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Numero 189.

Anno 1837.

SABBADO 12 DE AGOSTO.

Parte OfficiaL

SECRETAIUA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DO UEINO. " ' . . .3." Repartição. •

CONSTANDO .por Oíficio dirigido a este Ministério, pelo dos Negócios Ecclesiasticos e daa Justiças em data de 8 do corrente, que a Administração da Justiça no Julgado da JVles-Ecjaha se acha em grande transtorno e desor-. dem por falta de Juiz Ordinário, no que é culpada a respectiva Camará Municipal, por não ter mandado proceder á eleição, não obstante áa repetidas insUincins do Juiz de Direito da Comarca Judicial d'Ourtque, para que ella tivesse logar, e para:que fosse intimado o Eleito para prestar o juramento competente: Manda, "a RAINHA, pela Societária d'Estttdo dos Negócios do Reino, que o Administrador Geral-interino 'do Districio de Beja -expeça as ma-is "terminantes ordens á referida Camará, para que ella, sem perda alguma de tempo, faça. proceder á eleição-de Juiz Ordinário",' e a intimar o •Jileito para prestar juramento, fazendo responsável a mesma Camará por qualquer ommissão, ou negligencia no cumprimento dest* Real Or-'dèm , tíe*cujo resultado-o "dito" Administrador Geral dorá conta. Palácio das Necessidades, e.m 10 de Agosto de' 1837.— António Dias de

Oliveira. '. • '* •......

3." -Repartição. • * • ;• \ l,

SOA Mágestadií a 'RAINHA resolvendo n Conta da Camará Municipal de Ponta,Delgada, que acompanhou o Officio do respectivo 'Administrador Geral interino, cie 14" de Junho próximo passâdfe, em que 'pude providencias que «vitctri o escandaloso• subterfúgio com que-eU guris Cidndíios se suhtrahem ú- accuituçào dos Cargos para que silo eleitos, dizendo-se residentes eiji diversos Concelhos, para o que dão a sua residência em diversos Logares: JMnnda, pela Secretaria 'd'Estado dos Negócios do.lieino, 'declarar ho' referido Administrador .Geral do Districto de Ponta Delgada , Conformando-Se xiom.o parecer, do Procurador Geral da.Coroa, a fim d« o fazer constar ft- todas ris Camarás

-= António Dias de Oliveira.

%

Relação dos donativos recebidos pela Çoinmis-

sâo de Beneficência*d& Freguesia de JV. 5.

- da Encarnação, e entregues hoje ao Sr, Tkc-

soureiro Geral dó Conselho de Beneficência.

Ij.i.esTRissiMAS • Senhoras D. Anna- • • ,; Isabel Loureiro, .1 anno'.....

'D. Annrt-Adelaide Loureiro,'idem. . D. Maria da Luz: Vieira Pinto, id(;m -4/800 D. Marianna Joaquina Leite, por uma

5/760

-D. Máxima Joaquina Bcttamc de Almeida, l anno...»'.1............

D. Juliana Rosa Lima, idem......

Jlluítrisíimoá'Senhores Cons." Manoel

"José Gornes Loureiro, idem......-.

João Bapliáta da.Silva, ide»).......

-João de Sousa Amado, idem.......

-Joào Doíningos Bomtempo, idem ...

José Maria O'Neil, idem.......'... 14/400

•Conselheiro José Jorge Loureiro, 6 .- . jaezes.....•................

1/200

José Joaquim Lopes Lima, l anno.. 4^800 José Servulo da-Costa e Silva, idem

Joào José Dias , idem.............

José' Perei rà 'de Menezes, idem.....

Joaquim O'Neil, idem............

ignacio Luiz Pereira.de Castro, idem 4/800

Julião Lecesne Guillot-, idern.....

Joaquim Pedro de S.ousa ,. idem.... , Q Joaquim Pereira da Silva Negreiros,

idetn..........................

Joaquim Maneio de Oliveira, idem . João António da Fonseca, idem. .. . .3/600 Dr. Luiz Martins Bastos, idem, papel 2/4000....................

Manoel Alves do Rio, idem........

Manoel d'Ambrosi,'Júnior, idem... 1/600 Manoel Joaquim"dos-Santos j idem. . 1/200 Manoel José Rodrigues Vetida, por l anno.........................

Paulo Midosil :...-. ....... ....... 11/020

, . > Rs .......... 162.1400

Lisboa, 3 de Julho de 1837.=Jbaò Bonifa? cio Pefeira Guimarães ,"Ftiesoure\TO. .

Relação daí pessoas da Freguesia de Santo Estevão de Jllfama, que contribuíram com as seguintes esmolas para' o idsylo da Mendicidade desta Capital. - - , .

Os Sunhores Jacinto Gonçalres Corrêa ...... ;..;." .......... , ...... ,. '

MaiCiininno 'Ferreira Estrella' ........ ,.

José Thotnaz' Quintino Freire do Ama-

.

Jouo António Baptista!, .......

Manoel José'. 'da Silva Loureiro João António da' Silva.; ..,... •Filippe Jo&é Rodrigues Coelho . José Vieira' Borges ,.,.-..., José de Almeida Guimarães. • -

Rs..

Lisboa).5 de Julho de 1837. = O TliesouTei-ro, Mtwocí Joaquim de Araújo è Mello. -

PELO Conselho Geral Director do Ensino Pri-'màrio.^e.SecundnrLo scliào'de prover por Concurso de 60 dias, qiic principiará'em 16 do; cor-renif, as Cadeira? • Normaes da Ensino Mutuo Priiiinrio de'— Leiria — e Villa Real, creadas-por Decreto-de 15 de Novembro, de 1836, cnda'uma com'.a ordenada1 nnnual de 200/000 reis; Os, que. pertenderera- ser proíl-dos nas mencionadas Cadeiras, alem de deverem apresentar Altesládo dê frequência tíom aproveitamento em algusoà Escholn de Ensino Mutuo,' se-habHitarão , na-conformidade do Artigo 10. ° do citado'Decreto, cotri Certidão de idadò de 21 tuinus compjetos, Attestado de bom comportamento, moral.; político, e reli-•gioio, 'passado pela. Camará)-Juiz de Paz, ou Administrador, do Concelho onde "tiverem aesidido os últimos três 4nnos, Certidão de Folha 'corrida , e docuriiento por onde. provem não padecer' moléstia.- contagiosa ; tudo reconhecido e sellado : e.no tempo acima designa.-do concorrerão a Exame perante óreferidoCon-selhó Geral Director, ou perante o Adminis-tradorGeral do Districto de Lisboa, Coimbra, e Secretaria do sobredito Conselho, 9 deAgos-de,1837.r=0 Secretario Interino, Vicente José de (^asconcellos-c Silva..

