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cachação) uma ou outra desavença particular; existe impressa uma longa lista das pessoas insultadas, que passam de 40, e muitas dessas pessoas são dignas de respeito, e mui conhecidas; e estes lêem sido acompanhados de todos os caracteres de verídicos, citan-do^se o íogar e o dia em que aconteceram, e esses factos ainda até hoje não foram desmentidos. Estes factos corroboram-se ainda com essa representação, que está sobre a Mesa, assignada-por2:lÍ4 cidadãos, muitos dos quaes, ale na própria opinião do Sr. Leonel , são dignos de respeito. Tem-se procurado ate* nuar a importância deste documento, dizendo-se que nenhum requerimento se abona a si mesmo, poréni a isto respondo eu qua do seu fecho se vê que não e mais que uma simples exposição de factos, que os signatários desejam authenticar; e o dizer-se que as assigna-turas não vem reconhecidas é um triste subterfúgio, porque nesta Camará ha quem reconheça muitas delias , e não ha dúvida em mandar reconhecer as outras, se isso for necessário. Faílou-se aqui também de assignaturas dos alumnos da Lapa; eu declaro que ignoro, se isso e verdade, mas tenh© para mim que quando fosse, essas assighaturas não tirariam o credito, que as outras merecem. Accrescentarei ainda que os acontecimentos.que ali tiveram Jogar não constam unicamente da Imprensa, e dessa Representação, porque elles constam também da participação .do Ministério Público, que t^m mais algum peso do que se diz, porque um Empregado Público deve ser acreditado no exercício, de suas attribisiçõts, em quanto não for convencido de f/dsarío. (O Sr. Leonel interrompendo o Orador:—Mas porque não quereliou ?) O Orador: — Não sei, mas nem por isso se segue que o facto não existisse. Ali estão também sobre a Mesa os processos feitos a alguns cidadãos por se acharem dispostos a perturbar as eleições, e o processo do Capitão Ascensão, que provam sufficieate-mente as desordens da Lapa praticadas por esses zelosos fiicaes do contrabando, de que fallou o Sr. Leonel. (O Sr. Passos (Manoel) foi fora da Igreja^ e não dentro) O Orador: —Acceito a confssfão; para o caso e o mesmo; que- fossem fora ou dentro pouco importa; a conclusão subsiste.

•Ainda mais, quero também servir-me GO próprio documento, com que se pertende destruir essa representação, a. informação do Administrador Geral. Na sua conclusão diz este que naquella Secretaria havia noticia dos factos adegados: era possível, mas isto não é negar que elles tenbr.m existido, e nisto vejo eu a prova mais convincente da probidade desse Administrador, do que se negasse o que de facto não podia negar: rnas não só não nega, mas rn^sino eSle os confessa na sua generalidade, quando em outra parte da sua informação diz: que S. Ex.a (o Sr. Ministro do Reino) veria dos seus oíficios de í2 ate 20

as desagradáveis occorrencias, que tiveram logar d«« rante as eleições, e que melhor fora nunca terem existido. .Isto mesmo se confirma nas respostas dos Presidentas das Assemble'as da Lapa, S. ISicolau, Victoria, e outros, e na mesma acta da Assemble'a da Lapa se explica a razão por que se ausentaram os quatro Mesarios. Demais, já aqui sedisse, e note-se que não foi por nenhum daqueíles, que impugnam o Parecer, que em homens de partido não ha honra, nem probidade, quando se tracta de promover os seus interesses. Ora vejamos de que partido são esses Presidentes, a cujas respostas se dá tanto credito. Na acta da Assemblea de-Santa Catharina se diz: que no momento, em que se iam encerrar os trabalhos, fora apresentado ao Presidente um papel da parte do cidadão António Luiz deSeabra, e que perguntando o dito Presidente o que era , como lhe disseram que era uma reclamação, o tornou a entregar ao portador, sem o ler. No entanto a Lei deteru.ina que as actas devem conter necessariamente todos os protestos e reclamações que houverem ; que imparcialidade! Quer-se saber agora de que partido e' este Presidente? Eu vou ler uma passagem da carta que elle me dirigiu sobre este mesmo objecto. (O Sr. Leonel:— Lêa toda, léa toda.) O Orador :—Lerei. (Leu-a i e nesta carta confessava o Presidente que era Setembrista, e que tinham havido nas, outras, Freguesias distúrbios, declarando que nelles não tivera parte.)

Concluo, Sr. Presidente, dizendo que ainda que se ponham em duvida os factos allegados, não se pode de modo algum duvidar da sua gravidade, e que se a, Camará deseja ser parte, e julga necessários mais alguns esclarecimentos, pode proceder da maneira praticada nos Parlamentos de Inglaterra, e França. O meu voto e' que a Commissâo deve de novo examinar bem as eleições dos differentes Circules, para dar um Parecer justo sobre cada um. *

O Sr. Passos (Manoel):—Eu pedia a V. Ex.a propozesse á Af,setnb!e'a, que aqueíla carta apresentada pelo Sr. Seabra, e que hoje e' um documento publico, seja impressa para honra daquelle Píesi--dente (rumor.)

O Sr. Presidente: — Queira mandar o seu requerimento para a JYJeía.

O Sr. Fonseca Magalhães : — Mando para a Mesa um Parecer da Corjn missão de Poderes sobre o diploma do Sr. Deputado eleito pelo Circulo da Feira, João dos Reis Castro Portugal, que a Commissâo acha conforme.

O Sr.'Presidente: — Fica sobre a Mesa, para se votar conjunclamente com o Parecer geral da Com-rnissão. Ã Ordem do Dia para a Sessão seguinte e' a rnesma de hoje. Está levantada a Sessão. — Eram 4 horas e meia da tarde.

N.° 5.

Presidência do Sr. Bispo Conde.

.lierlura — Ao meio dia. Chamada—Presentes 75 Srs. Deputados; entraram depois mais aíguns , e faltaram os Srs. Cândido de Faria, Celestino , e Midosi.