O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Página 1363

1363

Numero 289.

Anno 1837.

ema.

QUINTA FEIRA 7 DE DEZEMBRO.

Parte Offidal.

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DO REINO.

1." Repartição.

Estatística do Ministério do Reino desde o dia

Cl." até 30 de Novembro de 1837.

ARTA de Lei..................... l

Decretos.......'..................... 21

Cartas, Alvarás, e Patentes, '.......... -7

Correspondência com as Cortes , Officios 20

Dita com ó Ministério......... idem .. 226

Portarias e Officios aos Administradores t Geraes dos diversos Districtos Administrativos .......:...............,. 363

Ditas ás Repartições dependentes deste

Ministério........................ 439

Patentes da Guardp Nacional......... 13

Requisições de Credito certo.....'...... 68

Ditas......de dito incerto............ 2

Ordens de pagamento........'......... 64

Ditas de delegação e authorisação de pá- '' ,

gamento....................,..... 4

Circulares 11, que produziram Portarias 201

Guias para pagamento de Direitos .,.....3

Despachos lançados DO Livro da porta .. 386

Total dos negócios.....1:818

Alem de grande numero de Copias, Relações, Projectos, Mappas,'etc.

3." Repartição.

HAVENDO sido presente a Sua Magestade a .1 RAINHA a Representação da Camará Municipal de Lisboa, datada de hontem, em que pede se lhe declare se á vista da doutrina da Portaria de 29 de Novembro passado, publicada no Diário do Governo -N."28?, deve ou não subsistir a ordem que dera para se proceder á eleição dos Administradores dos seis Julgados da Capital, conjunctamente com a dos Membros da Camará, que deve servir no seguinte nnno, para cuja eleição já fizera affixar edi-claes:- Manda , pela Secretaria d'Estado dos Negócios do Reino, participar á mesma Camará Municipal, que deve subsistir a ordem, que deu para 'a referida eleição, visto 'que os actiines Administradores dos Julgados ibrain ainda eleitos; bem, como a Camará actual pelo syslema do Decreto de 18 de Julho de 1835, já sem vigor, e não pelo determinado no Decreto de 31 de Outubro do anno passado, ou pelo systema do Código Administrativo, que confirmou nesta'parte o dito Decreto de 31 de Outubro; ficando porém na intelligenciadeque obiennio dos novos Administradores deverá contar-se desde Janeiro do corrente anno, é findar no ultimo de Dezembro do anno seguinte, afim de não se transtornar a regra estabelecida pela citada Portaria de 29 de Novembro ultimo para as ditas eleições. Palácio das Necessidades, em o 1.° de Dezembro de 1837. = Júlio Gomes da Silva Sanches.

SECRETARIA D ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA.

1.* Repartição.

TENDO-SE permittido que os Navios pertencentes aos Estados Mexicanos fossem ad-mittidos nos Portos dos Domínios Portuguezes, que estivessem ,abertos ao Commercio Estrangeiro em geral; e convindo, por justiça e igualdade , que a mesma concessão se estenda aos Navios de todos os mais Estados da America Septentrional e Meridional, que formaram em outro tempo, parte da Monarchia Hespanhola,

e aos da Republica de Haiti : Manda a RAINHA, pela Secretaria d'Estado dos Negócios da Fazenda, que o Director da Alfândega Grande de Lisboa expeça as ordens necessárias, para que os Navios de todos os ditos Estados, e os da Republica de Haiti, sejam «drnittidos a despacho nas Alfândegas da sua competência. Paço das Necessidades, em 30 de Novembro de 1837. = João, d.e Oliveira. = Pata o Director da Alfândega Grande de Lisboa.

Na mesma confonuidada se expediram Por-tarins aos Directores das Alfândegas do Porto, Funchal , e Ilhas dos Açores.

1." Reparlição.

TENDO-SS dado providencias, pelo Decreto de 15 de-Novembro próximo pretérito, para evitar o vexame dos Devedores á Fazenda Publica, que aproveitando-se das benéficas disposições'dos Decretos de 26 deNovembrb e 1.° de Dezembro de 1836, fizessem as necessárias propostas para a solução dos seus débitos; e podendo acontecer que ulguns destes Devedores, tendo feito os competentes Requerimentos, deixem de satisfazer aos'Dcspachos interlocútoribs, de que depende a'acceitação QUrejeição de suas propostas, pçrsuadindo-se talvez que, depois da publicação de seus nomes no Diário do Governo, já não pode ter logar proseguir-se nas Execuções sem Despacho final, illudindo-se por esta maneira as citadas providencias, o que muito convém acautelar: Manda Sua Magestade a RAINHA, pela Secretaria^Eslado dos Negócios da Fazenda, 'declarar ao Thesouro Publico Nacional, para sua intelligencia e effqilos necessários, que aos Devedores que se acharem nas circumstancias mencionadas, e que no pra-so de trinta dias, contados da publicação de seus nomes no Diário do Governo, não satisfizerem ao que se lhes exigiu por Despachos in-terlocutorios, serão suas propostas rejeitadas. Paço das Necessidades, em 5 de Dezembro de 1837. = .7brto de Oliveira. ^'Para o Thesouro Publico Nacional.

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS ECCLE-S1ASTICOS E DE JUSTIÇA.

' Repartição da Justiça.

SENDO presente a Sua Magestade a RAINHA, que alguns indivíduos,'encartados nos an-tigqs Officios de Tabelliães do Judicial e Notas pertendem quanto a estes, continuar ainda em exercício, fundados nos Artigos 24, 25 e 26 do Decreto de 29 de Novembro do anno próximo passado: Manda a Mesma Augusta Senhora, pela Secretaria d'Estado dos Nego-cios' Ecclesiasticos e de Justiça, declarar ao 'Juiz que 'ser.ve de Presidente da Relação de Lisboa , para assim o fazer constar aos Juizes de Direito das Comarcas do Districto, qne pelos citados Artigos unicamente ficaram conservados nas Cabeças de Comarca , nas Capitães dos Julgados , e nas demais terras dei lês, os Tabelliães puramente de Notas, que tinham Carta de serventia vitalícia ate á epocha do ultimo despacho, podendo o Governo, no caso de assim os não haver na Sede das Comarcas; nomear um Tabell ião separado dos Escrivães d'n n te oJuizo de Direito, que-também são Tabelliães, uma vez que a necessidade authorise essa nomeação: e que por tanto á vista da Lei somente podem ser mantidos os que forem privativamente Tabelliães de Notas encartados, e não os antigos Escrivães do Publico Judicial, e Notas: Paço das Necessidades, em'30 de Novembro de 1837. = José Alexandre de Campos.

