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passadas suspensões âe garantias: concluiu votando pelo 'Parecer da Corrimissão.

O Sr. Ministro do Reino disse, que a respeito de poder discricíooario sempre foi inimigo de tal poder, e que hoje ,como Ministro o é imais; que quando entrou para o Ministério acbou já esta medida exi

• -cornttido a medida foi geral; porém que hoje .1 revolta lera apparecido em diversos pontos, e Castello Branco já por três vezes tem sido o seu

• ttieatro ; e que não estando parada a revolta , não pôde a medida deixar de ler log-ar em toda a parte, pois que para isso ha hoje'mais'rã-, coes que então.'Quanto aos presos detidos, que-já melhoraram de sorte, pois que os militares íbram removidos para o Castello, os paizanospa-ra b Limoeiro, eosde Marinha para a sua.prisão: que o Governo já pediu uma relação míu-damente motivada das razões que houve para a? suas prisões , para por e!Ia ajuizar do que poderá fazer, em favor delles. Que , quanto á Imprensa desejaria bem que elja fosse 4-ivre,

/mas regulada por um Decreto feito para ascir-

•cumstancias actuaes. Que a Imprensa, sendo um grande bem, em se pervertendo era uma arma péssima, e que não sabe se seria mais ut l •que ella fosse regulada segundo as circurnstan-cias actuaes , se suspensa de lodo, ou se em plena liberdade. Que já disse, que a conservaria como'a achou. A final -disse, que assentava que se podia approvar «Parecer, já para infundi" MHI .terfor salutar,' já para que se não

••diga a todo o tempo, que oõoverno não obrou com toda a rapidez e energia que deferia. O "Sr. Gorjâo d.isse , -quê era das mesmas

. idéas que tini)» manifestado o no~bre B. da R.

' pensão das 'garantias, as queria comtudo mais

.Ilimitadas. Passou a aotar, que os presos tem -estado iíicom.municaveis, -podendo npenas fatiar

• algumas vezes ,00*11 suas famílias; que i'lte tem constado que jião tem sido bem tractados ; e

cos, Os presos deveriam estar naquella incerteza sem serem pergu»tados lodo o tempo qu.u.dy-jasse a ,guerra«iv,il. Queixou-se de passagem de alguns abusos comm«ltidoB porautbondadcs subalternas *m occnsuio de'prisão, ecor-clirtu vogando pela suspensão com mortos amplitude. In-ter.pellou o-Sr. Ministro da Guerra, pela Portaria publicada, mandando suspehder .todos ai • vencimentos dos Oíficiaes iimplicadps na rebel-:1ião, dizendo, que era a laçariam bem aproprie-"-dade do Cidadão, porquanto o ultimo me,z pa-. gp era o-de Outubro; que por conseguinte UTIJLI-tos inezes havia depois a que elles tinhàcn direito, por precederem ao crime de rebeUnio , e que os rebatedores, que na boa fc tinham descontado os recibos, se viam por esta' Portaria stítn ••direito á sua propriedade.

Ô Sr. Tyiimslro. do Reino disse, que o

apresentaçâp de uai fnctp pelp Sr.-Depuladp j elle (Orador) Unha assignado um Requerinaen» to pedindo esclarecimentos ao Gov.erno, de que resultou, ser informado do contrario; por tanr tp não, vê nisto causa para majs do que recoqi-mendar-se ao Governo, que evi.te quantp poder PS abusps: ponderpu que esta Lei já por terceira vez aqui vinha, que qs .ra.z.ões qqe hqur vê para a primeira vez, são hpje, ainda maior rés , e que pela palavra .discricionário , não entende se conceda ao Governo poderes de vi» da e morte, honra ou fisco. .

Julgada a matéria-discutida, pediu p Sri Soares Caldeira, que a vptoçãp fosse nominal; porém o Congresso não annuiu.

Foi então posto o L" Artigo anotação por partes: 1.° para saber >e a suspensão deveria ser por mais ,um*mez, e se decidiu que sim: 2.° se se haviam de conceder ao Governo poderes extraordinários e discricionários, e se decidiu que sim por 49 votos contra. 16.

