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concordo em muitas das suas disposições, outros ha que terei de contestar, mas não deixo de louvar e dar o devido merecimento ao trabalho. Quando se avaliar o trabalho que a illustre commissão apresentou, o illustre Deputado e todos nós poderemos approva-lo ou condemna-lo, conforme entendermos, mas deixar de dizer que tão improbo trabalho merece louvor, e commetter uma injustiça; e eu que costumo ser justo, não posso faltar a este dever. Voto pela proposta do illustre Deputado pela Estremadura.

O Sr. Carlos Bento: — Eu pedi a palavra unicamente para declarar á Camara, que no caso de terem logar esses agradecimentos, eu pela minha parte era uma daquellas pessoas a quem menos competiam. Entendo que devia, como membro dessa commissão, prestar homenagem aos meus Collegas, declarando que da sua parte vi empregar a maior diligencia, intelligencia e zêlo na feitura desses trabalhos: e por isso mesmo que em alguns pontos divirjo da opinião dos meus Collegas da commissão, é um dever sagrado para mim testimunhar a V. Ex.ª e a toda a Camara, que se occuparam deste trabalho incessantemente de noute e dia, e isto sem falta aos encargos que tinham aqui, e que são muitos, exigindo-se ás vezes dos membros desta Camara muito mais daquillo que humanamente se póde fazer: devo por tanto declarar, não pela minha parte, mas pela parte de SS. Ex.ªs que desempenharam esta missão da maneira mais louvavel que póde ser. E por esta occasião declararei tambem, que me reservo para em tempo opportuno tractar desta questão, estando persuadido que ella ha de ter relação com uma outra já sujeita á Camara. Mas parece-me que não se deve progredir nesta discussão: o saber se devemos ou não dar agradecimentos e aggravar mais a questão; e mesmo achando-se presente nas galerias uma deputação que vem cumprimentar um Rei, vencido quando defendia a independencia e a liberdade do seu paiz, a Camara deveria occupar-se d'outros objectos mais subidos que votar agradecimentos a uma commissão, embora merecidos. Por tanto esta questão d'agradecimentos não devia entreter por mais tempo a Camara, e a discussão devia terminar.

O Sr. Rebello da Silva: — Sr. Presidente, na posição do nobre Deputado nada mais justo que a maneira como terminou o seu discurso, porém na posição de cada um de nós as circumstancias não são as mesmas, e nem os motivos que formaram a opinião do nobre Deputado podem ser aquelles que devem formar a dos demais membros desta Casa.

Sr. Presidente, eu tambem entendo que se devem prestar agradecimentos á commissão de Inquerito; concorro para isso com o meu voto; e seria até uma injustiça deixar de o fazer, em vista da maneira assidua e breve com que ella andou em tão grave objecto, e da actividade continuada que empregou, dando isso até logar á deterioração da saude do nobre relator da commissão.

Sr. Presidente, a maneira porque se houve a commissão, faz-lhe muita honra, e á Camara que a elegeu. (apoiados)

Eu não sei se o relatorio dessa commissão tem unicamente o merecimento da sua extensão, e se deve ser qualificado ou avaliado pelos quartos de hora que a ampulheta correu durante a sua leitura; mas sei que esta é a primeira commissão de Inquerito que saiu do Pari amento, sei que ella apresentou este objecto com

todo o desenvolvimento, e acompanhou«o de esclarecimentos taes, que não se podem deixar de reconhecer dignos de toda a attenção, e que illustram muito a Camara a respeito desta importante materia, (apoiados) Oxalá que todas as commissões de Inquerito, que tenham de se formar, comprehendam tão bem como esta a altura da sua missão, e que a desempenhem com tanta profeciencia como aquella de que nós somos hoje testemunhas! (apoiados)

Sr. Presidente, a Camara votando os agradecimentos á commissão de Inquerito demonstra que conheceu a gravidade do assumpto, e practica um acto de justiça, attendendo assim á maneira porque a commissão correspondeu á missão que recebeu. (apoiados) E eu peço ao nobre Deputado que se senta no banco superior, haja de notar, se quando nesta Camara se acceita um livro, uma obra qualquer, sem se saber o que contém, e se decide que se lance na acta. Foi recebido com especial agrado?? — a Camara deroga alguma cousa á sua dignidade? A commissão tendo pois apresentado os seus trabalhas, tendo-nos feito scientes delles, e tendo dado uma prova do seu zêlo, não esta menos no caso de com ella se terem as considerações que merece, o que de certo esta Camara lhe não negará. Voto por tanto pela proposta de agradecimentos, (apoiados)

O Sr. J. L. da Luz: — Sr. Presidente, estão esgotados os fundamentos com os quaes se deve approvar a proposta do nobre Deputado pela Estremadura; mas não obstante isso, eu não posso deixar de dizer alguma cousa para prova de que a proposta deve ser adoptada. O conhecimento especial, na qualidade de director do Banco, que tenho do modo porque a commissão exerceu sobre aquelle estabelecimento, a sua missão, torna-a, no meu conceito, digna de todos os louvores. Eu muitas vezes admirei as exigencias que a commissão fazia, e algumas vezes não pude attingir ao fim porque se pediam estes esclarecimentos, mas hoje fiquei maravilhado do modo como a commissão entrou no desenvolvimento de pontos tão importantes, esclarecendo-nos assim a respeito delles. Por tanto eu não posso deixar de votar para que se dêem agradecimentos á commissão, sem prejuizo do conceito que a Camara deva formar a respeito de algumas douctrinas exaradas no mesmo parecer. E a Camara não póde, no meu entender, deixar de dar uma prova de consideração que lhe merece a commissão, que saiu do seu seio, e é a primeira de tal genero: devendo eu tanto mais instar por isso, quanto que fui o auctor da proposta para a nomeação desta commissão. Voto pois, Sr. Presidente, que se lhes dêem agradecimentos sem prejuizo do conceito que ha de fazer-se da materia do parecer. (apoiados)

O Sr. Poças Falcão: — Peço a V. Ex.ª que consulte a Camara sobre se a materia esta sufficientemente discutida.

Decidiu-se affirmativamente, e pondo-se á votação a

Proposta do Sr. Silva Cabral — foi approvada.

O Sr. S. C. de Sá Brandão: — Mando para a Mesa um parecer da commissão de Tabellas Judiciarias, sobre o requerimento de alguns escrivães e mais empregados subalternos da ilha da Madeira.

Ficou reservado para se lhe dar destino.

O Sr. Agostinho Albano: — Sr. Presidente, a commissão d'inquerito não teve outro fim senão satisfazer ao