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siiasTcásas.:--Quando isto se fazia, uma descarga 'de fusilaria do lado do Palácio do •Coude de Almada, e de algumas jatiellas da rua nova da Palma, sobre as Tropas do meu co.mmando, deu logar a que se lhes respondesse ; engajando-se assim um pequeno tiroteio com as forças Nacionaes estacionadas no Rocio, e cm consequência do qual debandaram complelnmente, sendo eu-nesta occasião ferido levemente, e twido o meu cavallo morto.

A columnã do General Barão do Bom fim foi .igualmente obrigada a tomar medidas enérgicas, pois que rompendo o fogo, a gente que se achava no Convento de Jesus, Quartel do Io." Batalhão da Guarda Nacional , e sendo gravemente ferido um Ciliciai de Infantaria N.° 10, não foi possivel conter este Corpo. que logo vingou uma tal aiTronta. Esta colu-mna occupou o Arsenal, da Marinha sem resistência, e somente no Rocio teve de novo de repellir aggressão por aggressão.

As Tropas no fim d« tudo reuniram na Praça do Cornmercio, e dalii -desfilaram aos pontos que lhes marquei , para' que mantivessem- o socego publico, o qual desde «ntàò não tem sido interrompido.

Houveram mortos e feridos , cuja relação mandarei a V. Ex.a logo q-.ie chegue ao meu conhecimento.

Deus Guarde a V. Ex/' Quartel General da Calçada das Necessidade;-,- 14 de Março de 1838. = Iilm.° e Exrn.°. ST. Secretario de Estado dos Negócios da Guerra. = J'. A., Visconde do Reguerigo.

Nào era .possível empregar mais indulgência para com os sublevados do. que aquella que-se empregou. Ern todas as ocrasiòes foi o Administrador Geral fallar com ellcs para os convencer a que se retirassem a suas casas; com a maior paciência foram ouvidas longas contestações de alguns mais obstinados que não queriam retirar-se. O mesmo Administrador Geral esteve no largo da Graça a pouto de ser assassinado.

Sua Excellehcia. leu então este Ojficin.

Illm." e Exm.° Sr."= Em cumprimento da Portaria desse Ministério, e"m data de honlem, acompanhei o Commandnnla da l.a Divisão Militar, encarregado de fazer dispersar a parte da Guarda Nacional que se havia reunido contra as ordens do Gove: no~de Sua Mageàta-de. Sempre que me foi possivel fiz á sobredita G.uarda Nacional as admoestações que me incumbia o rneu Cargo, e empreguei toda a foiça de persuasão, á fim de que entrando nos seus deveres, e obedecendo ás Ordens de Sua JVlageslade, regressasse a seus lares. Achei grande resistência nos Batalhões que occupavam o ponto da Graça; e tendo recebido dos Com-, mandantes dos mesmos a promessa de que a minha pessoa seria respeitada , avancei só ate ao centro dos mesmos Batalhões ; fui bem recebido pela maioria dos Cidadãos armados, que alli se achavam, mostrando tendência para -reconhecerem a Aulhoridade que Sua Al a gesta de me havia confiado: est.ei:e~,pjrcin a iniu/ia existência cm grande riaco • l>'>go que tncaproximei do lado oriental da d-ila posição, c a não ser a •generosidade c decisão de olgti.ns Concidadãos, eu seria morto por um Artilheiro J\acionaL Kecebi baslnntes ins\iltos- cie Soldados de alguns Corpos ; mas nem por i^=o deixei de fazer-Jbes ver que a mão do mal" os havia levado a uommeller uma.falia que .ns Leis reprovavam : aos gritos de viva a Lib.erdnde, viva a RAINHA, salii de um logr.r aonde" eu corria tanto risco. A Tropa de Linha conservou a maior obediência e disciplina ; foi í ó He pó is de romper o fogo da parte dos Corpos Nacionaes queosCom-' mandantes da l.a Lin-ha ordenaram que a mesma correspondesse. Algumas desgraças aconteceram , o que na verdade è para sentir !

Pela Repartição da Guerra ter.i o Governo uma relação exacta dos mortos c feridos. Tenho a satisfação de annunciar a Y. Ex.a que a ordem se acha restabelecida, e que reina a maior tranquilidade na Capital.

Deos Guarde n V, Ex.a Lisboa, 14 de Março de 1838. = lllrn.0 e Exm.° Sr. Secretario cf Estado dos Negócios do Reino. = O Administrador Geral interino , A. B. da Conta Cabral.

