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DIARIO DAS CORTES GERAES E EXTRAORDINARIAS DA NAÇÃO PORTUGUEZA.

NUM. 66.

Lisboa, 30 de Abril de 1821.

SESSÃO DO DIA 28 DE ABRIL.

O senhor Presidente abrio a Sessão: pedio licença para alterar a ordem, e dar campo a desinvolver-se o enthusiasmo e profundas emoções que agitão o coração de todos os Portuguezes pelas faustissimas noticias, hontem publicadas, de haver S. Magestade jurado a Constituição: disse que devia exprimir-se a lealdade, e reconhecimento ao melhor nos Monarchas; e, patente o Retraio do mesmo Senhor, prorompeo em vivas = a S. Magestade ElRey Constitucional - ao Principe Real - á Constituição - e á Nação Portugueza = Resoárão pelo Sallão, longamente repetidos, os vivas no Congresso e nas Tribunas com indizivel enthusiasmo.

O senhor Peixoto propoz que neste dia devião terminar todos os actos arbitrarios, e conseguintemente revogar-se o Decreto de amplidão de poderes conferidos á Regencia, porquanto havião cessado as extraordinarias circunstancias que o fazião necessario. Geralmente se accordou que não era este dia para tratar de similhantes assumptos.

O senhor Sarmento - Eu lembrei ha tempo que fosse huma Deputação deste Congiesso quem apresentasse a S. Magestade as Bases da Constituição: rogo, senhor Presidente, que V. Exca. proponha ao Soberano Congresso esta minha lembrança.

Deliberou-se que a Commissão da Constituição interpuzesse a este respeito o seu parecer.

O senhor Pimentel Maldonado. - A Expedição da Bahia já não deve realizar-se: acontece porem que em tempos duvidosos he offereceo o Barão de Quintella para fazer todas as despesas daquella Expedição: a qualidade do offerecimenio mostra o mais decidido patriotismo: desejo pois que esta Assemblea tome em consideração tão virtuoso offerecimento, e que se remunere com honras, porque o Baião de Quintella não precisa de outra remuneração. ( Apoyado, apoyado, apoyado.)

Determinou-se que do seu nome se fizesse honrosa menção.

O senhor Presidente propoz:

1.° Que immediatamente se deveria escrever a S. Magestade, participando-lhe o acolhimento de tão grata nova. - Assim se resolveo por acclamação geral.

2.° Que seria conveniente avisar a Regencia para que mandasse cantar o Te Deum em todas as Igrejas desta Cidade e Reyno. - Alguns dos senhores Deputados disserão que já se tinha dado essa mesma ordem.

O senhor Bettencourt - A Regencia mandou cantar o Te Deum em todas as Igrejas, e nós devemos tarnbem por este modo solemnizar este dia; porque quaerite primum regnum Dei, et justitiam ejus, di haec omnia adjicientur vobis. Eu fui testimunha de que o Conde de Sampayo ás duas horas da noite mandou aviso ao Secretario respectivo, para mandar as ordens ao Collegio Patriarchal para sé cantar hoje o Te Deum em todas as igrejas da Capital.

O senhor Couto - Seria justo que se cantasse na Capella deste Palacio, e que nós fossemos assistir - Foi geralmente apoyado, e approvddo.

Leo-se, e approvou-se a Acta da Sessão antecedente.

O senhor Pimentel Maldonado: - Em occasião tal, de tanto contentamento, parece que se deve ter contemplação com a Guarda que nos guarnece este recinto:. por tanto proponho que a Commissão dos Premios indique o modo por que o devemos fazer. (Apoyado, apoyado.)

O senhor Borges Carneiro. - Neste fausto dia em que crucialmente se nos annuncia que o nosso amado Rey, conhecendo em fim as ruinas que á Nação Portuguesa de ambos os Mundos e á verdadeira grandeza e gloria de sua augusta Pessoa e throno provinha da fatal adherencia dos Aulicos que o cercavão, teve as-