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Número 72.

Anno 1837.

(Soturno.

TERÇA FEIRA 28 DE MARÇO.

Parte Official.

SECRET ARI A BESTADO DOS NKGOCIOS D \ FAZENDA

•KJ n A TODOS °s Administradores Geraes ' ' J.V. dos Districtos Administrativos se expediram em 22 de Março de 1837, Portarias idênticas á que hontcrn se publicou no Diário do Governo, dirigida ao AdministradorGe-ral de Vianna, para enviarem os esclarecimentos que se lhes exigiram relativos ao producto dos Dízimos desde 1827 até 1831.

SECteETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR.

PELA Secretaria d'Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar se faz publico que no dia 29 do corrente inez de Março ha de sahir para o Porto o N^apòi = Terceira. = • -

Parte não OffidaL

CORTES.

SENHORES: ==-Charr.ado por'Sun Mageslade a RAINHA nos dias 10 (ie Setembro, e 5 de Novembro, para fazer parte da Administração, que tomou sobre si o peso da responsabilidade, que vim' partilhar com rneusCollegaâ, cabc-me pôr'na Presença deste Congresso, em quadro lesiimido', qual e o estado em que achei o Ministério dos Negócios Estrangeiros a meu car-

~go, qua~es as reformas' que tiveram logar, e .âquellas de que ainda se carece, e a que a estreiteza'do tempo não pu nu i tu u occorier.

A Secretaria d'Estudo leirTaclualmenic mais qúe-ò pessoal que lhe marcou de fut.uro o Decreto de24 de Dezembro ultimo. Tornando conta da Repartição, e achando todos os Empregados que figuram no Orçamento, julguei que era de justiça conserva-los, porque a maior parte conta annos de bom serviço, e deixar ao tempo'a reducçâo do seu numero áquclle que foi fixado pelo citado Decreto, o que c indispensável para a regularidade do serviço, e andamento do expediente. Por este modo os Empregados que excedem o numero determinado, irão entrando successivamente nas vacaturas, ou poderão ser vantajosamente empregados em commissões, segundo o Governo melhor entender»

O Corpo Diplomático exibia unm organisa-

'çtio completa. Tudo neste Corpo era vago, e .indeterminado; c por isso se tornava necessário um Regulamento, que lixando' a sorte dos Empregados, pozesse termo á arbitrariedade. Pelos Decretos de 23 de Novembro, e de 24 de Dezembro ukimos fez-se pois essa organisaçâo definitiva e regular, que ao passo que econo-misou inuteisdespezas veio habilitar a tirar des-

'ta Instituição as vantagens, que delia colhem outras Nações. • _ • • • •

Nas fnesmas circumstancias se achava o Corpo Consular. Pelo citado Decreto de 24 de Dezembro se crearam Cônsules Geraes em todos os Estados; deixou-se porém campo livre para se nomearem outros Cônsules., ou Agentes nos pontos em que as iclações Comiuarciaes com Portugal os reclamem. ' ."' ' .

' E", para notar que além das antigas, e suf-ficientes Inslrucções da Junta do Cominercio,

'approvadas pela resolução de 9 de Outubro de 1789, não tem o Corpo Consular um Regi-

"inento próprio, nemTnbellíi, que fixe os emolumentos que os Cônsules devem .perceber. A1-.

guns trabalhos preparatórios se acham feitos sobre este objecto, e reunem-se os elementos necessários para com segurança coordenar um syslema Consular completo, que vos será ern tempo competente apresentado.

Segundo a nova organisação do Corpo Diplomático e Consular vem a diminuir-se na antiga despeza a somma considerável de 32:266^" rs. • Foi constantemente reconhecido por meus antecessores, que a Repartição dos Correios carecia" da reforma pnra satisfazer cabalmente aos fins 'da sua instituição. Com esta mesma c vicçào tractei logo que entrei na Administração, de nomear umaCommissão de pessoas in-telligentes que se entregassem a este trabalho , a qual com efféito, depois de minuciosas inda gações, propoz um melhoramento para maior regularidade da Posta Piaria, o qual tem na pratica ofí'ercci'do bons lesultados.

Oiitros trabalhos consideráveis .apresentou a Commissào, dos quaes o Governo aproveitou aquillo que pareceu mais conveniente. O Decreto de 10 de Janeiro ultimo, organisou a Repartição tanto pelo que respeita á distribuição do trabalho como ao pessoal, econonusando-se ò.426$;J20 réis.

Muitas e graves accusações se tem feito á Administração dos Correios pelas irregularidir-dês que ha no serviço, mas essas accusações são pela maior parte exaggeradas, eprovenien* tes de muitas causas, que nenhuma relação tem com o proceder dos Empregados, o. qual me consta ser digno e zeloso. Sào obvias aquelios causas que produzem essas irrcgulaiidades, e •bastará por certo apontar as do péssimo estado das nossas estradas, a falta de pontes, o máo estado das postas, e a falta -de'segurança nos caminhos públicos, o que tudo augmenta a escassez e difficuldade dós meios de communica-ção, e os prejuízos que d'ahi resultam á Nação.

Todos estes objectos occupam por certo aat^ tenção do .Governo, mas elles não são obra de poucos dias, especialmente quando faltam os indispensáveis recursos para fazer face ás avultadas dcspezas que elles demandam.

Havendo exposto qual é o estado em que se acham as Repartições-dependentes do Ministério dos .Negócios Estrangeiros, cumpreTme dar ao Congresso conhecimento das differentes medidas e providencias, que pelo mesmo Ministério-se tem tomado desde a Sessão Legislativa que findou com o anno de 1835, quanto a relações exteriores. •

As Instrucçòes dadas pelos meus predecessores ao Ministro Plenipotenciário de Sua Ma-gestade na Corte de Paris, tendiam a fuzer encontrar no pagamento das reclamações France-zas, admittidas pelaConvcnção feita ern 14 de Junho de 1831, entre o Governo Francez", e o Governo da,Usurpação da Coroa destes Reinos,' as 'sommas que a França deve por inde-mnisaçào de apresamentos de Navios, e outras perdas causadas aos Súbditos Portuguuzes, na forma da-Convenção de 25 de Abril de 1818. Não conveio porém neste arbítrio o Governo Francez, e a Fragata = Diana = e a Corveta = Urania = tem sido conservadas como hypo-theca no porto de Brest, aonde estão perdendo muito do seu valor. Suscitou-se por mais de uma vez por este Ministério a attcnção dos da Marinha e da Fazenda sobre este objecto, e concluiu-se em Paris uma Convenção pela qual se estipulou, que o piuneiro praso para o pagamento das ditas reclamações seria em Maio de 1836. Não se ellectuou todavia este paga-mt-nto, o qual agora seiractou .deconvencionar ' jue fosse feito ein Letras, ouEscnplos do The-souro, R prasos mais distantes J sendo o pri-

meiro enl 30 de Novembro próximo futuro, e o ultimo em 30 de Maio de 1830, importando o saldo das ditas reclamações com os Juros até este ultimo praso 142.812$047>réis.