Eu mesmo fallei aos sublevados em varias occasiões ; estive no largo da Graça entre el-íes; confesso que me trataram muito bem, c pedindo-me Cjne os acompanhasse ate ao Rocio, eu marchei á sua frente. Chegando ao Rocio, formaram.as porções dos Batalhòesda Guarda Nacional que se achavam reiinidasV Chaiõei

DIÁRIO DO GOVERNO.

os seus Commandantos a-uma casa, a fim- de assentarmos na maneira mais prompta da se dispersarem , e para que se retirasse cada indivíduo tranquilamente a suas casas. Quando nos dispunhamosípara fallar sobre este assumpto, ouviram-se descargas.de mosquetaria-, o que fez terminar a conferencia.

Feio relatório do General , Commandante da l.a Divisão Militar, vè-se que esto ultimo fogo começou ainda d u parte dos sublevado?, que o fizeram sobre a vangarda das tropas que desapercebidas marchavam na persuasão de que tudo se achava acabado. Nesta occasiào houve vários mortos e feridos , e entre 03 últimos o valente e digno General , Commandante -da l.a Divisão Militas. ,

E' para deplorar que os Militares que em Valença , no Campo da Feira, e em Ruiyães combateram contra os revoltosos para sustentar a Revolução de Setembro, nos .víssemos agora na necessidade de empregar novamente as armas para sustentar a mesma Revolução contra as pertençòes de indivíduos que se consideram superiores a. Constituição do listado. (Apoiado geral.) '

Senhores, e' preciso que sem demora saiamos do estado em que-desde a Revolução de Setembro de 18o (í se acha a Nação. (Apoiado.) Isto somente se pôde conseguir "reaíisand.o o pro-grumnià daquelía Revolução. (Apoiado.)

Jure-se.a Constituição que se acha f«ila pe-lus Cortes; este é o desejo de Sua JVJageàladvJ ~a RAINHA, e o desejo da Nação; todos esperam que. a Constituição seja a base de wm melhor futuro. (Apoiado --eral e prolongado.)

O Sr. Vieira de Castro diss-jr-que n.estes últimos dias houve na Capital; acontecimentos, que não podem deixar, de levar a dor a todos os Corações: acontecimentos que, certamente, embaraçam a consolidação do 'l hrono Consli-tuci.onai , e das Liberdades Publicas: que o pensamento do Congresso e manter, os princ;-pioí proclamados no dia 9 de Seleinbro, a obediência ás Leis, co respeito devido ao 'Í hrono ; e fado c,ue sonao pode negar, "que houve-ram factos que não podem deixar da couiide-rar-se eo:i'io um lestiiiiunho de deso.bed-ieucia 'ás Leis; porem que em objecto .tão grave a .-praxe parlamentar era nomear-se uma Couirnissão que desse .utn parecer sobre ' os Relatórios apresentados peio Governo, e que em appan.-ccrido" e.í-se Parecer, é que devia haver uma discussão sobre este" objecto;' e por isso elle propunha que SP nomeasse uma Cotiimiíáiio do sete Alerubros, para este iim.

O Sr. Moniz ponderou, que a requerimentos,, eeiíi mil vezes de menor importância que e.ste , LG;T) o Congresso mostrado-que não éco.n venieii-t\i traclar deiles iaimediatamente ;' e e.nlã.o pe-dia c".ie elie fusse enviado a uma Comi.nissão , e r u..:- oedia qu"e em uma matéria tãograve, em ii.iç era necessária a maior placidez, nem apoiados >e consentissem. • • . . -. . Ò Sr:'José Estevão disse, que via que oCon-'Tress'o s o queria demorar hoje na discussão dos-, te objecto, decisão q.ue seria inútil, porque elle ãc.iatihã, ou além podia interpellar o* Srs. Ai i u litros'sobre estes lacíos, e eiies lhe haviam de responder catiiegorieam.Miíe, salvo se qui/.esse revo''-r..i r aos Deputado^.o direito de mterpelkir, ou OS' Srs. Ministros ifào viessem ao Congresso ; entretanto mandava' par.a u.Alesa os seguintes quisitos para. u Coiuinissao. os ler em vista no seu parecer :

1.°- Qual foi o fim expresso, e determinado porque o Governo mandou reunir a força

2.° Se ao GovoVno constava, an.tes de reunida alguma força de linha,-que algumas Guardas Nacionaes se tivessem reunido.

3.° Que documentos, ou razoes tinha o Go-vcino para determinar qual era o fim da r;;.í-ti i ao da Guarda Nacional.

-1-.° Se durante as reuniões da Guarda Nacional se ouviram sair desses Corpos vozes eu-.-.• offendessem o Throno, e a Constituição. ou manifestassem intenções disso.

