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DIÁRIO DO GOVERNO.

celias, muitas qunc^ breve estouraram: os espíritos pareciam todos atlentos eenleiados á espera de grandes crises; do fundo da imprensa periódica surdia um clamor terrível; era de crer que não se attendia senão á agitação dos governos e dos povos. Foi então que os jornaes de instrucçâo popular começaram a apparecer. Quem não visse o progresso do género bumano de conveniente altura, quem não estudasse a sociedade, senão nas formas externas da sua exis-tencia , diria que, embebida a attenção do publico nas questões da vida social, estas publicações, por ninguém lidas., nasciam para logo morrerem. Succedeucomtudo o contrario: prosperaram, e prosperaram espantosamente: au-gtnentou de dia em dia a sua extracção, au-grnentou o seu numero; diffundiu-se por toda a .Europa este género de escriptura, e em toda a parle cresceu. O impulso da liberdade havia muito que fora dado aos povos, e estes obravam em consequência delle ; rnas os ânimos já estavam maduros para a instrucçâo: em quanto trabalhavam na emancipação politica, já aspiravam á intellectual e moral, porque as passadas do género humano atravez dos séculos são passadas de gigante. Hoje os jornaes políticos nascem, morrem, e são substituídos, a bem dizer, n'um dia : os instructivos vivem vida perenne ; o publico os busca e os lê, e recompensa amplamente os escriptores que tão bem perceberam a tendência e as necessidades da epocha craque vivemos. Isto nos parece provar que a razão suprema do género humano despojou o jornalismo político do seu sceptro de lerro, para dar logar á auctoridade beinfazeja dos jornaes de instrucçâo popular.

Que pôde fazer o jornalismo político neste caso? Compôr-se com o seu adversário; ceder ú opinião publica: tomar a cruz branca da nova cruzada da civilisação. As guerras políticas estão guerreadas,' pelo que respeita ás intelli-gencias. Deus lançará a sua espada.na ballan-ça de quem tiver justiça. Agora resta allumiar o povo em tudo o que lhe pôde servir de utilidade, e os que combateram tyrannias, não serão por certo os peiores soldados nas batalhas contra a ignorância. Os periódicos políticos tiveram defeitos; rnas serviram a humanidade, porque destruíram muitosabusos e despotismos: delles nasceram aspublicaçõesinstructivas, e não e esta a menos útil das suas obras. Honra lhes seja feita ! —Nem seremos nós quem lh'a roube.

Quando os Diários políticos quizessem absolutamente conservar o seu caracter especial, muitos objectos de politica geral, económicos, e administrativos, ha q«e darão matéria aos discursos dos diaristas, sem que tal género de escriptos offendam ninguém, salvoaquelles, que ligam a sua honra ás suas opiniões scienlificas e litterarias: para estes nenhum género de discussão e'possível ; mas o que vale é que seu numero é diminuto, e que o geral dos leitores fará a justiça devida ao escriptor que os despre-sar. Outra especialidade resta aos jornaes políticos exclusivamente; é esta a historia contemporânea , a historia diária : o serem os archi-vos dos successos, e dos actos dos governos e dos povos. Matéria abundante aqui teem para encherem parte das suascolumnas, podendo enriquecer o resto delias com objectos de instrucçâo geral. Este caminho nos parece o mais acertado para se haver de seguir; e e este o que seguiremos, quanto nossas apoucadas forças no-lo permittirem.

Um jornal assim disposto nos parece satisfazer a sua instituição primitiva, e o que o século exige. Quando as observações, que temos apontado, de nenhuma valia fossem , no nosso raso especial havia uma razão bem forte para irmos pela senda que tomámos. Hoje a polemica politica tem-se tornado objecto de miras pes-soacs, e ate' de indecencias. Mas a maior de todas seria que o principal Diário portuguez entrasse neste pugilato vergonhoso, de que o vencido e o vencedor só colhem atiro n ta e vitupério. Ninguém a isso nos obrigará, ao menos debaixo de nossa responsabilidade; mas se tal se tentasse, alegremente deixaríamos a missão, que, sem a mínima diligencia nossa, encarregaram a urna penna tão débil como a nossa e'.

Revolução, da Bahia.

