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negocios urgentes e de importancia. — Está é minha opinião.

O Sr. Conde da Taipa: — O que falta não é tempo para discutir as Leis, mas sim para meditalas; e essa falta só se remediaria se os dias que restam para fechar as Camaras, em logar de vinte quatro fossem de quarenta e oito horas ou de sessenta.

O Sr. Marquez de Fronteira: — Não temos já senão tres Sessões, e ha tres Leis de que se tem pedido a urgencia; não sei como isto se ha de fazer.

O Sr. Presidente do Conselho de Ministros: — Ninguem exige impossiveis; nomeie-se a Commissão e se a Lei se não poder discutir no praso ordinario, o Poder Moderador fará o que quizer, a Camara entretanto tem feito o que pôde, e cumprido o seu dever. — Se se empregassem em meditar os Projectos, todas as horas que se passam fora da Camara, seria conveniente que as Sessões fossem mais curtas; mas como me persuado de que acontece o contrario, parece-me melhor que ellas comecem um pouco mais cedo.

O Sr. Gyrão: — Em todo caso peço que o Projecto se mande já imprimir. — Não se fazendo outra reflexão, resolveu a Camara que a Proposição sobre o lançamento da decima passasse á Secção de Fazenda.

Antes de concluir a Sessão, pediu a palavra e disse

O Sr. Sarmento: — Como póde acontecer que aqui não esteja n'outra occasião o Sr. Presidente do Conselho, lembrar-lhe-hei alguma cousa que diz respeito ao Palacio das Côrtes, pedindo ao Governo queira habilitar o Digno Par Fiscal das Obras Publicas, para levar este edificio a um ponto que honre a Nação, fazendo os necessarios arranjamentos, principalmente na sua entrada, que, segundo o que vejo executar por agora, parece mais uma alameda de Frades Capuchos. (Riso.) — Espero tambem que na seguinte Sessão se tracte da inauguração da Statua do Sr. D. PEDRO, a quem tudo devemos. (Apoiado. Apoiado.) Sim tudo; que se elle quizesse ser despota havia de sêlo: mas não, elle só quiz acabar com o despotismo. (Apoiado.) As Côrtes são quem devem levantar o primeiro monumento á sua Gloria; mas este monumento deve ter uma base digna do Grande Homem a quem se dedica. — De modo algum eu deixo de suppôr os melhores desejos no Digno Par Fiscal das Obras Publicas; o seu zello, e o seu desinteresse são bem conhecidos; mas a sua administração não póde só, e é necessario que o Governo lhe dê meios. — É preciso lembrar aos Portuguezes, quem lhes deu, e quem lhes restaurou a Liberdade; pondo á entrada deste Palacio a Statua do Homem Grande, que aqui nos trouxe. (Apoiado. Apoiado.)

O Sr. Vice-Presidente: — A Ordem do dia para a Sessão de ámanhan, é a discussão da Proposição da Camara dos Senhores Deputados, sobre os rendimentos dos Concelhos das Comarcas do Porto, que são applicados á illuminação da mesma Cidade, a qual hoje se não tractou por falta de tempo. — Está levantada a Sessão.

Eram cinco horas.

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