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DIÁRIO DO GOVE-H.NO.

Parti ; -n

,'nãò só a Hespanha,- mas .tez que-tacirbem. a Roma e a : Em Cadie vi- eu .cartas de Lis-oV qàé assim o diziam ; - sube doutras escri-ptas para Madrid no mesmo seatidó; mas to. «asados hqmens das saudades. Entretanto che «pu-c^eai* em que- eu. julguei, que conforma das iínnhas intrncçõeg-, estava acabada a mi-nhã missão, e -comecei- a preparar a minha fcolta; aconteceu que a esse tempo recebi uni Officio do Sr. -Ministro' dos Negócios Estranl geirós , dizendorme que , se mevparecesse, podia, voltar- : voltei com- effefcto. — Quando cheguei a Lisboa, não me pareceu . que • devesse responder aos jornaes que me attribuiram rais-sòeb republicanas ; intendi', que devia rit-me disso, e .que hão devia par tal occasião repetir o'erro em -quê cáhira, quando com um documento f aulhentico desmenti a, accusação de ler continuado a receber 3$750 réis , depois de ter prpmettido que receberia só 2$400 , os jornaegj-que eu .a .esse respeito desmenti •, continuaram .a repetir a calumnia, e mostraram assim, que era tempo perdido responder-lhes. *- 'Goutinuaria • a guardar . silencio . a respeito de Republicas e Federações , se urna circums-tancia-um pouco grave não me forçasse a rom-pí-lo; essa circurastancia é a que certos periódicos ;de Lisboa tem- posto na boca do Sr. Calatràva. . ' " >

- Alguns 'desses periódicos, fizeram dizer ao Primeiro- .Ministro d'Hespanhà, que utna personagem tinha levado a Cadiz Projectos de Fe-deràçfifis Ibéricas , c de 'Republicas ; que a tal persopogetn tinha te ccbido' ordem para sahir do território Hespanhol ; 'c acrescentaram a bío varias circurnstancias 'donde deduziam que, eu era essa personagem. Eu nunca me persuadi que sirailhanle titulo me podesse, pertencer, -e fiquei pasmado quando vi que delleme faziam applicação ; mas para que as relações do meu paiz não padecessem nem levemente por meu respeito, fiz tenção d'escrev.er ao Sr. Cálatrava dizendo-lhe,' que se a mim é que se tinha referido , tinha 'sido completamente enganado , e que com esse engano me tinha injuriado.' Examinando porém todos os jornaes. Hespanhoes que em Lisboa pude alcançar, vi que discordavam muito entre si ,• no modo coimo' referiam- as 'palavras do Sr. Cálatrava,; applicadas a mim por certos papeis de Lisboa; o ultimo jornal Hesponbol.qiie pude ler sobre 'esta matéria (e parece-me que fot-o Ecco dei Coftnmercífr), faz dizer ao Sr. Cálatrava que a pereojiágenv das Federações era d'uro paiz per-lencçnte á Santa Alliança : então entendi eu qúè não -me podiam dizer respeito quaesquer palavras do Sr. Cálatrava , porque nem eu.sou personagem , nem Portugal pertence á Santa Alliança. — Pareceu-me que bastaria -dizer eu aqui eto duas palavras,, que a historia da República era mentirosa; assim o-disse ha dias, . e renunciei ao projecto d'escrever ao Ministro Hespanhol. • Mas os periódicos das saudades retrocaram-me que provasse eu ser mentirosa .tal Ihistória , e encbêram-me com isso de admiração, porque em todas as lógicas do mundo se ensina, que quem nega', não pôde provar ; a obrigação das provas, incumbe aquém nftirma-; provoco pois esses periódicos para que provem o que disseram de Republicas e Fede-

rações.