Iguaes aos Juizes que servem de Presidentes da Relação do Porto, e dos Açores.

CHEGANDO ao conhecimento de Sua Magesta» de a RAiEHA,'por Officio do Administra* dor Geral interino doDistricto de Lisboa, que no dia 26 de Novembro ultimo, alguns indivi» duos se dirigiram á Freguezia de S. Thiago da Villa_de Almada, e insultaram o respectivo' Parocho', chegando a ameaça-lo com a morte se a l h voltasse a dizer Missa: Manda a Mesma Augusta Senhora, pela Secretaria d'Estado dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça, que o Sub-Delegado do Procurador Régio,-junto ao Juízo Ordinal io do Julgado de Almada promova lefficazmente os termos Judiciaes que tiverem logar por similhante acontecimento, na certeza de que hoje se requisita ao-Ministerio da Guerra, que seja alli postada alguma força capaz.de manter a ordem, e de auxiliar a acção da Justiça. Paço das Necessidades, em 4 de Dezembro de 1837. =José Alexandre de Campos. ____

MANDA a RAINHA, pela Secretaria d'Estado dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça, remetter ao Juiz de Direito da Comarca d'ÈI-vas, para s,ua intelligencia e effeitos necessários, a inclusa copia authentica do Officio do Ministério do Reino, declarando os motivos, pelos quaes foi considerada sem fundamento algum a Representação da Camará Municipal do Concelho d'Elvas sobre o facto de terem sido obrigados seus Vereadores a assistir como J.urados 'na Audiência Geral; por isso que estando os mesmos Vereadores inscriptos na lista dos Jurados não podem, segundo a Lei, ser dispensados deste serviço em quanto, depois de reformada a lista, não forem delia tirados. Paço das Necessidades, em 5 de Dezembro de 1837. =: José -Alexandre de Campo*.

CONSTANDO por informação da Authoridade competente que Manoel José Ribeiro Guimarães, Escrivão interino 'do Juizo de Paz da Freguezia de Lanhoso, além de ter um comportamento-moral e civil pouco regular, é notado por seus péssimos 'sentimentos políticos, e tomou parte muito activa na revolta que leve logar naquelle Julgado: Manda a RAINHA, pela Secretaria cTEstado dos Negócios Ecclesiasti-cos e de Justiça, que o Juiz de Direito da Comarca de Guimarães haja o dito Escrivão.por exonerado, e nomêe outro que sirva provisoriamente até ao despacho definitivo. Paço das Necessidades, em '4 de Dezembro de 1837. = José Alexandre de Campos.

CONSTANDO por informação da Authoridnde competente que Joaquim José Teixeira , Escrivão interino do Juizo Ordinário do Mo-gadouro , surprehendeu com força armada o Recebedor de Freixo de Espada á Cinta, e extorqu\ndo-Ihe o dinheiro que levava, o entregou depois á Junta rebelde estabelecida em Bragança : Manda a RAINHA, pela Secretaria distado dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça, que o Juiz de Direito da Comarca de Moncor-vo haja por exonerado o dito Escrivão, e nomêe outro para servir provisoriamente no caso de que os Escrivães despachados pelo Governo se não achem ainda em exercício. ,Paço das Necessidades, em" 4 de Dezembro de 1837. = José Alexandre de Campos.

Página 1364

JUM A K-1U L) U-, .li U..V Jb Jtt IN U.

jiocios Ecclesiaslicos e ile Justiça, que o Juiz-1 do Diuylo da Comarca de Braga linja por exonerado o dito Escrivão, e nomêe outro que piovisoriVimente sirva ate definitivo despacho. Puro das Necessidades, em 4 de Dezembro de 1»37. = José Alexandre de Campos.

CONSTANDO por informação da Authoridade competente que António Zeferino Pinto de Miranda, e Luiz. António de Basto Guimarães, tendo sido suspensos do exercício de Escrivães interinos do Juizo Ordinário do Julgado da Povoa de Lanhoso, se melturam novamente de posse dos Olficios por oulitoi idade própria, na occoi>.

CONSTANDO por informação da Aulhoridade competente que António José DiaàSimòes, Fianeisco Dias Marques, José Thomás Sarai-, vn Salomão, o Luiz Manoel de Sousa Rebollo, Escrivães interinos do' Julgado das Terras do Couro, Ge não acham nos termos de continuar a servir por seu» uinus sentimentos políticos, o factos pialicados durante a usurpação : JMuiidíi u UMTUIA., pela Secretaria d'Estado dos Negócios liccíesioeticos e de Justiça, que o Juiz de Direito da Comarca de Brega haja os 'ditos Escrivães por exonerados, e nomêe dous outros para sei v i rpm provibonamenle no Juizo Or-diiiario daqtidle Julgado pté ao despacho definitivo. Paço das Necessidades, em 4- de Dezembro dci'1837. = Joi,é Alexandre de -Campos.

DO por informação da Autlioridade ?Cy competente queManoel José' de Sousa Mendes, Escrivão interino do Julgado de Villa Nova de Foscoa , foi um dos motores da revolta que aili teve logar: Manda a RAINHA, pela Secretaria d'Esiado dos Negócios Ecclesiasti-cos e de Justiça, que o Juiz de Direito da Comarca de Trancoso hnja o dito Escrivão por exonerado, °e noinôe outro que sirva provisoriamente no Juízo Ordinário daquelle Julgado ate despacho definitivo. Paço das Necessidades, em 4 de Dezembro de 1837. = Jo«c Alcxandr.e de Campos. _

• Repartição dos Negócios Ecclesiaslicos.

Foi presente a Sua Magestade a RAINHA a couta que em data de 22 de Novembro ultimo fez à.ibir por este Ministério o Governar dor Vigário Capitular do Bispado da Guajda, em que declara ter tomado oarbitrio, de acordo com o Administrador Geral respectivo, de a;mexar provisoriamente os povos desligados do Curato de Sant'Anna u Frcguezia da Remetia, a que por muitus annos pertenceram, antes das ultimas annexaçôcs a que se procedeu. SuaMa-gestade Ficou sciente desta decisão; e Manda de novo recommendar ao sobredito Governador Vigário Capitular que marche sempre, em negócios do natureza similhante, do combinação com as Aulhondadcs administrativas e com as Camurns Municipacs, a fim de não dar logar n queixumes c reclamações, que cm todo o ca-•só muito convém evitar. Paço dns Necessidades, em b de -Dezembro de -1837.:=: José Alexandre *de Campos. •

MANDA a RAINHA, pela Secretaria distado1 dos Negócios Ecclesiaslicos e de Justiça, remeller ao Ajudante do Procurador Geral da Coroa , em udditamenlo á Portaria de S9 de Novembro ultimo, e incluso documento nscripto e assignado pelo próprio punho do Jigresso D. Joaquim de Nossa Senhora dn Na-zareth, na qualidade de Bispo da Diocese de Coimbra ; a fim de que o mesmo Ajudante do Procurador Geral da Corpa faça juntar este ao outro documento que com a sobredita Portaria lhe foi transmillido, para melhor mslrucção do

Çiroccsso já ordenado sobre o piesente negocio. 'aço das Necessidades, em 6 de Dezembro de 1337. = José yJli-xandre de Camjios.