• TDKSOUUO PUBLICO NACIONAL» n •.

'.3.a Repartição. ; • .

TJENDO sido presente a Sua Mageslade.a RAI-^•JIA,• o Otlicio-.datado.du 31 de Março ultimo, éin oue o Administrador Geral interino

do Districto de Leiria » participando achâr-s« constituída a Commisslo de Prestações abs Egressos .daquel lê Districto, pediu se lhe declarasse em que estação devia ser prestada a fiança exigida doTheáoureiro, e o nielhodo .de graduar a idoneidade de que tracta o Artigo 5í° das Instmcções de 16 de Janeiro do corrente an no :; e Conformando-Se a Mesma Atig"asta Senhora* COÍH o parecer a este respeito emiltjdo pelo Conselheiro Procurador Geral .da Fazen.-da, Manda, pelo Thesouro Publico Nacional, declarar ao referido Administrador Geral, que o Thesoureiro pôde satisfazer á sobredita fiança dando por fiador pessoa abonada e proprietária, a qual , por termo lavrado perante a mesma Administração Geral, e por nrnbós assi-;nado com duas testimunhas se obrigue a responder por'qaalquer alcance que possa contra-hir com a Fazenda Publica. Thesouro Publico Nacional, 3 de Agosto de, 1837, = /oátf de 'Oliveira. --- -

Estatística, do mez de Julho de 1 837. »

Pi .Entraram. ,

OH/TA.RUS ....... '. .. .......... i ... 18t

Officios ...... ' .......... k ............ 625

Representações .............. -. ....... 300

Informações ....... ........ i ....... ... 123

Requerimentos ..... . ..... > . .• ....... x . 688

Resumos de lançamento ............... 25(>

Relações de receita eventual -....: ...... < ..15.7

Ditas'.de Sellos e Sizas ....... ............ 29^

Róes de; Rendi mentos dê Bens Nacionaes 227-Tabellas. ,.. v. ..'......;....• ..... -., . .". . . 27^.

ó i.-.-- fDe credito certo. ;.. 1121 Requisições |Dito inccrto . . . ; . . . 9}

Rel.ações de talões para conferencia. . . . '. p - 22

Recibos para notar ......... '. ........ ; 5:097

' , " Sahiram. • •

Portarias ................... . ..... . . 349

Officios. i . .. ..... ........... .'.... ..'..- . 48^7

Informações ..... ........*,...; ....... ^ 376

Kóes de Muletas Judiciarias ......... ,-.••• ••?

Arrolamento para a cobrança do Subsidio' • -,

Litlerarí.o . . ". ...... •. ....... '. . i . . •. , 20

Certidões ... ....... >...,..„. ........ • 38

Róes.cpmprehendend_o. 1:673 verbas para >

cobrança de rendimentos' dê Bens Na-• cionaes, . ,\ . . . . i ..... '. . ..... ....... 88

JFolhas decorrente para passarTitulosad-

missiveis na compra dos Ben» Nacio- -}

naes . ... .HK ................. ..... 3-i

-Guias .-. ...................... . ..... 103

Cautèllas ..................... ---- . . 15

Represen tacões. ......... ............. . 4

Relações de talões para pagamento ..... 54

Recibos notados ..... ...... . . . .. ...... 5:03f

-T^ . .. f Interlocutorios ..... ^39 "( , Ary

Despachos., j D?finjlivo3 ......... 4G5 j 1:00'

Thesouro Publico Nacional, 10 de. Agost de 1837. = Domingos ^ínt orno Barbosa Torre:

121

SEClfETA.ttIA DE- ESTADO DO3 NEGÓCIOS ECCLÍ .. S1A3TICOS E DE JUSTIÇA.

Repartição da Justiça. , , ,

Errata*

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L» O GOVERNO.

mo de Ponte Vedra na Galliza, ladrão, e salteador, condemnado em 10 annos de degredo paia Moçambique.

2 João Alves Catlietino, natural de Villa-Mor, Concelho de Lanboso, i dera , degredo perpetuo para Caconda.

3 Manoel Cândido de Moraes, soldado n.° 79 da 2.° Companhia do 1." Batalhão de In-fanteria n.° 18 , natural da Ilha de S. Jorge, deserção para o inimigo quando eslava sitiada o Cidade do Porto, sócio de guerrilha, matador e lodrão no lempo da usurpação, degredo perpetuo para Bissão.

4 José de Ainorim, natural de Braga, suspeito de ladrão , degredo por dous annos para lima das Ilhas de Cabo Verde.

- ò José" Bento Barroso, por appell ido o Viga*

rio, "natural da Freguezia de Refoios, roubos,

•degredo perpetuo para Angola.

6 José Pinto, natural da Freguezia de S.

Pedro de Baião, Concelho de Viarma, salteu-

'dor, degredo perpetuo para Angola. ' 7' António da Silva, natural dê Santo Ah-

•dré de Mói menta, Concelho de Torres de Bou-•ro, Comarca de Viànna, salteador, degredo

perpetuo para Angola.

8 António Borges da Silva , natural da

Ilha do Pico, salteador, idem no mesmo pró»

• D Frederico Jos<í p='p' de='de' vianna='vianna' natural='natural' freguezia='freguezia' moncairellos='moncairellos' da='da' villa='villa'>

-salteador, idem no mesmo processo.

• 10 Caetano Monteiro, natural do Porto, salteador, idem no mesmo processo para Mo»

•çambiqne.

• 11 António dá Silvo, natural da Fregue-zia de Santa 'Clara de Torrão , Concelho de Bemriver, salteador, idem no mesmo proces-

•so também para Moçambique.

13 Custodia Maria, natural da Fmgirezia •de S. Miguel do Prado, roubos, cinco «nnos de Degredo para Castro Marim.

13 António de Almeida Férreas, natural de Viseu-, achada do rco dentro de' uma casa com tenção de roubar, quatro annos de degredo para Castro Morim» • • ' .

14 Joaquim -Fer-rei-ra Gonçalves e Fidalgo, natural -do Logar do Carapato, Concelho de Ptíra e Pevaj morte-; morte natural por Sentença da-Relação confirroativa

15 r Alvirio dos Santos, residente no Casal d1 Areja ; Freguezia da -Ferreira-, • por •arrombamento de Igreja e furto de Vaso Sagrado com as Sagradas- Formas, e outros objectos sagrados, -e profanos, degredo perpetuo para Moçambique.- • ......

