DIÁRIO DÓ GOVERNO.

LISTA 326.

D-8-

Arrematação perante ~a Junta do Credito

Publico.

NO DIA 19 DE DEZEMBRO PRÓXIMO FUTURO. ' DISTUICTO DE COIMBRA.

Mosteiro de Santa Crua de Coimbra. Concelho deMonte-Mór o Velho.

N." ATaliaçBes,

209 Quinta chamada da Bclveia, que se compõe de vinha e oliveiras, casas decelleiro, cur-raes com seu pateo murado, eira de cal, e telheiro : parte .' do poente com o Paul de Fo-ja, nascente com José da Costa Gomes e Cunha, e com herdeiros' de Domingos Ferrian-df-s Guimarães, sul com André Cliixorro, e pelo norte pnrte com o caminho do Concelho.....................6:400$000

Concelho 'de Maiorca.

S10 Quintu chamada da Fonte Quente, a qual consta do seguinte: Umas casas que serviam de habitação para os Administradores, e tem, além dos altos, capella, ceifeiro, lagar de madeira, seu pateo grande, currae», casas térreas, palheiros, e-eira cora seu alpendre : de uma terra chamada a Tapada cercada de val-lado, afructada : dita chamada as Cortes, que terá oito geiras, também afructada : dita chamada a Folha da Cruz, que terá cinco geiras com seu pinhal : mais uma dita no sitio aonde chamam o .Tanque, que será um dia de lavoura: dita chamada o Laranjal, que tem dons dius de lavoura : um pomar de-espinho na.mesma, quinta : uma terra chamada o Cliapeo, que terá sete dias de lavoura: ditas chamadas as da Mata,-que serão quinze geiras pnuzias : dita chamada a da Felgueira, que tora-oito geiras, pouco ma is ou menos: ' vinlui chamada n do Tanque, que • pega com a casa: dita coritigua, chaimida oCoural: olival que confina com a mesma casa. dft. quiula : uma terra chamada a do Julião: um poiuio sito ao pé da Gordio-sa: urna terra chamada a do Texugo, que será ama geira pouzia : um pinhal manso, que terá oito geiras, com poucos paus: dito junto áquelle, quo terá oito. geirus; é bravo, e, mal. povoado.: dito no sitio aonde chamam o Sobral, que terá quatro geiras : dito DO silio do Sequeiro Novo, que será quatro geiras: dito chamado do Meio, que terá duas geiras, pouco povoado: a matu vellia, que pega com a quinta, e confina com n Tocha ; e um batatal, que será uma aguilhada de teiro : tudo 1; 'Concelho de Moi.tagoa.

211 Cosas e quintal, pateo e casa- '

ròes, e mais pertenças, tudo sito no Logar de Valle de

Açores...................

•Collcgio do Espirito Santo, dos Monges de S. Bernardo, em Coimbra.

212 .Terra no sitio das Fontainhas,

com um lagar de fazer azeite

213 Pornar de laranja , e mais fru-• -ctos, com eira e tilheiro pa^-

rã bois, e terra de pão..... 300$000

5214 Terra lavradio, e paul inculto,

•chamada o Prado do Paul.. 315 Terra lavradia a que cl>- mam

o Paul de traz da.fasta .... S-16 Terras, que são 'iaarenta e duas

oguilhadas, rodas no sitio dos

Éreos, no C, mpo de Ernes.. 2J7 Terra alta e jaixa, vinha, e

mala, com r Jival, tudo no sitio do Snlubardo,.,,,,,,,,

218 Pinhal com suas oliveiras, que

parte do norte com Manoel da Silva, e sul o Doutor Pio

219 Herdade grande a que chamam

o Casal* de Balelim, que consta de terra de-mi lho , arvores de frucla, oliveiras, e pinhal, a partir com as fazendas de António Fernandes da Por--tella , do Casal da Rocha, e com Maria da Piedade, da Rocha Nova, e outros........