DECRETARIA. DE ESTADO TOS NEGÓCIOS DA MAUI-. NH V f. UI.TRAMAIl.

MANDA a RAINHA, pela Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, que o ítlojor General da Armada faça extensivas a favor de todos os Estados da America

Septentrional, e Meridional, que formaram antigamente parte da Monarchia Hespanhola , e da Republica de Haiti, as ordens, que se lhe mandaram expedir em Portaria deste Ministério, de 26 de Maio do anno passado, a respeito dos Estados Mexicanos, na intelligen-cia de que a Mesma Augusta Senhora Tem Mandado admiltir em todos os Portos dos Do-tninios Portuguezes, abertos no Commercio Estrangeiro em geral, os Navios dos sobreditos Estados, e Republica. Paço das Necessidades, em o 1." de Dezembro de 1837. = /íarao do Bomfun. ______

S u A'Magestade n RAINHA Ampliando os disposições que Hou.ve por bem adoptar a favor dos listados Mexicanos, em Portaria de 26 de Maio do nnuo passado, expedida pela Secretaria de Estado dos. Negócios da-Marinlia c Ultramar: Manda, pela mesma Secretaria de Estado, que nns Portos dos Domínios Por-tuguczes, que ostivcrciri abertos ao Commercio Eslrangeiio pm .jrprul, sejam iidmittidos, como aqupllcí do México, o» Niivios du todos os mai-s Estados da America S. ptenlrional , e Meridional, que formur;im antigamente parte da Monarchia Jlespaiiholíi , bem como os da Re-pulilica de Huiti; p lusirri o fiCciiú entendendo o Governador (íeral dos Estados da índia, e pxpedirá immcdialamrntc as oídens neceasaiif-s íís Autlioririades suas subordinada, para a dr-vida execução do que nesta se ordena. Paço das Necessidades, pin o J." de De/embro de 18:17.= liara» do Bwnjiin-

Idênticas Porlnnus, P no mesma data. se expediram aos Governos de iVIucáo, Caho Verde , Angolu, S.Thomé e. Príncipe, c Moçambique.

Parle não

SESSÃO DK 6 DE DEZEMBRO DE 1837.

EIUM onze horas occupava a Cadeira o Sr. Presidente, c declarou aberta a S

Lida a Acta da Sessão antecedente, foi ap-provada.

Pusscu-sc ao expediente, que teve o" competente destino.

Çrgimdas Ititurat.

De um Requerimento do Sr. Freitas, pedindo se paguem os juros dos Padrões que o The-souro deve ás Freiras de Villa Pouca da Beira. — Foi npprovado.

De outro do Sr.Alidosi para que os Srs. Ministros sejam convidados a escolherem dous dias em cada semana para estarem, presente» no Congresso durante n discussão de matérias de Fazenda., ,e que mais compatíveis forem com os outros serviços que tem a preencher.

. O Sr. B. ,da R. da Sabrosa impugnou este Requerimento, dando os motivos por que o luzia.

O Sr. Menezes: — IJu faço justiça aos motivos que excitaram o nobre Deputado a nos apresentar esto Requerimento, que não podem ser outros senão o desejo de ver os Sis. Ministros naquellas cadeiras, todas as vezos que aqui se tractar de negócios, que affcclcm os interesses da Coroa. Todavia eu acho muifo peso ao que hn pouco expoz o. illustre Deputado o Sr. Barão da Ribeira de Sabrosa , c é que se nós ap-provarmos csic Requerimento, sanccioiiaremos uidiicclantaiUe a ausência dos Srs. Ministros nos assumptos que aqui se discutiiem no resto da Sessão, a quo os Ministros não são obrigados a assislii. Desejava portanto que o Requerimento fos.se substituído por outro, que mostraste o desejo deste Congresso, que o Ministério assistisse ás discussões, todas as vezes que lhe for possível. Quando assim' for concebido, votarei por elle. Ap.roveilo esta occasiào para dar uma explicação, ,não a quem a provocou, mas a,este Congresso', e á Nação, porque assim o julgo do rneu dever. Em um discurso que apparece no Diário do Governo, no Artigo Sessão de Cortes (e que nào e o que seu nobre Auctor cuspiu nesta Casa), eu sou accusado d" me ter declarado inimigo dos Açores, e de sei um Donato, que levo além do devei a tninhn coudesceudcncia com os Ministros. Sr. Presidente, por occusião da discussão de um addi-tamento meu, para que os Deputados nào po-dessem ser eleitos sem ler naturalidade ou do-

micilio, ao menos na Província de que fossç parte o circulo que o pprteridesse eleger, respondendo a um illustre Deputado pela Madei-rã, que havia produzido 'ò argumento de que a sua Província não tomía as intrigas do Continente, tanto que atrave's da liberdade que a Lei lhe dava para escolher seus Representantes em todo o Reino, nunca escolhera senão os moradores ounaturaes da Província ,• disse eu, que o argumento'não colhia, porque aquclla Ilha tinha no Oceano, que a separa do Continente, uma barreira contra as rnlrigas que no Reino se possam urdir; e que scín çste mesmo ante-mural bem dwíendida estava por um espirito de bairro, que ou exprimi mal' pela palavra hostilidade. Eu dei no nobre Deputado uma explicação sobre as noções que eu ligava úquella palavra , com o que o mesmo Snr. ficou satisfeito. Ora, se eu me não referi aos Açores, se eu expliquei o sentido innocente em que tornei aquella palavra empregada a respeito da Madeira, a q«o vem agora as hostilidades ei.i que eir estou para com os Açores? Sou igualmente aiguido de ser um f)o)iato que sirvo os Ministros. Sr. Presidente, se o modo de se mostrar independente, e dd faxer opposicâo ao Ministério consiste cm vir aqui arguir 11111 JYlmis-tro de haver despendido grossas sominus sem se snber em que, o depois em despeito du se lhe franquearem as estações pulilicns paia-obter os necessários esclareciinenlos , jiâo apresrntar este negocio na devida claiç^a, o uno lhe dar o andamento que o 'interesse do Paiz, o a honra do Deputado altamente reclamava; -eu declaro que de tal modo não faço, não sei fa/cr opj>o-sição. Declaro poi tanto que os facto» rxarjdos naqueilediscuiso são inexactos, como este Congresso reconhece, bem que .o seu nrtbre Auctor o recheou de apoiados, quando ninguém o apoiou senão eu por escameo. Declaro mais que se não faz, nem me faz justiça quando julga que eu o tenho sempre presente nos^ncus discursos; persuada-se por uma ve.i o illustre Orador que eu o não vejo nunca, ouj>orque sou tào míope que o não posso divisar, ou o mesmo Snr. tão pequeno que não pôde ser visto.

