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O 'Sr. Sá Nogueira: — Oppuz-me á leitura do requerimento, e dos Pareceres de Commissào, é agora sei com quem vai entender o requerimento; approvo-o apesar de ser amigo, do Funccionario citado pelo Àuthor do requerimento, entretanto para que não faça impressão o que se menciona nesta requerimento posso dizer desde já que o que se allega é falso. (O Sr. Jervis — muito bem j porque o Coronel Costa que foi nosso collega na Legislatura passa-. da, era Inspector das Obras Militares, e continua a sê-lo, e era Lente da Academia, pore'rn , quando se instituio a Escola Polytenica, o Governo ent,en-deo que deviam ser nomeados para dia os indivíduos rnais hábeis, e entre os que foram nomeados foi nomeado o Coronel Costa, por ter ido a França estudar, e por ter aproveitado muito, e ern uma palavra pelo seu saber, e como sã lue tirou a gratificação, que tinha pela Inspecção das Obras Militares, deo-se-lhe outra gratificação peia Escola Polytenica, mas esta mesma lhe foi tirada. Agora em quanto a casa em que reside e' a da Escola; e em. quanto á quinta e falso, porque a quinta pertence, á Escola. Approvo o requerimento.

O Sr. Jervis cCAlouguia: — O Sr. Deputado por Aveiro foz -uma observação a respeito de lados, e pareceo estar nas minhas idéas em quanto não soube quem era a pessoa de quem se fallava, e eu estou nas delle depois que sei quem era a.pessoa porque não tendo lido o requerimento, foi na generalidade que falleí, agora sou de voto que vá ao Governo, e parece-me que quero mais alguma cousa 5-quando exijft que vá ao Governo, pareceo-me que o Parecer da Commissão fallava em muitos indivíduos, e por'fim falia n'um só, mas eu não .podia advinhar.

O Sr. Deputado logo que soube quem era foi de opinião que fosse mandado ao Governo, porem eu, fosse esta'pessoa .de qualquer partido que fosse, antes de lhe saber o nome era de opinião que fosse ao Governo, e agora ainda sou da mesma opinião.

O Sr. Joáé Estevão:-*--Duas palavras, somente: parece-me que não ha entre a opinião do Sr. Deputado, e a minha concordância alguma. -Eu entendi que o requerimento devia ir ao Governo, é não pedi a leitura deile para me informar da pessoa; nias para saber se depois deiia poderia mudar de opinião ; entretanto o nome do indivíduo nada inílue sobre a minha resolução ; eu entendo que é de grande vantagem que este negocio viesse á Camará, e se alludi ao procedimento eventual que a maioria da Camará teria, foi porque este requerimento foi recebido por alguns dos nossos colíegas com uma espécie de ovação, a que julguei dever responder. Desejo muito que este negocio se tracíe; segundo as observações do Sr. Sá Nogueira, estou persuadido que todas estas accusações hão de ser infundadas, e tenho para isto uma grande razão, porque se o abuso fosse como se diz , se a accurnulaçào tivesse o escândalo com que se apresenta, depois disto ser remetlido ao Governo para o considerar, elle deixasse estar o negocio no estado em que presentemente está, devia então ser increpado e não e' de crer que a maioria da Camará precisasse do incentivo deste indivíduo para pedir ao Governo providencias a este respeito.

Posto o Parecer á votação foi approvado.

O Sr. Presidente : —-A Ordem do dia para a Ses.-são de amanhã na primoira parte segue a discussão doProjacto de Resposta ao Discurso do Throno, e na segunda, Propostas e alguns Pareceres. Está levantada a Stissão. —JSrarn mais dê seis horas datarde.

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Presidência do Sr. Pinto de Magalhães. r , .' .

.bertura — A' urna hora e meia.

Chamada — Presentes 99 Srs. Deputados.

dcta — Depois d;; pedida de novo a sua leitura pelo Sr. Sá Nogueira, e de uma rectificação feita pelo Sr. Gomes de Carvalho — Foi approvada.

1840.

Ministério dos JVegocios Estrangeiros — Um Of-ficio em resposta á indicação feita pelo Sr. Agostinho Albano em 10 de Junho próximo passado para que se pedisse ao Governo uma relação dos indivíduos que antes e depois dá revolução de Setembro foram empregados nas diffe rentes Repartições do Estado , e que até agora não têem pago os direitos de mercê, ou os não estão pagando peta qúarta'parte de seus ordenados; participando que alguns d'aquél-les nomeados por aquelle Ministério fizeram logo os respectivos pagamentos; que á maior part«d'elles se fizeram e ainda estào fazendo os referidos- descontos. — Foi réineiíido á Secretaria.

OKDSM DO 3>IA.

Continuação da discussão da Resposta ao Discurso

do Throno.

O Sr. Vicente da Affonseca: —E' esta a primeira VoL 4.° — Julho — 1840.

vez que vou desempenhar o dever que tne impõe o \ logar que occupo. Começo porém, o meu tiricinio parlamentar debaixo de circurnstancias paramim ni-'miamenle desagradáveis; ajusta deferência que en-tretcnho paru com pessoa» da raro mérito e reconhecido patriotismo, talvez me isnpozess^ o silencio; o meu dever, com tudo, falia mais alto, e convém que o rompa. Não desejo roubada esta Camará um tempo aliás precioso, e de que o Paiz tanto necessita, com longos preâmbulos, nem com a exposição de credos políticos, porque não acredito n'elles; as pessoas, que me conhecem, dispensar-me-hão dessa tarefa; os que me não. conhecerem, da minha con-ducta parlamentar saberão ojuisar quaes as opiniões que tenho. Coroo pore'm do que vou a dizer se pôde talvez inferir alguma cousa, quejesteja em directa opposição corn asidéas que n-.jtrc); devo declarar que não sou ministerial, e na áccepção ern que vulgarmente sã entende esta1 palavra,'declaro que nunca o serei. Não hei de sustentar acíos da Administração, -da cujos profícuos resultados não esteja bem convencido; mas também não recusarei o meu voto ás medidas de que poder resultar utilidade publica, (Apoiado) Não estou no livro d'ouro de partido aígum : respeito a todos, porque estou convencido de que todos elles almejam pelo bein do seu Paiz í e só di-