Finalmente ha poucos dias foi .terminada esta transacção, e uma promessa official do Ministro Plenipotenciário de França nesta Corte, asseguram-nos a prompta entrega daquelles vasos de guerra (Copia N.° 1).

Não esqueceu igualmente, ao Governo insistir eirf nome dos interessados para 'que o Governo Francez altenda ás reclamações Portu-guezas de que já fallei, e as solva por meio doa fundos, ou inàcnpçôes que conserva em deposito com vencimento de juros.

- O Governo de Sua Magestade desejoso de dilatar o Commercio Nacional, viu com pra* zcr a diminuição que a França fez nos 'direitos sobre, a fructa importada de Portugal, e seus Domínios ; e querendo attender ao ramo do sal que se exporta para áquclle Reino, tractou-.se. de conseguir, que se desse maior amplitude á admissão por deposito do sal de Portugal nos diversos portos Francezes,

- Desde Abril de 1836 tem estado -suspenso o Tractado, de Commercio concluído no Rio de Janeiro aos I9.de Fevereiro de 1810 entre Por* tugal e a Grà-Bretanha. As antigas relações porém de amizade , e de alliança existentes en-ire as duas Coroas haviam feito desejar que entre ambas.se concluísse um novo Tractado de Corrírnercio, que tendo por base urna bem eíi* tendida reciprocidade, estreitasse ainda mais essas relações por meio de laços mais fortes, quaes os do mutuo interesse dos doiís Paizes. Deste Tractado se occupararn os meus préde* cessores na Repartição dos Negócios Estrangeiros, cujos trabalhos se a'cha'vam muito adiantados quando tomei conta deste Ministério; comtudo. desde então tem estado parada esta negociação. ,

Existia" igualmente em projecto outro Tracta* do com a Grã;Bretanha para se declarar totaU mente abolido o bárbaro Trafico da liscrava-tura. As estipulações porém deste Tractado» tendentes a declarar esta abolição, tornaram* se inúteis , desde que Sua Magestade por effei-tos da sua Sabedoria, Religião, e Humanidade, e a fim de obstar ao abuso que da Bandeira P.ortugueza se tem feito pára encobrir aqueJ* lê trafico, exercido por súbditos de outras Na-

?5es , Hou,ve por bemi prohibir nos'Doirimios ortuguezes: o dito odioso trafico, debaixo de muito severas penas, pelo Decreto de 10 da Dezembro ultimo. Devem 'pois as disposições deste novo Tractado limitar-se a tomarem-sè; de commum acordo entre os dous Governos as. necessárias medidas'para mais efncazmente se> impedir que os respectivos súbditos de ambas aã Coroas continuem a emptegar-se naquelle infa-mecornmcicio jáprohibido em amboa os Paizes»

Existem pendentes algumas reclamações par» ticulares .de.súbditos Britannicoa, ás quaes o Governo não tem podido attender por dependerem de ulteriores esclarecimentos, e processo preparatório. Em tempo'opportuno será o seu •esullado levado ao conhecimento do Congresso pelo Ministério a meu cargo.

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DIÁRIO DO GOVERNO.

E' sem dúvida da competência de outro Mi-ni:.ter'o referir ns disposições mililaies que se tem tomado n- favor de uma Cansa tão nobre , e intprebsnnle paru este Reino, na qual apesar

O Governo de Sua Magestade animallo pôr sentimentos de humanidade, è com 'o intuito de diminuir os horrores da guerra civil em Hesp.i-ríha , interessou o GoveMio de Sua Magcstatle El-Rei dos Francezes-, na revogação do harbn-ro Decreto de.Durango, pelo qual o Pretendente excluiu db beneficio- da troca de prisioneiros os lístra'hgfeiros «o serviçp de liosuanlia*' Por essa occasiào lembrou o Governo de< Sua fílageslade, que na trocn proposta podiam ser incluídos os"carlistas que se conservam no Tejo a bordo do? pontões portuguezes, procurando iís-slm conciliar os deveres que a humanidade reclama em" favor de inimigos subuieltidos pela sorte -da Guerra, com a cessação da des-poza qu'e'e'llcs occasíonam.

Tendem ainda negociações com Hespanha sobre cHa tioca, -a cujo respeito o Governo de Sua Magestade obrará de acordo -com os seus A u£iistos"A (liados.

Diversas reclamações'tem feito o Governo de gua Magestiide para obter a. reducção dos excessivos Direitos, equivalentes á uma quasi pro-íiibiçào, com que em Hespanha são. sobrecar-regados' os productos • das pescarias portugue-zás; sollicilando também a abolição do direito nddiciônal de Tonelada que nos portos daquel-le Reino pagauí os nossos navios, e da maioria de Direitos impostos nos couros e algodões levados em navios liespanhoes dos portos de Portugal. E' porem forçoso dizer que a tal respeito se não tem obtido um" resultado satisfa-clorio, fundando por ultimo o Governo Hespa-nliol as suns negativas, em que convém esperar que se discuta e approve nas Cortes dàquellà ftficâo a nova Pauta das Alfândegas t a qual deverá prestnr urna base fixa para sobre ella se podc-rjm offeiecer, e resolver quaesquer reclai-moções.

Com a Corte de Roma as nossas relações achíim-se tio mesmo pé em que tem estado desde que Sua Mageslade Imperial o Duque de Bragança, de saudosa Memória, Assumiu a Regência destes Reinos.

O Governo de Sua Magestade tem sempre procurado estreitar as mutuas relações de atnU ziide e de Cotnmercio deste Reino com o Império do Brnzil. A identidade de origem-, de legislação, de hábitos e costumes, e de lingoa-gern das duas Nações Porlugueza e Brazileira; a necessidade reciproca que ambas tem dós pro-duclos uma da outra, os quaes mesmo estão habituados a'preferir desde remotos tempos; tudo fazia esperar que mui grandes vantagens se alcançariam para ambos os paizes de se enta-bolarem negociações para a conclusão de um Traclado de Comrnercio, firmado em mutuas concciiãQcs de recíproca utilidade.

