O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

\%t\

4.° do artigo 2,° do decreto de 4 de outubro de 1860, ha por bem ordenar que o inspector geral dos theatros abra concurso por espaço de vinte dias para a adjudieaçto da empreza do theatro de S. João, da cidade do Porto, pela epocha de 1862 a 1863, em conformidade com as condições constantes do programma, que baixa assignado pelo conselheiro director geral de instrueçEo publica, José Eduardo Magalhães Couíinho.

O mesmo augusto senhor determina que o referido programma Beja publicado no Diário de Lisboa, devendo o inspector geral dos theatros, findo que seja o praso do concurso, enviar a este ministério as propostas que houver recebido, e dar o seu parecer sobre cada uma d'ellas.

O que assim se lhe participa pela secretaria d!estado dos negócios do reino f>ara sua mtelligencia e devida execução.

Paço da Ajuda, em 23 de abril de 1862. s= Anselmo José Braamcamp. B

Portanto, dou por aberto por tempo de vinte dias, contados da data da publicação do presente edital, nos termos da citada portaria e respectivas condições, abaixo transcrir ptas, o concurso para a adjudicação da empreza do theatro de S. Jofío, da cidade do Porto, pela epoeha de 1862 a 1863. Os concorrentes deverSo apresentar, durante o r,e-ferido praso, as suas propostas na secretaria da inspecção geral dos theatros, em Lisboa e na da sua delegação na cidade do Porto. E para constar se fez o presente edital, que será publicado no Diário de Lisboa,

Inspecção geral dos theatros, cm 12 de maio de 1862. — Conde do Farrolo,

Programma do concurso para adjudicação do subsidio crue legalmente for votado a favor do theatro lyrico de S. João, da cidade do Porto, na epoeha theatral de d862 a 1863.

COÍTDIÇÕES 1.»

A empreza do theatro lyrico de S. João, da cidade do Porto, será adjudicada, mediante o subsidio que legalmente for votado, pela epoeha de seis mezes, que deverá começar no dia l de novembro de 1862, e findar no dia 30 de abril de 1863, salvo alguma circumstancia de força maior, considerada como tal pela inspecção geral dos theatros, que n'este caso designará quando deve começar a referida epocba.

2.a

A empreza será obrigada a dar operas italianas com uma companhia de canto, composta das seguintes partes: duas primeiras damas, eendo uma absoluta; dois primeiros tenores, sendo um absoluto; dois primeiros baixos, sendo um absoluto; uma segunda dama; um segundo tenor; um segundo baixo; um mestre compositor^ vinte e quatro coristas de ambos os sexos.

3.a

A empreza dará na referida epoeha, pelo menos, sessenta recitas, comprehendendo três operas novas.

4,a

Os espectáculos deverão ser apresentados com todo o rigor de caracter, e com a magnificência que elles exigirem, tanto em scenario, como em vestuário, não podendo a empreza fazer alteração alguma na execnção das partituras sem previa auctorisação da delegação da inspecção geral dos theatros na mesma cidade.

5.*

As representações ordinárias serão três por semana, e nos dias, segundo é costume e uso na mesma cidade; podendo comtudo dar representações extraordinárias nos mais dias da semana.

6.a

A empreza durante a referida epoeha dará um beneficio a favor do asylo de mendicidade e outro a favor do monte pio dos actores portuguezes, deduzidas unicamente as des-pezas seráes.

7.a

O subsidio será pago em moeda corrente, dividido em prestações mensaes, correspondentes a cada um dos mezes da epoeha e mediante folhas processadas na inspecção geral dos theatros, com informação previa da delegação da cidade do Porto.

8.*

A empreza dará fiador idóneo ou um deposito em dinheiro, que não seja menor de 1:000$QOQ róis em caução e garantia ao cumprimento do seu contrato para com o governo, e bem assim ao pagamento dos seus artistas e empregados.

9.»

A empreza fica sujeita a todas as disposições que no decreto de 4 de outubro de 1860 se referem á administração e inspecção superior e policia dos theatros, e ao cumprimento das portarias de 17 de setembro de 1853 e 18 de dezembro de 1855.