' E' verdade que elles pretendem ter provado .tudo isso com -uma carta que publicaram , es-cripta por mim'- de Catliz ao Sr. Paasos (.lose'). iisaa carta é com effcito minha ; os periódicos que a publicaram , não lhe alteraram uma só virgula ; mas ha nessa carta uma sá palavra ide Republica l Que eu quiz saber a opinião de dous Dèputarloé Hesparihoea «obre urp obje-. cto grave , então em questão na Hespfuiha , assim como o está em Portugal. Não se di»s# aqui ha dias que a .revohiçàod'He8panha, influirá ria nossa ? Não é • geralmente, sabido quanto os acontecimentos -d'uni paiz influem nos paizés visinbos ? Que. ha -pois de notável na minha carta ao Sr. Passos?' E como a houveram á mão os homens das saudades 1 Não pôde ser, senão mahdatukr-aiJoubar a uma casa particular , e á iramoralidadé" do roubo não tiveram pejo d'accrescentar.a pilblica e expontânea cohtissãò do crime! Não se envergonharam' de -se denunciarem a si próprios como ladrões ! E são esses os homens que se dizem os 'únicos 'bons Cidadãos , ' os únicos capazes de - governar 'Portugal , -os verdadeiros amigos de i- 1). 'Pedro ,-os únicos súbditos fieis de SuaFi-' lha', os únicos homens religiosos.' Di2em que / 4ié,rn' mais -Religião que eu l •'•:feej^ como fôt , .

é mentiroso quanto se tem dito.das 'minha» Republicas e 'Federações de ' Cadiz; •& peço pordâo ás Cortes por ter gasto com esta mate na mais tempo do que queria..

O Sr. J. Alexandre de Campos : — Sr! Presidente , a lingoagem da Commissâo ..parece-me política, diplomática, e até enérgica; por que ella diz assim, (leu.) Previno porém a Camará de que,- sobre o' que eu tenho a dizer não faço proposta, nem- peço votação. — Sr. Presidente,^ eu intendo que o motivo porque a nossa Divisão está em Hespahha, não é um Tratado; porque sé'eu entendesse-que^e^tavá alli combatendo pelo motivo de um Tratado, hoje mesmo faria uma indicação'pedindo que

0 Sr. Ministro da Guerra mandasse retirar da Hespanha a nossa tropa.. Sr. Presidente, quando ns nossas tropas demandaram as Praias da Ilha Terceira, atiraram-se-lhe tiros! Quando demandaram as Praias do Mindello, hin-guem queria nada comnosco, nem contractar:

— mas quando uma serie de triumphos tinha decidido da causa da liberdade; tinha con-demnado ao extermínio os. oppressores, e estava já decidida a sorte da liberdade na Península; occorreo então que nós nãodeviainos ficar einmancipados, .e lembrou, que seria necessário deixar uma poria aberta para a todo

1 tempo se combaterem esses princípios polidamente contagiosQS, debaixo da capa de protecção ! Eis-aqui o principio do Tratado..da-quadrupla Aliança ; Tratado-que cada um entende como quer; Tratado que quand&. uma Potência diz , está chegado o Cdsus f aderis, i-outra diz, que não;—e então pergunto eu,

e ha alguma obrigação que nos ligue com es- j ie Tratado? Se hoje nos conviesse^q resilirdel-e, o podíamos fazer, e praticando isto outra :ousa_não faríamos, que se nos não tenha feito. .. . •> '-•^Entendo pois que o motivo porque as nos-asttropas combatem em Hespanha-, é por dois princípios.: 1.° porque ajudâo a combater com URI exercito, que defende uma causa idêntica :om.a nossa; e ein 2f°, por um dever degra-tdão; porque os Hespanhoes também manda- j •am uma Divisão a Portugal,.com a dífferen-ja porém, de que a Portugueza está.comba- ' tendo alli, não estando o;nosso Pertendente err/Hespanlia, quando odelles estava em Portugal,*— torno-pois a]repetlr, que isto é em dês-, empenho de um dever de gratidão, com o que eu muito folgo, e não em cumprimento de um Tratado, que cada um pôde entender como queira, e que não obriga, visto que os signatários faltara, e a Potência que mais habilitada estava para concorrer a evitar que a facção não tomasse ,1'olgo, -.é a que se deixa ficar pacifica , quando? bastava mandar metade dos Exércitos que mandou a Cadiz, ou a Nápoles. Sr. Presidente , sem querer tomar-mais tempo á Assembléa , concluo, dizen-. do, que eu entendo que não é em virtude do.Tratado , que" as .riossas tropas es tão > em Hespanha; porque isso a que se chama Tratado , não é '^-ratado, foi uma perfídia: — d necessário que isto conste.