Ficou addiado até á Lei Eleitora] a pedido do seu auctor.

O Sr. Furtado de Mello: — O Sr. Meneies dpbnWe perlendc illudn as expressões de hostilidade, que dirigiu aos Açores, querendo agora desculpar-se com a Madeiia: o Congiesso as ouviu, e eu delias í\t apontamento; e tanto é isto cerlo, que quando o Si. Deputado (aliou em Açores j se voltou para num com o SPU costumado aspecto tmpuslor, e até repetiu as mesmas palavras, do quo eu usei na discussão do tal Art. 71' do PIOJCCIQ de Constiluiçiií), c Q» combateu furiosamente.... O mesmo Sr. Deputado (usando de expressões só dignas dellp), disse, que um discurso meu, que véu: no Dia-lio do Governo, não c o quu pronunciei nvste Congicsso; e que vem iccheado de apoi-idos, quando ninguém me apoiou, etc. ele. O que é falso e' o que o Sr. Deputado avança a simi-Ihantc respeito, toilve^ pela incapacidade da sua memória ou entendimento !'.... E' fjiso: e eu íippello pura o Congresso, e para osTachigra- -fos, que podei ao dizer se ê, ou não, vcidãde, que aquelle discurso e' exactamente o rnesmo que eu aqui proferi (vozes — é verdade, é verdade): se clle tem-alguns apoiados, é porque o Congresso os quiz dar (vo/cs — é verdade), e não porque eu os pedisse: os apoiados do Sr. Deputado eu osdesprezei, apec.ar de parecerem filhos de remorsos de consciência !.. .. Também disse o Sr. Deputado, que naquelle rncu discurso lhe chamei donato dos Ministros: declaro que não foliei em donatos mmisteriaes; e mesmo pouco me importa que o Sr. Deputado seja donato de todos os Ministérios; e até pôde ser donato de todos os donatos do Mundo, que isso só depende da sua vontade , e da sua consciência !.... O que eu disse , foi, que o seu argumento das hostilidades contra os Açores parecia mais próprio de um donato cheio de pre-occupaçôes, do.que de um veterano ecclesias-tico, que só deve pregar a paz, %e o amor do próximo: é bem claro o que a palavra donato aqui exprime: se o não entende, disso nào sou culpado....

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado nào pôde continuar as suas explicações, porque já se julgou terminado este incidente.

O Orador: — Sr. Presidente , é preciso dizer mais duas palavras; falta-me explicar o cssen- • ciai relativamente numa accusaçào.. ,. (.O Sr. Presidente perguntou.ao Congresso'se o Sr.Deputado podia continuar, e venceu-se,-que sim.)

Página 1365

-V/ T CJ M. i l

ios também' me lincrepçm de não ter levado •avante -»HB« accnsaçíio

CJuauto ao resto das miseráveis expressões do Sr. Deputado, eu às voto ao desprezo, que me-íoce o seu .aiiclor,. a.quein .sempre trve em nenhuma consideração....

O Sr. B. da R. de Sabrosa m h h do u para a "Mesa ura Requei imanto dos Empregados do Ar-ícliivo da Torre .do Tojnbp, sobre atrazamento de pngamentos; coflt-ihuõti dizendo que se deve a estes Empregados onze mezes: d estu uma des-

• igualdade de pagamentos, apesar du tudo qua-n-4» se t«rn dito «estes últimos dias: continuou

.. dizendo que aproveitara esta occasião pa'ra pedir que novamente se rocoui mondasse aòMiíiís-terio da Fuzendu o mandar uma lelaçào de Doídos os pagamentos do todas às classes credora^ do Eslndo: que'i!uo pedia de indivíduo», mas

> sim por classes.

Laram-se diversos Pareceres .de Coinmissôes

• ,que foram approvados.

v. Um da Cotnihissão jje Guerra, sobre um R«-

• jquerimenlo dn Officiaos Estrangeiros, a pedido do Sr. Deputado B.irjona.

Ofdern do dia. .Continuação da discussão do Orçamento do

Ministério do Reino.

., Art. 4.°. Um Porteiro — 000/000 reis — Approvodo.

Um Ajudante — SOO.^OOO reis. — Appróvado. ! Três Continuo» a — 250^000 réis, 700^000 •réis.' • ...

• 'O Sr. Ministro do ,Rei no disse,'que havia na Secretaria mais Contínuos do que os que propunha a (Jommissão, e tnais de certo eram .necessários; declarou quoes os serviços a que esla.varn destinados, propondo, mesmo por economia , que houvesse quatro.

O Sr. B. da |1. de Sabrosa apoiou a proposta do Sr. Ministro.

• ' O Sr. Derramado conformou-se com as opiniões emitlidas.

Posta il votação a proposta do'Sr. Ministro foi àpprovada, isto e, qufttro Contínuos. .. DOUB Correios a pé a — 292^000 réis j' 584$:000 réis. -

t) Sr. Ministro do(Reino propoz, visto o grande trabnltio da Secretaria,, que houvesse mais um Correio.'

• O Sr. B. da R. de Sabrosa npoiou as idéas í]p Sr. Ministro, notando que lio tempo em quê linha sido Chefe de uma Repartição do Ministério da Guerra, lhe foi preciso empiegar no serviço Ordena n ca s'de Cavallaria, o que ac»n-teciB mais- quando fl Corte sahisse para fora' de Lisboa, ou por 'ir para Cintra, iõu outra qualquer parte. „ .

, Posta .á, votação a proposta do Sr. Ministro, foi approvada. '

Três Correios a cavalló a—438^000 réis,

. O Sr. César de Vasconceílos lembrou que apesar da qUeslâo do ordenado destes Empregados estar votada ,'Comtudo, devia "dizer q'ue foi, uma reforma ,que ha de ser prejudicial u'u serviço, por quanto elles muitas ve

O Sr..TBarjona impugnou a proposta. O Sr.César dê Vascdncolíos sustentou a proposta-do Sr. Ministro.-

Posla á votação a proposta, foi approVàda.

