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(Menção honrosa e que se publique nos Diarios).

Mencionou mais a felicitação de João Pedro Aillaud, Vice-Consul em Caen, que foi recebida com agrado: e um plano de contribuição por Antonio da Silva Feio, que foi á Commissão de Fazenda: e do offerecimento que fez Manoel Luis da Veiga das suas obras sobre commercio, que forão á Commissão de Instrucção publica.
Leu ultimamente o seguinte

OFFICIO.

Illustrissimo e Excellentissimo Senhor. - Sendo apresentado a ElRei o decreto das Cortes datado de 29 de Setembro em que se resolveu que Sua Alteza o Principe Real viage por Hespanha, França, e Inglaterra: Sua Magestade não só o mandou immediatamente publicar, mas dar as mais activas providencias para a sua prompta execução, determinando ao mesmo tempo que eu participe a V. Exa. para assim o fazer presente no soberano Congresso, que tendo visto ate agora com grande satisfação sua as mais judiciosas, e sabias medidas que o mesmo soberano Congresso tem adoptado na actual regeneração politica da monarquia: S. Magestade não póde deixar de considerar muito particularmente vantajosa ao bem e felicidade geral dos povos do Reino-Unido de Portugal, Brazil, e Algarves a luminosa, e acertada deliberação que elle acaba de tomar no referido decreta, pelos resultados felizes, que promette quando habilita o immediato successor da corôa para adquirir nos paizes illustrados, em que ha de demorar-se, os necessarios, e muito uteis conhecimentos praticos do systema constitucional, que ElRei mui deliberadamente abraçou, e jurou manter, e ao qual de novo reitera e protesta a mais firme adhesão: Sua Magestade manda ultimamente dar ao soberano Congresso seus mais cordiaes agradecimentos não só pelo desvelo com que por meia de tão assiduos, como bem dirigidos trabalhos tem procurado desempenhar os poderes que lhe forço confiados, mas pelo interesse particular que toma pela pessoa do Principe Real seu filho, o qual Sua Magestade deseja vêr crescer em virtudes, e qualidades que tornem cada vez mais digno de fazer um dia a felicidade de uma Nação, que tantas e tão singulares provas tem dado do amor, e fidelidade á Casa de Bragança.
Deus guarda a V. Exa. Palacio de Queluz em 8 de Outubro de 1821. - Illustrissimo e Excellentissimo Senhor João Bapistta Felgueiras. - José da Silva Carvalho.
Mandou-se que se responda ao Ministro, que as Cortes ouvirão com muito especial agrado as satisfatorias expressões de Sua Magestade, e que o officio se faça publico nos Diarios.
O Sr. Vasconcellos apresentou a seguinte

INDICAÇÃO.

A nossa marinha, que em outro tempo fez a maior gloria, e felicidade da Nação, abrindo as portas do Oriente, fazendo as maiores descobertas, elevando o pavilhão Portuguez triunfante a todas as partes do mundo, ao qual encheu de espanto pelas suas heroicas acções, hoje está reduzida a um numero muito pequeno de navios, a maior parte velhos, e inuteis, e virá a aniquilar-se de todo dentro em poucos annos, se este Augusto Congresso não cuidar desde já em mandar construir novas embarcações. Nada ha mais interessante para Portugal nas actuaes circunstancias, do que ter uma marinha respeitavel, sem ella não poderemos ter commercio, nem conservar as provincias ultramarinas, porque os navios são as pontes de com mu meação: que temos para com aquellas provincias, e os castellos com que as devemos defender, e proteger.
Existem nos estaleiros do arsenal uma corveta, e uma fragata de 50 peças, a qual principiou a construir-se, ha 27 mezes, e não se lançará ao mar tão depressa, se este Augusto Congresso não decretar alguns meios para a sua construcção.
A' vista do que tenho exposto, e da grande falta, que temos de fragatas, proponho:
1.° Que este Augusto Congresso determine ao Ministro da fazenda, para que além da consignação applicada para a marinha, ponha mais á disposição do Ministro daquella repartição, quatro contos de réis mensalmente, pelo espaço de um anno, cuja quantia será apoucada unicamente para a construcção daquelles dois navios, o que junto ao que se gasta ordinariamente com elles, concorrerá para que possão ser lançados ao mar dentro em poucos mezes, porque desta maneira se conseguirá o cobre, ferro, e mais materiaes necessarios, havendo uma consignação unicamente destinada para o seu pagamento.
2.º Que se determine ao Governo, para que logo que seja possivel, mande principiar a fazer córtes nas matas nacionaes, a fim de se porem nos estaleiros quilhas para duas fragatas de 50 peças, tão depressa se lancem ao mar os navios, que ali se estão construindo. = O Deputado Vasconcellos.
O Sr. Presidente: - A materia da indicação he muito justa, entretanto não sei se convirá que o Congresso expessa uma ordem para o Ministro da fazenda designar 4 contos de réis mensaes para se fazerem estas despezas.
O Sr. Vasconcellos: - Nós não podemos passar sem marinha, e se não apoucarmos os meios para construirmos alguns navios, não sei o que poderá acontecer. Elles não se podem fazer de repente, precisão-se navios para cruzar na nossa costa, precisão-se navios para se porem na Madeira, e Açores, daqui a dois dias precisaremos de navios para nos deffender-mos das potencias Barbarescas, que sabemos que estão armando, precisamos muito de fragatas e se não se applicarem meios extraordinarios para aquella que se vai a construir, talvez se não lance ao mar, senão daqui a 2 annos. Esta náu D. João VI. não teria saido ao mar tão breve, se não se fizessem consignações para este fim. Por tanto insisto na minha moção.

O Sr. Armes: - Parece que aquella indicação deve remetter-se á Commissão de fazenda, para que