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na verdade sem cousa que duvida ao proprio livro me reporto, que ficarem meu perder, e Cartorio. Em fé do que vai esta por mim escripta, conferida e concertada - Almodovar lã de Abril de 1821 = Manoel Marques Machado.

Senhor. = O Corregedor da Commarca, Juiz, Vereadores, e os demais Officiaes da Camera da Cidade de Penafiel, possuidos cada vez mais dos leaes e patrioticos sentimentos, com que nos dias consecutivos ao sempre memoravel de 24 de Agosto do anno passado fizerão resoar com o maior enthusisasmo as palavras = Viva ElRey, a sua Real Dynastia, a nossa Santa Religião, o Congresso Nacional, e a Constituição que este fizer; acabando ha pouco de firmar com solemne juramente aquillo mesmo que havião proclamado, vem hoje em seus nomes, e como Representantes da porção de Cidadãos, a que presidem, congratular o Augusto Congresso, cujos trabalhos manejados por hum saber sem par, lhes affiança não só a indissolubilidade do Pacto Social, que tão espontaneamente acaba de formar esta com a demais porção da Nação Portugueza, mas tambem que, Continuando o mesmo Augusto Congresso as suas beneficas e patentes providencias, bem de pressa desapparecerão de males é suas; origens, que tanto nos haviam anniquilado e aviltado, e que tornando-se esta magnanima Nação o que outr'ora fôra, bemdiga o dia em que deo impulso á sua Regeneração Politica, e aquelles Varões assignalados que tão corajosamente promovêrão, e sustentárão.

Permittão os Ceos abençoar as deliberações de tão sabio e Augusto Congresso, a quem protestamos nossa adhesão, e firme obediencia.

Deos guarde a V. Majestade. Penafiel em Camera de 11 de Abril de 1821. - O Corregedor e Provedor da Commarca, José Chaves Meirelles - O Juiz de Fóra, José Joaquim Ribeiro Cerqueira - O Vereador, José Pinto de Seabra e Miranda - O Vereador, Gaspar Teixeira da Sylveira - O Vereador, Antonio Joaquim Mendes de Sousa Moreira - O Procurador da Camera, José Antonio da Sylva Alves.

Quando a sabedoria da generosa Nação Portugueza se acha reunida, e desvelada em promover a felicidade de todos os individuos que a compõe, não merece ser taxado de temerario o Portuguez que vai enterromper tão gloriosas fadigas com o transporte do seu prazer.

Neste sentido o Cabido da Cathedral de Bragança não recea levar ao seio das Soberanas Cortes a expressão pura do seu jubilo, e testimunho da sua gratidão,- por ver não só começada, mas até tão avançada a obra portentosa da regeneração, que deve restituir tão nobre Nação não só aos seus direitos, mas tambem ao seu antigo esplendor, que a fez admirar, e respeitar em toda a Europa, e triumphar em todo o mundo. Mal graças pois, gloriosos Representantes da Nação! pela empreza inamoravel de revogar por leys sabias, e virtuosas o que ignorancia, e o vicio tinhão destruido! A Santa Religião livre de caprichos, que a enxovalhavão, e a sacrificavão, cobrará o respeito dos primitivos Seculos, porque o Envangelho morará nos Corações. Mil graças, sabias, e gloriosas Cortes; porque o valor militar patrimonio hereditario desta inclita Nação. Reanimado por vos já não mendigará nem disciplina, nem Chefe estrangeiro. Mil graças amaveis Pays da Patria! porque o ocio sonolento será substituido pela industria, a penuria pela abastança, e porque a Justiça tornará a habitar entre nós, e augmentará o monstro insaneravel da arbitrariedade, que devorara nossas Providencias. Mil graças Esclarecidas Cortes! O poderoso já não suffocará o humilde protegido pela ley, a propriedade não será vacillante; o lavor já não será o merecimento, nem o rancor no Juiz será a medida do crime no réo. O fabuloso Seculo d'ouro terá realidade entre nós, e Portugal resurgirá, qual Phenis das suas cinzas pelo sopro vivificador das sabias, esclarecidas, e zelosas Cortes Soberania, que são pios Constantinos para amparar a Igreja, sabios Theodostos, e Justinianos para legislar aos Povos, e invenciveis Cezares para lhe grangear victorias.

Prospere o Ceo tão vasto, e tão santo das Soberanas Cortes; são os votos do Cabido da Cathedral de Bragança. Viva ElRey D. João VI. Viva a Religião Catholica Romana, e Vivão as Cortes

Em Cabido 7 d'Abril de 1821. - Paulo Miguel Rodrigues de Moraes, Deão - Miguel Garcia Rodrigo, Arcediago de Mirandella - o Conego, Francisco Manoel de Moraes Azevedo - o Conego, Thomaz Machado Peixoto - Antonio Xavier da Veiga Cabral, da Camera Patriarchal, Vigario Geral, e Vigario Capitular - Melchior Luiz de Moraes, Chantre - Manoel Alvares Leal, Arcediago de Bragança.

Illmo. e Exmo. Senhor. - Não como Cidadão que com todo o afferro se adherio á causa da sua Patria, e que com igual a defenderá sempre; mas como Governador desta Praça assim em meu nome como em o de toda a guarnição, eu tenho a honra de felicitar o Augusto Congresso, protestando-lhe os nossos respeitos, obediencia, e os não equivocos desejos de sempre bem servir a causa de huma Nação, que tão dignamente se acha representada nas pessoas de V. Exa.: dignem-se pois V. Exas. de acolher benignamente os fervorosos e sinceros votos, que pelo bem geral da Nação, e particular do V. Exas. faz: toda esta guarnição.

E eu tenho Excellentissimos Senhores a mui distincta honra de saudar a V. Exas. Almeida 141 de Abril de 1821. - Illmos. e Exmos. Senhores Presidente, e Deputados das Cortes Geraes da Nação Portugueza. - Francisco Antonio Freire d'Andrada Pego, Brigadeiro, e Governador d'Almeida.