• A requerimento do Sr. .O.liveira Baplista. julgou-se a matéria da proposta do .S.r. Vieira de Castro discutida, e o Congresso apnrovou que se nomeasse urna Commissão d:; seio jVi Ti sobros, para examinar e dar.o seu p a roce r coai urgência sobie os relatórios apresentados peio Governo; e igualmente que esta COÍÍKÍ::.-~S;IO l'cs-se nomeada por escrutínio, e que los-e o ecc .;=;?.-ria maioria absoluta nos primeiros deus JSCT.O-tinios.

Teve a palavra para uma declaração O.Sr. Costa Cabral, « disse: — Sr. Fresi.-dente, não julgo necoss.ar.io tomar agora a pá-

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lavra sobre o importante objecto que acaba de occupar a attenção do (Congresso ; logo que ap- J pnreça o Parecer da Commissão que vai nomear-se, ciarei todos quantos esclarecimentos estiveretn ao m ou alcance, a fim de que o Congresso entre a fundo no con.liecimento deste negocio. Agora devo somente declarar que em todos os meus prored;metito3 dos dias passados nada houve d" se-c-roto e reservado ; obrei sempre com conher:imen-to dos Commandantes da. Guarda Xacionr.l , que tiveram a bondade de annuir ao meu convite; faço -esta declaração para (jiie se me não pos-am fazer iinputaçdes destituídas fie f-uiulament-.i.

Depois de. m-a.is .-i l g u m .is rerlexôcs o Congresso apt)rovou que .fossem reniettidos ao Governo os quisitos mandados para a Alesa peio Sr. José Estevão.

'j evo a palavra

. O Sr. Almeida Garrett, e disse que não podia formar a sua op.irnão sobre os successos da Capital, nem sobre a sua moralidade, sem qus o Ministério informe a Commissào, que se ia nomear, ou oCongre = so sobre os seguintes quisitos :

1.° Requeiro que o Governo informe aCom-missao -ou o Congreíío se e verdade que o Sr. Presidente do Conselho, de Ministros, por espirito, de deferência conciliadora, estabeleceu conferencias com alguns dos sublevados, qus lhe annunciararn membros de uma JUNTA C£N-TIIAL, e directores da revolta.

2.° Se o Marechal de Campo Barão de Barn-fim já na Segundu-feíra 12 do corrente appare-ceu a frente de alguma força de linha.

O. Sr. Presidente do Conselho de. Ministros

obser.vou que sobre estes objectos ia podia dar

i i • - • •

alguns esclarecimentos: em quanto a primeira

parle do requerimento, que não havia similhan-te cousa.; e que em quanto á segunda , como ora objecto cie datas, ..não se recordava, mas poder-se-ia verificar.

Passou-se ã nomeação da Cominissâo, e no primeiro escrutínio saíram eleitos com maioria absoluta os Srs. .Eourenço José Moniz, e Basi-lio Cabral Teixeira de Queiroz. .

No segundo escrutínio ssírani. elcMtos com maioria absoluta os Sr;. António Manoel Lopes Vieira de Castro, R:i.ivoso, Manoel drf V-s-conceilos Pereiro, e Jos*è Joaquiin liã"SiTvã Terei rã. . .. • . .

. Faltando ainda um Membro, para compor a Commissuo-, pissou-se a H,° escruiii\io, e sahiu eleito o.Sr. A .. Fernandes Codho,

O Sr. Secretario Rebíllo.de Carvalho leu a. Correspondência a que se deu o competente destino.

O Sr. Garrett pediu a palavra para uin objecto, urgente, e para requerer com urgência que o Authografo da Constituição que se acha prompto na Secretana seja verificado, as-signado, e mandado a Saircção de Sua Mages-tade.

Alguns Srs. Deputados ponderaram n gravi-dadj desfa matéria ; e tendo dado a hora ucou es-le objecto para trictar-se delle. amanha.

C) Sr. [yresidente deu para, Ordem do dia de amanhã a mesma que hotuern deu para hoje, .c fechou a Sessão ás quatro horas..

Officio lido na Scsaio ííc-14 de Março.-

LLM.° e E\m.° Sr.r^-Teuijo-a Jjon.ra. de; par-' .ticipar a V. Ex.:l, para .o fazer saber ás Cortes, que os negócios a meu .cargo não ms perinittem ir assistir a Sessão de hoje; tenlio no entanto a satisfação de annunciar a Vr. Ex.3" que a ordem se.acha restabelecida, e que reina o maior socego cm toda a Capital ; o Governo do S ti a jVJagíslade empregou, como havia a:i-nunciado a V. Ex.a ein O.Ticio de-honten) , os !T!3:oí ;i s.ia disposição para manter a sua di--gcidade.. "e para faxer respeitar o Throno e a Constituição. E' forçoso, porém, dizer a V. Ex.% alg;jm sangue correu, tendo sido feridos e mortes alguns Cidadãos armados, e al-g'.i!is Militares da l.a Linha.