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suadir, e tal, e tal. Não he isso; he presiso fallar claramente; levão-se as Bases para que S. Magistade as jure.

O senhor Presidente. - As Bases não se lerão para ser juradas por S. Magistade a bordo, porqua hão de ser juradas no seio do Congresso.

O senhor Soares Franco. - E levão-se alem disso para que as lea e as conheça antes de jurallas.

O senhor Margiochi. - Mas eu parece-me ter ouvido que antes se dizia, que se levavão para que S. Magestade as jurasse a bordo.

O senhor Presidente. - Isso era então bem determinado; mas agora as circunstancias variarão, porque S. Magestade já as jurou no Brazil.

O senhor Castello Branco. - S. Magestade não deve pôr em terra o pé, sem ser Rey Constitucional; mas como jurou no Rio de Janeiro a Constituição que as Cortes fizerem, já he Rey Constitucional, e para pôr o ultimo sello ao seu juramento, deve ser na presença do Congresso Representante da Nação tão somente, e não devemos estar inutilmente multiplicando os juramentos. (Apoyado Apoyado.)

O senhor Pimentel Maldonado. - Parece-me que se deveria mudar no Regulamento, a palavra = prosperidade = e pôr em seu lugar = contentamento = porque a palavra = prosperidade = não he propria nesse lugar.

O senhor Soares Franco. - Prosperidade, se diz alli em rasão dos beneficios da Constituição.

O senhor Pimentel Maldonado. - Pois lea-se o artigo, e se verá que a palavra não he alli propriamente usada.

O senhor Presidente. - Para proceder em ordem vamos primeiro á moção de senhor Monteiro, e depois trataremos da do senhor Maldonado. Trata-se agora de saber qual será o numero de Deputados que hão de hir a bordo cumprimentar S. Magestade pela sua feliz chegada.

Doze, doze = disserão alguns senhores Deputados.

Poz-se a votos, e decidio-se que fosse este numero.

O senhor Freire. - Não me agrada nada o resto do §. Vejo nelle que se designão os termos de que se deve servir a Deputação, e isto não me parece proprio: julgo que se poderia perscindir de fazer no artigo similhante indicação: por tanto julgo que se podia supprimir o resto do artigo.

O senhor Peçanha. - Apoyo o parecer do Illustre Preopinante.

O senhor Presidente. - Os que approvão o parecer do senhor Freire, queirão ficar sentados.

O senhor Soares Franco. - He preciso notar que no artigo não se faz mais que indicar hum principio; mas não se diz o modo de o desinvolver. Entra de proposito dizer, por exemplo, a prosperidade da Nação nascida da Constituição; mas depois o Orador póde desinvolver esta idéa como quizer.

O senhor Sarmento. - Julgo que para poder fazer-se com mais decoro a arenga a S. Magestade, se devia indicar quem será o Membro que a hade fazer.

O senhor Presidente. - Quando se nomear a Commissão, então se designará o Orador.

O senhor Sarmento. - Mas parece-me que talvez seria bom que fosse o mais velho.

O senhor Pimentel Maldonado. - Isso deve deixar-se á escolha do senhor Presidente.

O mesmo repetirão muitos senhores Deputados.

O senhor Sarmento. - Creio que não se percebeo o que eu propuz: eu disse que dessa Deputação seria bom nomear já o que fizesse a arenga a S. Magestade.

O senhor Presidente. - Torno a dizer, que nomeada a Deputação, então se nomeará quem faça a arenga. Voltemos agora a nossa vista sobre o methodo de indicar os termos substanciaes da Oração.

O senhor Macedo. - Eu não acho inconveniente em que se marque o objecto a que hão de ser dirigidos esses termos.

O senhor Presidente. - Então proponho: os que approvão o artigo como se acha, salva a emenda feita no numero da Deputação, queirão deixar-se ficar sentados. Foi approvado.

O senhor Pimentel Maldonado. - Senhor Presidente, peço palavra. Tem-se approvado que exista no artigo a indicação sobre o objecto a que se hade dirigir o discurso; mas agora falta pôr a votos, se deve conservar-se a palavra = prosperidade?

O senhor Presidente mandou ler novamente o artigo.

Tornou a ler o senhor Secretario Freire.

O senhor Brito. - Effectivamente em vez da palavra = prosperidade = parece que fica melhor = satisfação =

O senhor Maldonado. - Que he o mesmo que contentamento. Satisfação ou contentamento pela chegada de S. Magestade, e porque vem jurar as Bases da Constituição no seio deste Congresso, etc., etc.

O senhor Presidente pôz a votos esta emenda, e decidio-se que em vez da palavra = prosperidade = se puzesse no artigo a palavra = contentamento ou satisfação -

O senhor Secretario Freire leo o artigo 5.°

O senhor Pimentel Maldonado. - Parece-me que se deveria declarar, que os doze Membros das Cortes que vão a Bordo, acompanharão S. Magestade até ao Congresso, porque aqui não hade vir a Regencia.

O senhor Presidente. - He impossivel marcai todos os actos intermedios que ha entre dous actos extremos; porque não se póde dizer, se hão de subir, se hão de baixar, etc. basta marcar os extremos.

O senhor Castello Branco. - Parece-me que a Regencia deve entrar aqui. S. Magestade jura as Bases da Constituição: o Presidente faz hum discurso competente, em que se deve declarar que S. Magestade entra no exercicio do Poder Executivo, e que por consequencia tem cessado as funcções da Regencia, que exercitava esse mesmo Poder pela ausencia de S. Magestade: a isto segue-se a entrega desse Poder pela Regencia, e para isto me parece que a Regencia deve estar presente.

O senhor Presidente. - Todos os que approvão a moção do senhor Castello Branco, queirão ter a bondade de ficar sentados.