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ou particulares. O que V. Exc.ª levara ao conhecimento de Sua Magestade.
Deus grande a V. Exc. Paço das Cortes em 28 de Junho de 1822. - João Baptista Felgueiras.

Para Candido José Xavier

Illustrissimo e Excellentissimo Senhor. - As Cortes e Extraordinarias da Nação portugueza ordenão que lhes sejão transmitidas as informações necessarias sobre os fundamentos, e exemplos, que Pedro José de Macedo Tavares de Brito, primeiro guarda fiscal das quarentenas do lazareto de Lisboa, allega no requerimento incluso para se prover a sua existencia pelo mesmo modo que se tem praticado com os outros empregados daquella repartição. O que V. Exc.ª Levará ao conhecimento de Sua Magestade.
Deus guarde a V Exc.ª Paço das Cortes em 28 de Junho de 1822. - João Baptista Felgueiras.

Redactor - Galvão.

SESSÃO DO 1.º DE JULHO.

Aberta a Sessão, sob a presidencia do Sr. Gouvêa Durão, leu-se a acta da sessão antecedente, e foi approvada.
O Sr. Secretario Felgueiras deu conta do expediente, mencionado os seguintes officios:
1.º Do Ministro dos negocios do reino, com varios documentos relativos á recusação, que o governo chinez fez, de admittir a renovação do trafico da companhia ingleza em Cantão, pelo motivo do assassinio de um chino, perpetrado pela tripulação da fragata britannica Topazio, os quaes documentos forão de Macão mandados pelo ouvidor Miguel de Arriaga Brum da Silveira, e servem de continuação aos mais que o mesmo Ministro dos negocios do reino em data de 22 do passado enviou ao soberano Congresso, sobre os negocios da Asia. Mandou-se á Commissão de Ultramar.
2.º Do mesmo Ministro, com um requerimento de Heliodoro Jacinto de Araujo Carneiro, e consulta a elle annexa da junta da fazenda da universidade de Coimbra, ácerca do pagamento de uma pensão de 800$000 réis. Mandou-se á Commissão de fazenda.
3.º Do Ministro da fazenda em additamento a outro de data de 19 do passado, como parte da execução da ordem das Cortes de 8 do mesmo mez, com uma relação dos bens nacionaes, vendidos em conformidade do decreto de 25 de Abril do anno proximos passado. Mandou-se á Commissão de fazenda.
4.º Do Ministro da guerra, remettendo os mappas da força dos corpos da exercito, referido ao 1.º dia do mez passado. Mandou-se á Commissão de guerra.
Fez-se menção honrosa de um felicitação da camara de Barcellos, pelo descobrimento da conspiração tramada contra a ordem publica e systema adoptado pela Nação: de outra por igual motivo da camara da villa de Viana do Minho; de outra da camara da cidade de Pinhel: de outra dos magistrados, camara e povo da villa de Santarem; de outra da camara de Setubal; de outra do governador e officiaes do estado maior da praça de Abrantes.
Ouvirão-se com agrado as felicitaçõwes do juiz de fóra e cidadãos da villa de Alfubeira; do coronel governador da praça de Lagos; do vigario da igreja de Paião, termo da villa da Figueira, em seu nome e do povo da sua freguezia; e a repetição de felicitação que ao soberano Congresso fez José Antonio de Madureira, reitor de Moreiras no arcebispado de Braga, acompanhando-a com a copia de uma homilia politica e moral sobre o novo regimento constitucional, a qual por muitas vezes tem recitado aos povos.
Passou á Commissão de guerra uma memoria de Manoel Bruno Pister de Andrade, vigario de Paião, sobre a marcha dos recrutamentos para uma e outra linha do exercito: e á Commissão de petições um requerimento dos povos dos concelhos da Terra Velha e Terra nova, na freguesia de Paião, termo da Figueira.
Concederão-se ao Sr. deputado Leite Lobo vinte dias de licença para fazer uso dos banhos das Caldas.
Renovou-se ao Sr. deputado Faria a licença de um mez para tratar da sua saude.
Feita a chamada, achárão presentes 125 Deputados, faltando com licença os Srs. Moraes Pimentel, Ribeiro da Costa, Pereira do Carmo, Sepulveda, Rodrigues de Macedo, Ledo, Borges de Barros, Aguiar Pires, Lyra, Leite Lobo, Braamcamp, Queiroga, Pinto de magalhães, Rosa, Faria, Sousa e Almeida, Ribeiro Telles, Silva Corrêa: e sem causa reconecida os Srs. Arcebispo da Bahia, lemos Brandão, Zefyrino dos Santos.
Passando-se á ordem do dia, continuou a discussão o parecer da Comissão especial, ácerca dos negocios politicos do Brazil. A este respeito disse
O Sr. Serpa Machado: - Sr. Presidente, quando se trata dos negocios politicos do Brazil são tantos os objectos que distraem a nossa attenção, que he bem difficultoso o regular de tal maneira a discussão, que tratemos em primeiro lugar dos pontos que são mais ou menos importantes. Eu farei por contrair a questão que se tem tratado nos dias antecedentes a tres pontos: 1.º o conhecimento da existencia dos males politicos do Brazil: 2.º os remedios que se lhes devem applicar: e 3.º os autores desses males. Se nos transtornando a ordem porque devem ser tratados estes pontos, começarmos a falar do remedio sem nos certificarmos da existencia do mal, e bem o conhecimento; ou tratarmos dos seus autores, em vez de applicar primeiro o remedio, seguir-se-há que o mal se aggravará, e que o remedio, por tardio, será innutil; e por isso he muito importante o guardar a ordem na discussão destes pontos, como se acha estabelecida. Em quanto á importancia do mal elle he assás conhecimento, e se póde dizer que no Brazil não há leis, nem gover-