I)ELO navio Uriel se receberam em Londres noticias da Bahia de 11 de Novembro, inclusive. Alli tinha rebentado uma revolução, e se havia proclamado o governo republicano, e a separação da Metrópole. A maior parte dos habitantes portuguezes se haviam acolhido ás embarcações que estavam no porto. O Times, d onde transcrevemos esta noticia, chegou tar-

de ás nossas mãos. A'manhã daremos noticias Diais particulares sobre este acontecimento.

ARSXSTAI. DO IXERCITO.

PELO Cofre do dito Arsenal se tem pago e Temettido desde o dia do corrente mez cm diante, e acham-se a pagamento as quantias abaixo declaradas, a saber: Tern-se pago : — Ferias. Aos Operários as da 2.a quinzena de Agosto, e 1." de Setembro do

presente anno............... 7:797/149

Feria atrazada.

A Anna Rita.................. 3$040

A Francisca Roza.........___ 11/095

Empreitadas.

Aos Empreiteiros as da 2.a qu.n-zeria de Agosto, e 1.* de Setembro do presente anno......... 107/269

Ao Commandante do 2.°Regimento de Artilheria............. 04/270

Ao Cornmandante do Batalhão de

Infanteria N.* «l ,.......... 59/400

Matcriae*.. A Agostinho Soares d'Oliveira. . . 218/785

A António Maria Agard....... 2:259/134

A Castro e Alves ............... 39/957

A Clemente José Monteiro...... 1:070/312

A Faustino António de Saldanha 352Jf465 A Francisco José de Azevedo. . . . 75/565 A João Ferreira de Andrade .... 2:231/915

A João Ferreira Godinho....... 415$833

A José Mendes Veiga.......... 4:311/120

A Manoel António Barbosa...... 27/440

Artigos manufacturados. Ao Commandante do 2.° Rrgi-

mento de Artilheria.......... 14/520

Ao Commandante de Infante'ia

N.° 21..................... 36/000

Ao Commandante ca Guarda .'Municipal ..................... 148/500

A António José Ferreira........ 150/800

A Francisco Carrilho Feljó..... 86/686

A Francisco José d« Azevedo.. . . 27/765

A João Baptista António....... 90/000

A João Baptista J irou.......... 12/500

A Jorge Kaousl,-y.............. 422/907

A Matinas Roberto de Miranda e

Malta...................... 76^500

A Pedro Nicolúu Amoedo...... 140/000

Despegas de administração.

A António Maria Agard........ 60/000

A Francisco José de Azevedo .... 31/774

Artigos de fardamento.

A António de Azevedo.......... 13 $590

A António Rodrigues da Fonte. . 12/667

A José Francisco.............. 13/590

A João Gonçalves............. 14/239

Concertos de armamento Ao Commandante do Batalhão de

Infanteria N.° 16............ 63/050

Entretenimento de Musica. Ao Commandante do Batalhão de

Infanteria N.° 16............ 53/000

Remetteu-se :

Para o Trem de Eivas.......... 360$000

Para o dito de Faro.......... 370/000

Para o dito do Ouro........... 620/000

AoThesoureiro do Cofre da Administração dos Pinhaes de Leiria 160/000 Acha-se a pagamento :

Matcriaes. A' Exm.a Condessa de Belmonte 14/388

A Manoel António Barbosa..... 27/343

Concertos de armamento. Ao Commandante do Batalhão de

Infanteria N.° 11............ 3/005

R*..................22:057/573

Inspecção Gera! do Arsenal do Exercito, 30 de Dezembro de 1337. = Ne Impedimento do Secretario Geral, Prudencio José da Cunha.

SERVIÇO DE MARINHA.

Registo do Porto em 7 de Janeiro de 1838. Embarcações entradas.

VAPOR Ingiez = Liverpool:r= Capitão Samuel Lewis, deMalaga em 7 dias, de Gibraltar em 4, e ultimamente de Cadiz era 34 horas, com fazendas; 21 pessoas de tripulação. Consigna-se a José Van-Zeller e filho.

Vapor Inglez mCalpei=:Cap!tão Thomás H. Cox, de Gibraltar em 3 dias, e ultimamente de Cadiz em 29 boras, em lastro; 27 pessoas de tripulação, e t> passageiros. Consigna-se a William S. BurHett.

Embarcações sahidas, Náo Ingleza = Hercules.

na

Vapor Inglez = Braganza = Capitão Ale-xander Mac Leod, para Cadiz e Gibraltar em qualidade de Paquete, com a mesma carga com que entrou neste Porto , e 3 passageiros.