O Sr. Ministro da Guerra disse que he verdade que se tinha passado uma Portaria mandando suspender todos PS vencimentos, e que era justamente p que se praticava com os desertores ; que isto se costumava a praticar assim, por isso que Oíficiaes havia que tinham muitas vezes contas com a Fazenda por quo eram responsáveis, P.que se decidia em Conselho de Guerra ; que ha bem pouco .aconteceu que ura Quartel Mestre fugiu com o pret dos Soldados. Porém que, não obstante, por pausa de recibos vencidos, já se tinha publicado outra Ordem do Dia modificando a primeira.

O Artigo 2.°'da Proposta foi ppprovaçlo sem discussão.

" Entrou-se na Ordem do Dia continyaçãp da discussão do ArtigOiS." da Lei da'liberdade de Jniprensa. . ,

Os Srs. Leonel, e Lopes Monteiro praram a favor ,do Artigo.

O Sr. Alberto Carlos disse., que queria que-Juiz mterpóVesse o seu juizo por alguma.forma, antes que o processo fosse para -o Jury de pronuncia, porque, por exemplo, nestes d.ias apparcceram algumas proclamações insidiosas pelas esquinas, e acaso soube .alguém quem as 'ez ? Tarde se saberá: com tudo acaso, seihade esperar, que p Jury pronuncie antes -de mandar arrancar aqueUes ,papei.s-

OSr.CeKar do Vnsconcelilqspediu, quequanr to antes à Coramissão de Fazenda .çlesse o seu parecer sobre três Propostas suas a favor da Guarda Municipal.

O Sr. JDprrarnado mandou para a Mesa >wma representação ,dos Camarás .de jMessejana , e Carnpp de Ourique, em que.inostcain o receio que,tem de ,serem invadidas pela? guerrilhas ,d«j> Reinecliido. Que elle (Orador) bem ,sabia, que o Governo já estava .informado destes .acpnter

cimentos; porém ,que elle, mandava a .

a Mesa para .ser remettida *p óme.nje por satisfaçãp aos P

tacão para

verno ,t,âo som

que disto p .encarregaram

.Que por esta occar

siã,o lembrar,ia ,aoGo,vcmo, que a facção do Remechido se teq| augmentado com gente que lhe tem ido do Alemtéjp., e outro pontos.

P Si. Leonel por parte da Cqmmissão de poderes -.leu dous Pareceres: 1." conteúdo duas partes, 1." para que seja marcado o prasp de 15 dias para se- apresentarem no Cong.r.esso

dás razoes ipas. prisões para examnar .ddcidir. " * •

|0 ST. Fernandes Thomaz disse, q»e nenhu-"míi analogia linha'para a adopção ou rejeição -da -Lei os argumentos-que produziu o Sr. Gor-iâo , POJS que deve saber , que sempre esta qualidade de Leis tinham por consequência mais ou fnenos abusos, que"

aquelles -Deputados subgtitutos, que forem chamados, e que_, não cp^n pá recendo, se entenderá qu^ nãp querem vir, e-serão chamados .os subc stitutos immediatos: 2."que se chame o .substituto que deve occupar a Cadeira, queoccupa-vá o Barão pie Leiri^a.. Õ 2.° pata ,que .seja í»dr mittida a escusa do,Sr. José Mar\a Baddy,, e se chame o seu substituto.

Decidiu p Congresso que.se man mi r ,o primeiro Parecer, e o segundo entrasse, em discussão na primeira Sessão.

