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8 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

sommes présentement dépassés, et de beaucoup, par d´autres peuples en activité productive. La Franco n´est plus une puissance industrielle ni commerciale de premiei ordre. Nos colonies ne nous sauveront que si nous savons les exploiter.

Or, il y a de terribles disconvonances entre l´enseignement qui est donné à la plupart des enfants des classes moyennes et ce qu´ils auront à faire dans la vic...

Sr. Presidente: O problema do ensino é assim posto como um problema economico, e mais vital. A Franca, reformou a sua instrucção secundaria, para que a mocidade não saia das escolas munida de diplomas, que só lhe sirvam para concorrer aos logares remunerados pelo Estado; mas antes receba nellas uma solida educação que a habilite a lançar-se nas carreiras do commercio, da agricultura, da industria e das explorações coloniaes (Apoiados), procurando nellas os meios de fortuna propria, e desenvolvendo, ao mesmo tempo, poderosamente a riqueza publica. (Apoiados).

O Governo inglês reformou, ainda no mês passado, o seu ensino primario e secundario, através de grandes difficuldades, sobretudo de ordem religiosa. Os catholicos e a Igreja Anglicana eram favoraveis á reforma, mas atacavam-na violentamente as Igrejas livres, porque, mantendo á custa do Estado as escolas denominacionalistas, o education bill contrariava principios de liberdade civil e religiosa que os não conformistas sempre defenderam.

Na Inglaterra as escolas foram nascendo, filhas da iniciativa particular, para satisfação de necessidades locaes, com vida propria e independente, mas com uma tal variedade de formas que Lord Rosebery, no seu celebre discurso de Chesterfield, dizia que os ingleses não tinham um systema nacional de ensino, mas sim um cabos desordenado.

Para pôr ordem nesta confusão, o novo Education Act submette, nos condados, as escolas aos Education Comitties e estes ao Board of Education de Londres.

Num país como a Inglaterra, de uma grande liberdade de iniciativa particular, o Estado entende necessario pôr mão forte sobre o ensino, para o elevar á altura da sua missão.

E porque? Porque lá se ouve este grito de alarme: Educate, educate, educate! or perish. Ensinar ou morrer!

Na luta de concorrencia que lhe fazem, do lado do Mar do Norte - a Allemanha, e do lado do Atlantico - os Estados Unidos, a Inglaterra busca um forte ponto de apoio nas suas escolas, que ella julga superiores sob o ponto de vista educativo, porque, melhor do que na Allemanha, ellas desenvolvem as qualidades de iniciativa, independencia e de self-government, mas que são inferiores sob o ponto de vista do ensino.

Ainda na ultima sessão outonal da British Association for the Advancement of Science, em Belfast, o presidente Prof. Dewar, no discurso inaugural, reconhecia que, actualmente, as industrias chimicas teem na Allemanha um valor triplo do que teem na Inglaterra estas industrias, que se fundam largamente em descobertas feitas por chimicos ingleses, nunca devidamente apreciadas na terra em que nasceram. E aquelle illustre professor de chimica attribue esta inferioridade á falta de diffusão do ensino, e pede que se trate com ardor de aumentar a instrucção geral, para que a Inglaterra, possa lutar com vantagem no campo industrial e commercial.

Os paises, a que me tenho referido, consideram uma boa e solida organização da instrucção secundaria como condição e base indispensavel da sua prosperidade. A Inglaterra, que sae de uma guerra que tantos sacrifícios lhe custou em vidas e dinheiro, destina-lhe sommas consideraaveis.

Tambem nós, dentro das forças do orçamento, devemos dotar as nossas escolas com os recursos necessarios.

Ha uma parte material que é fundamental na instrucção. Refiro me não só ao material de ensino, mas aos edificios dos lyceus que devem, alem de satisfazer ás precisas condições hygienicas, ser apropriados para se dar á mocidade a educação physica que não pode continuar a ser descurada e desattendida.

A educação secundaria não deve dirigir-se só ás faculdades intellectuaes; devo dar aos alumnos as qualidades de resistencia physica indispensaveis para que possam dedicar-se ás differentes carreiras da actividade humana, quer na metropole, quer nas colonias. (Apoiados).

É preciso dotar as escolas com o conveniente material do ensino, para que se acabe com a pratica de decorar compendios, com os processos mnemonicos de sobrecarregar a memoria com mal comprehendidas noções, e se possam empregar os methodos praticos, fundados na observação e experiencia, que são os que permittem a acquisição de conhecimentos permanentes, e o desenvolvimento progressivo e harmonico da intelligencia. (Apoiados).

Relativamente aos outros elementos de ensino, direi já, que não concordo com o quadro de estudos que preceitua um curso unico para todos os destinos sociaes, como não concordo com o monopolio do compendio unico. Os programmas devem ser simplificados Quanto a methodos de ensino, excellente doutrina se encontra no artigo 22.° do regulamento, mas faz-se ahi referencia a um material do ensino, que não existe e appella se para as qualidades dos professores. Ora esta é a questão principal, porque programmas, material, quadros de estudo e compendios, são em si cousas mortas, e é o professor que nellas insuflavida. Bons professores - quer dizer-bom ensino; maus professores - quer dizer-mau ensino. (Apoiados).

Actualmente, segundo o exemplo allemão, tanto em Franca, como na Inglaterra, como nos Estados Unidos, a attenção volta-se para a preparação pedagogica theorica e pratica dos professores. Tambem, na organização dos cursos para habilitação do professorado secundario, o Sr. Presidente do Conselho seguiu a moderna orientação, porque, sendo os tres primeiros annos destinados á necessaria preparação scientifica, o quarto anno exercita especialmente para o magisterio. Neste ponto desejo eu pedir ao Sr Presidente do Conselho, não uma modificação, mas um additamento, para que a faculdade de mathematica da Universidade possa, por si só, habilitar tambem professores de mathematica para os lyceus.

Occupar-me-hei mais em particular d´este assunto tanto quanto o tempo m´o permittir.

Entrando agora na analyse do actual plano de estudos, começarei pela situação criada á língua inglesa, que, sendo obrigatoria só para o curso geral, acabou por não ser estudada em lyceu algum: isto é, está praticamente banida do ensino secundario. Ora o inglês não deve ser excluído do curso dos lyceus. (Apoiados).

Então ha de deixar de estudar-se precisamente a lingua do país com que vivemos em relações mais intimas, a lingua da Inglaterra e dos Estados Unidos, as duas nações mais importantes sob o ponto de vista economico?

Mas, independentemente das vantagens praticas do inglês no país e nas colonias, a Inglaterra, pela sua literatura e pelo desenvolvimento que nella tem a applicação da arte ás industrias, merece que se estude a sua lingua. Só John Ruskin, o mais bello prosador britannico do seculo XIX, dá, na leitura dos seus livros encantadores, compensação sufficiente ao trabalho da acquisição do inglês. (Apoiados).

Mas, até lendo os nossos programmas, ou vejo os incon-