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desconfiança tinha sido de novo excitada, é esta desconfiança devia crescer todos as vezes que o imprudente governo nomeasse para governador das armas o mesmo homem que se tinha opposto ao regimen constitucional, e que linha mostrado uma terrivel inimizade aos povos da provincia; quanto ao que pretende o Sr. Miranda, oppor-me-hei; he preciso conhecer o caso; nós até agora não ouvimos senão o oppressor; he da natureza do homem depois de opprimir até calumniar as victimas; ouçamos as victimas, e depois de asouvirinos então decidiremos. Quaes são as providencias que póde dar o Governo? He obrar com pouca sisudeza, fazer despezas, abrir a brexa, e declarar a guerra entre irmãos, medidas precipitadas não podem trazer senão tristes effeitos, espere-se pois que venhão as partes dos officios, oução-se as victimas, e então mande-se isto ao Governo, antes disto opponho-me.

O Sr. Borges de Barros: - He sobre modo magoado que me levanto para falar. O mal está feito os illustres Preopinantes já disserão tudo quanto na Bahia tinha acontecido antes, he por tanto escusado falar mais sobre o passado. Eu me oppuz muito a que o coronel Madeira fosse para governador das armas, repeli isto muitas vezes, previa o mal, e busquei prevenilo. Sabia que Madeira não era bem visto na Bahia, que a sua nomeação não havia ser bem acceita, razões que expenderão os que antes de miai falarão, e eis em acção as desgraças que eu tanto temia. O que acaba de ler-se; bem se vê que não he mais que o boletim de uma campanha em que o brigadeiro Madeira foi o general, e depois do que se fez, pede mais tropa, que justamente he o que se não deve pedir, e sim providencias conciliadoras. O Sr. Guerreiro lembra que este negocio vá ao Governo, e eu digo que não vá ao Governo, pois que o Governo por ter nomeado aquelle general foi quem começou por um passo falso a desgraça que soffre aquelle paiz; não queiramos pois concorrer para que ella prosiga. Eu desejava que este negocio fosse aqui no Congresso com toda a madureza ponderado, aqui estão Deputados Europeos, e Deputados do Brazil, todos querem o bem geral, e cada una o bem particular da sua patria, tratemos todos deste negocio, que he de todos, e depois he que deve ir ao Governo. He o negocio do Brazil, he o negocio da Nação, e a nós he que em cousas de tanta monta pertence dirigilo, não se perca um só momento, seja o nosso primeiro cuidado, Srs., a tranquillidade, e a felicidade do Brazil.

O Sr. Pinto da França: - Este negocio he importante, he talvez dos de maior ponderação que tem apparecido neste Congresso, eu entrei tarde, e em consequencia da minha tardança não pude ouvir ler o officio dirigido pelo Governador das armas, e no entanto direi alguma cousa pelo que tenho ouvido, estes acontecimentos funestos, que vão desgraçar a minha patria, e a tem desgraçado já, segundo eu vejo, forão devidos a erros nascidos da falta do conhecimentos necessarios para tornar deliberação de tal natureza. Eu, e todos os meus Collegas Bahianos nos resentiosos assas quando vimos a nomeação do hoje Brigadeiro Madeira, para governar as armas da Bahia: recordo-me bem que em sessão na Commissão especial eu disse aos meus honrados Collegas, que o unico partido a tornar, e para se evitarem mata, que eu antevia, era remover o Brigadeiro Madeira, e a este respeito produzi razoes, que parecerão dignar de prazo; eu me lembrava de um homem para previnir os previstos males, o qual pela sua autoridade moralidade, e sou comportamento regular, podia provavelmente conservar a felicidade daquella provincia; porque devemos estar certos, que um homem irregular, immoral, e viciosa, ainda que uma vez faça uma cousa boa, não póde esperar-se delle a continuação de boas cousas: lembrava-me, dizia eu de um homem de um velho Marechal, o Marechal Asioucoli, e não devia obstar o ser reformado, pois que muitas vezes se tem empregado officiaes reformados; he verdade, que elle não poderá dirigir o exercito na sua frente; mas não era de acções de campanha que se tinha a tratar; he verdade que elle não teria aquella actividade, que pareceria necessaria, mas para supprir a uma, e outra cousa, se lhe podião dar bons ajudantes, e entretanto a boa gente da Bahia, que he a que nos deve regular, descançaria sobre a probidade deste homem, e verdadeiro, e bem entendido amor da Patria. Desta fórma evitava-se a concorrencia de Manoel Pedro é Madeira, cuja graduação era menor, ao menos na antiguidade. Não quero porem apoiar de maneira alguma a desobediencia daquelle, pois a devia mostrar exactissima, uma vez que o Governo nomeou o outro, mas trago isto para mostrar o cauteloso e prudente da minha lembrança. Não quer tambem por este meu discurso dizer, que o Governo deveria nomear Manoel Pedro em vez do Madeira, nem negar aquelle o que se lhe deve; se a revolução da Bahia he digna de todo o louvor, e se se deve louvar quem a effectuou, foi Manoel Pedro, tributem-se-lhe pois todos os louvores que merece. Foi então, e sabe-se o como Manoel Pedro foi elevado a brigadeiro, quando o Madeira era coronel; daqui póde verse que não he natural com o systema e ordem desobediencia, que uma patente superior passasse a obedecer de bom grado, ainda que era do dever da verdadeira obediencia o sugeitar-se: eis que, torno a repetir, porque seria bom ter-se nomeado outro Governador das armas; e por isto não increpo o Governo por deixar de nomear Manoel Pedro, e ainda que bem apegar meu entrarei em algumas cousas que não deixarião de ser ditas, e se bem não forão publicamente neste Congresso, fizerão-se publicas a quasi todos os seus Membros; Manoel Pedro, em quem recaiu o governo pela ordem, e antiguidade, em que se achava, disse-se que tinha a popularidade, e estima de certa parte do povo, mas não tinha a opinião, segura, e geral, nem a confiança de totalidade da provinda; a confiança deve ser a base das nomeações para um homem; em quem deve pôr-se os em pregoe, e talvez esta falta de a recear que o Governo das armas nas mãos de Manoel Pedro podaria produzir effeitos contrarios ao que todos desejamos, não seria da sua vontade, senado seu não saber, não seria do seu não saber, seria ás pessoas que e rodeavam, ou de certos venenos que estão espalhados; não increpa-