16 António JoseBarbozaMarolete, da Freguezia -d' Alvora^ Julgado dos -Arcos j roubos, 10 annos de degrede para Angola .....

17 • -Alexn-ndre Jostí da Silva Corrêa, do Porto, por querer -desertar, e tentar conspiração de deserção para o exercito de D. Carlos, 3 annos de -degredo para Cubo Verde. • -

' 18 • Jmé-Narcizo Rebello $ da- -Villa doa Arcos , pôr ladrão, vadio, e salteador , d annos para Angola. • ;

19 • Jove Ferreira de Caslro- o Barroca, da freguczia de S. Romão d' Áreas, sócio dequa-dríllic-i de salteadores, 6 annos d^legredo para n Ilha -de1 S'. Thiago em -Cabo \Wde. ' 20 José Teixeira -o Torloy do Logar de Pa* Vádellay Fréguczia- de^FerveuçUj • Concelho de 'Basto*,1 por facadas j -10 amros de

SI • José "da Costa , -da Freguezift de Santa Maria db Lamw, Couto do Vimieiro, por la-jrào e: sócio de quadrilha , & annos de trabá-hos públicos.

22 Joaquiín de Pihna Cardt>zo, da Pregue-in de San ta Maria das Chãs, Concelho deTa-arc's, Comarca de Vizeii , por salteador, 3 •mós de degredo para as Ilhas dê Cabo Verde.

23 SaJvudor Josu da Silva, morador noLo-jr da Qu.ín lã, . Freguezia de Thcsotiras, do ince/too deJBniào, Julgado de Soalliúes, rou-

s cotn assalto, mortes, má vida o costumes,

iso de atinas prohibídas, aVgreda perpetuo

rã Angola.

24, Manoel Fernandes, Hespanuo! , de San<_-QViteria de='de' faltoso='faltoso' serves='serves' redo='redo' moçambique.='moçambique.' de-='de-' annos='annos' uso='uso' spúnha='spúnha' cueuca='cueuca' bispado='bispado' detibães='detibães' bento='bento' por='por' guhiwíies='guhiwíies' fuma='fuma' passaporte='passaporte' para='para' freguezia='freguezia' condemnado='condemnado' ponte='ponte' _='_' publica='publica' remo='remo' mo='mo' il='il' c='c' d='d' geral='geral' idtm='idtm' la-o='la-o' e='e' falso='falso' em='em' j='j' eolteadpr='eolteadpr' antónio='antónio' p='p' _1='_1' idem='idem' ar-s='ar-s' prohibidos='prohibidos' _-bernardo='_-bernardo' da='da'>

Comarca de Braga, roubos, 5 annos da degredo para a Costa de África.

27 Pedro António de Barros, de Braga, por 3." deserção aggravada, e descaminho de petrechos militares, 6 anãos de degredo para Cabo Verde.

28 Custodio Antunes, não consta, por 3." deserção simples em tempo de paz, 6 annos de degredo para Cabo Verde.

29 Manoel Thomás, da Ilha de S. Jorge, por deserção, 10 aunos de degredo para a Ilha do Príncipe.

30 António Pena, do Concelho de Vieira, Julgado da Povoa de Lanhoso,. por morte, executada a pena de morte na forca nesta Cidade do Porto, em 21 de Abril.

31 José dos Sautos, natural e morador na Lagiosa, Julgado de Midòes, roubo coi» arrombamento, condemnado. em 6 annos de degredo parn Benguella.

32 Luiz Segura , natural de Quintaes de Salgueiro, e residente no logar de Gonçalo, Jtilgaxlo da Guarda, pofferimento com tiro .de pistola, condemnado em 10 annos de degredo para Angola.........

33 João B.ernardq, Solteiro, natural e morador ha Freguezia. .de. Nossa, Senhora dos Várzeas, Concelho de Coja,. roubo atraiçoado, e ferimento,.condemna.do em 2 ennos dedegrpdo para Castro Marira.. (Continuar-se'ha.}

Parte não Offíciat.

. SESSÃO EM 11 Ml AGOSTO DB 1837.

Presidência do Sr. Secretario Rebello de ......Carvalho,.....( .

ABRIU-S& -ás- ll-hotas. e meia, estando presentes 71 Srs. Deputados. • Leu»sé a Acta. da Sessão antecedente, que foi •approveda. - •. . • .

O Sr. Bwnquinho Feio mandou par.a.a. Mesa a declaração d« voto seguinte: Declaramos que votamos contra o Projecto N."71, daCofn-missâo dí Administração Publica,.que autiio-•fisou os I ni pôs tos contidos no Edital da Camará Municipal do Porto. .Sala áat Corte*, 11 de Agoslo^de 183?. s= José Q. dcoAlraeida Bran-•quinho Feio = Soares.de AJbsr.garJ£>3= Borra-)ho = M. A, de. VasconcelloBrtcBalthaz&r Sa-lazor =1 Rodrigo Salazar dz.Rtídrigo Joaquim

•àe ]VJene7/c6...................... ',

' O Sf.-Deputado.Go.rjao mandou para a Me-sn a seguinte-declaração de voto: Declaro que na Sessão do hontem. .votoi cobtra a Proposta para serem • tirados do Congresso os Membros para a- Organização, da. s>ovs\ Administração. Igualmente-declaro que v.otei còiUraí o Pureuer da-Comniissão deAdminislnição Publico, N." 71. Sal» da€-Còrlos., 11 de Agosto de 1837.

O' 8r.'Sáuipnyo Araújo .mandou' para'a.Mesa a Btia dectaíçção tlc'voto^ • . '•. v. , , i-

Passou-se áOí(Jcm-ílo

O Sr. 'Moniz' pediu, que se att^ndcsse a que nessas ríiustuas linhas cõUateracs os tios nãti,|)a-gam nadai, e ern preciso .ter isto e.ui attenção. • O Sr; Presidenta notou que o 'que esta,va PI)I -discussão. nra;;o qut devem- pagar 'as transmià-•sõôs entre tmnãos..i '. , • . '•:.;.

' 0 Sr. B< da R., de Sabrosa ponderou que já íhà*iu unta desigualdade (a que '

O Sr. Pinto Borges Yallando sabre a iqucs-' tão, contluiu propondo que o tributo pnra 93 linhas collateraea fosso o-mesmo l quo pára áã-cendentet e descendentes.-. ••-. .'. .•.•'.