Art. 5.° Cinto Officiaes ordinários que fi-

com sern emprego, vencendo-meio ordenado a

— 300^000 reis, 1:000^000 réii.

O Sr. Presidente advertiu que'havia um Ern-iregado menos por empregar, .porque se linh'a votado 'um de mais no quadro effectivo.

O Sr. F. de Castro pediu que se harmònias-se este Orçamento com os outros j'á vencidos, e isto -é dilferente do vencido, porque anteriormente se reservaram estes indivíduos para o.credito .sítipplementar.

Foi approvada a proposta do Sr. Ferreira dt; Castro.

Seis Empregados addidos — 2:600,^000 réis.

O Sr. Barjona pediu que esta verba voltasse á ComrnisstiOj

O Sr. M. do Remo sustentou --a necessidade desta verba, .porquanto era o que faltava para o complemento da sua proposta da Sessão an-:erior, não podendo fazer-se o Sfrviço'se não o do expediente, e não com muita brevidade.

O Sr. Derramado disse que concordava em que SP conservassem os OITiciaes addidos que o Sr. Ministro do Reino julgava^ indispensáveis jara a exactidão do Serviço ; que não entendia que fosse'necessário voltar o Artigo ú Commis-são, como propunha o seu illustre amigo o Sr. Barjona , porque isto só servira de demorar nois a conclusão du discussão do Orçamento, a que não podia' ainda ver termo; que elle [Orado"r) não havia addido a 'lierançd ,da op-posiçào, que consistia em discutir lotlo o Oí-çamcnto das,despezns do Estado, verba por verba; e que a experiência de cada dia mos-" trava fértil em maus resultados, e que jtediti aos Sfs. Deputados que se lembrassem , que ainda •faltavam por inteiro, n;ira discutir, a» partes respectivas ú Guerra e Fazenda,.ao me3. tno ternpo

Depois de mais algumas reflexões foi appro-vado.

O Sr. Vieira de Castro .pediu a palavra para iuíi ohjeétp. urgente.,, .e. dis>sç :. Sr.-Presiden-' te, sinto interromper-a discussão com a aprc-uçrio de um Requerimento, cuja justiça será devidamente approciiida pelo Congresso". Quando entrei hoje nesta cnsa (e o mesmo ti-nhu acontecido hoiitetn) observei que uma po-emica entre o Sr. II. furtado de1 Mello e õ Sr. K. Joaquim d<_ _-que='_-que' membros='membros' outras='outras' atanlos='atanlos' apresentado='apresentado' _-administração='_-administração' ordem='ordem' gravidade='gravidade' tomado-o='tomado-o' extemporaneamente='extemporaneamente' ter='ter' como='como' pediu='pediu' admittido='admittido' amanhã='amanhã' uitifi='uitifi' honro='honro' honrosos='honrosos' ao='ao' caracter='caracter' bondade='bondade' impossibilita='impossibilita' seja='seja' fornecer='fornecer' io-gur='io-gur' longa='longa' agora-informado='agora-informado' enfermidade='enfermidade' recommen-ddin='recommen-ddin' aquellcs-esclarecimentos-tinha='aquellcs-esclarecimentos-tinha' feito='feito' esperar='esperar' faço='faço' requerimento='requerimento' elle='elle' da.='da.' por='por' _.presidente='_.presidente' muitos='muitos' appliquei='appliquei' segiiinte='segiiinte' mas='mas' particularmente='particularmente' fala='fala' _='_' persuado='persuado' a='a' c='c' sendo='sendo' accusaçâo='accusaçâo' e='e' menezes='menezes' lhe='lhe' i='i' linha='linha' apoiado='apoiado' govurno='govurno' deputado='deputado' o='o' p='p' mandar='mandar' r='r' avançando='avançando' actos='actos' esclarecimentos='esclarecimentos' dia='dia' da='da' com='com' de='de' _-de='_-de' tempo='tempo' parte='parte' bem='bem' do='do' títulos='títulos' podesse='podesse' mesmo='mesmo' que-além-dos.='que-além-dos.' aclmiriis-.='aclmiriis-.' aquelle='aquelle' sempre='sempre' daquella='daquella' um='um' me='me' podiam='podiam' própria='própria' dignidade='dignidade' apoiado.='apoiado.' discussões='discussões' em='em' repeli='repeli' vagos='vagos' truçâo='truçâo' sr.='sr.' occasiào='occasiào' sobre='sobre' hoje='hoje' ás='ás' esta='esta' at-tençâo='at-tençâo' congresso='congresso' que='que' deixar='deixar' entrar='entrar' tinha='tinha' uma='uma' muito='muito' ainda='ainda' nosu='nosu' para='para' nossas='nossas' discussão='discussão' mesa='mesa' paiz='paiz' polemica='polemica' outros='outros' causu='causu' similhadle='similhadle' não='não' contra='contra' primeiro='primeiro' grave='grave' dado='dado' accusações='accusações' instruir='instruir' posso='posso' fundamentos='fundamentos' coiuas='coiuas' ha='ha' minha='minha' merecidas='merecidas' queo='queo' ajunta='ajunta'>

Requeremos que se peça ao Governo satisfaçam aos quisitos que lhe foram pedidos /pelo'.Sr. Deputado Furtudo de Mello, pela Repartição, da Fazenda ," em 5 'da Junho deste a"nno, econ-vidar o Sr. Deputado 'a apresentar os seus capítulos de acciisação' contra a Administração de Setembro. = Absignado pelos Srs; Passos José , e Vieira de'

Ficou paca segunda leitura. . . ' . Continua a Ordem do dia. , ., O Sr. Cezar de Vasconceílos propoz um Correio a cavnllo para o 'Administração Geral, porque 'este Serviço eitava sendo feito, por um Soldado da Guarda Municipal. •

Foi approvíido depois de uma longa discussão. . '

O Sr. Soares Caldeira propoz nmis um Con^-tiniib para 'o Gabinete do Administrador.Geral , c um- Einpriíiçiido pfkta cuidtfr-do"Bdrficro' da Admm.suaTyno OeYalj^PoatO á''votuçào, foi rejeifudo. -' ' i "

Secção &,* • Ari. 9."'

. €<_.mmiisáod p='p' erii='erii' róis.='róis.' uln='uln' polieia='polieia' ajudante='ajudante' do='do' da='da' escrivão='escrivão' _-='_-' _='_'>

Foi proposto-o addiamento pelo-Sr. Jo>é íiy tevão, e>foi approvado ; pedindo-o Si. liurjo-na certos esclarecimentos, que lambem íoió;n approvados.

