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Deos guarde a V. Exa. muitos annos, Villa do Bispo 25 de Março de 1821. - Exmo. Senhor João Baptista Felgueiras. - Joaquim José Francisco e Costa, Juiz Ordinario - Filippe de Cintra de Almeida, Juiz Ordinario - Francisco Dias Leal, Vereador - Theodosio Brabo, Vereador - Fernandes Annes Corrêa - José Lucio - Joaquim Rosado, Escrivão da Camera.

TERCEIRA.

Senhor. = A Camera da Villa de Porto de Mos tem a honra de saudar a V. M. pela feliz inauguração das Cortes Geraes, Extraordinarias, e Constituintes da Nação Portugueza, prestando-se com respeitosa obediencia, e maximo prazer ás moções que possão ser deliberadas por hum tão sabio, e imparcial Congresso como as que já hão emmanado, e nem cessai á de agradecer ao Todo-Poderoso tão acertada escolha, practicando tudo que possa concorrer para a consolidação da nova Regeneração da nossa Patria, como fiel Executora do Soberano Congresso a quem Deos guarde por mil annos. Porto de Mos em Camera de 39 de Março de 1821. - O Juiz de Fora, Francisco de Mendonça Granado Castro e Lemos - O Veriador primeiro, Houorato da Cunha Pinto do Rego - O Veriador secundo, Aniceto Manoel Lopes Salgueiro - O Veriador, Francisco Joaquim Chaves de Sousa Amado - O Procurador do Concelho, Manoel Ramos Semaria - O Escrivão da Camera, Januario Duarte.

QUARTA.

Illmo. e Exmo. Senhor. = As Cameras de Castro Marim, Villa Real, e Tavira, me encarregarão de transmitir a V. Exa. para serem prementes ao Congresso Nacional, ns Cartas de felicitação em que por si, e em nome dos Povos, que representão, julgarão dever exprimir os seus agradecimentos, por tão heroicos, e bem sorteados esforços, como aquelles, e com que a sabedoria do mesmo Augusto Congresso organizou, e cimentou as Bases de nossa Regeneração Politica.

Ao passo que satisfaço tão lisongeira, e honrosa incumbencia tomo a liberdade de misturar nella, como perfeitamente iguaes os meus sentimentos de admiração, e reconhecimento ante os Dignos Depositarios da Magestade, e Soberania Nacional, accrescentando os votos da mais pura obediencia, profundo respeito, e inalteravel dedicação.

Deos guarde a V. Exa. Faro 20 de Março de 1821. - Illmo. e Exmo. Senhor Manoel Fernandes Thomaz, Deputado e Presidente do Congresso Nacional. - O Provedor do Algarve, João Anastacio de Carvalhosa Henriques.

QUINTA.

Illustrissimos e Excellentissimos Senhores Presidente e mais Deputados do Congresso Nacional. = A identidade de principios liberaes, e regeneradores, que illustrão com a vossa a nossa fé, nos impõe hoje o sagrado dever de congratular-nos no testimunho de nossa conformidade, e cooperação.

O Deos Clemente, e Soffredor levantado do somno de sua paciencia, corre ao nosso encontro na invencivel fortaleza de seu braço, para nos trazer ao caminho da prosperidade, donde nos havião extraviado as paixões desordenadas, e parciaes, escolho universal de todos os Imperios.

Aos silenciosos gemidos da oppressão, succederão os prazeres, e jubilos, que inundão nossos corações: a revolução de noventa e dous, tão calamitosa aos Povos do nosso Planeta em seus mais proximos acontecimentos, vai-nos retribuindo com resultados mui differentes.

Foi preciso que em consequencia da mesma sahissem os dous Chefes da Peninsula, para que esta com liberdade promulgasse Constituições, que a salvassem: a injuriosa orfandade, e desamparo em que nos viamos, o labyrintho de nossos extravios politicos, arbitrados pelos Duplessius, Richeleus, Mazarinos, Colbertes, Pitis, e Pombaes dos ultimos Reinados, produzio o efficaz estimulo da emancipação legal, que occupa os Verdadeiros Filhos da Patria: no Imperio moral, como no fysico a reacção he consequencia da acção; esta tem premido sobre nós com força desorganizadora, e por muitos Seculos: a população, base do solido poder, era rasada nos Bosques do Brazil, Costas de Asia, e Africa: a incauta pregarão dos Alares do Sul, as proscripções dos Judeos, Mouros, e indigenas; a oppressão tyrannica da Inquisição, os desterros, os carceres perpetuos, os segredos, as forças, e garrotes com a universal emigração, era huma não pequena parte da Sciencia do Governo!!

Os homens Scientificos, sustentados pela Nação no dispendioso exercicio de seus estudos, cahião em obscuridade, e abandono, sem terem no decurso de sua vida liberdade, nem estimulo, que os conduzisse ao manifesto de seus principios, genios, observação, e experiencia, a que a Patria carecedora tinha justificados direitos, muitos destes se visão na precisão de emigrar, para embellecer Academias Estrangeiras com o fructo de seus trabalhos, digo talentos, em quanto os que ficarão para servir a sua Patria, encontravão no proprio merito obstaculo inseparavel para a elevação aos primeiros Cargos, pela maior parte conferidos a individuos, que por falta de educação, e luzes erão forçados a sacrificar o caracter, e dignidade de seus empregos.

O Exercito organizado dos Filhos da Patria arranjado dos Patrios lares, era repartido sem ser pago, pelo Brazil, para onde se enviarão pezadas contribuições mensaes; na guerra de caprichos, e falsos interesses, tão aturados como devoradores, achavão