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pela imaginação de ninguem (Apoiados) É certo que o illustre Auctor da Proposta quando a apresentou, ou pelo menos quando fallou sobre ella, disse que lhe parecia que nenhum do, interessados no Banco devia sei Membro da Commissão, e é necessario que esta declaração seja muito bem entendida, porque desta maneira eu acho que nem Directores nem Accionistas devem entrar no numero dos Membros dessa Commissão, e que os illustres Deputados que tiverem uma ou outra qualidade, hão de ter sufficiente coragem, hão de ter bastante prudencia, e de certo a tem cada um delles, para dizerem — Eu não posso ser Membro da Commissão per que estou n'uma ou n'outra classe. É necessario que o voto dessa Commissão venha o mal, insuspeito que é possivel (Apoiados), e para que venha o mais insuspeito que é possivel, e preciso que sobre o ponto dado não haja nem direitos nem interesses, por mais rectas que fôssem as intenções dos illustres Membros da Commissão que fosse nomeada, uma vez que se desse nelles uma ou outra qualidade, poderia muito bem ajuizar-se, ainda com injustiça, sobre a rectidão das duas intenções. (Apoiados)

Sr. Presidente, escusado e trazer para aqui a historia dessas immensas Commissões de Inquerito, e a que se está a proceder com bastante frequencia no Parlamento Inglez (Apoiados) Alli tracta-se do Correio manda-se uma Commissão do Parlamento examinar este vastissimo Estabelecimento em todas as suas ramificações, alli tracta-se da Companhia das índias, e uma Commissão de Inquerito sahe do Parlamento a examinar o negocio de que se tracta em toda a sua extensão alli tracta-se do Banco, outra Commissão de Inquerito, e mais de uma vez desde 1799 se têem nomeado Commissões de Inquerito para tractarem deste Estabelecimento Pois será menos importante, na atenção das nossas faculdades, a nomeação de uma Commissão de Inquerito pua o Banco de Portugal, que bem ou mal tem excitado tantas apprehensões. Para o Banco de Portugal que é necessario preparar-se par V utilidade publica, e não sómente destes ou daquelles interessados no mesmo Banco, com todos os meios para fazer com que a opinião publica, e com que o juizo do Parlamento asserte sobre bases justas e retas? De certo, Sr. Presidente, não vejo motivo nenhum para que um objecto de 1 mesmo tão explicito, tão claro seja defendo se nós tivessemos duvída em algum dos pontos que se apresentam, de certo deviamos proceder com a circumspecção com que estes Corpos, com que uma Camara deve proceder, mas fóra disso, não havendo essas duvidas, não vejo para que deferir este negocio (Apoiados)

Sr. Presidente, eu não podia referir me ao meu illustre migo, o Si Deputado por Lisboa no sentido em que me pareceu tocar, a que me pareceu illudir, porque ninguem e mais restricto em consideração pelas pessoas do que eu, póde alguem ser tanto, porem mais não Eu considero que existem aqui Deputados, e sòmente Deputados, mis quando o illustre Deputado por mais de uma vez tinha alludido as suas qualidades de Deputado, e de Director do Borico, quando tinha dito que, por m tis que se dissesse, estas duas qualidades eram nelle inseparaveis, quando a snd Proposta tinha vindo desta dúplice qualidade, e claro que eu não podia deixar de tornar esta circumstancia sensivel a Camara para mostrar que o illustre Deputado tinha razões fortissima», razões justissimas, e que lhe deviamos toda a consideração, todo o reconhecimento por vir propôr nessa duplicada qualidade um objecto tão importante nesta Camara S. Ex.ª como Deputado podia fazer o seu Requerimento, mas quando a essa qualidade ajunta a de Director do Banco de Portugal, e vem com tanta franqueza apresentar os actos daquelle Estabelecimentos ao conhecimento da Camara, e requerer um exame delles, disse eu que negar-lh'o era commetter uma duplicada injustiça foi sómente neste sentido que eu fallei, accrescentando que era louvavel o procedimento do illustre Deputado em dois sentidos, porque era Deputado, e por que era Director do Banco, poraue vinha, para assim dizer, prevenir todas as objeções que se podiam fazer Por consequencia já vê que eu não podia suppôr que o illustre Deputado Venha representar o Banco, já que o Banco não tem aqui representantes, nem os poderes, aqui o que ha e Representantes da Nação, do Banco ou de qualquer outro Estabelecimento, não admitto aqui não vejo representado senão o Poder Executivo pelo Ministerio, e o Legislativo pelos Membros da Camara.

Por tanto parece-me que o illustre Deputado deve ficar ao facto das minhas intenções, e convencido de que eu não podia alludir a S Ex.ª de outra maneira.

O Sr. Assis de Carvalho — Sr. Presidente, e para mim realmente admiravel, que o illustre Deputado, que se senta no banco inferior, empenhasse todo o seu talento, e eloquencia para impugnar opiniões abstractas, opiniões que ninguem aqui apresentou. O illustre Deputado principiou dizendo, que realmente esta Camara ía um pouco no retrocesso das suas attribuições, quando queria contestar o direito que tinha de nomear uma Commissão de Inquerito. Eu não vi ainda que se proferisse similhante opinião na Sessão de hoje ninguem duvída de que esta Camara tem o direito de nomear Commissões de Inquerito. Continuou o illustre Deputado empenhando o mesmo calor, o mesmo talento, e a mesma eloquencia para nos demonstrar o que era uma Commissão de Inquerito Tambem me parece, que empenhou glande preciosidade sem precisão, para uma demonstração, que é de simples intuição Eu disse, Sr. Presidente, que se a Proposta do illustre Deputado pela Estremadura se reduzisse simplesmente a dizer, que queria uma Commissão de Inquerito, todos nós sabemos o que é uma Commissão de Inquerito, e então eu votiva por ella, mas como a Proposta do illustre Deputado fallava de uma Commissão de Inquerito para ver se se cumpriam as Leis, dizia eu, que podem fazer objecto de questão as attribuições, que se davam a essa Commissão de Inquerito já se vê portanto, Sr. Presidente, que o empenho que o illustre Deputado tomou em nos demonstrar o que era uma Commissão de Inquerito, e em nos demonstrar, que esta Camara tinha direito de nomear essa Commissão, foi inutil, porque nenhum de nos impugna o direito que esta Camara tem de nomear essa Commissão, e nenhum de nós deixa de conhecer o que é uma Commissão de Inquerito, sem que seja necessario reforçar esta opinião com argumentos usados dos Parlamentos estrangeiros se alguma censura podia caber no empe-