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DIÁRIO DO GOVERNO.

u não pôde cubrir aquetlc defeito de origem. u A omnipotência parlamentar tem limites; e u assim tomnda em tal latitude pôde levar a te perigosos excessos,)'

Nem a consequência está nos princípios, nem os princípios são estes.

Nàoesúí a consequência nosprincipios , porque ainda estreitando quanto se queira o poder dasCôrtos nunca será possível limitú-lo aponto que o consenso narionol dudo pelo Parlamento a qualquer acto pm'sua origem illegal, deixe de o rehabilitar. Não ha pcccado que a absolvição nacional nãoupague; rnns quando se justifica na' utilidade pública, na salvação do Estado, a sancção dtis Cortes torna saneio o acto menos legal em sua origem.

Se a Camará do Por.to fez o que não podia, porque é que o não podia ella? Porque essa era a nutlinridade das Cortes. Dada ella por quem n pôde dar, desapparece a ilegalidade ; jú não é um acto de uma municipalidade, é acto do poder legislativo. K nào caberá nasattribnições do Poder legislativo impor por quatro ou cinco mezcs (que de mais se não tracto) uma leve contribuição ás províncias do norte, que ha tantos annos já estão pagando, e continuarão a pagar, em mais que no cêntuplo, as províncias do sul 1

Esta é a questão verdadeira, e despida da farragem das argumentações — c das luzes — luzes da declamarão. Não responderei ii minha própria pergunta : assas lhe responde a consciência do assemblén.

.li todnvia, .por esle modo ninda vai limitado c circumscripto o poder das Cortes. E esso e um principio fulnl , damnado e damnoso ao qual, nem por um momento, riem por mera supposição, quem deixar essa existência factícia e ephemera que de tal concessão possa derivar Eu creio, Senhores, e muito solemnemenli qurro fazer profissão da minha crença; eu creio nu omnipotência parlamentar em toda a sua latitude e extensão. Nesla fé' vivo e quero mor ror, porque fora d'ella não lia siilvaçâo. Crei na omnipotência parlamentar, como creio n« omnipotência divina. Os limites do justo at a de Deos os tem, porque a injustiçA lhe e impossível. Para dentro d'essns raias não ha outnis.

Creio na omnipotência parlamentar, porqu cila è n salt-n guarda da Liberdade; creio n: omnipotência parlíiiuentíir porque ella d a vai vuln de snlvfiyân para todas ns effervescencia populares, porque cila e a única sólida, garan lia da ordcrn ; com ella se evitam a anurchi n o despotismo ; com ella se volve á ordei: quando chegou a quebrar-se, por ella se con serva a ordem quando a tempo se lhe interpò recurso. •

Quero sim, quero viver e morrer n'essa cren ca salutar em que tem vivido o Povo mais an ligamento livre da Europa, o Povo modelo d todos os Povos que querem a Liberdade, equ é o primeiro,na carreira da civilisação.

.TL' o saneio dogma da omnipotência parla menlnr que e«i tão diflíceis crises tem snlvadt a Inghiterrn da nnarchia, e dos perigos das ré voluçòes. E' o desprcso d'cste dogma, foi ignorância de quem estupidamente o limito em nossos códigos políticos, o que nos Iroux a revoluções perigosas, o que forçou o Povo i recorrer á sua ultima razão, ultima ralio pó puli, porque lhe tolhiam e li.mitavam com ret-tricçòes absurdas, o recurbo natural, legitimo, c de urdem que na omnipotência parlamentar Hcvia achar, contra-os erros ou incongruências de sua constituição escripln , e que desejava, queri.i , e devia querer emendar. (Apoiado, ;ipoiiiíJo geral.)

Kcsummdo pois, concluo: esta impo.siçàp ii-]cgilima um sua origem, segundo eu próprio lm seis tp.czos a dcclaiei , torna-se indispensável pelas circumstancias actiiaes. As Cortes podem sanar a illegalidade; devem fnzè-lo agora. ,

laçamos o nosso di:ver: contaremos depois com quem de direilo for. Agora vamos em auxilio d'essa illustre Cidade, vamos, sem mais hesitar, em soccôrro de quem nunca hesita em vir em nosso soccôrro.