Passou-se á leitur.a.da Correspondência, finda a qual o Sr. Presidente declarou, que não havendo numero suficiente pá Sala para votar, se decidiria se devia .haver amanhã Commis-sões; e deu para a Ordem do dia da próxima Sessão, o Parecer da Commissão de Poderes, Liberdade de irn.pren.sa, jC Orçamento d> Re*-partiçâo. do lie i n o, c levantou a §es«ão deppift das 4 horas. _ •

LISBOA, ;13 DE

O PRESENTE e' para-os animpes que ao no pré» ' sente vivem. Sua merjiorLa menos perfeita ,e calculada só para a actualidade; sua existen* ' cia inlçllcctual cpntenta-se com o que lhe afíe-cta o fysico. Pouco devem importar as causas úquelles que só gosam o m_omeniQ que corre; .esses pensamenlos são dadps para prepararão futuro; e qunm 'não vê o dia de amanhã, não precisa examinar as causas do dia de hoje; esse .trabalho não tem vantagens para o passado, e nada aproveita ao presente.

O futuro é p distmctiv.o do -homem , o ouro» pel da nossa existência ; tirai-inos o futuro, mor* rerú a esperança e a imaginação com qiie dói» ramos o porvir, seremos os mais brutaes .e infelizes dps animaes; iflfelizes., porque,já "não podemos adoçar nossos dias com Hlusões, e porque ficamos com um peso de nnzâo sem utilida* de, corn uma faculdade que requer-pasto, que se Sustenta no futuro; morreriam ps desejos, foa-te de nossa industria e felicidade. Ktn tudo fi* cariamos inferiores aps animaes sem essa nobre . faculdade que faz nosso di&tinctivo, tiossas a/* mas, e nossp meio de viver.

Sigamos pois nosso destino, .descortinemos o futuro; o passado seja nossa guia; é pelo .dia de hontem que havemos de vçr o de -amanhai quem esquece, quem não examina o que se tem passado, ,não tem a chave .do porvir; entrará pela porta .falsa .da imaginação.» não vê senão as illusões que cria; o conJje£i;U)enlo dos homens, o estudo .dp coração humano, as diffe* rentes inclinações que nos-canacterisam , e qye se .vestem com {is .cór.e* -da idade em que vivemos, nossas papões que se .moldam .ao tempo, que ise fingem £ humilha p em quanto somos fracos., que parece-m Ajudar as dos outros, que produzem a-? maravilhas no' campo e na tribuna, são ps degráos do justp -edo criminoso, do livre e do déspota. .Q -actdfc da necessidade Á sempre bem desempenhado por todos; TO fraco» arrumadas ao bordão da virtude ern.quaoto per» tendemos aed.u-zir, ern quooto necessitamos en» ganar. OccqLtamos nossa -vontade, estudamos a \oajjds, QÍ caprichos,dos outros, seguimos a opinflf geral. E' no triumfo que.apparecemps o que somos; é

Já vimos a Carta, já vimos .os-Chefes >el,ba Campeões da Carla «9 -dia.de seu Iriumfo e do nosso ;(entrãonãphavia-v«ncidos senão os migue-lisUts)., e qual foi o resultado-? Qual foi # jus-itiça,, .o desinteresse, -d ordem,'.a economia, e a igualdade? Estamos habilitados para prever o que hoje aconiecer,ia.,'.eotremòs no futuro dn« hypet.íwses (para a imaginação iodos "os futuroa ,sâo possiiv,eis), supponhaimos o,,que Inâo ha de acontecer,, o que repugna,oom Portugal; veja-i^nos toda ,a profundidade ,do obysrno >para a,u-go>entar aos.sa :resistenci>a ; vençamos a -repu-jgnanpia de nosso coração por um pouco, sup-ponhamos o.trium.fo dos .sicar.ios db despotismo ; imaginemos toda .a Nação .conquistada, por esses poucos, e forçada -ao pacto que Lhe querem impor. Desde esse momento «sse pacto é.um jugo, nós somos conquistados, a Liberdade fugiu, a Soberania Nacional acabou ;• a Carta já não será a de D. PJSHKO .e de Portu» gal, mas a dos Marechaes e-estrangeiros! Portugal não pertence já á lista das Nações, pois

que a g-uer.ra é feita,á nossa Independência Emancipação,: jerá uma colónia ide facto e de ,dirçito; seremos caixeiros, negociando por conta de nossps patrões; agricultaremos para sus-

tentar nossos ,opp,r,essores.....