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plicação que tenho necessidade de dar. —Sr. Presidente, eu dou a unuha palavra de honra que ha ifftusa de 15 dias, que me não tenho occupado com estas questões que tèeua havido; tenho estado tratando de minha saúde, e distrahindo-me com cousas muito alheios de política, hábitos meus que são uma necessidade da minha vida ; declaro que me não tenho lembrado de S. Ex.ai, nem ao menos de que existem ; isto não e por falta de respeito, e consideração em que tenho a SS. Ex.*", mas é mesmo porque não me U-mbro d'felles.

Agora é preci-o dar outra explicação sobre o que disse o Sr. Ministro da Justiça. Disse S. Ex,* que eu tinha dito, que esles empregados tinham direito de se levnularem, eu não disse semelhante cousa ; e chamo para testemunho toda a Camará ; eu o que disse foi que estes indivíduos não conhecendo bem em toda a sua pleniiude os direitos conslitucionnes, e reguldndo-se pela pratica constante dos Governos se julg'avam com certo dire-to a estes, logures.

Estas é que foram as minhas expressões; mas o Sr. Ministro torceu-as ; quiz-rne apresentar como defensor dos direitos d*m&urreição , quando eu de-cerio não defendo esses direitos, smao em um caso •único ; e esse nào e' o presente — Quanto ao descou-to. — Eu o quií disse foi, que o desconto era um privilegio, que nelle só são adunttidas as classes aquém os Ministros querem contemplar; isto e um facto que ninguém negará ; porque e' só ceíta classe que gosa desse desconto; as outras não podem descontar, hão de descontar por onde acharem; eellas não lêem remédio senão descontar, porque em dia não sei que ninguém esteja senão os Srs. Ministros.

O Sr. Almeida Garrett : —(Para uma explica-çâo} V. Ex.a ha de estar lembrado, e a Camará também, de que quando eu falia vá houve um movimento de hilaridade nas galerias. V.Ex.a lerobrar-se-ha disto, porque ate' advirlio os Cidadãos de que nào deviam tomar nenhuma parle no que se estava discutindo. Por occasião d^sle movimento que eu não approvei, disse eu os motivos porque linha vindo> tractar esta matéria , já dopots de ter feito grande

parte do meu discurso; por consequência está claro que não era do requerimento que se estava assignan-do que eu vinha fallar. E disse que appiovava todos os actos que fossem feitos dentro do grémio constitucional, e que desapprovava qualquer inlerfvren-cia directa, ou indirecta fora deste grémio nos actot» públicos. Os Sra. Ministros na resposta, que me deram, não tiveram rasâo nenhuma ; demais, Sr. Presidente, eu disse a verdade, eu apontei o facto como elle era, e não dou direito a nenhuma pessoa, Ministro ou não Ministro , para duvidar dos factos que epresenlo. Para ter esse direito era necessário que me tivesse achado em falta. Primeiro, cumpr»« ler a coragem de mostrar algum acto meu, por onde mostrasse que eu linha dito urra cousa, tendo feilcf outra ; nào é capaz disso ninguém, desafio todos. Para nada me importa o Sr. Ministro da Fazenda; entrego-o á sua sorte .... nào sou homem que guarde rancune, que me lembre de cousa nenhuma ; despreao absolutamente todas essas pequenezas e misérias com que se quer responder a factos. Eu disse o que e' verdade,, não me lembrava de quem eram os autores deste facto; fallei do Sr. Ministro da Fazenda, porque o ouvi fallar n'isso. Bem vejo que estes factos pertencem ao Ministério da Guerra e não ao da Fazenda; não sou tão estúpido que não entenda isso.

E' preciso eslar com muito má fé' para fuzer uin peccado desta equivoeação, e para fazer dizer a uma pessoa o contrario daquillo que disse.

llespondo agora a uma aiguição do Sr. Ministro da Fazenda, que é bem insulsa; mas em fim estamos todos fallando dianle do publico que nos ouve. O Sr. Ministro da Fazenda tomou á sua autoridade, sem a ler para isso, o censurar-me por eu ter faltado ás Sessões. Sr. Piesidenle , quando eu fallasse sem motivo, quem tinha direito a censurar-me era a Camará. Mas eu não faltei, porque estou com licença; lenho estado tractundo da minha saúde ; e faço uru esforço cada vez que venho ao Parlamento, e hoje, repito, estava muito longe de suppôi que se tractava aqui semilhante questão.

N.° 18. Sts&m to 27 to Ãrtfmbw. 1841.

'C,

Presidência do Sr. J civis d" Atouguia.

hamada — Presentes 72 Srs. Deputados.

Abertura — Meia hora depois do meio dia.

Acta— Approvada.

CORRESPONDÊNCIA.

OFFICIOS. 1.° Do Ministério do Iteino: —Rewet-tendo unia representação do Juiz de Paz, Juiz Eleito, Junta de Parocbia , e mais h:ib tantos tia Fie-o-uezia do

Q.° Do Sr. José Estevão Lodlw de Magalhães: —Participando, que o seu estado 'de s ;uso de banhos do mar b impossibilitam de c< im H receias Sessões, ale o dia 25 do pioximo mez de Outubro. — Inteirada.

3." Do Sr. sintonia Cabral de Sá Nogueira.— Participando, que precisando de tiactar d

de, e de negócios seus, não poderá talvez comparecer a.algnrn.is Sessões.—Inteirada.

4." Do Sr. António de Oliveira Marreca: —Pedindo a prorogaçâo da sua licença por mais 40diasf cedendo do subsidio durante aquella licença , deixando-o de o receber logo que aquella licença principie.

O Sr. Barata Salgueiro : — Eu peço á Camará ,. que se lembre que quando algum Deputado tem pedido licença, eu tenho sempre ficado sentado, e o mesmo tem feno alguns Srs. Deputados: o que eu quero , é que se entenda, que quando fico sentado, e porque nego a licença pedida.

O Sr. Presidente: — Permita-me o Sr, Deputado que lhe diga , que todas as vezes que algum Sr. Deputado tem duvida na votação , pôde pedir que se reconsidere.

Foi concedida a licença pedida.