O Sr. Derramado pedindo a palavra sobr* a otdern, disse: que se houvesse de repeti f-se poro coda gráo de parentesco o Curso de Jurisprudência -dos Morgados, o de -Economia lf'jhan-ceira, que já se liavia fcito-na discussão rio primeiro, era forçoso pfirder a esperança de acabar de discutir a matéria do p.jeojçcto: — que nem todos os Publicistas do.tiiundo, fullandn jú sobre o que se tem dito-áccroa d

via suppôr a todos os S/6, Deputados: — que propunha por tanto, que-se perguntasse , se a questão estava suficientemente discutida; eque declarava, que havia votar um por cento, por ser o minimum da injustiç-sK •

Consultado o Congresso foi decidido afirmativamente ; e procedendo-se á votação, venceu-se, que o imposto fosse de I por cento.

Entrou em discussão, que tributo deviam pagar os mesmos bens transmittido» de tios para sobrinhos, e depois de breves reflexões, decidiu-te que fosse de l por cento.

O Sr. Leonel pediu, que visto ter-se já distribuído o Diário do Governo com os Decretos da nomeação dos Ministros se procedesse á-elei-ção de Presidente, e Vice-Presidente das Cortes.

O Sr. M i dos i observou , que visto não ter a Mosa ainda recebido esta participação offieial-rnente , se esperasse por ella.

O Sr. Leonel disse, que só tinha faltado na^ quillo, mas que não insistia.

Entrou em discussão, que tributo deviam pagar osbenstransmittidos desobrinhos para tios.

Procedendo-se á votação, decidiu-se que fosse de 2 por cento.

Observando alguns Srs. Deputados não terem entendido a votação,-e tornando a rec t i tocar-se decidiu o Congresso, que pagassem 3 por conto-.

Quanto devem pagar os bens de vinculo trans-mittidos enire primos?

Depois de algumas reflexões decidiu-se, quer pagassem entre primos, e gráos subsequentes» l por cento, alem do estabelecido para os bens ullodiacs.

O Sn Leonel disse, que queria offerecer uma reflexão a que.não dava grande importância» mas que se a Commissuo entendesse que era útil a tomaria em consideração : e vinha a ser, se alem do- decimo gruo se devia impor mais al-gurn tributo; sendo convidado pelo .Sr. Presidente a mandou por escripto para a Mesa; e fazendo-se sobre ella algumas reflexões foi retirada pelo seuauctor com consentimento doCoa-gresso.

Deu-se conta, ao Congresso de.uma commu-•nicaçâo do Governo pelo Ministério do Reino, dando parte da nova organjsação da nova Ad-•mihistrnçào.

O Sr* Presidente:-;-Em virtude desla com-munichçào., .o Congresso tem a decidir, se os 'Sr** Deputados per.dorom os seus logares crp consequência descrera nomeados Secretários de Estado; não sei' se os Srs.'Deputados querem, tractor -hoje desta questão, .lenho a observar. quê o numero tíe'Deputados e' muito pequeno, c que se rlevem chamar os Substitutos.

• O Sr. Leonel: —rA respeito do Sr. José Alexandre de Campos, e Júlio Gc^nes, parece não liaverú duvida; quanto ao Sr. Visconde de Sá daBandeira-nâo sabemos ainda se clle acccita, ou não; em consequência devemos esperar ate' que o saibamos.

1 Consultado o Congresso decidiu, que osSrs. Jiilio Gotnes, e Jos>e" Alexandre de Campos, perderam o seu logar de Dc|>utodos; e que se oh-a-niassom os Substitutos. Quanto ao Sr. Visconde de Sá dá Bandeira, não perde cm quanto não constar que acueitn,,.; •

• iQ Sr. Loònel: -•- Antes :qno só proceda á eleição .t|e' presidente, c Viqe-Presidente , .eu vou fazer uma proposta, para que no caso que se approvc, se*possa ir aproveitando, tempo na Secretaria; vou pedir n,ào só que ,se escrev» noa .Substitutos que hão de ,vir ocçupar os lo-gards dosios dous Sr*. Deputados que sahiram para o Ministério, IDhs o todoS o> .Srs. Depu-dos que estão ausentes com licença, para qu« se recolham, porque agora nâ'o e tempo de licenças.; pôde haver coratudo algum Deputado que sahisse dsqui coiw licença, e que se achasse em.alguma- parle aonde tenha fçito impor-.tantes serviços, isto páde ler!acontecido, e de alguns sabemos .nós que estã.o w> Porto; e en-lendò que .sealgum desses quo! sahiu daqui com licença fdr declarado

....... Proposta.

Página 923

©IARIO DO GOVERNO.

926

(}ue tendo'sahido -com licença -forem -declarados pelo Governo convenientes nos .pontos erii que se acharem. = Leonel, . - ;

Julgou-se urgente, e que tínlrasse-já em «discussão.

O Sr. Deputado Gorjão offdfecbu á seguinte

Substituição.

. Que se dirija aos Srs. Deputados com -licença uina recommenda^âo deste Congresso,, .para que venham occupar -suas cadeiras Jogo -que cesse a absoluta ^necessidade 'que legalisa aí guas licenças. = Gorjão.

Depois de algumas observações foi approva-dU ta Proposta do Sr. Leonel, salva a

S^Ql . v,

Procedeu-se em seguimento á eleição de Pré*

sidente^ e Vice-Presidente, pelo tempo que falta para completar o -mez.

Recolhidas 67 listas obteve maioria absoluta no primeiro escrutínio para Presidente o Sr. Macario de Castro, e ficou eleito com 41 votos.

Correu segundo escrutínio para Vice-Presi-dente, e ficou ;eleito com .50 votos o Sr. Lou-jenço José JVtoniz, oqual immediatamente to-juou a Cadeira na ausência do Sr. Presidente.

Entrou na Sala o Sr. Ministro dos Negócios do Reino, e obtendo a palavra disse, que -não dava .-novidade ao Congresso dizendo-lhe que Sua Magestade lhe fizera a honra de o chamar para .fazer parte do Ministério; que a re-•pugnan-cia que tinha manifestado em outras occasiões de acceitar similhante cargo poderia jhostrar aos illustresDeputados, que sócircum-stancias muito extraordinárias .poderiam fazer com que entrasse para o Ministério ; que faria da sua parte quanto podesse para corresponder .á confiança de Sua Magestade,'e para servir o seu Paiz; que as mesmas circumstan-' cias fizeram com que deixasse de cumprir o mandato que tinha recebido dos seus constituintes ; que por esta occasião níio pó-

Passou-se ao expediente. • O Sr. B. da R. de Sabrosa leu um Projecto de Lei para que se abone a Guarda Nacional, em cfíectivo serviço, fora dos seus respectivos districtos.