Ficando addiada averba de l Áinonuc.nsc do dito —175^200 réis.

Secção Sufjplementaria.

3 Primeiros Olficiaes que íiôam desempregados vencendo maio ordenado , a—200^000.

7 Segundos,-a — 170JÍOOO."

l Chefe de Secção 3.a — 200^000.

4 Primeiras Officiaes

mentai;.

A Commiiáuo jul^a que adisposiçtio do De- . creio de 30 de Dezembro do anuo passado, que manda que os Empregados nas Administrações do Remo só percebam deemolumentos a quantia correspondente á terça parte d« seus ordenados, e lambem applicavel á Administração" de iLisboa. — Foi .approvado.

Artigo 10." > ' •

A Commissão propõe em logar de oito primeiros Amanuenses e 4 segundos a ordem inversa, ficando entretanto os 4 pnmeirqg, e'pasam a segundos com o mísmo ordenado que actualmente tern. Não resulta economia alguma desta alteração quanto no1 prosento ; mas u- ' ca indicada para o futuro a de — 400$000 réis.

Artigos 11.°, e 12.°

Não se pôde fazer redacção alguma nestes Artigos, .no entender da Cominissão, sem detrimento do serviço^puhlico. — Foi approvudo.

' . • Capitulo 5.° Arctvivo da Torre do Tombo. - Importa a despega pedida neste Capitulo cm 6:440$000 réis. -

A Commiísão observa, que a importância deste Capitulo excede.á do sen corresp-nid-.-níe no Orçamento anterior, mas não propõe ledtic» cão alguma, advertindo que o Orçamento actual é calculado :parà o estado, legal, do Arcli.vo, cujosChefes tem rec!nniado-oaus;mHU'> de Em-uregado_s em razão do serviço accreaCido depois da restauração da Capital. Além , desta causa de augaiçivt().é,a despeza do. Rtigeute de Cadeira Diplomática,, e a da Bibliotheca especi-il. -?• Ficou .áddiado para quando se tractar ilo Orçamento da Co mm i BS ao de lustrucçào Publicai. , ' \

Capitulo?;0,.

A despeza deste Capitulo .riâo pôde por. ora reduzir-so ,• pnr .ser fundada em direitos adquiridos pela Municipalidade. Mas,a verba de 24:692^000 réis'.para acabamento dn"? obras novas é temporária.— I62:752$Ò20 nli».

Foi approvada depois de uína longa discussão.

Por proposta do Sr. Moniz vpltou-se^á discussão dos Artigos 10.°, 11." e 12.° % ,

• "Art. 10.°- - ' :

Administração do Porto', Foi approvada .com alteração que a Cornai i ssão lhe fez. ' Art. 11.° :„..'.

. Administração de Vianna. Foi approvada. . „ . . -

Para as restantes 14 Administrações serve de modelo1 a de Vianua.» . , . •

• -Foi votada a mesma despeza para -as 3 Administrações dos Açores, em moeda forte. •

Ficando addiada a verba.da Madeira.

'Material e dcspezo» ,(umas por outras.) a 400j:000 rs. ' •

O Sr José Estevão prôpôz-300^000 réis para cada Administração, e 1:400^000 para compra de uma imprensa.

O additamento do Sr. José Estevão foi ad-diado, e resolveu-ge 300^000 para matériaes e deapezas.

Tinha dado a hora, o-Sr. Presidente.deu a Ordem "do dia, e levantou a Sessão.

POR noticias do Rio de Janeiro recentemente chegadas consta que S. M..^Imperador, e.AA. Imperial .c Real .passam de saúde, c que no dia 19 de Setembro, Anniversario do Noiné de S.-A. I. .a Senhora Princeza D. Joanna , houvera um baile do Família na Quinta da BOA Vista,,para o.qual. havia eido convidado o Encarregado, de Negócios de S. M. Fidelíssima.

Demissão e Manifesto do Sr. Diogo Feijò, • , . .Ru&nte .do Império.

Página 1366

carregado pela Nação de reger seus destinos pelo presente me declaro demittido do Loga de Regente do Império, para queV.Ex.% en carregando-se interinamente do mesmo Logar, coíno determina a Constituição Política, faça proceder á eleição de novo Regente na forma por ella estabelecida.

Rogo a V. Ex." queira dar publicidade í csseOfficio, e ao Manifesto incluso. DeosGuar de a V. Ex." muitos annos, 19 de Setembrí de 1837. = I!lm.° e Exm.° Sr. Pedro de Arau jo Lima. =Diogo António Feijó.

MANIFESTO.

BrasiIeiros.' = Por vós subi íí primeira Ma gistratura do Império; por vós desço hoje dês se eminente posto.

Ha muito conheço os homens e as cousas. Eu «stava convencido da impossibilidade de obter' se medidas legislativas adequadas ás nossas cir cumstancias, mas furçoso era pagar tributo i gratidíio, e fazer-vos conhecer pela expeneti cia, que não estava em meu poder acudir á: necessidades publicas, nem remediar os inale

Não devo por rnuis tempo conservar-me na Rpgencia : cumpre que lanceis mão de outrc Ciduduo que, mais hábil ou mais feliz, mere ca as sympalluas dos outros Poderes Políticos

Eu podei ia narrar-vos as invencíveis difficul cindes que previ eexpenmentei; rnas para que Tenho jnslificndo o acto da minha esponlanef demissão, declarando ingenuamente que eu não posso sausfu/er ao q'ue de mim desejais.

Entregando-vos o poder que generosamente me confiastes ; não querendo por mais tempo conservar-vos na expectação de bens de que ten dês necessidade, mas qus não posso fazer-vos, confessando o meu reconhecimento e gratidão á confiança que vos mereci; tenho feilo tudoquan to está da minha parte.

Qualquer pore'm que for a sorte que a Providencia me depare, eu sou Cidadão Brasileiro, prestarei o que d«vo á Pátria. Rio de Janeiro, 19 de Setembro de lB37. = Diogo António Feijó,

Jllm.°eExm.°Sr. =Tendo hoje dado» minha demissão de Regente do Império, c devenào comparecer ás Sessões, mas não o podendo fazer por achar-se a minha saúde bastantemente alterada , e ter de mudar de ares para u Província de S. Paulo, corno se me aconselha, rogo a V. Ex.a queirn participar isto'mesmo á Camará dos Srs. Senadores para que se digne ap-p r ova r esta minha resolução. Duos Guarde a V. Rx.* Rio de Janeiro, 19 de Setembro ds 1837.^= lllm." e Exm.° Sr. Primeiro Secretario dii Camura dos Senadores. = Diogo António Feijó. ______

EM consequência desta demissão, e em conformidade corn a Constituição Política do Império, ficou Regente interino o Ministro do Império, o Senador Pedro de Araújo Lima, nomeado pelo ex-llegente, continuando a for-rnar a Administração do Governo. No Ministério da Fazenda, o Conselheiro Mi-. guel Calmon du Pin e'Almeida. Na Guerra,,o Deputado Sebastião do Rego

Birros. Estrangeiros, o Deputado António Peregrino

Maciel Monteiro. • Marinha, o Deputado Joaquim José Rodrigues

forros. Justiça , o Deputado Bernardo Pereira çle Vas-

concellos.