Secretaria d'estado dos negócios do reino, em 23 de abril de 1862. = O conselheiro director geral, José Eduardo Magalhães Coutinho.

Está conforme. = Secretaria da inspecção geral dos theatros, em 12 de maio de 1862. = O secretario, Carlos da Cunha e Menezes.

CAMARÁ MUNICIPAL DO CONCELHO DM BELÉM

Perante a camará municipal de Belém se acha em praça, por espaço de vinte dias consecutivos, contados d'esta data, e será definitivamente arrematado no paço do respectivo concelho, pelas onze horas do dia 30 do corrente, o foro annual de 8$935 réis, com laudemio de quarentena, arbitrado a um terreno publico municipal, situado na rua da Praia do Bom Successo, freguezia de Santa Maria de Belém, cuja arrematação não pôde, por falta'de lançador, verificar-se nos dias .para que havia sido annunciada no Diá-

rio de Lisboa n,e 257 de 12 de novembro de 1861 e edl-taes de 31 de outubro e 22 de novembro do mesmo anno.

A medição, confrontação e mais esclarecimentos constam das peças do respectivo processo que se acha patente na secretaria municipal, onde também será tomado por termo qualquer lanço, que for offerecido, superior áquella avaliação.

Paço do concelho de Belém, 9 de maio de 1862. =O presidente da camará, João A. Sousa.

COMMISSÃO DO FORNECIMENTO DE LANIFÍCIOS DO EXERCITO

Para conhecimento dos interessados, e em virtude das ordens recebidas do ministério da guerra, em data de 10 do corrente mez, declara-se, que os juros que vencerem os títulos de divida publica fundada durante o tempo que os mesmos titulos estiverem depositados, em conformidade com o expressado na obrigaçEo 4.a e condiçSo 9.a, exaradas no programma inserto no Diário de Lisboa n.° 9, de 13 de janeiro próximo findo, pertencerão ás pessoas que, por lhe haver sido adjudicado o fornecimento, ou parte d'elfe, effe-ctuarem o deposito, as quaes poderão haver similhantes juros, quando forem pagos pela estacSo competente.

Lisboa, sss Secretaria da eommissSo, em 13 de maio de 1862. —O secretario, P. L. Faria da Fonseca,

CONSELHO DE SAÚDE NAVAL E DO ULTRAMAR Por ordem superior abre-se nova praça perante o conse lho de saúde naval e do ultramar, no dia 17 do corrente mez, pelas onze horas da manha, para a arrematação das obras a que se vae proceder no hospital da marinha, se o lanço convier'.

Hospital da marinha, 18 de maio de 1862. = Dr. Francisco Frederico Hopff&r, secretario.

ASYLO DE MENDICIDADE

Conta da receita e despeza d'este estabelecimento no mez dó março de 1862

RECEITA

Saldo do mez de fevereiro próximo passado............. 3934855

SrjBSCHEPÇÕSS

Do em.rai> e rev.m* sr. cardeal patriarcha, dezembro a fevereiro...........................

Dos es.m»s e ill,m8» srs.:

Marquez de Loulé, fevereiro................,

Visconde de Sarmento, corrente anno......... 2$000

Polycarpo José Lopes dos Anjos, 1.° trimestre.. 7$200

Visconde de Benagazil, 1861..............,.. 9^600

Guilherme Cândido Borges de Sousa, 2.» semestre de 1861............1.................. 71200

Roberto & Pilho, corrente anno.............. 9JÍOQO

Veríssimo José Baptista, corrente mez........ 2$4QO

Mathias Gonçalo Ferrari, fevereiro........... JÍ500

J. B., idem................................ 1|200

Chambica & Gonçalves, idem................ $480

João Chrysostomo de Sequeira, idem.......... #400

Gregorio Vaz Rãs de Campos Barreto Froes, idem lí|5QOO

Marianna Ignacia Pestana, corrente mez...... 2^400

Jo3,o Asworth & C.*, corrente anno........... 4JI500

José Melehiades Leger, fevereiro............. $240

D. Sancho Manuel de Vilhena e Saldanha, novembro e dezembro de 1861................

Manuel António Alves Costa, 1861...........

