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N.° 16.

preparatória jem 28 te lulljo 1842.

Presidência do Sr. F. C. de Mendonça (Decano).

C,,

hamada — 7 Presentes 7ãSrs. Deputados Eleilos.

Abertura — As 11 horas c 3 quartos da manhã.

.y/c/d — Approvada sem discussão.

O Sr. Presidente: — Está aqui o Diploma de um Sr. Deputado eleito pela Província da Beira Baixa Francisco Manoel da Costa , que vai ser enviado á Com missão.

O Sr. Silva Cabral: — - Pedi a palavra para ler um Parecer da segunda Commissão sobre o Diploma do Sr. Manoel Luiz Pereira Rebello, Deputado eleito pela Província da Beira Baixa.

Leu- o , e de lie sedará conta quando entrarem discussão.

ORDRM DO DIA. Discussão do Parecer da segunda Commissão de Vê-

rifícaçáo de Poderes sobre o circulo eleitoral da

Provinda da Estremadura. (Vid. a pag. 30. l.a

co 1. dês (e t^ol.)

O Sr. Beirão: — Sr. Presidente, conveniências parlamentares tem feito com que eu tenha guarda-' do um silencio absoluto na discussão dos Pareceres das diversas Commissões, acerca da eleição dos Deputados eleitos: conveniências parlamentares me forçam , Sr. Presidente , a fallar hoje na eleição do circulo da Estremadura, e os motivos especiaes por que entro nesta discussão, são dons; primeiramente para livrar uma grande Secção da Farnilia Portugue-zn, qual e a que se compõe dos cidadãos activos da Província da Estremadura, de uma censura que por ventura a Commissão lhe irroga; em segundo logar para demonstrar que o Parecer da Commissão tal qual está exarado, não pôde ser approvado por esta Junta Preparatória, sob pena da Junta Preparatória querer carregar com o peso da responsabilidade, que por ora só pe'sa sobre a Commissão.' ííu disse, Sr. Presidente,, que. conveniências parlamentares me forçaram a conservar-me silencioso ate hoje; eu tenho notado, Sr. Presidente, que as verdades ditas nesta Casa são recebidas de diverso modo, segundo saem de um ou outro lado da Camará; são recebidas de diverso modo, segundo são enunciadas por esteou aquelle Deputado: se eu tivera failado, Sr. Presidente, acerca da discussão, que tem precedido a esta, não podia ter dito nem mais verdades , nem mais amargas, que aquellas que se teem repetido. Eu teria dito por ventura, que as Leis do tempo do Reinado do Sr. D. José 1.°, apezar de ser um tempo de Absolutismo, respiraram

do direito demissorio , do que aquellas, de que usa uma Administração no tempo da Carta Constitucional. Eu teria sido severamente ré p ré fie n di cio por vir aqui fazer o elogio dos tempos que já foram, e da velha Monarchia. Eu teria dito, Sr. Presidente, que a Nação está pobre, e carregada dMmpos-tos com eme não pôde ; e que á custa de uma discussão parlamentar prolongada , talvez mesmo rmA dirigida, já vai lavrando esse sofisma pelas missas, "VoL/l/ — JULHO — 1842,

e que o Povo acha, qtie o Systema Constitucional pôde ser tnuito embora composto de cordas de viola por fora j mas por dentro é menos que pão 6o-lorcnto. Mas se ou tivesse dito isto, dir-se-hia que eu juntava o escarneo a uma dicção insólita. Eu teria dito ainda mais ; teria dito quanto sin.to , asseverando, que reputo o Poder altamente responsável por ter feito dos Ministros de. uma Religião Santa e de Paz os Agentes de urna guerra eleitoral, por se ter servido da Religião augusta dos nossos pais, como de uma alavanca poderosa para mover a Urna, como lhe approuve; isto quando se teme que utn Scisma Religioso abale os alicerces da Igreja Lusitana , e nos divida , do mesmo modo que um Scisma Político nos tem dividido desgraçadamente ha lan-' to tempo. Mas então dir-se-hia, que a minha nimia ortlmdoxia me levava antes a querer a unidade do Christianismo, do que a continuação de ce

Sr. Presidente, eu mesmo duvido se dero ence-

tar esta discussão. Eu sei que existe esse vicio que

destroe for/os os Sysfemas C^onstrí.ucíònaes , qi;a/ e

o não ter ainda podido a inlelligencia humana des-

cobrir o meio de fazer triumfar a razão, e não a força

dos números. Eu sei que essa maioria suffocará tal-

vez com votos a força das minhas razões; porque a

maioria jí\ es\à Soiraaàa, es,lá s,?tn\-cottsVAv\\àa.. V_A\-

tretanlo, Sr. Presidente, com quanto eu seja pouco