AKSENAL DO EXERCITO.

PELO Cofre do dito Arsenal se tem pago, e remettido desde o 1.° do corrente mez em diante; e acham-se a pagamento as quantias abaixo* designadas; a saber: Tem-se pago:

Feria.

Aos Operararios as da 2."quinzena de Julho, el." de Agosto do presente anno.........•..........7:

Feria atracada.

A Anna Rita...................

A Joaqtiina Rosa ....;..........

A Perpetua Rosa :..............

Empreitadas.

Aos Empreiteiros as da 2." quinzena de Julho, e l.a de Agosto do

.presente anno..............

Ao Commandante do Regimento de

Infanteria N.° 4..............

Ao dito do Batalhão N.°8.......

Ao dito do Batalhão N." 16.....

Ao dito do Batalhão N.° 25.....

A Leonor Rita.........::......

371^756

101 $277 142^398 103^950

Maleriaes. • A Agostinho Soares de .Oliveira...

A António Maria Agard.1..'......

A Alexandre Alves Banhos.......

A Cândido Jacintho Fernandes Baptista ... .';•'."..-......;.'..'...;.

A Francisco José de1,Azevedo.....

A Frederico Andrews.'.....-.'::...

A José Mendes Veiga .".-..-.......

A Polycarpo e Pietra............

Artigos manufacturados. Ao Commandahte do Regimento dê

Infanteria N.°-4......:......'.

Ao dito do Batalhão N.° 8.....

Ao dito do Batalhão N.° 16:-----•

Ao dito do Batalhão N.°2á.......

A Francisco Carrilho Feijó.......

A José' António de Araújo.......

A João Baptista António.........

A Mathias Roberto de Miranda e

Malta.......................

Despesas da Administração.

A Francisco José de A.zevedo.....

A José Murti ns.................

Comedorias.

A Rozendo da Costa.............

Remetleu-se.

Para o Trem ti' Eivas............

Dito de Furo........•...........

Acha-se a pagamento: Feria.

A Filippe Vieira................

Empreitadas.

A Maria Rita......f...........

Maleriaes. -A Agostinho Soares de Oliveira.. .

A Castro e Alves......'.........

Detpczas da Administração. A Francisco'José de A/evedo.....

114^237 633^454

57^600

513^713

49jj?000

113^666

141 $968 159^490 107^100

605$550 63$50l

160^000

4^750

Rs.....................13:77l$247

• Inspecção Geral do Arsenal doExcrcito, 30 de Novembro de 1837. • '

AVISOS.

PELA Inspecção Geral dos Theatros e Espectáculos Nacionaes se faz publico que o Conservatório GeraTda Arte Dramática se abrirá no dia 8 de Janeiro próximo futuro. Aspes-soas'que quizercm frequentar a Eschóla de Musica, tanto vocal como instrumental, apresentarão, desde já,1 seUs requerimentos ao Inspector Geral, os quaes serão recebidos na respectiva Secretaria , actualmente' estabelecida no mesmo Conservatório, no cxtincto Convento dos Caetanos.

Os requerimentos poderão ser entregues até o dia 23 do corrente Dezembro; e os requerentes deverão co'mparecoi impreterivelmente no mesmo/Edifício no dia 38 do referido mez de Dezembro ás 9 horas da manhã.

Estando dependendentes da decisão do Corpo Legislativo os.arranjos últimos da Eschóla Dramática , fica demorada a abertura de suas Aulas até que se obtenha. .Todas as pessoas, porém que quizerem frequentar' as ditas Aulas, que são de declamaçuó , gesticulação , recta pronuncia da Língua Portugueza, e as mais que formam um bom Actor Nacional, podem, desde já, apresentar seus requeiimentos; e por todo o mez que vem se fará annuncio ao Publico do dia da abertura das ditas Aulas. Lisboa, e Secretaria da Inspecção Geral dos Theatros, em 5 de Dezembro del837. = Jeronymosignel-lo" Mora, servindo de Secretario.

BANCO DE LISBOA.

A DIRECÇÃO do Banco de Lisboa avisa a to"-das as pessoas," que tiverem neste estabelecimento quaesquer empenhes já vencidos, para que hajam de os vir reformar até 20 do corrente; e contra os que assim não procederem, a Direcção porá em execução o que a este respeito prescreve o seu Regulamento. Banco de Lisboa, 5 de Dezembro de 1837. = JoséSilvei-tre de Andrade, Secretario. ,

PUBLICAÇÕES LITTERARIAS.

oiiincçÁo de Leis do 1.° Semestre decorrente anno, com o respectivo índice, e que'forma a l." parle da 7." Série, preço J $800 réis :•= Recibos para OOiciaes do Exercito, e Estabelecimentos Militares, approvados por Portaria do Mi. nisterio da Guerra d* IS de Novembro próximo passado ; preço 5 réis. = Acham-se á venda na Imprensa Nacional; na ua Loja na Praça do Pelourinho; na de Francisco Xarier de Carvalho, ao Chiado ; e viuva de João Henrique.?, rua An-nata n.° l; no Porto, em caia de José Joaquim Rodrigues los Santos, rua doa Carrancas n,0> 2 • 3.

NA. loja de Livreiro de Manoel Robin, na rua da Horta Seca n.° 16, sobre-loja, se acham á venda as Artes de Canlo-Chilo, que antigamente se vendiam no oxtincto Convento de S. Pedro de Alcântara.

AJTNUWCIOS. s

PELO Juízo de Paz e Órfãos da Freguezia de Santa Engra

igracia, se está procedendo ao Inventario dos bens que ficaram pelo fallecimento de José Joaquim Eloy Saldanha, por cujo Dm se convocam todos os credores a este casal, para no dia 12 do corrente, pelas 3 horas da tarde, comparecerem em Conselho de Família , para legitimarem seus créditos.

