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de ser interrompida a discussão de qualquer destes projectos pelo da lei de meios, antes o seja a do projecto de lei de estradas, entrando nós nella com a esperança de o concluirmos, do que a do projecto de administração publica, entrando nós nella com a certeza de não poder ser concluido.

O Sr. J. L. da Luz: — Peço a V. Ex.ª que queira propôr, se esta sufficientemente discutida esta questão.

Decidiu-se affirmativamente, por 62 votos contra 5

O Sr. Corrêa Leal: — (Sobre a ordem) Peço que antes da votação se leia na Mesa a proposta originaria do Sr. Faria Barbosa.

O Sr. Presidente: — Não ha de ser sómente a proposta, ha de ser tambem a resolução da Camara; mando ler a acta de hoje e a proposta, vêr-se-ha como os Srs. Deputados estiveram sempre fallando com bazes inexactas.

O Sr. Rebello da Silva: — Pois a votação póde-se interromper por causa do Sr. Deputado querer ser esclarecido! Eu estimarei que a decisão da Camara seja continuada, e se passe á votação.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado pediu a leitura de um documento official, que serve para maior conhecimento da verdade, o não é costume negar-se tal pedido.

Vai lêr-se a parte da acta respectiva á proposta do Sr. Faria Barbosa, (leu-se)

O Sr. Corrêa Leal: — (Referindo-se a palavras da acta) Declaração! Não sei quem a fez.

O Sr. Presidente: — Sabe-o a Meia, e a Camara; e foi nesse sentido que se votou (apoiados geraes). O Sr. Deputado devia ter mais confiança na Mesa! Depois da Mesa declarar que o facto era como se tinha passado, não devia ser o Sr. Deputado que duvidasse delle (apoiados).

E pondo-se logo á votação a

Emenda do Sr. Corrêa Leal — Foi rejeitada por 55 votos contra 16.

Proposta do Sr. Rebello da Silva. — Approvada por 60 votos contra 11.

O Sr. Corrêa Leal: — (Sôbre a ordem) Sr. Presidente, eu pedi a palavra para dar a V. Ex.ª e á Camara uma breve explicação sobre a arguição que V. Ex.ª da Mesa me lançou, de que eu não tinha confiança na Mesa.

O Sr. Presidente: — Noto no Sr. Deputado que isso não é sobre a ordem.

O Orador: — Eu quero declarar á Camara que tenho confiança na Mesa, mas que não tendo feito parte da discussão essa clausula que se poz na votação, não tinha ficado em declaração.

O Sr. Presidente: — Devo tornar a dizer que fez parte da discussão, não só por pedido do Sr. Ministro da Guerra, e da Marinha que requereu expressamente que não ficasse comprehendido o projecto n.º 66, mas tambem por declaração feita por mais de uma vez na Mesa de que não se prejudicava a discussão dos projectos n.º 35 e 66; e é assim que se propoz á votação, e se venceu (apoiados geraes), e por isso se consignou na acta respectiva, que foi approvada unanimemente (apoiado, apoiado).

O Sr. Lopes de Lima: — (Sobre a ordem) Peço a V. Ex.ª que tenha a bondade de me dizer que horas são.

O Sr. Presidente: — São perto de duas horas.

O Orador: — Peço a V. Ex.ª que mande consignar na acta, que ás duas horas não estava presente o Sr. Ministro.

O Sr. Presidente: — Para isso é preciso resolução da Camara, porque vai contra todos os precedentes.

Foi esta proposta decidida negativamente por 59 votos contra 4.

O Sr. Faria Barbosa. — (Sobre a ordem) Não posso deixar de fazer uma declaração á Camara visto as palavras de V. Ex.ª....

O Sr. Presidente: — Note o Sr. Deputado que pediu a palavra sobre a ordem, e que se não estiver na ordem, eu o devo interromper para se restringir a ella.

O Orador: — Póde V. Ex.ª interromper-me, não é a primeira vez.

V. Ex.ª declarou que a minha proposta quando foi apresentada á Camara, foi com a restricção de salvar o projecto n.º 35; eu devo declarar que na proposta não consignei tal idéa, e mesmo então seria eu contradictorio comigo, se a consignasse; porque se acaso eu me persuadisse de que o projecto n.º 35 não podia ser retirado da discussão, então não apresentaria eu a proposta, pois já sabia que esse projecto gastava todo o tempo á Camara, e não podia entrar o de estradas de fórma nenhuma, e a minha intenção foi....

O Sr. Presidente: — Ora o Sr. Deputado conclua ahi, que conclue bem! O Sr. Deputado não esta fallando sobre a ordem, nem considerou como devia que não se vota nunca a mente do auctor de uma proposta, vota-se sómente o theor da mesma proposta, e ás vezes com as declarações expressas que se lhe fazem. O Sr. Deputado esta a duvidar da realidade do que se acha na acta!.... Eu se soubesse, que a opinião do Sr. Deputado era a da Camara, desde já resignava este logar com os mais Membros da Meza. (Vozes numerosas: Não, não — Apoiados). Que é o que se nota na acta? O que já se ouviu ler, e antes disso tinha dito a Mesa; e a acta foi approvada por unanimidade (apoiados). Veja então o Sr. Deputado, que não esta na ordem, e que não póde continuar assim.

O Sr. Faria Barbosa: — Concordo, mas V. Ex.ª tambem não está muito na ordem, em que falla.

O Sr. Presidente: — Ordem, Sr. Deputado! Ordem!

O Sr. Faria Barbosa: — Ordem, Sr. Presidente!

O Sr. Presidente, e muitos Srs. Deputados: — Ordem, ordem! (Confusão).

O Sr. Faria Barbosa: — Use V. Ex.ª de expressões mais prudentes.

O Sr. Presidente: — Ordem, Sr. Deputado! Vozes: ordem! ordem!)

O Sr. Faria Barbosa: — Porque um Deputado não póde soffrer ò modo altivo de V. Ex.ª (Muitas vozes: Ordem, ordem!...) E uma verdade, eu tenho razão de me queixar de V. Ex.ª

O Sr. Presidente: — Chamo o Sr. Deputado á ordem!

O Sr. Barros: — Peço ao Sr. Deputado que entre na ordem! Esta atacando o seu Presidente. (Grande agitação).

O Sr. Presidente: — Chamo a attenção da Camara sobre este facto practicado pelo Sr. Deputado pelo Minho, facto que assim nunca se deu nesta Casa