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DIÁRIO DO GOVERNO.

SOBERANO CONGRESSO : — A AssociaçãoCom-_ mercial do Porto faltaria ao mais importante de seus deveres se deixasse de vir perante os Srs. Deputados da Nação pedir remédio, e providencias para que se não realise a espantosa , o terrível crise que ameaça destruir, e an-niqnilar i n lê i raro ente o Commercio Portuguez ! A Associarão. Senhores, falia dos Projectos que Vos foram npresentados peio Ministro da Fazenda para a emissão, com curso forçado, de mil e duzentos contos de reis em Notas sobre os C

Quando a vo^?n Cornrnissfio de Fazenda apresentou o Projecto Jde Lei, n.° $5, sobre proposta do Governo, para este ser authorisado a emit-tir ate a quantia de seiscentos contos em Notas, com curso forçado, foi tnl o terror, an-cicdade, e desconfiança que se apoderou do Pu-bhco, que gravíssimas desgraças coir.merciaes então aconteceriam , se por ventura o Banco de .Lisboa não atalhasse rapidamente o mal, con-tractando com o Governo, e fa/esido com que esí

Desde então a Associação via com prazer renascer gradualmente a confiança, que tão ler-jivclmenU1 havia sido abalada ; eis que a nppa-rição dos infaustos Projectos acima mencionados, tudo destruiu, e fez renovyr com inaudita violência o mal, que dará morte cerla , e in-failivel ao nosso já tão definhado Commercio, se a vosaa Sabedoria, e Patriotismo n à o rejeitar inteiramente estes Projectos.

JVlas isto só não basta; e preciso, Senhores, uma declaração explicita, e um stigma do Soberano Congresso, contra toda a emissão du Papeis com curso forçed©: sem esla garantia, a confiança não se restabelece, porque subsiste o receio de que de futuro se realise o mal, que "Vós evitardes agora.

A Associação não Vos cançara citando em seu abono as doutrinas dos mais ab^lisadoà lico-nomiblnsj porqu>: estas \os sào familiares," citará factos, porque estes convencem mais, e fundada nelJes aíibutamente proietiza , que a «dopção de qualquer dos três calamitosos, e iníquos Projectos, trará corrjsJgo a desappari-ção do metal circulante, a queda dos nossos Bancos, e Companhias de Seguros ; e por fim , a miséria publica, consequência, immediata da mina do Coromerçio, tào intimamente ligado com as Artes, e com a Agricultura!

A confiança ,e a base do Conimercio, faltando esta, faltam os capitães que o alimentam , e vivificam ; e por isso não pôde esperar-se que o Capitalista haja de arriscar o seu dinheiro, e siij<_-ita-lo que='que' depreciada='depreciada' de='de' fará='fará' uma='uma' meio='meio' circulante.='circulante.' elle='elle' por='por' essa='essa' então='então' único='único' sem='sem' não='não' tem='tem' _='_' nunca='nunca' a='a' e='e' valor='valor' certo='certo' real='real' nosso='nosso' o='o' p='p' moeda='moeda' será='será' algum='algum' fiuctuação='fiuctuação'>

A Associação não chama a vossa atlenção para os efteilos desastrosos dos célebres assigna-dos do Itmpo da Revolução Franceza , por serem bem sabidos de todos; olhai para o que lioje se passa no Império do Brasil, e vede este rico pais luctando para extinguir o cuncro roedor do seu depreciado meio circulante, sem poder, a.pezar de todas as riquezas que o seu solo produ/ annualmente, vencer este formidável inimigo da sua propriedade!

E se isto acontece naquelle florescente paiz, que podemos nós esperar que aconteça no nosso , cuja principal riqueza consistente em Vinhos, hoje quasi seni valor algum, se uma vez se introduzir na circulação essa moeda!

Devemos esperar uma completa dissolução da Sociedade !

A exlincçào do antigo Papel-moeda foi incontestavelmente urna grande medida de utilidade publica : lalve/ fosse prematura com relação aos meios do Thesouto; mas ou fosse, ou não, o grande fim conseguiu-se, tirando da circulação uma rnoeda , cujo valor fluctuante tornava incertas e precárias todas as transacções.