Pedro Lourenço de Campos, novembro a fevereiro 2^000

Conde de Valle de Reis, fevereiro..........,. $500

José Ellerton, corrente anno................. 9|600

Manuel António Lopes MagalhSes, corrente mez 2^400 Joaquim Henriqucs Fradcsso da Silveira, 1,° trimestre.......................,..........

Domingos José Vieira, janeiro a março........

Barão da Silveira, janeiro e fevereiro.........

D. Maria Luiza Agard, 1861................ 2|I400

Bernardino Martins de Senna, sua prestaçRo ... 2|250 Francisco José, idem....................... 1^100. 83^070

ESMOLAS

De Sua Magestado Imperial a Senhora Duqueza de Bragança, suffragando a alma de Sua Alteza Eeal o Príncipe D. Augusto, seu saudoso irmão, no dia 28 do corrente, anniversario do seu fallecimento .,....................... 40^000

Do es.*"" §r. barão de Almeírirn, visitando o asylo em 81 do corrente...................... 22$500

Do sr. António Marques de Almeida, por arbi-trio seu e ordem da esposa e filhos do finado ox,me conselheiro Carlos da Silva Maia, suffragando a sua alma........................ 81000 65JÍ500

Da junta do credito publico, juro quo venceram no 1.» semestre do corrente anno aã ioacripcoes e certificados com assentamento a favor d'este asylo.............. 1:686^000

Do ex.ma sr.

Sebastião Joaé de Abreu, como testamenteiro do sr. António Francisco da Silva Porto, esmola pelo acompanhamento de 12 asylados no funeral do fallecido.......................... 57^600

Dos srs,:

Conselheiro Vicente Ferreira Novaes, 12 ditos no de sua esposa a ex.w& sr.a D. Alexandrina Maria Joeé Maquintoehe Novaes:........... 7|200

António José Pinto, 6 ditos no de seu sogro o sr. Joaquim José de Moura................

Eugênio Magaldy, 12 ditos no do sr. Agostinho Joaquim Ferreira........................

Eugênio Magaldy, 6 ditos no do sr. António de

Sequeira Nazareth....................... 8$000

Padre Carlos de Carvalho 0§orio, 6 ditos no da

sr.4 D. Maria Joanna..................... 2J880

José Francisco Martins, 20 ditos em um funeral

aos Prazeres......,...................... 9^600

Eugênio Magaldy, 10 ditos no da sr.* D, Luiza

Maria Xavier Ribeiro..................... 63000

Lourenço Joaquim dos Sttntoa, 12^ ditos no de sua esposa a ex.m» sr." D. Maria Antonia........ 24^000 119J280

Da ex.ra» sr.» viscondessa do Rio Secco, foro de 1861, liquido de 135 réis de decima.......................

Do thesoureiro da santa casa da misericórdia de Lisboa, 4.* extracção da loteria do 1.° trimestre do corrente anno........................................... 445^810

Do ex.®"1 sr. conselheiro director da alfândega grande de Lisboa, duas multas impostas por contrabando de tabaco ...........f............................... 14£400

Do beneficio que teve logar no real theatro de S. Carlos na noite de 6 de fevereiro próximo pasmado (resto)....

Espolio de um asylado fallecido...............•......

Do sr. Estevão Caetano do Freitas, donativo de licença concedida pelo governo civil.......................

CKHCA

Producto de um calabre velho............... 1^600

Idem de tuna porção de eebolo.............

Idem das cadeiras no paseeio publico.................

Da administração do café concerto, pelo aluguel de 150

ditas............,..............................

Producto da obra da offloina de sapateiro.............

Idem idem da offieina de tecelão .,.............,.....

6,5000

DESPEZA

Béia......2:981 $980

Dispendido com o sustento dos asylados, em que se inelue 1:169£600 réis de pão dos mezes de janeiro e fevereiro, pagos ao fornecedor .................. » , .......... íí;

Idem com o calçado ..................... . ........ . .

Idem com o tabaco .............. . ..................

