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.DIÁRIO' D(TGOVERNO.

coríímendaçòes comt> aquélla que ocaba de fa- | zer o Sr. Deputado Judice, de um interesse publico tão rceonhecido, não carecem de uma proposta formul. Os Srs. MimVlros de Estado estão na Camará, ouviram-na, eltss dirão se convém ou não nellu.- •

O Sr. Judice Samora r — O meu intento- e que «c tome alguma providencia com a-qual se consiga o desejado fim; e por isso é para mim jndiiTcrente que se faça o que acaba de diáor o Sr. Barão da Ribeira de Sabroza.

O Sr. Ministrodos Negócios doRçjn^: — Sr. -Presidente, o que acaba de '1;'-er ° Sr- Deputado Samora é exacto. A Serrilha- do Retne-chidô tein-o-»1""^" us povoações, tem tirado .^^ígaauírãs, armamento, e géneros, e passa--^uo recibos em nome do Governador do Algarve. Ale aqui os Administradores geraes'tem empregado todos os meios possíveis pá rã l lie fazerem a guerra. Os Administradores geroes ré-presunta ruiu, que as t.opas se adiavam arrasadas no pagamento, e sem capotes, o çapatos; porérn jáofficiei ás Repartições da Guoira, e Fazendo, a fim de se'remediar esto mal. E' lambem verdade o que disso o Sr. Deputado a ics-p'cito de serem interceptados .os Correios: mas já sobre cale ponto dei também providencia, e «ifficiei ao Sr. Ministro dos Negócios Estian-geiros, para que se tomem as precisas cantei-los, u fim de evitar a continuação deste grande inconveniente.

• O Sr. Barlona : —.Estou satisfeito com aex-plicação dada pelo Sr. Ministro dos Negócios do Reino; irms apesar djsso eu chamo de novo á attenção sobre este objecto. Tenho recebido diversas caitas, do pessoas muito capazes, e conhecidas como 3,aes, de muitos Srs. Deputados qi)e aqui estuo sentados, pedindo prom-ptas providencias, «x este respeito: todos concordam eín que a guerrilha do Romechido é nada om si, mas e muitíssimo nos seus effeitós. Os habitantes do Algarve, que não residem em povobções grandes, estão a todo o instante sujeitos a insultos,, e roubos: ora, isto e' um vexame muito grande para aquelleá povos, e que

. nós devemos procurar acabar. Eu h a correspondência do Sr, Ministro, e com effeito achui rtiuito bom o que lá se apresenta; parece-mo com tudo que rnais algumas cousas se poderão fazer, c eu poderia apontar outras; reservo-mtí porém para o lazer em occasião propiia: re-coinmendo pois.aos Srs. Ministros que estão presentes, tomem isto a muito seu cuidado.

• O Sr. Barão do JBorn Fim: — Eu levanto-me unicamente para fazer uma declaração á Camará, e'é que estou concoido com o pensamento-do Sr. Deputado Judice, e por e^ta occasião accrescentarei que arites de'largar o Cominando das tropas do Sul, estabeleci postos de Gavcllariu, para a cotnmuuicação do Algarve, que era pelos differentes pontoS por onde

. o requer o Sr. Deputado. Para assim prover á facilidade de marchar a' correspondência do Governo com a segurança que eflcctiva mente

, pôr aquelles pontos irá enviada, c a minha correspondência, e do Governo. Esta mesma medida tinha mdo mandada pôr em pratica pelo Governo, antes de saber que eu a havia . ordenado.'E' por tanto obvio, que e' unanime sentir de todos sobre este assumpto; só faltava ordenar-se que a correspondência do Publico seja dirigida por Mcrtqja , mas com a declaração do Sr.'Ministro'dó, Reino, que assim o vai determinar, jalg-o ficarem prehenchi-dos os desejos' de todos , v a. utilidade dos povos. Devo pov esta occasião declarar que em quanto o procurarem-se os meios de segurança contra as incursões doRcmecbido, tanto foi a minha rolicitude, c do Governo , que apenas me vi desassombrado das forças de Gomes, mandei immcdiatamento todas ns tropas de que podia dispor para visinhanças do Algarve; levando u tal ponto estes meus desejos que ficou tão pouca tropa para o norte do Alemtejo, que diversa* guarnições ficaram tão diminutas, que ás vezes eram obrigadas algumas tropas o dobrarem no serviço. Estas minhas disposições catavam tanto em harmonia com a vontade do Governo que algumas d'ellas me foram ordenadas quando eu apenas as tinha posto em pratica.