Querer destruir e.Ma grande medida, e inuti-lisar os sacrifícios feitos para a conseguir, é na •verdade a inspiração mais funesta que podia conceber-se, c que por certo ninguém acreditaria, seescripta não estivesse nesses terríveis Pró- j jectos!

Senhores, attendei com madureza, e reflexão aos clamores que de toda aparte soam ; a questão nào-é só.coíiimercial; ella afiecta todas as classes, e tem em si a vida, ou a morte da Sociedade!

Senhores, fechai os ouvidos. -2 nào Vos deixeis illudir com essa funesta pá lavra =.amorti-saçâo=:; ella e enganado» , e tem sempre sido empregada, se,íri nunca ser cumprida!

Senhores, a-Associaçào--Cemm«rcial do Porto exprime-se nesta lingoagem franca, e de verdade , para Vos fazer ver .9 abysmo em que estamos prestes a cahir; pelo que

P. ao Soberano Congressc . que pesando em sua sabedoria as razoes expostas, se digne prover de remédio ao mal que i ••-, .ameaça a Nação ,'rejeitando todos os • -v Projectos -tendentes* enmtir Papeis com curso forçado, e especialmente os três Projectos de que Lracta a presente Representação.

i- R..M.«

Porto, 1G de Janeiro de T338. -— Narciso José Alves Machado , Presidente int» ririo. = José Perry , Secretario.. = Domingos c'Almçida Ribeiro. =z Manoel Pereira Guimarães e Silva. --_ Francisco Corrêa Carcoso Mr-nl:1 ro. = António JoaqmiB Pert-ir8.^.z Joaquim* A.ugUóto Kop-António oTAbreu.

A s ultimas folíias in^iez&s, que alcançam até ./JL li) do corrente, \etn chtas com as discussões que tern havido íobre <_.s dothemro='dothemro' que='que' negócios='negócios' tnais='tnais' dos='dos' do='do' tag1:_='_:_' vindas='vindas' mais='mais' concluir='concluir' se='se' comn.uns='comn.uns' pares='pares' oiiefectj='oiiefectj' camará='camará' não='não' interesse.='interesse.' a='a' rcvcila='rcvcila' e='e' ttuho='ttuho' coíbo='coíbo' é='é' approxima='approxima' nííicios='nííicios' irntuediato='irntuediato' ao='ao' o='o' noticias='noticias' pôde='pôde' na='na' vê='vê' canadá='canadá' cada='cada' cia='cia' uila='uila' xmlns:tag1='urn:x-prefix:_'>eu termo; Os alevantadoã, deíxijudadoã por um,i grande parte dos seus compatriotas, e tendo de luetar com as forças inglesas, st ver Ao obrigados brevemente a suboietter-se.

Em um Numero an tf cedente demos noticia do espantoso fogo que devorou a praça docom-mercio de Londres; o-, incêndios parecem agora serem de moda ; muis Oiitros :em occorrido na capital da Inglaterra ; ma* nem vale a pena de fazer menção de lies et visti dos dous que quaài no meanx» aconteceram — im no Theatro italiano de Paris, oUro no Paiacio d'inverno do Imperador da Rus^a.

O incêndio do TLealro italiano em Paris rompeu na noite do Domingo l 14 de Janeiro) para a Segunda-teira, GÍI lEeia-noie para anuía hora; toda a ciligencia di; que s^ usou para o salvar loi baldada, e o ecincio .içou reduzido si cinzas. O director Seve.ini n.orreu arrebentado de urna janellu aôuijio. Rossini , que tinha um quarto noTh"atrc, e m-IJe a sua livraria de musica, perdei,-» t

O Jornal de Franciort traz a? particularidades mais notáveis aceica do incjndio do palácio imperial de S. Petersburgo.

O fogo pegou a horas ctn que o Imperador e a Imperatriz estavam no tlinutro. O frio era tão intenso, que o tliermomelro estava a 12J. grãos abaixo de Z-ro , e foi preciso servirem-se de apparelhos próprios paia derreterem a agua gelada, alias as bombas não poderiam trabalhar; mas esta precaução depressa se tornou inútil : o fogo foi crescendo a ponto que o rio Neva, que passa ao pé do palácio, começou a desgelar-se com o calor da atmosphera. Muita gente acudiu; mas fos vir- todo o trabalho. O incêndio parece que começou na sala chamada de Pedro o Grande: oulros dizem que nas lojas. Este vasto palácio, um dos maiores da Europa , accommodava 12:000 pessoas dentro dos seus muros. Alfaias, pinturas, estatuas, tudo acabou neste desastrado incêndio, avista do qual dizem que o Imperador derramara lagrimas. A perda total avalia-se ern um milhão de libras esterlinas. Morreram vorias pessoas; e entre as pinturas que se queimaram , algumas havia de Rubens.

