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gado respectivo da tachygrafia, encarregado do extracto das sessões, annuiu nos desejos do Sr. Deputado, e que o Sr. Deputado preparou esse trabalho, e o mandára alta noute directamente para a Imprensa; e o Administrador para cumprir com as ordens que tinha, mandou o extracto do discurso ao respectivo empregado da tachygrafia, e este, segundo as ordens geraes, e segundo as determinações recebidas da Mesa para observar inteira imparcialidade, afim de que não apparecessem discursos quasi na íntegra, e outros pouco ou nada desenvolvido, e para pôr esse extracto tambem em harmonia com os apontamentos que se haviam tirado, entendeu que devia cortar parte désse extracto, que o Sr. Deputado tinha mandado directamente para a Imprensa, e deste modo harmonisa-lo convenientemente. E devo dizer á Camara e ao nobre Deputado, que neste facto não entrou outra pessoa, que não fosse esse mesmo empregado da tachygrafia. É esta a explicação que a Mesa dá para conhecimento da verdade, (apoiados) O Sr. Pereira dos Reis: — Ninguem respeita mais que eu o Administrador da Imprensa; conheço o ha muitos annos, fui seu collega, estou certo da sua honra; é exemplar em tudo. (apoiados) Quando invoquei o seu nome, não foi para lhe fazer accusação alguma. O extracto que eu mandei para a Imprensa, não era extenso; ao contrario eu omitti muitos pontos do meu discurso; appello para o testemunho dos proprios tachygrafos. O que é verdade, é que nessa mesma noute, o Administrador da Imprensa disse, que não publicava o extracto do meu discurso, não só porque eu era Deputado da opposição, mas tambem porque costumava ser muito forte na minha frase; ora, alem disto dava-se a circumstancia da ordem geral, que tinha para zelar este negocio; dizendo-se até que não publicava o extracto como estava, porque o Deputado áquem elle dizia respeito, tinha o Estandarte aonde podia publicar o seu discurso por inteiro. Este é o facto; o Administrador da Imprensa tem ordens para zelar este objecto da publicação de extractos; elle cumpriu os seus deveres co-me empregado subalterno; não trago esta questão nem para duvidar da probidade de individuo algum, nem para que possa recair a responsabilidade sobre alguem. Esta é a verdade, verdade pela qual respondo em todas as suas partes.

O Sr. Presidente do Conselho: — Sr. Presidente, parece-me que a Camara esta perfeitamente esclarecida com o que eu disse, e V. Ex.ª affirmou (apoiados) asseguro pela terceira vez á Camara, que o facto se passou tal como eu o referi, (apoiados) E declaro mais que o Administrador da Imprensa não tem ordem ou insinuação alguma no sentido que o Sr. Deputado pareceu querer indicar.

O Sr. Pereira dos Reis: — Este negocio não é com V. Ex.ª; as ordens existem no sentido que disse, dadas pelo Sr. Ministro dos Negocios Estrangeiros, que é quem inspecciona a publicação do Diario.

O Sr. Presidente: — A Mesa chamou o empregado encarregado dos extractos das sessões desta Camara, e, com referencia ás informações que obteve, referiu á Camara o facto como teve logar; a Camara já sabe que providencias estão dadas para que este negocio do extracto marche regularmente, (muitos apoiados).

Agora eu entendo que, visto o atraso em que estão as discussões dos projectos já impressos, seria mais conveniente que ámanhã houvesse sessão, e não para haver commissões, (apoiados) Eu vou consultar a Camara sobre se dispensa que ámanhã hajam trabalhos em commissões, (apoiados)

Consultada a Camara decidiu affirmativamente.

O Sr. Presidente: — A ordem do dia para ámanhã é a continuação da discussão do projecto n.º 38, e a mesma que estava dada. Está levantada a sessão. — Eram quatro horas da tarde.

O Redactor,

JOSÉ DE CASTRO FREIRE DE MACEDO.