E' um sacrifício que faz o Reino de Portugal? Será. Mas porquem? Pelo Porto? Quantos tem o Porto feito por nós l (Apoiado, apoia-• do; longosapplausos.)

LISBOA, 12 DE AGOSTO.

DESENGANADO, pela resistência dos Povos, que na Beira jBaixa não achava echp nem apoio a causa da revolta, o homem que se abateu

a altura em que estava de mareclinl do exer-ito pprtuguez, ate' ú miséria de chefe de guer-Ihas, cortou a Coimbra para tentar por esse ado a fortuna que o foge. Estamos certos que o.desengano será igual, as talvez mais amargo paru esse infeliz rege-sraclo da'Causa Nacional. • •

O Governo tem tomado todas as medidas de jrcvenção que aã circumstancias pediam. Hoje arte para o Porto, pelo Vapor, uma força, troporcionalmenlti considerável, e que tornará nexpugnavel aquelle baluarte da Liberdade, ao quinhentos homens da Guarda Municipal, .juero dizer de tropa d'éh

Folgámos quo o GovèjM desenvolvesse e'itá celeridade nas buas proviJBrcins, posto que es-.cjarnos certos que bastn a Guarda Nacional e c bravos batalhões do Porto para se defenderem a si. Mas d verdade lambem quepódecon-vir defender mais que o Porto; e este sobrexcel-ente do forças habilitará o Visconde de Sá da fiandeira a manobrar de modo e simultaneamente com o Bitriio do llomlim , para que este resto do revolta seja brevemente esmagado.

Além dos antigos Batalhões a Cidade Eterna tem n'estcs últimos clías engrossado o numero de seus combatentes com um npvo corpo, o dos Artistas, a alistar-se, no qual acudiu a flor tju-quella industriosa população.

E' sobrenatural que nenhum sacrifício cancã, nem é o ultimo para aquella Invicta Cidade! Mais uma vez deveremos ao berço de nosso nome, a Liberdade da Pátria.

As difficuldadcs cm que se achava a Camará Municipal do Porto, felizmente foram applau-didas pela decisão prudente das Cortes que hon-tem sauccionaram , por esle anno somente, a tabeliã de imposições indirectas que alli tinham sido obrigados a lançar. Esta questão que foi uma das mais renhidas no Congresso, deu lo-gar ao brilhante e patriótico discurso do Sr. Deputado Almeida Garrett, que hojedainoseni .separado por nos não chegar a horas honteindc o dar no extracto da Sessão.

Não podemos deixar de dar os parabéns ao illuslre Orador pelo seu eloquente improviso que, em nossa humilde opinião, e dos mais valentes que ainda ouviu a Tribuna Portugueza. Os Portuenses, cuja causa defendeu com tanto vigor, agradecerão certamente ao seu disiin-cto palricio o serviço que lhes fez. Sum se af-fastur da matéria sujeita, este discurso é ao mesmo tempo um curto mas eloquente panegy-rico da Cidade Eterna^

Sans e Forcadell achavam-se a 29 do passa" do em Villareal com 4 batalhões Navarros, d 2 ou 3 Aragonezes, servindo de escolta dogran* de comboy de effeito* e viveres que tem rou' bado. ' • '

A facção de Guergtié, segundo participações recebidos pelo Governo, tinha passado no dia 5 do corrente por Sepulvcda em direcção a Se-govia, e os dois mil homens que se tinham sej parado da de Uranga, havendo pnrtido rio dia 31 do passado de Ontoria de los Pinares,'passaram por Sr Leonardo, e achavam-se sitiando o forte de Lodoso.

A facção de Urbistondo, que se ap.oderou dei Berga, trata de fortificar este ponto com toda a actividade. O povo de Baga foi abandonado em consequência da tomada de Borga Centrando os rebeldes naquella povoação, onde com» metteram os mais horrorosos atteatados.