O Sr. M. dos Negócios Estrangeiros:—Eu pedi -a palavra unicamente para dar alguma' explicação sobre a ida do Sr. Leonel a Cadiz.

— Quando a'expedição de Gomes se apçese n-tou ptoxima das nossas fronteiras,, ameaçando-as, ,o Qovçrrto poz em acção todos os meios ao seu alcahce para estorvar qualquer tentativa que podesse haver : — não só se manr dou uma. força militar para a conter em respeito, cujo cominando foi confiado ao Sr. Barão de Bomlinr, que o desempenhou dignamente ; mas tomou o Governo todas as providencias que o cnso exigia. Acontecia porém, que nesse tempo o Governo tinha as noticias mais contradictorias sobre as operações, tanto das tropas da Rainha, como das dos Car-listas:—lembrou-se então de enviar alguém a Cadiz para o informar com verdade do estado das cousas. Succedeu encontrar-me com o Sr. Leonel, e fallando-lhe sobre este' objecto, o convidei a fazer esta viagçm a Cadiz, que foi acceita por elle, e approvada pelos meus Gol-legas na Administração. Foi com effeito, e d'alli informou sempre o Qoverno do estado político d'aquelle Paiz: devendo dizer em abono, da .verdade, que as suas noticias foram sempre as mais exactas; e accrescentarei por esta .occasião, que foi tão regular a conducta, que alli teve, que afé as authoridades de Cadiz lhe fizeram elogios. —E' esta a explicação que tenho a dar a este respeito.

Q Sr. Bara,o da Ribeira de Sabrosa:—Sr Presidente, quanto acaba, de dizer o Sr. De

putado José Alexandre de'Cámpo& -é exacto i e-as-suas observações são muffó justôa, assim «orno também 'e m.iito louvável ò seu patriotismo; mas .permitia e gr. Deputaào -que eu Jhe -diga, que-discorreu debaixo-de um principio menos exacto. As. nossas tropas não estão era .Hespanha segundo a letra do Tratado da quadrupla A-Uiança-,- mas sim .por outro Tiatado, xjue é o de 2* de Setembro de IQSò. . O Tratado da quadrupla Alliança fez-se, mas- deixou1 para outro Tratado- que subsequentemente-sé devia fazer, o estabelecer o como esse Tratado :se devia entender, e executar por parte daFrança.O Tratado tia quadrupla AlHan-' ca diz no Artigo 3.% o seguinte-:. « Que um novo Tratado fuèará.o como «> Fiança-de verá entrevir nos' negócios d'Hesptinha.T> Ora esse novo Tratado rião teve;lóg*r, e então-o Ga-' binete das Tuilériâs-'nâp se julga obrigado à cooperar d'uma maneira cfficaz afavor dothro>, no p Isabel 2.*' Esta coaclusão do Ar&igo 3.* foi jesuítica, foi uma restricção mental, mostra pouca generosidade da-parte do Gabinete Francez; mas accusa altamente a inépcia dos nossos negociadórêsvConcederamtado, para que D. Carlos e D .'Miguel fossem satoos, e nenhum auxilio asegurarai» á-liberáade peninsular da parte do Gabinete das Tuilerias. Felizmente, se este Gabinete é e"goista, todos os corações generosos palpitam em França pelo trium-pho da liberdade",' tanto em Hespanha, como eift Portugal. • Finalmente cada Sr. Deputado pôde", e deve fazer todas as observações .que julgar próprias, e na linguagem mais adequada ; mas a Com missão não devia usar da-mesma liberdade. l - -