OEQUNDA feira 11 :de Dezembro, na Praça Pu-

blica dos LeilBes, se bito de arrematar cora ____ o abatimento da 5.* parle do seu valor, unas casas com seu quintal na travessa de Santa Escbolastica, Fre-piiezia de Santa Izabcl n.08 56, e 57, avaliadas em 550JÍOOO reis; rendimento em TSjfôOO ; pagam de faro 3$800: é Escrivão da'arrematação = Negreiros.

__ ,.- "USE Bento Fernandes lom cuutractndo com 3 J|;ljr «* Caetano José de Jesus Moreira, e sua mulher ^Vi^ft D. Maria Ama-la a compra de uma propriedade ile casas silos no beco dos Mortos com o n." 24; é com por' ta para a rim da Galé n." 14, Freguezia do S. Miguel de Al-fama: quem tiver direito & dila propriedade o vá deduzir ao Escriptono do Escrivão Lino de Almeida Lobo Torre do Vai, na rua Áurea n.° 130, 1.° andar, no proso da Lei, findo o qual se julgará livre, e desembaraçada.

PELO Juízo de Paz da Freguezia de S. Pedro em Alcântara, correm éditos para se nrre-

----- .._ mn^rom no (jia 15 do corrente mez de Dezembro,

alguns bens moveis, a duas propriedades de casas; umas sitas na rua do Sacramento, e outras na'travessa do mesmo titulo: a primeira com os num. 29 a 31, avaliadas em e:400£ réis, e a sua renda em 153(3600, e a segunda tem os números 32 a 35 , A, para a dila rua, e os num. S até 5 para a travessa, avaliadas em 4-1005, e a sua renda em 385$800: tudo pertencente ao espolio que ficou por fallecimento de D. MariBiCaetana de Lima, cuja arrematação será na propriedade dita n." £, pelo meio dia : qualquer pessoa que as queira pode dar o seu lance, por termo, nos Autos, no Cartório do

Escrivão do dito Jiiiio. _______

jefâft "TTicGNTE José Coelho, como senhor do prasq 5 ^*3

£SiC^Ilfr no rua ,je g. Lázaro num. 101 a 103, Ibreiro ao exlinclo Convento de S Bernardo em J$320 ré,, pertende Iractar de reconhecer a Fazenda Nacional, cpmo actual senhora directa dclle; para o que tem requerido os competenlei cdictos pela Administração do t ° Julgado, o que faz publico, em ordem a stttufazer ao Artigo 8.° dos InstrucçOes que formam parte do Decreto de 26 de Novembro de 1836. Leilão de 140 moios de trigo, e 8 moios de cevada. g /"VuiiiTA feira 13 do corrente, pelo meio dia, n Direcção

\a£ da Companhia das Lezírias do Tejo e Sado ha de vender cm hasta publica no seu Escrlptorio, rua do Ouro n." l , ) 40 moios de trigo , e 8 moios de cevada , que se acham alojados ; 90 moios de trigo , e 8 moios de cevada no celleiro de Samora Corrêa ; e 50 moios de trigo no de Salvalerra de Magos, aonde se podem examinar. As condições podem ver se, desde hoje, no dito Escnptoriu das 9 horas da manhã até ás 3 da tarde, e as amostras serão presentes no acto da arrematação , podendo vár-se também, desde jó, na casa da Administração da mesma Companhia em Samora Corrêa. Lisboa, 5 de Dezembro de 1837 = Carlos Morato Roma, Secretario.

^J^ 1VF03 Jlu8 9' !1 ' e 12 J(> correnle mel Je De-T /QljLJii -L^l lembro, pelas 10 horas da manha, se ha de

L vender em leilão publico, para uma prompta liquidação, no armazém da rua da Prata n." l , A, 08 seguintes fazendas: uma porção de rica louça de porcelana, e vasos com flores, 2 candeeiros 'de casquinhas superiores, cotins decores, cassa» pintadas, uma porçilo de peules de masstnrm , chapeos de palha , e bonés de dila para homem , chapeos para chuva, varias qualidades de sedas para vestidos, peças de,casimira de cores, ditas de panno preto, relojos para Sola , merinos, vinho de Chumpagne, um fogão para Saiu , e mais objectos , etc.

„ TVTo Juiio de Direito, 5." Vara , Escrivão Joaquim Jo-]±\ sé das Neves, correm ediclos de 10 dias, a requerimento de Vicente José Diniz (f'Aijalla, chamando os credores incertos no dinheiro depositado, cm Causa, com António Venancio Cabral de Rezende, e boje sua herdeira habilitada D. Maria Caetana da Cunha Cabral.

_ TVJo Real Collegio Militar se ha de proceder á arremata-X^l cão dos géneros de mercearia necessária para o consumo do mesmo Collegio , pelo tempo que se convencionar : todos os Merceeiros que queiram dar o seu Innço, deverão comparecer no mencionado Collegio no dia 22 do corrente,

pelas U horas da manhã._____________________________•

10 Tn*QU'm Nunes da Silva Morgado, por si, e como tii-tf tor dos menores seus sobrinhos Francisco, e José , filhos que 'ficaram de sua irmã D. Calharlna Rosa , José Rodrigues Ferreira, e e seu» Olhos, Joaquim Rodrigues Ferreira , João Rodrigues Ferreira, e Rafael Rodrigues Ferreira, e D. Maria Ros» Cândida de Oliveira Ferreira, rasada cora José Apolinario da Silva, e pelo mesmo authorisada, herdeiros de Manoel Morgado de Oliveira, fazem constar ao Publico , que no Juizo de Direito da Comarca de Abrantes, correm edictos de 30 diat, Escrivão Manoel José Ferreira; e ii-to para na Janta do Credito Publico se lhes assentarem era seus nomes duas Apólices num- 10:331 e 10:332, e um Titulo de 6 por cento, n." 2:209 : qnem se julgar com direito a éllas o deverá ir deduzir dentro do dito praso, á casa do referido Escrivão, com a comminação que não comparecendo se julguem livres para os annunciantes.___________________

THEATRO DE S. CARLOS.

t TY/TADEMOISELLE Clara tem a honra de participar ao il-J.VJL lustrado Publico, que no dia 18 do corrente terá logar o seu beneficio com a segunda representação da Dança composta pelo acreditado Mestre Mr. Villa ,• Intitulada = Pé-lagio.=Mademolsclle Clara achando-se desligada da Empresa nu fim do corrente anno, aproveita esta occasiSo para agradecer aos Nobres Habitantes da Cidade de Lisboa o benéfico acolhimento, e apoio com que sempre a brindaram 'durante a

ua residência nesta Capital. '

Errata.—No Diário n.'286, annuncio n.* 7, onde se lê = rua de S. Roque n.° 34 = lêa-

se n." 84.

Descarregar páginas

Página Inicial Inválida
Página Final Inválida

×