DeWim-sc paraelle amplnslnstrucções, e chegou comeffeilo a ser assignado na Corte do Rio de Janeiro em 19 de Maio ultimo; não foi po-j<ím com='com' de='de' approvada='approvada' naquella='naquella' trnctado='trnctado' governo='governo' tempo='tempo' comiuerciaes='comiuerciaes' estrangeiros='estrangeiros' ambos='ambos' magestade='magestade' aquelle='aquelle' estreitar='estreitar' datada='datada' sempre='sempre' idéas='idéas' asseverar='asseverar' opportuno.='opportuno.' entre='entre' pela='pela' nas='nas' ultimo='ultimo' brazileiro='brazileiro' em='em' relações='relações' ao='ao' paires='paires' as='as' ministro='ministro' império.='império.' junta='junta' brazileir='brazileir' desejoso='desejoso' ro='ro' sua='sua' que='que' perâe-veiava='perâe-veiava' dirigiu='dirigiu' di-ctaiarn='di-ctaiarn' negócios='negócios' uma='uma' dos='dos' outubro='outubro' duvida='duvida' corte='corte' quelíe='quelíe' renovar='renovar' por='por' deputados-da='deputados-da' teve='teve' camará='camará' não='não' _20='_20' nota='nota' a='a' mesmas='mesmas' estava='estava' os='os' n.sj='n.sj' e='e' o='o' p='p' delle='delle' negociação='negociação' tudo='tudo' cópia='cópia' princípios='princípios' disposto='disposto'>

Tem-se' feito efficozcs diligencias paia obter que o Ministro do Bra2il etn Londres-tractas-

se efectivamente de liquidar es contas pendentes entre o Governo Porluguex e o Brazileiro. Convcio nisso este ultimo, participando o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, ao Ministro de Sun Megestade no Rio de Janeiro, em data de l-! de Outubro ultimo, ouo não se remet-tiam já as Inslrucções para es>tc fim ao seu Re-piesentanlc em Londres por dependerem de preliminares que este ficara de lhe enviar; e oGo-vcrno ò!<_ p='p' negocio.='negocio.' este='este' de='de' impoitaiile='impoitaiile' perde='perde' magcslade='magcslade' não='não' vista='vista' sua='sua'>

E)c«-se ordem em tempo competente ao Ministro da Sua Magestade no Rio de Janeiro, para alli reclamar a indorrmijacão dosprejuizos experimentados pelos súbditos Portuguezes, por oceasião dos movimentos revolucionários do Pará ; instando- por um» decisão igual á que alli obtivessem, os Miuistros da Griun-Bjcetunlia, e Frunça. ^

Igual reclamação se mandou fazer pelos prejuízos soffndos pelos súbditos Portuguezes no Rio Grande do Sul, em consequência dos actos revoltosos que alli tem ti'do lo

 CoiiHinssão Mrxta Poiluguezu, frBrasileira, estabelecida naqualla Corte j ten>,conti-tuiado a Iractar da liquidação, e julgamento das reclarnaçõeb a seu cargo.1 A Ialla.pd,o4 procuradores dds leclautanles cm darem cumprimento aos despachos daquelfa Cotnmissão, sobre diversos incidentes, tem retardado tuUilo o progresso da liquidação das ditas reclamações. Por ultimo , diversas dúvidas occorndas na Comrhissfio1 , e cuja existência faria eterna aquolla liquidação, foram definitivamente resolvidas por uma Convenção concluída naquel-la Coité em 20 de Outubro próximo passado, entre o Ministro de Sua Magesladet e O respectivo Mmistio Brasileiro, .como consta da ce-pia junta,. N." 3. • ,

Não foi possível obter do Governo dos Estados Unidos d'America .1 .restituição dos Direitos de Tonelada, que nos seu portos tinham pago os navios Portuguezes. Conseguiu-se com tudo que 'se determinasse, pelo Acto de 4 de Julho ultimo, que os produclos de Portugal, levados aquelle Paiz em navios; Portuguezes, não paguem ma i s.D ire i tos do .que fie fossem:, importados etn navios dos Estados Doidos, e fi-caTém reduzidos-' á metade os Direitos alli geralmente impostos sobre os vinhos. Obtid.as. eâ-tas vantagens, e devendo ser infcuçtuosa qualquer diligencia que se pretendesse fazçr para çe alcançar reducção nos Direitos especiaes, que aíli pagam os nossos vmhos.ordipanoa, einqnuiir to estiverem em.vigor.os estipulações favoráveis aos vinhos de França, insertas no seui Tracta-do de 4i de Julho de 1831, ç cujo praso Ima lisa no atino ae 18<_12 seguro='seguro' com='com' de='de' estado='estado' tramites='tramites' meus='meus' governo='governo' projecto='projecto' prqsos='prqsos' seguir='seguir' cbraraevcial='cbraraevcial' dar='dar' magestade='magestade' aquelle='aquelle' ministério='ministério' réis='réis' apresentadas-='apresentadas-' legacs.='legacs.' distantes.='distantes.' ioium='ioium' geral='geral' patacas='patacas' em='em' importância='importância' ouvir='ouvir' ao='ao' seguimeiv-to='seguimeiv-to' neste='neste' convenção='convenção' tag0:_208130='_120:_208130' reclamações='reclamações' as='as' celebrar.uma='celebrar.uma' na='na' achavam='achavam' acção='acção' já='já' _100o9='_100o9' pagamento='pagamento' sua='sua' que='que' questão='questão' couteoçio-sa='couteoçio-sa' hêspanlvolas='hêspanlvolas' manda-dns='manda-dns' uma='uma' dos.='dos.' de.='de.' se='se' por='por' para='para' não='não' a='a' pelos='pelos' os='os' e='e' lavia='lavia' mondou-se='mondou-se' porém='porém' _1iocurador='_1iocurador' pôr='pôr' o='o' p='p' decidiu-su='decidiu-su' reconhecidas='reconhecidas' houvera='houvera' nella='nella' fundamento='fundamento' da='da' unu='unu' coroa='coroa' sobte='sobte' predecessores='predecessores' agora='agora' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_120'>

Durante o iVhnistenç de meus Predecessores, se annuiu á proposta do Governo Sueco para a -negociação ;de um Tractado de Comraercio entre as duas Coiôas. Não se tem porém julgado dever dar 'seguimento 'a este projecto, em •quanto se1 não obtiverem mais alguns esclareci-metUos indispensáveis sobie os recíprocos inte-restes commerciaes. dos dous Paizes, que possam soríir de base seguia á conclusão do dito Tiactado.