AVISOS.

Administração Geral do Diatncto de Lisbofi.

EM cumprimento de uma Portaria expedida pela Secretaria d1 Estado dos Negócios do Reino se avisa ao Pubiico, que tendo requerido José Vanzeller ura Privilegio exclusivo pa-

ra a introducção de novo invento de um pró-cesso diimico , que se propõe vulgarisar nestes Reino;. a nm de preparar por immersòes as madeira;, e preserva-las da podridão e caruncho, eu j o processo é também applicavel ao cânhamo, linho, e algodão em rama, ou fabricado. ;•;• manda pôr esta Patente a concurso, conv.dai.do a quem o fizer por menos de quatro ânuos, na conformidade do Artig.o 14, Titulo 2." do Decreto de Ití de Janeiro dé-»1837. Pelo que, todas a» pessoas a quem a dita Patente possa convir, ou que tenham alguma reclamação a fazer sobre-a sua concessão, poderá» dirigir-se a esftfc- Administração Geral dentro co praso de trinta dias, contado do primeiro Diário em que este Aviso vai inserto.

O Co:,.-.ELHO de Saúde do Exercito precisa fa ar ao ex-encarregado do Deposito do Porto. José Roberto de Oliveira, para objectos do serviço. Em 25 de Janeiro de 1838.--.

José .íntnííio de A%cvcdo.

PUBLICAÇÕES LITTERAKIAS.

d

NA l:>j* de António Marques da Silva, rua Augusta n ° Z, •e vendem as seçuietea Obras: a Ambição, Tragédia por Francisco de Alpuim e Meneies, 240 rs. = A Assembléa dos Corcundas, Farça, 120 rs. = Bruto, Tragédia de Vol-taire . í 6''< rs. = CoHeoçRo de Poesias recitadas no Theatro dos Voluniarios da Senhora D. MARIA II. por occasino da chegada de S. M. I. o DLQUE BE BKAGANC;* á Ilha Terceira . 40 m = Elogio Dramático para se representar no Anni-versario ..lê S. M". F. a Senhora D. MAKIA II. 40 rs. == Vienn.i de Áustria, e Santa Helena, ou os últimos momentos de Napoleão . 240 rs, -•= Astucias de Zanjniizarra , 100 rs. = Astúcia? de Falcete, Farça, 60 rs. = Erícia oa a Veslal, Trajjr-! .1 rsHiizida por Boc.ise: 120 r». = Idéd de Casquilhar sem haver um só vintém , Farça , 160 rs. s= Industrias contra Finezas, Comedia, 160 rs. = Jogo de Perguntas e Respusias para Divertimento da Mocidade, 80 rs. — Monologo par:i .-<_ ci-tiedia='ci-tiedia' de='de' _240='_240' theatro='theatro' _160='_160' zelosos.='zelosos.' recitar='recitar' i='i' rs.='rs.' p='p' volta='volta' nos='nos' ré='ré' _60='_60' farça='farça' namorados='namorados' tragédia='tragédia' _20='_20' castigada='castigada' _='_'>

ANNUNCIOS.

TVT'.. Juízo de Direito da 2.* Vara. Escrivão Leiria, cor-JL^i r»? Execução de Sentença JaExm.* Casa doCadaval, contra J...-é Va;5 de Carvalho , por divida de foros , e achando-se nu Deposito Publico varias quantias, são chamados por Edicloj , e pelo presente annuncio, todos os credores que se julguem com direito a disputarem preferencias. _ T)''1-'' Cartório do Escrivão da 6.a Vara de Direito , Mun-Jr tejro, se está habilitando D. Francisca Barbara Xavier . vjuva de Angelo José de Sousa e Andrade, para em virtu.ie delia se averbar em seu nomr 4 Apólices dos num. 5131 . 5668 6386 , 980 ; e um Titulo de Divid,» public^ do valor t!? .3íà°t>0 rs. : f»or taoto, toda a pessoa que se julgar com direi.o á? dilas Apólices e Titulo, o vá alli deduzir dentro do p-Mio ila Lei.