O Sr. Leonel fez. wm additamento para que sejam os vencimentos de tropa de'linha. . . Julgou-se a matéria urgente, e foi remetti-da á Commissão de Guerra, ouvindo a Corh-missâo administrativa.

Vários Sre. Deputados mandaram para a Mesa representações, que tiveram o competente destino.

O Sr. Barjona:—Tenho a honra de man-, dar,para a Mesa tam requerimento dos habitantes do Concelho de 'forpim, que pedem o restabelecimento do'seu antigo Concelho: os- motivos que apresentam parecem-me ^atlen-diveis,- e peço por tanto' que a Cõmrhissao e o Congresso o \omerri na devida consideração. — Teve p competente destino.

Principiou a lèr-se a redacção da Lei sobre cereaes, e depois-de approVados alguns artigos, tendo dado a hora, ficou o resto para a Sessão de amanhã; e dando o Sr. Vice-Presiden-te a Ordem do dia levantou a Sessão.

Diicurso do Sr. Deputado Almeida Garrett, na Sessão de 11 de 4gf>tlo, tobre os Impostos da Camará Municipal d9 Parlo. Eu tomarei para preambulo do meu discurso caso documento que se acabo de )èrt è(J»e devo soar ainda nos ouvidos dos que me osculam, cpoio a lefutuçuo uva is solenmc de quan-

tas miseráveis argucias teecn combatido a .proposição que defendo. .Tomo este, digo, para meu .preambulo-; enâo, ohouve aind-a mais elo-qnente. Nenhum d'esses oradores que encheram o mundo de seu nome, triumphou nunca assim da eloquência de seus contrários.

E' o cliente que vem em auxilio do patrono. -Pobre e mesquinho patrono de tamanha causa, bem sentia eu quê não era para tam fraco defensor orar pela Cidade. Eterna. -Mas o coração que me bate portilla', o coração de filho não me deixou attender'quam mal armado aa-hia -ao combaie, quanto eram fortes os contendores. Sahi eu, indigno campeão dessa terra il-lustre em que tant^uttie glorio de haver nascido; e quando ocufnRo de toda a parte pelos golpes dos adversários, quando succumbindo já quasi, ao numero, que não a força da justiça, ->-ella a invicta princeza das nossas cidades que vem em meu soccòrro; c pela voz eloquente e magnifica de seu Povo generoso reforça o ténue clamor do advogado com um daquelles brados que fazem echo na terra, que enchem de convicção os ânimos mais incertos, de Confusão os mais renitentes, de orgulho e satisfação-aos que tam generosa causa defendem.

Sim, Senhores, e o Povo do Porto que res-pqnde por rnim aos meus adversários, e o Povo do Porto que neste momento se encarregou de refutar esses discursos com que lia dons dias se ora nesta casa pelos imaginários interêssesde províncias-que os não reclamam, contra imaginários privilégios de uma Cidade que outro'não lem, que ootró não quer senão o de ser ella a primeira a sacrificar-se pela Liberdade, pela independência do Reino todo! — (.Apoiado, apoiado.)

E agora, Senhores, quando o heróico Povo d'nqueUc Municipio está fazendo prova da maior-abnegação que ainda fez Povo algum; quando seus artistas arrojam o instrumento que lhes dava o pão, para lomur o fuzil que vos ha-de .defender, e convertem a encho ein bayone-ta, a serra em espada,'n'tíste momento é que se linde aqui disputar longamente, difusamente, e peznudo onça a onça a. minuciosa distribuição dosencargoB para ver se um •avo de mais ou de menos dos impostos 'necessários para esses cidadãos soldados, pe'za 'ou deixa de pe2ar dentro das strictàs demarcações dos que em causa ordinária sós devem contribuir para asdespezas ordinárias do'.Municípiol

Ah! Senhores, se os-cidadãos do Porto fossem Iam escrupulosos em 'calcular as suas obrigações, se elles também quando a Pátria lhes pede braços, se pozessem descançadamente ao contador,' a calcular na exacta proporção dos habitantes deste Reino, a quota prefixa de sacrifícios que só lhes incumbiu a' èllea fazer —aonde iria a liberdade de;Portugal, onde estaria a esta hora a sua independência, —que seria feito de nós todos, d'este paiz, de seu nome, de sua gloria, de sua existência, se o Povo do Porto não tivesse no coração aquille que eu tomara communicar ao vosso, se o Povo do Porto chatiuhasse mercadoramente • de seus serviços e sacriQcios como (e falsamente) sequer chatinhar com elle em nome das Províncias do Norte l (Apoiado, apoiado.)

Digo falsamente, sim ; digò-o porque as províncias do norte sentem, por aquclle inátincto patriótico que mais alcança do que todos os raciocínios, sentem que nuo é esta â ocoásiâo de qncilionar de-interesses mínimos e parciaes, quando tamanhos, e tão geraes interesses estão em campo.

E que! Será esta a occasião opportuna de suscitar taes disputas! —Que vem fazer ao meio deste combate o miserável patriotismo de bairro I Quando sé tracta de Portugal, quando se tracta de sua liberdade, quando e da Pátria toda que se tracta, o que significam patriotismos de províncias!

Qunl de nós é agora Deputado do Minho, ou do Algarve, Procurador do Alouitèjo, ou de Traz>os-Montes! -

Deputados da Nação Portugueza, a Constituição o manda sempre, a Liberdade ò exige agora: n ao. li a aqui villas, nem cidades, nem províncias, lia o Reino todo a salvar.. Fará maiores sacrifícios' quem mais poder; caia sobre quem ca:riir,' depois f oremos contas. Este e o voto do paiz. Angra, a terra da minha adopção, 'd Porto» a 'lérta do meu nascimento, «Bsim o disseram, ais i-m o praticaram-, quando nenhum' recurso Ihes-vinha de outra parte, quando cllns s£, e sem dividir nem aquinhoar sã» crífiaiub, fifceram ò de se immollar para salvarem o Reino lodo. ,'

li que imporia que »s províncias do norle

contribuam agora alfuma cousa >paran ajuda das despezas que noPorto se estão-fazendo-por conta d'ellas 'também, para vantagem d'ellas também, pela causa delias também!

Haverá desigualdade na taxa. Canvenbo>; e primeiro que ninguém o disse n'esta Camará. Aias, Senhores, quem ousa aqui. queixar-se agora de desigualdade de contribuição, na presença d'estes habitantes de Lisboa a quem ainda o outro dia lançámos mais meia decima, e que o pão que cornem, "o vinho que bebem, o-azeite comqiieseallumiam, lh'ofazemos pagar mais caro que a nenhum outro habitante de Portugal?