Apesar de se haver concluído, no anno de 176fi, uma Convenção Commercial entre,Por-tugal , «• Dinamarca, na qunl ha a piomessa positiva-de que nenhuma outra Nnçào obterá, •por fioves Tractados, preferencia sobro os súbditos Portuguèzes, qunnto ao Commercio próprio a uma, e outra Nação; com tudo, dando-se o motivo especioso de que naquella Convenção se não mencionaram expressamente os Direitos da passagem do. Sund, somos nelia consideiados como uma das Nações menos la-Vorccidas, a ponto que os nossos vinhos são alli gravados com 33 g porcento mais, quando importados em navios Portuguezes; e os outros géneros, não mencionados «a Pauta d"Alfândega do Sund, com mais 25 por cento do que se fossem importados em navios Inglezus, ou Francezes.

Consta igualmente que os nossos vinhos,, na

passagem do Canal de Rendsburgo , pagam maiores Direitos do que os de França, chegando'a differença a ser de cento por cento contra nós. Daqui se vê a necessidade que li» de que o Governo procure obter que o'Governo Dina-marquez convenha em argutn artigo explicativo da citada Convenção, pelo qual sejamos effe-ctivamente postos ao par das Nações mais favorecidas.

As'nossas relações Corúrierciaes tem continuado sem alteração com aqviellas Nações, com as quaes não temos relaçòôi Diplomáticas. E devemos ter a lisongcira esperança de que o nosso Com-mecçio $ç mieiiderá á proporção que a nossa industiia se for desenvolvendo, e que a; boa ordem e a libcidade legnl se consolidarem. € m Portugal. Secretaria dTistado cios Negócios Estrangeiros, cm 2'1 de Fevereiro do 1837.=: Visconde de Sá da Bandeira.

COPIA N.° ,!.__

Lisbonne, -i Février 1837. Mõnsieur te Vi~ comte. Lorsque V. Ex. a bien voulu me faire connaítre que Tintentioií d:u Gouverneuaerit de Sá Majeste Tíès-fidèfe étail de se libércr im-niédiatement de Ia detle qu'il n contracte'e en-vers Ia France par suite de Ia eonvenlion du 14 Jatllet -1831 , j'avms eu ri>anneur d'acoré-dtter \rerbalemenl auprès d'elle_Mr, Louis Sau-vinet , lê principal dos interesses, et qui se trouvail levêlu de Ia confiance da .plusieurs dês a u três peraonnes compiiscs datis Ia conveution d'ind

Ce rnoda de payement me paiaissant très-con-venabU:, jc vousprie, Mõnsieur lê Vicomtc, de vouloir bien remettre á Mr. Sauvinet cês ti-trcs qu'il m'dpportera, et dont je lui donnerai un reçu qu'il aura l'honaeur de vous remettre ilnmédiíflement. Lorsque j'ourai cês tities en-lie lês mama, j'expédierai, s,ansperdredu teinps, un bâtuuent deguerre pour .porter en France Ia nouvelle deriieureusèconclusion decette affaire.

• Je suis aulorisé à annoncer íi V. Ex. qu'aus-sitôt que cette nouvelle será airive'e à Paris, Je Gouvemement dulloi do.nnera lês ordres nc-cessaiies pour que lês bâtirnens Porlugaís , La Diane et /' Uranie, soicnt rerais' à Ia disposi-tion, de Ia personne que V. Ex^ enverra pour lês recevoír : si celte peisoime deYirait profiter du départ de cê bàument pour se lendre ei; Francc'; "je lui oífnrais avcc plaisir de l'y re-•covoir.

Permettez-rnoi , Mõnsieur lê Vicomte ,, de me féliciler de rbcureuse conclusion d'une af-faire qui laisaait subsister depuis plusicuis an-nées une diíflcultd regretable entie deux Gou-vcrncmens, dont lês circonstances recentes ont -encore resserré Jes liens d'nmitié, de tónne in-

• telligence et de sojidantií d'inlercJs. J'accepte avec empressement cet augure favorable, et ene piais íi y irouver 1'assurançe que Ia bonr.e foi et Io loyaule que lê Gouvemement de Ia Rei-•ne met à acquitter lês dell.es qu'il avait avcc lês étrangers, vá rendre íi son cie'dit en Euro-pe une force, par lê moyen de laquelle il s'éle-vera lui-rnême audessus de*-embarras financiers qui entravent encore sã marche, cl qui ajou-lent de si pénlbles complications aux dificultei

•de sã situation presente.

• Je saisis avec un véritable plaisir, Mõnsieur lê Vicornte, une occasíon aussi favorable pour renouveller à V. Ex. lês assurances de mês sen-timens de trcs-haute consideration. Lê Vicom-te de Boislecomte. A S. Ex. Mr. lê Vicomlc de Sá, da Bandeira, Presidem du Couseil de S. M. T. F. etc. etc. etc.mEstá conforme.== No impedimento do Sub-Secretario, José Vk* risshno da Silva. :

COPIA. N.° 2.

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DIÁRIO DO -GOVERNO/

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Brazi'1, e- o de Saa Mageatade Fidelíssima, *x-primo a sua bem fundada esperança de que- renove esía negociarão para ser levada ao con.he-cimento do Corpo Legislativa na próxima fu--tura Sessãp. Q abaixo assignado muito se li-sõngêa de- poder asseverar ao Sr. Joaquim An* tónio de Magalhães,, que o Governo imperial persevera nas mesmas idéas, e, princípios -que dictaram o Tractado acima citado; e desejoso sempre de estreitar as relaçõesCommerciae» entre ambos os ,parzes, está ainda disposto a renovar, em'tempo opportiino, sobre bases de reciproca vantagem, uma negociação, na qual certamente o mesmo Governo Imperial está persuadido ler consultado os interesses das du-as Nações, esatisfeato condições qi)e. anter.iormen-te-haviam sido reservadas.

O abaixo assignado renova ao Sr. Joaquim António de Magalhães as expressões da sua per-feita eslima , e distiticta consideração. Palácio do fliõ de'Janeiro, em 20 de Outubro- d.;18;H>. = António Paulino Limpo de Abreu. = Está conforme. = António Maria do Amaral Ribeiro.'= Está conforme. = No impedimento do Sub-Secretario, José Feriasimo da Silvat copti N.° 3.

- Nú»ab'aixoass,ignados, António Paulinp Limpo de Abreu, Ministro e Secretario ,d'Estado dos Negócios Estrangeiro? do .Império, do Bra-zil, e Joaquim António de Magalhães, Envia» dó Extraordinário c Ministro Plenipotenciário de Sua MagesladeEidelissima, authorisados dei vidamente pelos nossos Governos,, para , resol-veimos as dusidas. suscitadas entre os Commis-sarios Brazileiros e.Portuguezes da Commissào ]ífixta estabelecida.nesta Còrle x em,virtude do Tiaclado de.29 .de Agosto de 1825 , relativamente ao julgamento das reclamações, dos súbditos das1 respectivas Nações; concordamos nos pontos seguintes, q.uc devem.ser. inviplavelrnen-te executados pelos ditos Cpmmisjarips.