Brigue Belga = Camilla = Capitão A. H. Wagener, para Monte Vídeo com sal.

Escuna Inglezarn: Duhdee Merchant = Capitão George Fife , para Dublim com fructa.

Quartel do Commando do Registo do Porto , Torre de Belém , 7 de Janeiro de 1838. — --Leotfc, Capitão Tenente, e Commandante.

AVISOS.

A ARREMATAÇÃO do forneci mento da carne de vacca necessária ao Hospital Real de S. José, que se havia annunciado para o dia 12 do corrente, não pôde ter logar.

NA tarde do dia 19 do corrente, na Praça Publica dos Leilões, a requerimento do Sollicitador da Fazenda Nacional na 5.a Vara da Comarca cie Lisboa se hão de arrematar umas casas na rua nova de S. Francisco de Paula n.° 36, avaliadas em 2:000/000 réis, e o seu rendimento em 156/400 réis: é Escrivão da arrematação, Couto. = O Sollicitador, José Vieira Caldas de Lemos.

tarde do dia 19 do corrente, na Praça Publica dos Leilões, a requerimento do Sollicitador da Fazenda Nacional, na 5.1 Vara da Comarca de Lisboa, se hão de arrematar umas casas na rua da Paz num. 76 e 77, Fre-guezia de Santa Caiharma, avaliadas ern réis 350/000, e o seu rendimento em 38/400 an-uaes : é Escrivão da arrematação, Couto. = O Soilieitador , José Vieira Caldas de Lemos.

NA tarde do dia 19 do corrente, na Praça Publica dos Leilões, a requerimento do Sollicitador da Fazenda Nacional na 5.1 Vara dia Comarca de Lisboa, se hão de arrematar com o abatimento da 5. a parte do seu valor u-nas casas na rua do Quelhas, num. 23 e 24, Froguezia da Lapa, avaliadas em 250/000 rei: s, e o seu rendimento em 24/000: é Escrivão da arrematação. Couto. = Õ Sollicitador, José Vieira Caldas de Lemos.

N "a tarde do dia 26 do corrente, na Praça Publica dos Leilões, a requerimento do Sollicitador da Fazenda Nacional, na 5.a Vara da Comarca de Lisboa, se hão de arrematar unias casas na riía dê Santa Anna, á Boa Morte, num. 62 e 63 , avaliadas em 300/000 réis, e o seu rendimento em 30/000 féis : é Escrivão da arrematação, Negreiros. = O Sollicitador, José Vieira Caldas de Lemos.

PUBLICAÇÃO LITTERARIA.

COLLECCÃO de Leis desde a abertura das Cortes em 15 de Agosto de 1834 até. 31 de Dezembro de 1835, que forma a quarta Serie da Legislação novíssima ; Edição Official, enriquecida de muitos Diplomas que faltam na Collecção que até agora se achava impressa.— Vende-se na Imprensa Nacional; na sua loja na Praça do Pelourinho ; nu de Francisco Xavier de Carvalho, ao Chiado ; Viuva Henriques, rua Augusta ri.* l ; Porto em casa de José Joa-ciíin» Redriguei dos Santos, rua dos Carrancas números 2 e 3 ; Braga em casa de Francisco Manoel da Rocha ; em Estreiuoz na loja de Joaquim José de Campos, na Praça da mesma Yilla.

Preço l #600 réis.

ANNUNCIOS.

- TjEí-o Cartório do Escrivão Chaves correm Edictos cie dez JL dias chamando os credores inçar tos ao dinheiro depositado por João dos Santos, na execução que a Fazenda Nacional more a João Guerreiro Camacho de FOTOS.

dia 23 de Janeiro, na Praça Publica dos Leilões, se hão de arrematar os remliraen-_ tos de umas casas , e seus quintaes , na rua do Al-vito. em Alcântara n.09 44 a 49, avaliados em 169$600 rs., paeam de foro 48^1000 rs. : Escrivão da arrematação, Negreiros.

VEHBB-SB um ca vai Io novo, próprio para ca-vallaria, na rua da Emenda n.° 29.

REAL THEATRO DE S. CARLOS.

AEMPREZA tendo negócios a tractar com o Sr. Fontana , fabricante de órgãos, e ignorando a sua morada, lhe pede queira comparecer no escriptorio da £ m p reza , em qualquer dia das 11 horas até ás 3.