Para justificar esta desigualdade veth o argumento imperioso da necessidade -r- é porque não hade esse argumento, tantas vezes bannal , prevalecer agora onde a necessidade não pôde ser disputada? .

Esta pauta 'da CamaVa do Porto vai taxar o consumo de todas as províncias donorte, que por aquella barra ^e abastecem. -Não ha duvi» da. Eu ò denunciei em tempo competente ás Cortes, e h'e3se tempo se devera ter obstado a esse erro, e grave inconveniente. A.municipali-dade do Porto teria tido logar de prover de outro modo a suas urgências. Agora, hoje, seria injusto, imprudente, absurdo, criminoío fazer o que então era necessário e útil.

E' injusto e.desigual: os Srs. Deputados d» Minho, Beira e Tras-os-montes protestam não poder consentir agora o que ha cinco mezea (com sua boa paz seja dito) poderam tolerar. E' injusto, digo eu também , mas protesto que o não podia tolerar então, que o quero appro-var agora. Charham-liie inconsequência? Glorio-me d'ella. (Apoiado, apoiado.)

Mas dêmos, sem o conceder, que era possível desfazer agora essa inexacção d'aquelle imposto. . Esse direito á igualdade rigorosa será um direito privativo e exclusivo das províncias, do norte? E que dirão os habitantes do sul è das ilhas adjacentes?

Os Srs. Deputados do norte do Reino igho» ratn acaso que ha aqui ern Lisboa uma estação de portagem com o nome das Setle Casas, on* de tudo quanto vai, tudo quanto vem de Consumo' ou para consumo dos habitante» e proprietários do sul e das ilhas, paga enormes é desproporcionadissimos tributos para.a munici^ pajidade de Lisboa? (Apoiado, apoiado: viva adhesão no Congresso).

Pois se querem dosaggravar agora .as pròvin* cias do norte dos direitos de portagem no Porto, eu também, em nome das.províncias d» sul reclamo, protesto e exijo que igual desagJ-gravo lhes seja feito dos direitos de portagetd. que cm Lisboa.nos fazem pagar. . •.

Cuidam talvez que por ser oThesouro publico o que recebe o proAucto das Sette-Casas, esses direitos não são impostos à favor da Capital? Saibam que se enganam. Cobra o Fisco dornesmo modo que cobra muita cousa quenãd é sua ; rnas cobra por um contracto, corn a Mu-nicipalidade de Lisboa, cujos sãb aquelles impostos.

Nesta questão.eu estou em um terreno devani tagem, que ao mesmo passo que me aproveito; no sentido da razão , visivelmente me damna,' e impece no das paixões. Quando cumpria é convinha, repito e repiso, .sustéhtei a opihiãd que hoje se quer sustentar, contra todas ás con* veniencias; agora que cumpre o contrário, rt contrário sustento. A these é a mesma, a hy-pothese é que mudou. E porque esta verdade & palpável ,4porque os meus argumentos colhem „ e apertam pêlo pescoço ,' os argumentos dói meus illustres contendores, que á nnscehça OS esganam,"—descompostamente bracejam, e sé revolvem em uma lucta van e impotente.*

Não me aproveitarei eu da resolução que ha pouco' tomou o Congresso, declarando permit* tida e parlamentar toda a expressão por mais crua que fosse, quê se empregasse colho mei* oratório para combater argumentos contrariou. Certas phrases mal soantes, e quê ou não devia saber quem entra poraquella porta, ou que, se teve a infelicidade dtí se habituar aéllàs, oV-via esquecer e banir de sua língua Cjuando1 por alli entrou—entrego-as ao desprezo que rnére1-cem : podia recalcá-las para dentro doslõdaçaes donde se levanta essecoachar dérans; baita-ffliè desprózri-las.

Mas ha um argumento- que especial raétitepré% cisa destruído, e cuja apparente espcciosidad» não deixarei passar embuçada , e que vá enganando os incautos.

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924

DIÁRIO DO GOVERNO.

u não pôde cubrir aquetlc defeito de origem. u A omnipotência parlamentar tem limites; e u assim tomnda em tal latitude pôde levar a te perigosos excessos,)'

Nem a consequência está nos princípios, nem os princípios são estes.

Nàoesúí a consequência nosprincipios , porque ainda estreitando quanto se queira o poder dasCôrtos nunca será possível limitú-lo aponto que o consenso narionol dudo pelo Parlamento a qualquer acto pm'sua origem illegal, deixe de o rehabilitar. Não ha pcccado que a absolvição nacional nãoupague; rnns quando se justifica na' utilidade pública, na salvação do Estado, a sancção dtis Cortes torna saneio o acto menos legal em sua origem.

Se a Camará do Por.to fez o que não podia, porque é que o não podia ella? Porque essa era a nutlinridade das Cortes. Dada ella por quem n pôde dar, desapparece a ilegalidade ; jú não é um acto de uma municipalidade, é acto do poder legislativo. K nào caberá nasattribnições do Poder legislativo impor por quatro ou cinco mezcs (que de mais se não tracto) uma leve contribuição ás províncias do norte, que ha tantos annos já estão pagando, e continuarão a pagar, em mais que no cêntuplo, as províncias do sul 1

Esta é a questão verdadeira, e despida da farragem das argumentações — c das luzes — luzes da declamarão. Não responderei ii minha própria pergunta : assas lhe responde a consciência do assemblén.

.li todnvia, .por esle modo ninda vai limitado c circumscripto o poder das Cortes. E esso e um principio fulnl , damnado e damnoso ao qual, nem por um momento, riem por mera supposição, quem deixar essa existência factícia e ephemera que de tal concessão possa derivar Eu creio, Senhores, e muito solemnemenli qurro fazer profissão da minha crença; eu creio nu omnipotência parlamentar em toda a sua latitude e extensão. Nesla fé' vivo e quero mor ror, porque fora d'ella não lia siilvaçâo. Crei na omnipotência parlamentar, como creio n« omnipotência divina. Os limites do justo at a de Deos os tem, porque a injustiçA lhe e impossível. Para dentro d'essns raias não ha outnis.