1.° Abase.paca a indeinnisaçào.dos omcios será'a sua lotação, de que. os agraciados tiverem pago direitos; fazendo-se .differença entre os que serviam por si. os mesmos, officios , c aquelles que-, -pbtendo delles,mercês, não po-&iam por si-exorce-los,em. razão do seu sexo, posição social, ou qualquer outra circu.ns.tan-cia Os que se acharem na primeira classe perceberão u.naindemnisação correspondente álo-taçãoj.ntegjal, e os da segunda á da terça par? te dessa'lotação. .'. ". ; .. ' :. „

f 2 ° Serão remidos, os oflicios. Na remissão obse'rvar-se-lm a regra seguinte: Osque serviam os officios por si, e não tinham mercê de sobrevivência, receberão uma quantia igual a do producto da lotação dos mesmosofficios em vinte annos. Os que em razão do seu sexo > posição social, ou quplquer outra circumstancia, não podiam servir pôr si os ditos olnçios,. receberão a terçai parte sómenle daquelle producto.

Os que tinham mercês de sobrevivência receberão por esta-, com a mesma distincção feita entre a totalidade e.a terceira.parle das lotações , o producto de dez. annos^. . .

• A disposição do Arligo 2. entende-se com os reclamanles que'existirem até á data desta, e aos que ti verem fullecido, pagar-se-lhes-ha até o dia em q«e morreram.. As Tenças e Pensões serão igualmente remitas pelas tolalidados. O praso paraeslas indemnisações começará acorrer desde b d"ia"em que os agraciados deixaram -de receber os rendimenlos, por causa que lhes •dê-direito a ser indemnisaclos. ^

3." Ficam, exceptuados da indemnisaçao : L° os que foram deinittidos poi qualquer dos •dous Governos, por motivo que não fosse o^da separação e Independência do Brazil: 2." os> que, 'estandor-no goso dos officios, os abandonaram voluntariamente, depois de reconhecida à Independência: 3.° os que se provar terem obtido outras mercês pecuniárias, em attenção ás que houverem perdido.

4.° As indetnnisaçòes. que se devem dar aos súbditos dos dous Governos vencerão juros des-cte a installação da Commissão Mixta Brazi-'Jeira e Portugueza,. Estes juros serão de-4 por ceutp para ás reclamações julgadas ero rnoeda Portugueza, e de & para as que o forem em moeda Brazileira. Fica entendido que os juros, qualquer que seja a natureza da divida, serão pagos no moio circulante do Brazil sem alten-ção á diffeiença de moeda. Enlende-se outro si m'serem exceptuados desta percepção-de juro os Ofiicios, Tenças, e Pensões. • 5.°' Os Depósitos serão pagos nas rnesma -espécies., era quê constar nojuizo competent terem sido feitas, ou com o ágio correspondeu .te ú difièreuça. . - - - -

Nós abaixo assignados declaramos que asdi

)osiçÕQS acima exaradas sã devem entender com aifr inteira .reciprocidade para os súbditos de ambas ns Nações. . .

Em. testimunho e firmeza ,do sobredito, fize-os esta por rios asçiguada, e.sellada .com o ello das nossas Armas. •

Secretaria d'Estado dos Tíegocios Estrangei-os,-em 20 de Outubro de 18H&. =?(L. S.) An-onip Paulino Limpo, de, Abreu., ;=(L. S.) Joa-.iim António de Maga,lhães.:=; Está .conforme. = No impedimento do Sub-Secretario, José Vê,-úsimo 'da Silva." .

NOTICIAS ESTRANGEIRAS.

HSSPANHA. — Madrid, 20' de Março..

'artes recebidas- na Secretaria d'E$tado e do

Despacho da Guerra.

EXERCITO de operações do Norte. = Estado Maior.==2.a Secção.^Exm." Sr. = Tc-ihft a h&nra de manifestar a V. E., para que 16 sirva lovn-lo aocoiihecimcnfo. de S. M., que endo partido deBilbúo na manhã de hoje com is tropas que formam csle corpo de operações, inconlreLo inimigo que occupava as.alturas de janta Marina e Galdácano, apoiado cm difte-•énles linhas de parapeitos, das quaes foi des-ilojado, pois nada pôde resistir á decisão das. alorosas tropas deste exercito, .

Postos os rebeldes em fugida, e carregados opr lortunamente pelos destacamentos de caçado-, •e lanceiros. da Guarda Real, e os esq.ua-Jrões dos regimentos de cavallaria do ,Iíei e Ininha, deixaram, em nosso poder centp e oi-.euta e tantoa prisioneiros, entre elles 12 ofli-iaes, grande porçàp de ai mas, mortos, e fe-'dos. ' '

-A nossa perda foi pequena, apczar do vivo 'ogo de parapeito que soffremos. ; . ' ,

Durante a acção recebi uina ferida leve no raço esquerdo que não me impede de continuar . tosta das tropas.

Darei a V. E. os pormenores.circumstancia-, [os desta acção logo.que receba ascompetentcs jartes^ Ignoro neslemomento omoviiiiento que smprehenderei'amanhã para levar a eftejto. a iperação a que me propuz, pois dependerá da-juelle dos inimigos. Deos guarde a V.E.mui-.os annos. = Quartel General de Galdncano,. 10'de Março de 1837. = Èxm.°'S'r. = O. Conde de-Luchana.= Exm.° Sr. Secretario deEs-,ado e do Despacho da Guerra.