Idem com as miúdas ............... . ................

Idem com oa aaylados que acompanharam diversos fune-raca ............................................

Idcrn com os objectos para «ao ........... . ...... .....

Idiun com a lavagem de roupas ............... . ......

Tdorn com as obras e reparou ... .................... *

Idem com as cadeiras para o passeio ..................

Idem com as camas ............................ .....

Idom com oa guisamentos da igreja e missas de rcquiem. ,

l dom com o ordenado do capollâo ....................

Idem com o expediente ............. . ...............

Idem com a abegoaria ................ , .............

Iflcm com a cerca ......... , ........................

Jtlnm com os negócios forenses . . í ......... ... ........

Idem com as luzes .................................

Idem com as gratificações aos aayladoa de ambos os sexos empregados nos diveráos scrTiços da casa, officinas e obras ......... , .................................

Idem com os ordenados dos empregados ...............

54$810 Btí^OOO

20^160 4$760

29$í390 4^760

$690

7 $120

2^400

17$840

7$050

48^315 78^400

Saldo que passa para abril

2:510^809 ......................471^171

Réis......2:9811980

Teve mais o asylo, no presente mc2, os seguintes donativos em espécie; a saber:

Dos srs,_ caixas geraes da companhia do contrato do tabaco: 10 arráteis de simonte e 10 ditos de rolo.

Doa srs. Viuva & João Baptista Burnay: 6 canadas de a2eite de purgueira.

Do sr. Francisco Pretextato Correia: 13 molhos de cebollas.

Existência dos asylados

Homens.........................,...................... 368

Mulheres.............................................. 328

Total............... 696

Asylo de mendicidade, 31 de março de 1862.=O provedor, Joté Izidoro Guedes.

LISBOA, 13 DE MAIO

No distrieto de Braga alguns amotinados do concelho da Povoa entraram no concelho de Vieira, e ali queimaram diversos papeis da repartição de fazenda e da administração do concelho, retirando depois. No resto do distrieto havía socego.

Em Traz os Montes, Vianna e Porto, não foi alterada a ordem publica.

No Fundão, districto de Castello Branco, por occasiSo do mercado houve uma desordem, retirando-se o destacamento de vinte praças, que ali se achava, para a Covilhã1; porém o tumulto nSo progrediu, e a tranquilidade publica parece estar restabelecida.

Nos mais districtos do reino continua inalterável o so-cego publico.

CAIARA DOS SENHORES DEPUTADOS

DE 18 DE MAIO DE 1862

PHESIDENCIA DO SR* ÀHTOHIO M!IZ D K BEABBA

Secretários 03 srs.

(Cláudio JOPÓ Nunes

í António Eleutherio Díag da Silva

Chamada—Presentes 60 srs. deputados.

Presentes á db&rtura da sessão—Os ira. AdrianoPequito ÁfFoBso Botelho, Alvares da Silva, Soares de Moraes, Sá Nogueira, Quaresma, Eleutherio Dias, Gouveia Osório, Pinto de MagalhSes, Seabra, Mazziotti, Lopes Branco, Xavier da Silva, Barfio da Torre, Freitas Soare», Almeida Azevedo, Cláudio Nunes, Rebello de Carvalho, C. J. da CoRta, Poças FalcSo, Diogo de Sá, Fernandes Costa, F. I. Lopes, Borges Fernandes, F. L. Cromes, F. M. da Costa, Cha-miço, G. de Barros, Mendes de Carvalho, Fonseca Couti-nho, J. J. de Azevedo, J. de Kuboredo, Aragão, Sepul-reda Teixeira, Ferreira de Mello, Coelho de Carvalho, Neu-tel, Silva Cabral, Alves Chaves, Figueiredo Faria, Feijó, D. José de AlarcSo, J. M. de Abreu, Costa e Silva, Fra-zSo, RojSo, Toste, José de Moraes, Nascimento Correia, José Paes, Batalhoz, Gamara FalcSo, Affonseca, Moura, Manuel Firmino, Pinto de Araújo, Modesto, Plácido dê Abren, S. de Almeida, Velloso de Horta e Ferrer.