RECEBEMOS Folhns de Madrid ate 4 do corrente. O General em chefe Conde de Lucha-na participa do seu Quartel General de Mosque-ruela cm data de 3Udo mez passado, que naquel-le dia sahíra de Rubielos em perseguição dos facciosos, e que-, nas form-idaveis posições de Li-nares encontrara dons.batalhões rebeldes coln-mandados por Sopclana e Quilez, que lhe qui-zeram disputar a passagem ; mas sendo envolvidos pelo ílanco esquerdo pelas tropas do General Iriarle, e marchando a atacar o povo pelo centro a brigada de Borso de Carminati, e outras tropas, os facciosos abandonaram -as suas posições baleiido-st: em retirada. O General em chefe continuou a sua.marcha sem interrupção para o dito povo de Linares, onde se achavam outros dois batalhões rebeldes, que juntos com os antecedentes tomaram a altura doSanto António, o que os pôde conduzir a Iglesuetn, e a Villafranca. A perda das tropas da Rainha neste recontro foi de 30 homens, a dos rebeldes muito maior.

O Pretendente com o resto da facção achava-se, no mesmo dia em Jglesuela , indicando marchar paru Villafranca. Segundo o movimento que fizesse , assim operaria o Conde de Lu-chana. Das oulrns duas facções que passaram recentemente" o libro, dizia-se que a perseguida pelo Brigadeiro .Alçal.á se dirigira- ás monta-1 nhãs dê Burgos, c a outra, q.ue só linha .dividido em ,rluas, uma' parle composta de 4 mil homens, marchava, sobre líoa, e outra, composta de 2 mil, na direcção deOutoria. -.

ÍJosTERToruiENT-E tivemos mais Periódicos de Madrid ate a data de (i d.o corrente, os quacs pelo que respeito ao Pretendente dizem que este se tinha dirigido a Villafranca, c que o General Ora. com o seu exercito fizera um movimento, de Mosqueruela, onde se achava no dia 31 do passado, sobre aquelle ponto. O Conde de Ludinna também marchava de Fortanc-te na mesma'direcção.

ANNUNCIOS,

"rjELO Juizo de Direilo de Tondella , e Cartório de José JL Cardoso, correm edirlos ile 20 (lias n requerimento de Nuno Manoel de Magalhães Costa Reis, da Granja de Anç3, pelos qimes slo chamadas Iodas na pessoas que tenham alguma opposiçao ao reconhecimento de pubemfiteuta, que elle pertemle fazer ú Fazenda Nacional, de um (iroso cm vidas,' e familiar, no sitio de S. Miguel do Outeiro, ríe que percebia foro a Mitra de Vlzeu , e cie quê foi ultimo subeinlllenta sen irmão António Maria de Magalhães Costa Fleú. Quem li-ver algum direito, o deve deduzir naqucllc Juízo, pena de lançamento, de se julgar livre o referido praso, coanuunciaoj te parte legitima para o pretendido reconhecimento.

JOSÉ' Gomes i rem, tem ju

isto com D. Clara Cecília dê Sousa CarviU

t

lhal, da mesma Villa, a compra de um olival na baixa de Sacnpeito, subúrbio da dita Villn, que ella houvera por h<_. francisco='francisco' com='com' que='que' de='de' no='no' estilo='estilo' cabanas='cabanas' correndo='correndo' oppfir='oppfir' cartório='cartório' do='do' pelo='pelo' tavares='tavares' rança='rança' padre='padre' etliçlos='etliçlos' se='se' preço='preço' réis='réis' principio='principio' legal='legal' tiver='tiver' lermo='lermo' fonseca='fonseca' tem='tem' escrivão='escrivão' dita='dita' _='_' de240='de240' c='c' e='e' direilo='direilo' em='em' depositados='depositados' josé='josé' villn='villn' qiicra='qiicra' n='n' dito='dito' o='o' p='p' manoel='manoel' acham='acham' algum='algum' paia='paia' da='da' direito='direito' juizo='juizo'>