Vicc-Remado da Navarra. = Exm.°Sr.: Su-jerados quanto foi possível os obstáculos que j n li a m embaraçado até agpra, a execução do movimento que linha projçclado sobre oinimi-ço, emprehendi-o na manhã de 11 do corrente á testa das tropas desta divisão. A duas Icgoas de marcha tive o primeiro encontro em Sarasa com um batalhão rebelde, p qual depois de pequena resistência abandonou a posição, e retiro u-se sobre Erice. Alli o inimigo, protegido por numerosospaiapeitos, ha enno> e meiocons. .ruídos, e que defendem a Canada deste nome, í as formidáveis alturas que o. formam ; oppoz maior lesistencia ainda que inutilmente,—^pois de todos foi desalojado pela brigada da vanguarda que commanda .o Coronel D. Caetano Urbina, e pelo primeiro .batalhão de atiradores de Isabel 2., coinmandado pelo seu primeiro coininandante D. Benito Rodriguez de Arella-no. Batido'n'iim e n'outro ponto o inimigo, continuou a divisão o seu movimento etn direcção delrurzun, cujo povo abandonaram osha-bitaoles ao apreximarem-se as nossas tropas, não obstanle a protecção que olTereci aos Na-vairos na -minha allocução de *2 do corrente, annunciando-lhes que marchava sobre a facção. A proximidade da .noite, e a. perigosa passagem das Duas Irmãs,.que dirige a Lccumberri, ponto que mepropuz gccupar, suspendeu a con-tinua,ção do movimento naquelle dia', asliopas bivaquearam , apoiando a minha direita no povo de Echevorri, -e a çsq.ucrda na <_33trada seba.stião='seba.stião' echareu.='echareu.' com='com' corpoinimigo='corpoinimigo' de='de' objecto='objecto' disposição='disposição' a-reuríiâb='a-reuríiâb' do='do' pelo='pelo' toda='toda' sorte='sorte' forças='forças' impedir='impedir' tem='tem' cessou='cessou' frente='frente' povos='povos' eno.='eno.' padeceram='padeceram' frenle='frenle' real='real' indicado='indicado' importante='importante' as='as' na='na' ex-infante='ex-infante' nesta='nesta' commandado='commandado' tropas='tropas' sua='sua' acampamento='acampamento' que='que' foi='foi' uoke='uoke' uma='uma' actualmente='actualmente' d.='d.' quo='quo' muito='muito' jievor='jievor' povo='povo' indispensável='indispensável' general='general' evans='evans' nos='nos' para='para' não='não' tempeòtuosa='tempeòtuosa' _='_' a='a' chover='chover' e='e' áborunda='áborunda' icgoa='icgoa' o='o' distam='distam' ella='ella' acantona-las='acantona-las' seguinte='seguinte' conduz='conduz' occupam='occupam' dia='dia' e.em='e.em'> conservar-ine-hei por agora neslcs pontos, sem prejuízo de acudi r aos que o dito Género l pccupa actual mente nas immediações de Hernani, scmpr que for necessário.

O temporal que, tão ioopiriadailjentei tpm SQ" jrevindo, e contiflua a. reinar,. pf^ereoe: algn^ ma'3 difficuldades para operar, não obstante is* to, o porque a perda material' do- irtimi-gft ol di« minuta, este soffreu já pelo movimento combi-» nado com o General Evans um golpe de mui felizes resultados, pois além, da sua perda moral , obteve-se a vantagem, de distrahif d$ lir iha .de S. Sebastião., 7 batalhões, que pu.ssa-•am pór; aqui com o ex-lnfanle-D. Sebastião, ilem dps4 quejá tinha anteriormente nesta par-.e, e nas circumvisiríhanças do valle de UUa» ma, facilitando-se por este meio, não só asope-•ações que executou já o General Evans, como ;arnbem as que paru o futuro se propozer executar. Deos'Guarde a V. E. muitos annos. Quartel General de Sarasa, 13 de Março de 837.=JExm.

FRANÇA. — Paris , 3 de Março.

VAI-SE reedificando a nova basílica de S. Bonifácio em Municli; está quasi acaba-a a parte superior do coro, reinando nos oper 'arids a maior actividade, eprincipalmente nos •aculptores encarregados dos capiteis das^colu-nnas. S. Bonifácio ha de ser uma igreja paro-liial r e uma das' mais bellas obras architecto-icas que tem projectado, o R£Í Luiz. As66co-umnas que deve ter, estarão collocadas cmqua-ro fileiras, de modo que o edifício constará de inço naves, quando os demais templos não em", segundo as regras, senão três, excepto o a basilica de Roma, que tem também cinco, 'odas as columnas.são de uma só peça, coroa-as de um soberbo capitel de belfo mármore rárico adornado de preciosas'esculpturas, flo-es, conchas, cabeças de anjos etc.i, dirigidas e modo que oflereçam quatro variedades q.ue vitem.uma monótona uniformidade. Cada co-umna custará pelo menos .4 mil florins, e to-'a a despeza de construcção tem sido feita á usta do bolsinho particular dó Soberana. Ha-erá annexo á Igreja um convento de Beneditinos, aquém será confiado .ogoverno da paro-:hira, e o ensino nos gymnasios da capital. 'O abastecimento de Tremecen é uma opera-ão difikil e importante. A n lês, de lá chegar, : preciso recorrer um paiz árido, sem arvores, sem agoa, e semeado de urzes'espinhosas, que mbaraçam muito a marcha. Aférn destes obs-aculos da natureza, deve-se contar com os ataques de Abdel-Kader, cujas forças estão con-:entradas naquelle ponto, e cujo exercito, não ibstante a sua grande derrota em Sickack, for-ilicou-se necessariamente etn resultado dos nos-os desastres em Constantina. O Eujir é muilo abil*para não se ter aproveitado de uma circunstancia que lhe proporcionava reanimar o "anatismo abatido de seus partidistas. A iiossi» correspondência de África não nos deixa a menor duvida sobre este'particular. Generaes dis-i inclos e conhecedores dos successos não calcu» atri' em menos de dez mil homens-as forças ner cessarias para esta expedição.

A expedição foi confiada ao General Bu-geaud, que ao mesmo tempo foi nomeado com-mandante militar de toda a província deOran. Elle acceitouesla missão, mais perigosa- que bri-hante, com a sua costumada adhesão., e prcr para-se para partir. A parte do nosso exercito de África, que vai ficar debaixo das suas ordens, receberá com satisfação um chefe oquenj conhece'e deseja. Nós fazemos sinceros votos para que Abdel-Kader, se não está de todo .arruinado, se julgue em estado de não lhe agradar o General quejá uma vez o bateu tão forteraen* te. Sua segunda derrota desembaraçaria' iatei« amenle a França de um inimigo tão activo como perigoso. A intelligencia militar, e a energia que manifestou o General Bugeaud na sua primeira campanha em África affiançarn á que vai fazer com tropas aguerridas, e que sejulgatn felizes'em combater debaito do seu commando um prooipto e feliz resultado. .(La Paix.) • O antigo banco de Bruxellas, chamado Sói ciedade Geral, ganhou ao Rei-de Hollaada um pleito que Hie adjudica uma quantia de. 18 milhões, de francos; em consequência disto apode* rou-se de propriedades particulares do-Rei (srui<_-Iberme publica='publica' que='que' francos.='francos.' em='em' custou='custou' o='o' p='p' mil='mil' devera='devera' u='u' vender-se='vender-se' pleito='pleito' hás='hás' _247='_247' breveem='breveem' _='_'>

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DIÁRIO DO GOVERNO.

cos, e o trabalho dos 7,000 condemnados rcduz-se ú sdmma de 218 mil francos.

(Journal dês Debati.)