Creio na omnipotência parlamentar, porqu cila è n salt-n guarda da Liberdade; creio n: omnipotência parlíiiuentíir porque ella d a vai vuln de snlvfiyân para todas ns effervescencia populares, porque cila e a única sólida, garan lia da ordcrn ; com ella se evitam a anurchi n o despotismo ; com ella se volve á ordei: quando chegou a quebrar-se, por ella se con serva a ordem quando a tempo se lhe interpò recurso. •

Quero sim, quero viver e morrer n'essa cren ca salutar em que tem vivido o Povo mais an ligamento livre da Europa, o Povo modelo d todos os Povos que querem a Liberdade, equ é o primeiro,na carreira da civilisação.

.TL' o saneio dogma da omnipotência parla menlnr que e«i tão diflíceis crises tem snlvadt a Inghiterrn da nnarchia, e dos perigos das ré voluçòes. E' o desprcso d'cste dogma, foi ignorância de quem estupidamente o limito em nossos códigos políticos, o que nos Iroux a revoluções perigosas, o que forçou o Povo i recorrer á sua ultima razão, ultima ralio pó puli, porque lhe tolhiam e li.mitavam com ret-tricçòes absurdas, o recurbo natural, legitimo, c de urdem que na omnipotência parlamentar Hcvia achar, contra-os erros ou incongruências de sua constituição escripln , e que desejava, queri.i , e devia querer emendar. (Apoiado, ;ipoiiiíJo geral.)

Kcsummdo pois, concluo: esta impo.siçàp ii-]cgilima um sua origem, segundo eu próprio lm seis tp.czos a dcclaiei , torna-se indispensável pelas circumstancias actiiaes. As Cortes podem sanar a illegalidade; devem fnzè-lo agora. ,

laçamos o nosso di:ver: contaremos depois com quem de direilo for. Agora vamos em auxilio d'essa illustre Cidade, vamos, sem mais hesitar, em soccôrro de quem nunca hesita em vir em nosso soccôrro.

E' um sacrifício que faz o Reino de Portugal? Será. Mas porquem? Pelo Porto? Quantos tem o Porto feito por nós l (Apoiado, apoia-• do; longosapplausos.)

LISBOA, 12 DE AGOSTO.

DESENGANADO, pela resistência dos Povos, que na Beira jBaixa não achava echp nem apoio a causa da revolta, o homem que se abateu

a altura em que estava de mareclinl do exer-ito pprtuguez, ate' ú miséria de chefe de guer-Ihas, cortou a Coimbra para tentar por esse ado a fortuna que o foge. Estamos certos que o.desengano será igual, as talvez mais amargo paru esse infeliz rege-sraclo da'Causa Nacional. • •

O Governo tem tomado todas as medidas de jrcvenção que aã circumstancias pediam. Hoje arte para o Porto, pelo Vapor, uma força, troporcionalmenlti considerável, e que tornará nexpugnavel aquelle baluarte da Liberdade, ao quinhentos homens da Guarda Municipal, .juero dizer de tropa d'éh

Folgámos quo o GovèjM desenvolvesse e'itá celeridade nas buas proviJBrcins, posto que es-.cjarnos certos que bastn a Guarda Nacional e c bravos batalhões do Porto para se defenderem a si. Mas d verdade lambem quepódecon-vir defender mais que o Porto; e este sobrexcel-ente do forças habilitará o Visconde de Sá da fiandeira a manobrar de modo e simultaneamente com o Bitriio do llomlim , para que este resto do revolta seja brevemente esmagado.

Além dos antigos Batalhões a Cidade Eterna tem n'estcs últimos clías engrossado o numero de seus combatentes com um npvo corpo, o dos Artistas, a alistar-se, no qual acudiu a flor tju-quella industriosa população.

E' sobrenatural que nenhum sacrifício cancã, nem é o ultimo para aquella Invicta Cidade! Mais uma vez deveremos ao berço de nosso nome, a Liberdade da Pátria.

As difficuldadcs cm que se achava a Camará Municipal do Porto, felizmente foram applau-didas pela decisão prudente das Cortes que hon-tem sauccionaram , por esle anno somente, a tabeliã de imposições indirectas que alli tinham sido obrigados a lançar. Esta questão que foi uma das mais renhidas no Congresso, deu lo-gar ao brilhante e patriótico discurso do Sr. Deputado Almeida Garrett, que hojedainoseni .separado por nos não chegar a horas honteindc o dar no extracto da Sessão.

Não podemos deixar de dar os parabéns ao illuslre Orador pelo seu eloquente improviso que, em nossa humilde opinião, e dos mais valentes que ainda ouviu a Tribuna Portugueza. Os Portuenses, cuja causa defendeu com tanto vigor, agradecerão certamente ao seu disiin-cto palricio o serviço que lhes fez. Sum se af-fastur da matéria sujeita, este discurso é ao mesmo tempo um curto mas eloquente panegy-rico da Cidade Eterna^

Sans e Forcadell achavam-se a 29 do passa" do em Villareal com 4 batalhões Navarros, d 2 ou 3 Aragonezes, servindo de escolta dogran* de comboy de effeito* e viveres que tem rou' bado. ' • '

A facção de Guergtié, segundo participações recebidos pelo Governo, tinha passado no dia 5 do corrente por Sepulvcda em direcção a Se-govia, e os dois mil homens que se tinham sej parado da de Uranga, havendo pnrtido rio dia 31 do passado de Ontoria de los Pinares,'passaram por Sr Leonardo, e achavam-se sitiando o forte de Lodoso.

A facção de Urbistondo, que se ap.oderou dei Berga, trata de fortificar este ponto com toda a actividade. O povo de Baga foi abandonado em consequência da tomada de Borga Centrando os rebeldes naquella povoação, onde com» metteram os mais horrorosos atteatados.

RECEBEMOS Folhns de Madrid ate 4 do corrente. O General em chefe Conde de Lucha-na participa do seu Quartel General de Mosque-ruela cm data de 3Udo mez passado, que naquel-le dia sahíra de Rubielos em perseguição dos facciosos, e que-, nas form-idaveis posições de Li-nares encontrara dons.batalhões rebeldes coln-mandados por Sopclana e Quilez, que lhe qui-zeram disputar a passagem ; mas sendo envolvidos pelo ílanco esquerdo pelas tropas do General Iriarle, e marchando a atacar o povo pelo centro a brigada de Borso de Carminati, e outras tropas, os facciosos abandonaram -as suas posições baleiido-st: em retirada. O General em chefe continuou a sua.marcha sem interrupção para o dito povo de Linares, onde se achavam outros dois batalhões rebeldes, que juntos com os antecedentes tomaram a altura doSanto António, o que os pôde conduzir a Iglesuetn, e a Villafranca. A perda das tropas da Rainha neste recontro foi de 30 homens, a dos rebeldes muito maior.