Collegio de S. João Evangelista , dos Conegot de S. João • Evangelista, em Coimbra.

220 Quinta chamada do Cidral, si-

ta nos aros da Cidade de Coimbra , murada sobro si, que se compõe de cosas de um andar, varanda, cozinha, e lojas; terras de semeadura , pomar de espinho, vinha, e outras arvores de fructo : parte com AntonioIgnaciod'Abreu, e com o Doutor Bento Joaquim de Lemos.

Somma total...Rs. 12:311,^400

Contadoria da Junta do Credito Publico, 25 de Novembro de 1837. = Ignacio Vergulino Pereira de Sousa.

Parte não Offidal.

SESSÃO DE 25 Í>E NOVEMBRO DE 1837.

PELAS onze horas se abriu a Sessão, achando-se presentes 55 Srs. Deputados: lida a Acta du Sésamo antcicerite, foi approvadu.

Passou-se a. leitura da correspondência, á qual se deu o competente destino.

Sobre o Requeninento apresentado hontem pelo Sr. Rodrigo Salozar acerca dua violências perpetradas por um Destacamento do Laneci-ros em Guimarães, disse o Sr. César de Vas-concellos, quo sente muito que nào esteja presente o Sr. Ministro da Guerra para lhe ponderar, que é necessário pôr cobro á desordem era que andam esses diversos Corpos, cominaii-dados por poucos Oíficiaes, o. por conseguinte sem disciplina: que tropas nu^u estado fazem mais prejuízos e flagellos aos Povos, do que serviço útil: o/Deslocamento de que'se irucU são dous Esquadrões de Lancei ros que viernm de Hcspanha, cujos Officiaes os abandonaram, restando-lhe só dous, du forma que esse Tenente de quem se tracto cominando um Esquadrão. O Sr. Rodrigo de Menezes representou que se devja recominendur ao Governo que faça com que asi Aiilhoiidades Militares se não intrometiam com as Aulhoridadcs Administrativos.

O Sr. Monl'Alverhe offcrcceu um addita-mcnto ao primeiro Requerimento para que o Governo dó as mais terminamos ordens, para que sejam nquai teladas as ti opas que em Braga estão aboletadas pulas casas desde muito tempo.

O Sr. Alves do Rio representou que era muito exorbitar o Corpo Legislativo de suas attri-buições, ensinnoiido ao Governo cousas, que são da sua primitiva attnbuiçuo: se o Governo obrou mal, compele accusa-lo : as Cortes D à o só para fazer Leis.

Depois de breves reflexões o Congresso decidiu, que não havin logar a volar neste Requerimento.

O Sr. Luno representou a impossibilidade cm que se acha o Governo de dar quartéis á tropa em todus as partes onde se achnr • disso, que ultimamente sendo Governador da Praça do Porto, quando alh chegou o Divisão, que vinha de fazer a guerra em Llespunlui por dous annos, no primeiro dia teve de mandar os soldados para os Conventos, é dar-liies para lá uma porção de palha, e não teve luz para lhes dar, e só no segundo dia os pôde aquartelar pelas casas, e era no Porto.

O Sr. Mont'Alverne disse, que em Brtga havia quartéis.

O Sr.Barjona fez uma proposta para quo os indivíduos de 50 a'nnos para cima sejam dispensados do serviço da Guarda Nacional. Este SenJior disse, que desde muito é instando, para que apresente esta proposta, c que a justiça de tal supplica não .terá grande discussão: j

que u assignada pelos Senhores (lous os nomes), e que muitos mais a assigrianam,- se a tivessem visto. (Apoiado.)

Leu-se um Parecer da Co m missão de Guerra sobre o Requerimento de alguns Officiaes Generaes, que foram Reformados, para que o Governo Informe át'erca dos requerentes.1

O Sr.Macario de Castro fez um additamen-to o'este Paracer. '. '. '•/

O Sr. B. da R. deSabrosa disse,- que a Commissão nào podia dar outro Parecer: que o objecto dodiscurso"doseu nobre amigo.o Sr.'Ma-.cano, era intempestivo: que a nmguem''se pôde negar o direito de petição: que depois de ouvidos os requerentes, então se poderão censurar as opiniões dos supplicantes, então terá logar a discussão a este respailo.