"O Courrier Français, diz que não parece terta a noticia dada pelo Messager de que o Governo Francez offerecesse a sua intervenção •entre a Inglaterra, e a Rússia no assumpto do ~Vixen\ e «junta o seguinte;'

Nós reproduzimos unicamente esta noticia pá* rã dar uma prova da sua impossibilidade. A Tespeito de se ter. já obtido resposth deS.Peters1-burgo sobte estn proposição, era necessário que par;i isto houvesse decorrido um incz desde que se foz, e é sabido que apenas tem passado este período desde a captura do P"ixen. 'Ainda que a Inglaterra tivesse sol licitado, ou acceitado a' 'mediação de qualquer Polencta, é fácil de pré-. sumir que teria elegido ante»'a Áustria por mediadora , do que a França. O Gabinete Inglez conhece queopesar da condescendência que mostra o nosso Governo pnra com o da Rússia, está mui longe u França de se achar ern posição favorável para influir com aqimlla Potência.

Dizem que sabbado em consequência das revelações feitas por Meunier, foi preso um'eol-dado do 16.° de ligeiros, cujo deposito estii actualmente em Versailles, e que o Juiz de ins-trucçâo do tribunal procedeu depois ao seu interrogatório. Se houvermos de acreditar as noticias de palácio, parece que confessou que a sua intenção era assassinar Luiz Fihppe, c que porá acltur rníiis facilmente occnsiâo de o etfe-cluar, se tinhn alistado-em um regimento da guarnição de Paris. Sagnndo outra versão, só se aliálôu depois do alterUado de Meunicr para melhor se poder sublraliir ás pesquisas da policia. ' ' •

'Cbampion, o inventor da nova machina infernal, tinha contra si muitos mãos antecedentes judiciaes. Em 1833 foi condemriado-a 3 me-zes de prisão, pelo tribunal de policia conec-cioivnl de Ptirís, por golpes e feridas, esteve duas vezes preso desde a revolução de Jullio, a saber: 'em 1830 pol4 delicio decoaliçâo de-ope-raiios; e em 1831 como involvido em provocação de assassinato ; mas não tendo havido pró' vás sufFicicntes foi solto. (Lê Droit.)

Os rumoiès que durante ^algum tempo circularam relativos a um matrimonio entre o Duque deOrleans, e uma Princeza da casa de Mecklemburgo, começam novamente a tomar ronsistcnciá. Dizem além disso, que. o Governo Prussiano se mostra propicio a esU alliança

E' sabido que Iodos os annos pelo mesmo tompo costuma o Presidente da Gamam dosDe-pulodos reunir n'um buile sumptuoso as pessoas de Pnrís, e os membros dos primeiros corpos do Estado. Não faltou este a n no Mr. Dupm a 11 m uso tão conveniente e liberal.

Os bailes deJUr. Diipin tem um caracterpnr licular. Soo os únicos em que os primeiros empregados do Estado, craque" a aristocracia Fian-ceza estrangeira se encontram reunidas aos homens liberacs e industriosos dn classe media. O Presidente da Camará dos Deputados linha convidado h ou te m os membros das duas Camarás, os Ministro?, empregados da primeira ordem, corpo diplomático, todo o tribunal de Cossation, os membros do conselho d'Jístudo e doTluisou-TO, os presidentes, e vicc-prosidentes do Tribunal Real, e do da primeira instancia do Sena, o Decano dos Juizes de Paz, o Presidente da Camará de notários e procuradoic-s, o decano da ordem dos A vogados', muitos Genernes; o Coronel, Tenente Coronel, e dous officiaes de cada rcgirnento da guarnição de Paris,'e seu termo; o estado maior, e ofticines supeiiores da Guarda Nacional , os membros du academia Franceza , os presidentes c s>ecretunos diis classes do instituto, professores do collugio de França, e da faculdade de litleratura, sábios, litlerntos, redactor s dos principaes periódicos, artistas du todos os géneros, negociantes, alum-nos da eschola polytechnica etc. • Foram dirigidas mais de2,000 certas de convite,' e concorreram 1,900 pessoas, entre ellas quasi todos os Embaixadores. O Conde de Loe-venheim, Embaixador de Suécia, eLordGran-ville, que aproveita todas as occasiòes de manifestar a boa harmonia em que está com o Prasidente da Guinara, permaneceram ale muito, tarde. Concorrciam poucos indivíduos da Camaia doa Pares. Pelo que icspeita aos De-puliidos, o terceiro parlido, o a opposição con-stHucional formavam n maioria naquella reunião, o mesmo que em tqdas as de Mr. Du-pin. Menos Mr. GuLíôt, cuja dor justificava o sua ausência; todos os outros Ministros s», apmeniarnm logo. -. Os Duques de Orleans, c de Nenjours, en-

traram ás nove horas, e no mesmo momento de chegar deu ordem Mr.Dupin áorquesta pa^ rã que executasse a Parisiense. -Alguns Deputados doutrinários, -que entraram naquelle momento, mostraram-se surpresos de ouvir;unm musica quasi revolucionaria.-Os Príncipes passearam nos salões mistiirando-se em todos os grupos. Notou-se que'ó Duque de OrleansMeVe orna longa conversação' cdm o Marechal Mai'' son , e outra tf»mbstii longa com Mr. Thiers. \ •-O Duque de Nemours1 dançou muito, e seus principaes pares foram a Marqueza de Ia Cha-teignerais, e a Condessa Lehon , esposa do enviado Belga. Os dous Príncipes não se retiraram senão á meia noite.

Os salões adornados de floresj e rodeados de três fileiras de banquetas reservadas para as Senhoras, e dispostas cm forma degradaria, apresentavam a mais brilhante perspectiva. Todas as Senhoras que se distinguem em Paris por sua elegância e belluza, assistiram a es^ta luzida reunião.

O baile esteve constantemente muito anima do; porem o ruido da orquesta não impedia as conversações políticas. Era jú conhecida, por confidencias que tinham feito os membros da comnmsâo, a informação de Mr. Salvandy. Todos convinham em que esta se reduzia a uma l arca amplificação.

O General Bugeaud recebeu os parabéns dos seus amigos, pelo commando que acaba de obter. Com effeito, parece certo que Mr. Bugeaud partirá em breve para tomar o commando da província de Ornn. Lisonjea-se este General de ler um commando absolutamente independente do que tem em Argel o General Dionisio de Danremont. Não dissimulava horilera suaspre-lençòes relativas a este objecto.

Ale perto das quatro horas da manhã não cessaram as conversações politicas, e o baile M adam a Dupin, para quem esta reunião tmlu sido já o motivo de exercer u sua generosa caridade, fez as honras com aquella interessante amabilidade de que mulher alguma possua melhor do que ella o segredo. ( Teiit^s.J

TURQUIA.—Constantinopla, 26 de Janeiro.