O Pretendente com o resto da facção achava-se, no mesmo dia em Jglesuela , indicando marchar paru Villafranca. Segundo o movimento que fizesse , assim operaria o Conde de Lu-chana. Das oulrns duas facções que passaram recentemente" o libro, dizia-se que a perseguida pelo Brigadeiro .Alçal.á se dirigira- ás monta-1 nhãs dê Burgos, c a outra, q.ue só linha .dividido em ,rluas, uma' parle composta de 4 mil homens, marchava, sobre líoa, e outra, composta de 2 mil, na direcção deOutoria. -.

ÍJosTERToruiENT-E tivemos mais Periódicos de Madrid ate a data de (i d.o corrente, os quacs pelo que respeito ao Pretendente dizem que este se tinha dirigido a Villafranca, c que o General Ora. com o seu exercito fizera um movimento, de Mosqueruela, onde se achava no dia 31 do passado, sobre aquelle ponto. O Conde de Ludinna também marchava de Fortanc-te na mesma'direcção.

ANNUNCIOS,

"rjELO Juizo de Direilo de Tondella , e Cartório de José JL Cardoso, correm edirlos ile 20 (lias n requerimento de Nuno Manoel de Magalhães Costa Reis, da Granja de Anç3, pelos qimes slo chamadas Iodas na pessoas que tenham alguma opposiçao ao reconhecimento de pubemfiteuta, que elle pertemle fazer ú Fazenda Nacional, de um (iroso cm vidas,' e familiar, no sitio de S. Miguel do Outeiro, ríe que percebia foro a Mitra de Vlzeu , e cie quê foi ultimo subeinlllenta sen irmão António Maria de Magalhães Costa Fleú. Quem li-ver algum direito, o deve deduzir naqucllc Juízo, pena de lançamento, de se julgar livre o referido praso, coanuunciaoj te parte legitima para o pretendido reconhecimento.

JOSÉ' Gomes i rem, tem ju

isto com D. Clara Cecília dê Sousa CarviU

t

lhal, da mesma Villa, a compra de um olival na baixa de Sacnpeito, subúrbio da dita Villn, que ella houvera por h<_. francisco='francisco' com='com' que='que' de='de' no='no' estilo='estilo' cabanas='cabanas' correndo='correndo' oppfir='oppfir' cartório='cartório' do='do' pelo='pelo' tavares='tavares' rança='rança' padre='padre' etliçlos='etliçlos' se='se' preço='preço' réis='réis' principio='principio' legal='legal' tiver='tiver' lermo='lermo' fonseca='fonseca' tem='tem' escrivão='escrivão' dita='dita' _='_' de240='de240' c='c' e='e' direilo='direilo' em='em' depositados='depositados' josé='josé' villn='villn' qiicra='qiicra' n='n' dito='dito' o='o' p='p' manoel='manoel' acham='acham' algum='algum' paia='paia' da='da' direito='direito' juizo='juizo'>

II ile Agosto de l «37.________________________________

UBM quizer comprar u Herdade du Saiiclu Ladra , termo d« Olivençn, Hoino de Hes-panhn, qne é dos herdeiros «te D. fienebra Mn-ria Rosa Achiuli da Fonseca Coutinhp, du Cidade de Portalegre , cuja herdade se r:ump5e de monte, com oilo casas, duiis cavalluriças , uma casa com forno, uma «rnbana para recolher palhas, e fenos, e uma nora de agoa' nativa, e terras para semear, e para pastos, cujas terras levam quarenta e dons moios de trigo ; confronta esta herdade pçjo norte com o Monlc Novo de Maria Calçadas, e pelo nascente com o Po-ceirào, e Coutos da Villu de Olivença, e pelo poenlo com Amoreira: quem a pertcmler dinja-se á Cidade de Portalegre no dia 20 de Outubro deste anno, aporta das capas da residência do Doutor Juiz de Diíeito, que alli se ha de arrematar n quem rnaie der. ____

YENDiL-sE deira ,

ova, com duas entradas, rua direita de 5. c rua nova do Carvalha n.° 38, jun-

o brigue Pòrliigucz , Emilia Ma-pregado e forrado n cobre, proni-

_______pto n scuuir vingem : quem o perlender comprar dirija-se ao Capitão Amaro José de Faria, nn Praça dp Coniuicrcio, ás horas do costume, ou no cn.cs do. Sodvé das

cinco em diante._____________^ _^_______

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S J\. S. Paulo n." ._.„....

to .10 cães do Sodré, tem bellos quartos u 160; e querendo jantar, e almoçar mais 360; c tudo o mais se aprompln com areio, credito, fidelidade, e commodidnde.

í JÇUKS particulares du loyica Kr^ncirza, de fítfcripta , « JLj de calculo: dirijam-se á rim Áurea n.° 62, casa de

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. TVTo dia 2!» do corrente uiez de Agosto, pelo meio Uia ,

J.^1 se ha d« proctiler ao arrendaHicnlo das turras doExm."

Conde'de CuciUiní, situadAs na Villa de Azainbuja, em casa

lê Carlos fíigg» na'iua ilan Klores, junto an lar-ro du Qiiinlella,

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* servir, ilirijam-seú Prnradrt Aleafm n,"34, l.°artdar: _ __

bo-

1VT-1 o""161""

CAURUAGENS 'OM NIBUS.

Ç< Vara Cintra (serviço rxlruorâinario). •

^SEGUNDA feira J 4 de Agosto ás 4 horas da tarde.

._ -, . • .f ' • ( ús 5 'horas da manhl, e

fería feirn 'J.........."••}*«.? l-orw da uid«.

De Cintra \inra J^islioa. •

Segunda feira 14 du Acnsto,. . ás'5 horas e meia damanhã.

Terça feira J5..........'....' «s S horas e meia da tarde.

„ , . ... . (;ís 5 linrnsenieiii danutnbS e

Quarta for. 16.............} ,, ? húra9 e meia ^ ^

N. B. As Carruagens parlem dn Prnra de Cintra. e demoram-se no alio de S- Pedro arú IÍB C horas. O terviço ordinário continua a ser — de Lisboa nas Terças, Quintas fef-rn6 , o Sabbados.: as Carruagens v3o até í Praça de Cintra , e partem dallL nas Segundas , Quartas, e Sextas feiras. Preço 960 réis.

1'ttEÀTRO N. DA RUA 'j)OS CONDES.

DOMINGO, 13 de Agosto. =£ O \7am(jire> = graneis Drama com Prólogo, e ^ Actos-= As Luvas Amarcllas = Drama em l Acto-Farça = O Aprendi/ de Ladrão.:=u

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