O Sr. Costa Cabral, e Ignacio Pisarro mandaram para a Mesa dous additamentos ao Pa-' recpr da Cornmissão•

O Sr. Cezafde Vasconcellos igualmente offe-receu oulro additamento. Posto a votos o Parecer 'daCommissão, c os diversos adduamenlos, foram approvados ; 'excepto porém o do Sr.Macario , que era = para que o Governo informe se algum , ou alguns-destes Generaes serviram nas lileiras do Mu'rquez de Saldanha na ultima revolta = foi considerado como Requerimento, u ficou para segunda leitura amanhã.

O Si. Ferreira Borralho mandou para a Mesa o seguinte Requerimento : = Requeiro , que us quantias mandadas dar por D. Miguel aos refugiados das Ilhas dos Açores, em Lisboa, no tempo da usurpação, e que importam em ay.-yOO^OOO reis, segundo o Mappa enviado pelo Governo, ein data de 23 do corrente, « lido hoje, se mandem promptamente cobr*ar dos ditos devedores alias ricos e abonados; e que sejam npplicados para pagamento das Pensões, e Monte-Pio devidos ás viuvas- dos Militaies, que morreram na lucta da Liberdade contra o JÍqspolismo. =

Leu-se um Parecer da Coram issão de Guerra, sobre o Requerimento de uns Officiaes, que serviram D. Aliguel, e só queixam, de que pertencendo á 3." Secção do Exercito, tem sido pagos outcos Oíficiaes da mesma Secção, e «lies não. A Commissfio pede ao Governo informe qual é a causa desta differença.

O Sr. Cexar de Vasconcellos disse, que na 3.a Secção se acham não os amnistiados, mas também Oíficiaes, que em favor da Liberdade peideram sua saúde no campo, ou ficaram anu-tilados; que a favor destes, em recompensa de seus serviços, se publicou uma Portaria para que sejam pagos cora os Officiaes effectivos, o que é isto, o que causa estas differença».

O Sr. Costa Cabral ponderou, que o que ia dizur era com o fim deque chegftssam suas vozes ao Ministro da Fazenda, que mui raras \o-zes aqui appnreceu: que ultimamente di^se, que tinha um chapeo cheio de Projectos; porém que até agora, ainda aqui não veio pedir, discussão sobre nenhum dclles: que o Congresso está pró m p to a dar todos os meios du que o Governo carecer, que é uma vergonha estar-se aqui sempre a dizer, que Portugal não está pobre, que tem muitos recursos, c no entuiuo a mibeiirt é imrnensa.

O Si. Presidente ponderou que o Sr. Ministro havia, era verdade, dito que tinha muitos Projectos de Lei sobru Fazenda, a apresentar; porém disse,' que era no Conselho deMinistros, e que por ora ainda, decerto, não tc'm lido tempo para isso. ,

Depois de mais algumas reflexões foi o Parecer da Com missão opprovadp.

Tiveram depois leitura muitos Pareceres da Com missão de Estatística , sobre divisão de terntono, os quaes foram approvados sem discussão. .'

Leu-sç o Parecer da Comissão de Fazenda-sobru o Requerimento de Miguel Paes de Fi-g-ieiredo e Sousa, que foi remettido ao Gover-110 para que n t tentos os serviços, idade, e en-feiaiidndcs do requerente, e attcndando a que este Ecclcsiastico perdeu' com a abolição dos duimos um conto de réis por armo, apontasse o meio de se remunerar este Ecclesiastico, e o Parecer da Commissão é. para que lhe sejam dados 500^000 réis pela Sé Metropolitana, como a um Cónego reformado, conforme o Govçino indica.