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a S. Magestade, he facil de improvisar, e muito mais facil para o senhor Arcebispo, que sempre emprovisa tão bem he justo que o senhor Arcebispo, que he o Presidente, vá. Os que tem de ir, passão por sua casa, que elle promptamente se prepara.

O senhor Presidente: - Mas ainda que o senhor Arcebispo esteja prompto, nunca haverá tempo para que os outros se apromptem, e para ir, e voltar. He necessario ter em consideração: que as Cortes não se podem desunir, em quanto não torne a seu seio a deputação, que delle se desmembra; (que não se desunão, disserão alguns Deputados).

O senhor Presidente: - Pois se o Congresso quer, que nomeie uma deputação de 6 membros, nomearei immediatamente alguns senhores, que estejão em circunstancias de se apresentarem.

O senhor Brito: - Parecem-ma pouco 6 membros.

O senhor Freire: - Eu me conformo com tanto, que essa deputação vá acompanhada com sua guarda, e com toda a etiqueta com que deve ir. Que! assim se manda uma deputação das Cortes? (foi-lhe respondido, que alli havia uma guarda = continuou =) Essa guarda he muito pequena.

O senhor Presidente começou a nomear a deputação, e para ella os senhores Vice Presidente do Congresso, Bispo de Beja. (Este senhor se escusou, e o mesmo outros senhores, que o senhor Presidente ia nomeando).

O senhor Presidente: - Vejo que, os que nomeio achão escusas attendiveis, e que acharão as mesmas escusas os outros, que nomear. Portanto parece-me que o melhor he, que permaneça até amanhã a deputação da Regencia.

O senhor Castello Branco: - Aqui ha outra coisa, se vai uma deputação com guarda, com discurso estudado, e com todo o apparato, que fica reservado para amanhã; Então vem a ser dispençada a outra. (Nada, nada - disserão alguns Deputados). Agora deixo a consideração do Congresso, se ha o tempo necessario para fazer-se uma deputação tão solemne. Eu vejo que muitos senhores se escusão: e já que tantos apoião; parece-me que he muito mais facil, que os que se julgão mais promptos para poder ir; se offereção voluntariamente.

Votos, votos, (disserão alguns Deputados).

O senhor Presidente: - Parece-me melhor que a Regencia tome as medidas convenientes até que amanha se apresente a deputação do Congresso.

O senhor Franzini: - Nesse caso achar-se S. Magestade só com o Ministro da Marinha me parece pouca consideração: deve ficar a Deputação.

O senhor Guerreiro: - Requeiro que se leia, o que se linha decidido, sobre isto: e isso he o que se deve favor. (Apoiado.)

O senhor Freire: - Senhor Presidente, eu não posso ainda entender, o que he Deputação de Deputação. Eu não acho que as Cortes Soberanas devão enviar uma Deputação, que não seja senão corri o esplendor da Soberania. Está decidido na acta, o que se deve fazer neste particular; e julgo, que não deve haver uma Deputação pequena, e outra grande. Eu não intendo, o que he ir dizer uma Deputação do Congresso, que não póde ir outra Deputação. Parece-me que isto não he decoroso, nem conveniente; e que a Deputação, que vai, deve ir com o esplendor digno da Soberania. (Apoiado, apoiado.)

O senhor Guerreiro: - Parece-me que a Deputação da Regencia iria na intelligencia de que se havia de praticar, o que sé tinha decidido. Portanto he necessario que se leia a acta para ver a resolução, que se tomou sobre este particular.

O senhor Presidente: - Essa resolução se tem presente. Foi que se não retire a Deputação da Regencia, em quanto não chegar a do Congresso. Se parece pois; proporei isto a votação.

(Foi assim proposto pelo senhor Presidente; e assim se approvou).

Houve então duvida sobre a hora, em que deveria, ser a reunião das Cortes amanhã para mandar a Deputação a S. Magestade; e decidiu-se que ás horas do costume.

O senhor Maldonado. - Agora he necessario saber onde se ha de apear ElRei, se no palacio das Necessidades! ou se na escada do Paço das Cortes: he necessario que se decida por causa de alguns arranjos, que estão ainda por fazer.

O senhor Presidente: - Parece que se está na intelligencia de que ha de ser por dentro do Palacio.

O senhor Maldonado: - Mas dessa intelligencia duvida-se; e he necessario ter certeza.

Entrou-se na ordem do dia, e o senhor Presidente mandou recolher os votos para se effectuar a nomeação do Conselho d'Estado.

Recolhidos e apurados os votos, sairão eleitos com pluralidade absoluta os seguintes senhores: = Vispo de Viseu, com 56 votos = Conde de Penafiel, com 72 votos = Conde de Sampayo, com 63 votos = Fernardo Luiz de Sousa Barradas, com 56 votos = Francisco Duarte Coelho, com 55 votos = João da Cunha Sotto-Maior, com 58 votos = José Aleixo Falcão Vanzeller, com 52 votos - José da Silva Carvalho, com 55 votos.

Determinou-se que d'entre os outros votados se extremassem 32 daquelles, que tivessem reunido maior numero de votos, e que se formassem destes listas de dezeseis pessoas, para nesta conformidade se continuar a eleição.

Estando a hora já muito adiantada, e sendo indispensavel fazer na Sala das Cortes varias disposições para a recepção d'ElRei, levantou o senhor Presidente a Sessão ás quatro e meia da tarde, designando para a creiam do dia a recepção de S. Magestade, e a continuação da eleição do Conselho d'Estado. - João Alexanorido de Sousa Queiroga.

Decretos e ordens das Cortes.

Para o Conde de Sampayo.

Illustrissimo e Excellentissimo Senhor. - As Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza, sendo-lhes presente o officio expedido pela Secretaria d'Estado dos Negocios da Marinha em data de 30