- ní^EK-Mi.NADo no dia 19 de Fevereiro próximo o praso es-J- t.thelecido para o pagamento da prinicira prestação das Acçò>.« da Companhia de NTave»aç?ío do Tejo e Sado por Barro.» ruivj.los por vapor: a Direcção convida os Srs. Ac-cioDht;i.s cjiie tiverem dez ou mais Ac<òes. n.='n.' no='no' casa='casa' assembléa='assembléa' pagro='pagro' di='di' ar.-enal='ar.-enal' hora='hora' referida='referida' do='do' l.ander.='l.ander.' direita='direita' reunirem-se='reunirem-se' lisboa='lisboa' _60='_60' aworiiç3o='aworiiç3o' mercantil='mercantil' tio='tio' prestar.iu='prestar.iu' _='_' a='a' mez='mez' geral='geral' _27='_27' e='e' em='em' í='í' _.='_.' sobredito='sobredito' na='na' _2='_2' tarde='tarde' _6='_6' da='da' dia='dia' rua='rua'> J.meiro de 1ÍÍ38. = (ionçalo J. .-lldim.

L~EM perteuder tomar de renda por um ou mais írntio? a casa que foi de fiouçei.* de "arão, e hoje de Fernando Vasqiies da Cunha '.'<_ de='de' attentas='attentas' _1838.='_1838.' secompõe='secompõe' ii-='ii-' patentearão='patentearão' mi.inlemór='mi.inlemór' der.='der.' freira='freira' s.='s.' riu='riu' ramrel='ramrel' variii='variii' ao='ao' _.='_.' sobredito='sobredito' m-ii='m-ii' pôde='pôde' re-sidei='re-sidei' que='que' no='no' pessoa='pessoa' mowi='mowi' pessoalmente='pessoalmente' velho='velho' tag1:_='_:_' caria='caria' olhais='olhais' simas='simas' se='se' por='por' nos='nos' terras='terras' si='si' muita='muita' vahia='vahia' campos='campos' pois='pois' dirigir-se='dirigir-se' _='_' maiorca='maiorca' janeiro='janeiro' a='a' d='d' _.-7.='_.-7.' e='e' f='f' ou='ou' rle='rle' n='n' o='o' todo='todo' p='p' r='r' arrcir.alat='arrcir.alat' mello='mello' quem='quem' ha='ha' monl-='monl-' le='le' condições='condições' varão='varão' xmlns:tag1='urn:x-prefix:_'>

"WTii.XDK-SB uma propriedade de cisas, sila na V rua dos Corrieiros , vul?o daPallia, n.° 26,

que se compõe de lujas, f. cinco andares , livres de fòrr. : quem as pprtender comprar pôde dirigir-se á rua direita do Corp;> Saato n.° 21 ; ahi achará com quem tractar sobre n «*u ajuste.

_ /^HEKOC ultimamente de Londres um novo sortimento de \^s palatinas (real sable-boas chinchilla, etc.) que se rendem muito em conta , na rua da Prata n.°81 , 1."andar j asfitu rr.mo chapéos para chuva a 900 rs . ftc.

ao do Duro n.° 4, á Bua-vUta, se vende por preço commodo boa cana altan>-za . de mc.io páo.

J?^W' T7"K!VDB-SB uma boa parelha de machos. de 8 Mba»*1? V id •

idade conhecida : quem os quizer comprar dirija-se á rua de S. José n.°95 , que alli se tra-ctfc co s.en ajuste.

RE J L THEATRO DE S. CARLOS. OFC;:\T>A feira 29 de Janeiro de 1838 , ultimo lO Beneficio da l.aDama, Luiza Matlhey, terá loírar a 2.a representação da Opera intitulada — Luzia de Larnermoor z=:; e a Dança =r= Conquista deMalaca. = A Beneficiada estando próxima a concluir seus trabalhos sceni-cos n»'Ste Theatro , aproveita estaoccasião para diri:: r ao respeitável Publico os mais sinceros e respeitosos votos de gratidão, e reconhecimento pelo constante e benévolo acolhimento, que íào generosamente l lie tem prodigalisado por eípaço de três annos.