - João Monteiro de Carvalho - Martinho Pinto de Miranda Montencgro - Henrique Carlos Freire de Andrade Coutinho Bandeira - Antonio José de Lima.

CARTA SEGUNDA.

Senhor = Logo que aqui legitimamente constou dos sempre memoraveis, e felizes acontecimentos dos dias 24 de Agosto, e 15 de Septembro do proximo preterito anno de 1820, nós, a Camara com o Clero, Nobreza, e Povo desta Villa de Lagoa, manifestámos aquellas demonstrações de satisfação, e regozijo, que em nós coube, e julgámos do nosso dever; protestando desde então a mais rigorosa obediencia ao Governo estabelecido, e a mais firme adhesão á Santa Causa da Nação: o documento, que junto offerecemos, assás mostra quaes forão naquella venturosa epocha os nossos protestos, e puros sentimentos.

Agora que felizmente já vemos erigido em grande parte o magestoso edificio da nossa regeneração politica, devido e entregue aos assiduos cuidados e esforços de V. Magestade, em quem tão dignamente se acha depositada a Soberania da Nação, confiamos por isso todos vêr esta mesma Nação engrandecida, e elevada ainda a maior gráo de esplendor do que já em outro tempo teve.

Em tal situação, Senhor, não podemos deixar de ser sensiveis, antes he do nosso dever hir á presença do Vossa Magestade tributar os devidos respeitos de gratidão, e homenagem; e como nos não seja possivel o fazello pessoalmente, supplicamos com a maior reverencia a V. Magestade se digne acceitar os cordiaes e sinseros protestos da nossa vassallagem, submissão, e fiel obediencia; lisongeando-nos muito por termos esta occasião para felicitar a V. Magestade na sua exaltação á Soberania.

Protestamos a V. Magestade que os nossos principaes cuidados serão sempre no mais exacto cumpri-

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