II ile Agosto de l «37.________________________________

UBM quizer comprar u Herdade du Saiiclu Ladra , termo d« Olivençn, Hoino de Hes-panhn, qne é dos herdeiros «te D. fienebra Mn-ria Rosa Achiuli da Fonseca Coutinhp, du Cidade de Portalegre , cuja herdade se r:ump5e de monte, com oilo casas, duiis cavalluriças , uma casa com forno, uma «rnbana para recolher palhas, e fenos, e uma nora de agoa' nativa, e terras para semear, e para pastos, cujas terras levam quarenta e dons moios de trigo ; confronta esta herdade pçjo norte com o Monlc Novo de Maria Calçadas, e pelo nascente com o Po-ceirào, e Coutos da Villu de Olivença, e pelo poenlo com Amoreira: quem a pertcmler dinja-se á Cidade de Portalegre no dia 20 de Outubro deste anno, aporta das capas da residência do Doutor Juiz de Diíeito, que alli se ha de arrematar n quem rnaie der. ____

YENDiL-sE deira ,

ova, com duas entradas, rua direita de 5. c rua nova do Carvalha n.° 38, jun-

o brigue Pòrliigucz , Emilia Ma-pregado e forrado n cobre, proni-

_______pto n scuuir vingem : quem o perlender comprar dirija-se ao Capitão Amaro José de Faria, nn Praça dp Coniuicrcio, ás horas do costume, ou no cn.cs do. Sodvé das

cinco em diante._____________^ _^_______

, A HOSPEDARIA n

S J\. S. Paulo n." ._.„....

to .10 cães do Sodré, tem bellos quartos u 160; e querendo jantar, e almoçar mais 360; c tudo o mais se aprompln com areio, credito, fidelidade, e commodidnde.

í JÇUKS particulares du loyica Kr^ncirza, de fítfcripta , « JLj de calculo: dirijam-se á rim Áurea n.° 62, casa de

Mr. flíuilier, livreiro. _______"_______^^ •

. TVTo dia 2!» do corrente uiez de Agosto, pelo meio Uia ,

J.^1 se ha d« proctiler ao arrendaHicnlo das turras doExm."

Conde'de CuciUiní, situadAs na Villa de Azainbuja, em casa

lê Carlos fíigg» na'iua ilan Klores, junto an lar-ro du Qiiinlella,

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* servir, ilirijam-seú Prnradrt Aleafm n,"34, l.°artdar: _ __

bo-

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CAURUAGENS 'OM NIBUS.

Ç< Vara Cintra (serviço rxlruorâinario). •

^SEGUNDA feira J 4 de Agosto ás 4 horas da tarde.

._ -, . • .f ' • ( ús 5 'horas da manhl, e

fería feirn 'J.........."••}*«.? l-orw da uid«.

De Cintra \inra J^islioa. •

Segunda feira 14 du Acnsto,. . ás'5 horas e meia damanhã.

Terça feira J5..........'....' «s S horas e meia da tarde.

„ , . ... . (;ís 5 linrnsenieiii danutnbS e

Quarta for. 16.............} ,, ? húra9 e meia ^ ^

N. B. As Carruagens parlem dn Prnra de Cintra. e demoram-se no alio de S- Pedro arú IÍB C horas. O terviço ordinário continua a ser — de Lisboa nas Terças, Quintas fef-rn6 , o Sabbados.: as Carruagens v3o até í Praça de Cintra , e partem dallL nas Segundas , Quartas, e Sextas feiras. Preço 960 réis.

1'ttEÀTRO N. DA RUA 'j)OS CONDES.

DOMINGO, 13 de Agosto. =£ O \7am(jire> = graneis Drama com Prólogo, e ^ Actos-= As Luvas Amarcllas = Drama em l Acto-Farça = O Aprendi/ de Ladrão.:=u