O Sr. Ministro dos Negócios do Reino:—A maneira de acabar de unia \ez com o Reine-ehido, depende da organisarão de urna força militar que sej;i composta de tropa de linha ; porque a.Guarda Nacional não se pôde mo-bilisur, e ainda que se mobilisasse não esta tão apta paia este serviço como a tropa de linha. E' lambem necessário tomar talvez uma-medida severa a respeito de alguns

sontos do Algarve <_ hon-tem='hon-tem' que='que' de='de' espero='espero' rigor='rigor' satisfeitas='satisfeitas' eataa='eataa' requisitei='requisitei' para='para' dali='dali' era='era' cavallaria='cavallaria' breve='breve' mas='mas' officio='officio' _='_' ern='ern' pediram3e='pediram3e' eeriio='eeriio' medida='medida' e='e' guerra='guerra' infanteria='infanteria' armamentos='armamentos' requisições='requisições' os-qnaes='os-qnaes' ao='ao' p='p' já='já' _.sr.-ministro='_.sr.-ministro' seja='seja' da='da' rápida.='rápida.'>

O Sr. Casar de Vasconecllos t — Pedi a palavra sobre a ordem paradizer que estamos & per- < der tempo cora-esta discussão, por isso que nada poderá delle concluir-se. Eu tinha muita cousa a dizer a este respeito, mas não o faço, em -primeiro logar porque julgo não -ser esta a occasião para ias», e depois porque entendo quê cousas teria eu a dizer, que não conviria publicalas. (Apoiado,' apoiado.) Pareoe-me pois que esta discussão pôde acabar aqui, uma vez que-os Srs. Deputados estão satisfeitos com crs esclarecimentos que o Sr. Ministro da Guerra deu nos papeis que remetteu iiCnmara. Peço por tanto1 a V. Exc." , que ponha termo a esta dÍEcii3ss.o.

O Sr. Barjona : — Sr. Presidente, pedi .a palavra sobie a-ordiiin para mostrar que esla discussão não é absolutamente fora de tempo. A todo o instante i-u estou recebendo cartas de pessots do Algarve, nas quacs me indicam pro-videnci.is que e preciso tomar, as qifne» acho muito boas, e que nuo lombrarnin talvez ao Sr. Ministro da Guerra. Eu terei cousas aopnn-tíir que não as po^so dizer ao Gonuiiil quo lú está, por que não tenho lelações cftm ell<_ publica='publica' que='que' ellt='ellt' entendo='entendo' é.='é.' ou='ou' cm='cm' medidas='medidas' npontnr='npontnr' devem='devem' eteirho-nm='eteirho-nm' pretendo='pretendo' dizer='dizer' para='para' melhor='melhor' sei='sei' quem='quem' nlgnmns='nlgnmns' ni='ni' não='não' sessão='sessão' dprcsentar-se='dprcsentar-se' todavia='todavia' _='_'>rvudo pura uma Sessão secreta' que o Sr. Ministro dos Negor.ios do Reino disse outro diu. que. havia de pedir. ' O Sr. • Judice SAIIIOUI : ,-7- Eu Umbsin esto» ao facto de tudo- qliapJUvaqontece no respeito do ftemcchido ;.:mas.noin todas a b cousas se podc.in di/

O Sr. Prebido';Ue: —Pois bem, eu vou propor ao Congresso se se deve passar áOrdern do dia. • ' O Congresso assim o resolveu.

'O Sr. Presidente:'—Convém dccidir-se se deve ha»er Camará na Segunda e Terça feiro.

O Sr. BarjoJja : — liu não quero, Si. Pró* sidente , censurar as pessoas que solemnisam esses dias; mns q u c ré rói se vil. lançando mão de todos os meios possíveis para se acabar co«i ostes costumes: peço 'por isso á Camará se empregue nestes dias e1» tiabalhar.

O Sr. Costa Cabral-: -r ££u reconheço a for ca dos argumentos •empnjgítdos' pelo Sr. Barjo-ha ; ruas permitia-me cll? quo lhe diga quo nestes dui3 e'.muito perigoso andar pelnsinas: c tlceessario que eu aqui dig" que alguns Srs. Deputados tcem levado com bntalai nab costas, e feijões pclu cara; o qno de ocrto não e muito airoso.' O povo está acostumado áqucllas brincadeiras, e rios-não havemos brigar cora o povo : de mais naqucllesdiasnào podcinób adiantar grandes-trabflilios ; em consequência proponho que nestes dias, segundo a prática e lecitía, não híija-Sessão. (Apoiado.)

