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quem Supremo Congresso, deve a Nação, devemos nós tantas venturas! He esta huma verdade mais que, quem sabida, huma questão, que descobre a mais curta esféra, o mais rude engenho. Sim he Vossa Magestade o nosso Bemfeitor, o que nos levanta do abysmo, e da sepultura. Quem por meio de novas Leys tão adequadas, de reformas, de Cortes tão necessarias, e sobre tudo por meio de huns principios de Constituição tão luminosos, tão sãos, tão proprios do homem civil, tão naturaes ha feito, e continúa a fazer a nossa dita. Mil graças pois vos sejão dadas por todo o homem: o Natural, e Estrangeiro vos bem diga, e louve; em quanto nós certos de tanto bem, e a elle gratos, confessamos reconhecidos nossa ventura, e tributamos assim reverentes a Vossa Magestade os nossos deveres. Ourem em Camera 12 de Abril de 1821. = O Corregedor da Comarca, Manoel da Fonceca Coelho - O Juiz de Fóra, Presidente, Antonio Gomes Ribeiro = O Vereador primeiro, Antonio Pereira Jorge. = O Vereador segundo, Vicente José Henriques de Oliveira Roza - O Vereador terceiro, Manoel Antonio Almeida = O Procurador, Joaquim da Silva de Frias.

Illmo. e Exmo. Senhor. = A Camera da Villa da Golgã por si, e como representante dos Habitantes della, e seu Termo; ao vêr publicadas as Bases da Constituição Portuguesa, do importantissimo, e Magestoso Edificio que ha de fazer a nossa felicidade, e a de todas as Gerações futuras, que devião por isso ser escriptas em Padrões de eterno memoria nos Lugares mais publicos dellas as Cidades, e Villas do Reyno; ao ver tantas, e, tão sabias reformas, devidas á profunda sabedoria, e incansaveis esforços do Augusto Congresso com que se tem segurado á Nação os Direitos de Cidadão, ateaqui suprimidos, e aposse de immenso beneficio; cheia de satisfação por tão mustos motivos, julga do seu mais grato dever felicitar esse Augusto Congresso, e tributar-lhe os mais sinceros, e constantes votos de firme adhesão á Santa Causa da Patria, que todos anhelarnos, protestando-lhe os mais puros sentimentos de homenagem, submissão, e respeito. Bem persuadida esta Camera nas iminentes virtudes, que caracterizão a Pessoa de V. Exa. toma a liberdade de pedir a V. Exa. queira expor ao Soberano Congresso este fiel testemunho, e sinceros votos pela felicidade geral da Nação, e pela conservarão, e prosperidade dos Illustres Membros, que compõem este Augusto Congresso de quem tanto a que la está pendente.

Deos guarde a V. Exa. Golgã em Camera de 6 de Abri de 1821. - O Juiz de Fóra Presidente, Antonio Manoel da Sylva Crespo - O Vereador, Eugenio Antonio de Gouvea - O Vereador, Antonio Rodrigues Gameiro - O Vereador, Adrião Augusto Farinha Melina - O Procurador, Joaquim José Correa.

Leo mais o mesmo senhor Secretario a segunda via do Officio dirigido ao Soberano Congresso pelo Governo Provisorio da Bahia. - e a seguinte

CARTA.

Senhor. = Quando no memoravel dia 15 de Septembro do anno proximo passado o Heroico, e sempre Leal Povo desta Capital, e o Corpo Militar que a guarnecia, se dignarão nomear-me hum dos Governadores que havião, designado para os reger, e dirigir na nobre empreza da nossa degeneração Politica; achava-me, Senhor, em hum estado de molestia tão grave, que me parecia quasi impossivel deixar de succumbir ao pezo enorme dos trabalhos que deverião carregar sobre os mesmos hombros fracos; mas, assim mesmo fazendo o mais voluntario sacrificio á Causa Publica, não só das pequenas forças que ainda me restavão, mas tambem de muitas, e mui importantes considerações, que me occorrêrão; despresando tudo, cuidei tão sómente, Senhor, em acudir ao clamor dos meus Concidadãos, e em servir a minha querida Patria na Causa Sagrada em que se havia empenhado com tal zelo, amor, e felicidade que me lisongeo de ter que nenhum Portuguez poderá duvidar do meu fiel serviço.

Porém, Senhor, ou seja por effeito das continuas, e mui violentas fadigas a que me tenho dado, pelo espaço de sette mexes consecutivos, ou por motivo dos acerbos, e vigiantissimos cuidados, que de mim tem sido inseparaveis durante este periodo; ou seja em fim por ambas estas causas juntas; he com tudo certissimo que as minhas forças physicas se tem consideravelmente abatido, que a minha saude soffre diariamente graves incommodos, e que até mesmo as minhas facilidades intellectuaes se tem debilitado muito, como era natural, com este tão continuado, como penoso, soffrimento.

Por isso, Senhor, aquelle mesmo interesse Patriotico, que me impellirão a encarregar-me da espinhosa tarefa, que atégora tenho satisfeito, assim como o acceitar o Lugar de Membro da Regencia do Reyno, de que V. Magestade foi servido encarregar-me, me servem agora de estimulos pungentes para confessar ingenuamente a V. Magestade, que não posso, nem devo continuar o exercicio daquelle importante lugar, por me faltarem para o seu activo, e fiel desempenho as forças physicas, e moraes que são indispensaveis.

Tal he, Senhor, o motivo justo, e racionavel porque sou obrigado a supplicas a V. Magestade haja por bem acceitar a minha demissão do Lugar de Membro da Regencia, que V. Magestade foi servido conferir-me, e permittir assim, que separado dos importantissimos negocios publicos, sobre que constantemente tenho vigiado, possa mais tranquilamente restabelecer a minha saude arruinada, e prolongar a minha existencia por alguns annos mais, e entrar no socego proprio da vida particular de hum Cidadão honrado, que saberá conservar até o ultimo dos seus dias, os mais fieis sentimentos pela gloria da sua Pátria, e pela completa ventura dos seus caros Concidadãos.

Confiado pois o Supplicante na justiça, e natural