A TRIPULAÇÃO do Pixen foi enviada deSock-Kalé para Constantinopla pelo Almirante Lanzareff, e este assumpto continua a produzir as mais serias inquietações.

As ultimas noticias da Pérsia-chegaram aqu por via do novo Embaixador Persa MirzaDja-fer, homem de muito talento,'e que foi educado em Inglaterra. Estas noticias alcançam at 20 de Dezembro. O Schah , depois de atravessar o Koiasan para voltar á sua capital, man dou buscar o Cônsul Inglez Mr. Mac-Neil^ qui contava residir- naquella cidade algum tempo Depois soube-se que os Turcornanos surprendé-ram o exercito do Schah , c que fizeiarn'2 m r." prisioneiros, os quaes reduzi iam á escravidão, Apesar deste revez o-Schah parece estar disposto a tentar a sorte de uma nova campanha na primavera , c já expediu ordens aos governadores das"provincias paro que estejam dispostos na dita epocha. N ao obstante is,to, espera-se conseguir deste Soberano que renuncie aos seua piojectos de guerras u conquistas, tanto mais, quanto que paralysam iodas as relações com merciaes, e niaiiifeslam-se signaes de descontentamento por toda a paite..

Um enviado do Khun de Bucaria acaba.de chegur a Tauns, e Capera-se aqui. Está encar regado de apresentar magníficos presenles ao Sul ião. (Mercure de Souabe.)

CORUESPONDEUCIA.

COM data de 20 do correu lê mêz de Março, nos dizem de Beja o seguinte: •'

Remechido está com a sua gente em total dispersão, pois já a tropa aã ultima correria' o não encontrou;, e a Cavallaria espnlhou-se pára Castro Verde, Almodo/ar, AljUhtrél, e Messejana, rondando as estradas, para evilar roubos, que seriam fáceis de praticar, por isso que os guerrilheiros andam disfarçados aos três, e aos quatro.

NOTICIAS MARÍTIMAS.

Parte do Registo do Parto. = Dia 27de Março dclQW.

EMBARCAÇÕES ENTRADAS.

ESCUNA Portugu«:a = Lontra = Cap. António Franco de Mattos, da Viena em ò dms, em lastro,, ú Companhia das Pescarias Lisbonense; 8 pessoas de írip.

Hiate Portuguez = Senhora do Garmo= Mês* tre Francisco José Rodrigues Felripa, de Villa Nova de Portimão em 24> horas, com amêndoa e figo; 4 pessoas de trip. e 4 passag.

• Polaca Saída = Incoronaia i= Cap. Pedro António Michelirie, de Genova-em 24 dias, e ultimamente de Gibraltar,; onde esteve 11 dias fundeada, e donde traz b dias^.com anpz, massas, papel, e mais fazendas a Dtogo Mónaco; 11 pessoas de trip. i • •

• ' EMBARCAÇÕES SABIDAS. . ,

Rasca Portugueza = Senhora rdo Rosario=j Mestre António Alves, para Villa Nova de, Portimão com sal, encomrnendas, e l passag. ,'

Secretaria da Toire de Belém , 27 de Março du 1837. = F. J. P. Gonzaga...

AVISOS.

« r L A N o • '

PARA a primeira parte da Loteria do se1-» gundo trimestre do anno de 1837, quo se ha de fazer peldCommissão Administrativa da Santa Casa da Misericórdia etn beneficio dos Expostos da mesma Santa Casa, dos Enfermos do Hospital Real-de S. José, e dos Órfãos da Casa Pia, na conformidade das Ordens Re-giascxpedidas pela Secretaria d'Estado dos Negócios do Reino, por Portaria de 27 de Maio do anno de 1834.

Será o seu capital de 24:000,^000 rs., formado'de 5:000 bilhetes (dos N.°< l a 5:000), a 4^800 réis cada um ern metal; e na mesma espécie se distribuirão os seguintes ' PRÉMIOS.

1 de......5:000^000...... 5:000^000

2 de......l:000$000 ..;... 2:000^000

3 de...... 600^000...... 1:800^000

3 de......• 300^000 ..:... 900^000

9.de...... 100^000...... 900^000

13 de...... 50^000 ..i... 650^000

25 de...... 20^000_____ 500^000

60 de...... 10^000...... GOOj'000

1:550 de...... 7^000......10:850^000

' l ao n." que se extrahir depois de tirados os sobreditos prémios ..................

1:667 Prémios. 3:333 Brancos.

ó^OOO Bilh. a4/800rs.imp. em rs. 24:000^000

Os 12 por cento de beneficio serão descontados dos Prémios no acto do pagamento. OsBi-Ihètes serão assignados1 de Chancella pelo Escrivão da Commissão da dita Santa Casa, e pelo Thesoureiro 'geral. Entrarão nas Rodas somente os Números, e os Prémios. A venda terá- logar no dia 4 de Abril próximo futuro, e a extracção principiará no dia 18 do dito mez.

A Commissão -authorisada por Sua Magesta-de Fidelíssima,' em Portaria do Ministério do Reino, de 18 de Abril do anno de 1836, faz publico que os prémios da presente Loteria, e das mais que se seguirem, que não forem exigidos nopraso de cinco annos contados do ultimo dia da extracção, prescrevem a favor dos Expostos desta Corte. ' ,

1 J , i

O DIRECTOR interino da Esehola do Exercito'faz publico que no dia 1.° do próximo mez de Abril principiarão as lições na Aula da 5." Cadeira ua referida Eschola.

ANIXUNCIOS.

IA tarde do dia 1 do Abril se lia de arrematar na praça do Deposito geral cum o.

___ ubalimenlo da 5." parte do valor de 3:200£009

réis unia quinta fom seus pomares", terras de semeadura, vi-' nhãs, casos, c domínios directos, tudo em o sitio d'Amora, termo da Villa d'Almada: fMfrcriviSo dmirretnntatilo—Couto.

-£jfN, TTENDElt-sE unias canas nas escadmbos de Sau-&«[ V cto EslevSo n." 16 e 17, renovadas, e mui-QliiJi-Sito baiatas. Na lojn da rua do Marquei d'Ale-grete n.° 61 se traclu do itjiijle.

EEILÍO de boa mobilia "de casa, louç», plantio luglez, casquinha, trem de Oícriplorio, etc. j Sexta feira 31 du corrente ,< pelas onze horus, na | rua de S. Francisco n." 21, 3.° andar.

THE ATRO FRANCEZ.

TERÇA feira 28 do corrente: pela abertura, á 2.* représ..de = Judith. et Holopherne=s tipisode de Ia premièrc guerred'Espagne, vaud.

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