Decidiu-se -que flão houvesse Sessão nos dias 6 e 7 do coirente.

O Sr. Barjono :• — Peço a V. Es.* que pro-ponha ao Congresso, se cm logo r das duas Sessões que não IHI na Segunda e.Terça feira (já" que tèetn rhedo -das laranjadas) devem haver duas Sessões nocturnas; porque a Nação paga paia nós trabalharmos. (Apoiado.)

O Sr. Visconde-de Fonte Arcada: —No caso de acabar -a- Sessão- do dia antes das quatro' horas; porque -eu--não sei como depois de aqui estarmos- trabalhando dcode as onze horas ate ás cinco,- ou mais tarde, se possa ainda fazer uma Sessão-nocturna. Se> se põe ú votação a Proposta do Sr. Barjona, pftço que se limite deste modo, no caso da Sessão durar só ate ás quatro horas. .

O Sr.,Presidente: -•*•*• Quando houver menos trabalho eu proporei ^a, Sessão nocturna.

O Congréssç .resolveu que h-ouvesse duas Sessões nocturnas, as quaes seriam convenientemente designadas pelo Sr. Presidente.

O Sr. Furtado de Mello : — Quando- se oí» tabeleceu na Lei Fundamental da Monarchia, (Artigo 40) -que por cada Deputado fosse eleito um Substituto1, foi exactamente para

pleta ; e na verdade não sei para que serviriam os Substitutos'se não ããírpara lupprir as falta» dos Proprietários desses Cargos'públicos u que são destinados: por tanto parece-me justo qne em logar dos três .Deputados os Srs. Visconde das Antas,«José Pedro Celestino, e Paiva Pereira , dispensados a requoricneato do Governo de comparecerem aquit fossem chamados os seus Substitutos para o complemento da Representação Nacional. Tenciono mandar uma Proposta para a Mesa nesta conformidade. (Assim o fez depois o Illustre Deputado.)

O Sr. Barão da Ribeira deSabrosa : — Por esta occasião notarei á Mesa ac.ella tem recebido alguma participação de um Deputado eleito polo Distrieto de Bragança, Lemos do Villarcdo-; porque não sei se ha dclle alguma noticia, poife me consta que ellc tom emba* rncos que o impcdom de vir. Desejava saber se a Mesa tnin recebido disto filfrmna iníonnação. .OSr. Ddputadíi Siicrctano VulIosodaCnu :—* Nào ha informação alguma a-respeito desse Senhor.

Len-se (ira Oíficia do iVJjni-stôrio da Fíuen-dn nlativo aos esclarecimentos pedidos A cê i ca dr> caindo rio Processo do mtroductor da agoa-« ardente de França, q;ie foi npprehendidft cm Villa do Conde. —Terminada esta leitura, disse ' • i .

O Sr. Barão da Ribeira de Sabroza: — Essa VMj-jnstii níio ma satisfaz, porque delia se, colite, que mu objucto de Uinta importância tem sido, por assim ho Portuguez, c deilou a perder centos de La-viadores. Fez-se esta apjjrehctisão ús portas do Porlo, vinha de Villu do Conde, c era conduzida por dezenas, de Carreiros, a quem alguém havia de ter"frctado ; este frete havia de ser pago por alguém; alguma pessoa lia* via indicur-lhc n • armazém , e esse armazém havia: estar por conta d'alg.uem, e apesar disto, não 5>o sabe se ha, alguém pronunciado, ou se a agoa-atdenlo caldu verticalmente sobre um armazém , ou se veio para.alli de seu mo-tu propno. Isto qnnndo todos aio Porto duem, (nào affitrno) que a-iutrodu2Íu um Fulano Sampaio. En não» posso deixar de íallar neste negocio , porque Jesaosi-ntcresses dos meus Cons» titmntos, e todo. o commercio da Beira Alta, c do'Minho. Por este motivo dasejosaber quem e o Delegado do Procurador Ragio , a;quem este piocesso foi inclimbido; porque se esse •Delegado não tiver feito o seu dever, eu hei de accusa-lo aqui, bem como todas as Aurho-ridíidcs Administrativas, que tenham sido cul-padvis neste .negocio. O Sr. Campeam , Administrador ua Alfândega do Porto, poderia dar alguns esclarecimentos sobie isto.

O Sr-, Leonel: — Faz favor de repetir a leitura do ôfíicio. (Leu-se.)