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publica mo 'dia 16 do corrente mez, pela uma hora da tarde, o logar n.° 13 no mercado do'azeite, os logares n:os~22 e 59 no mercado da Ribeira Nova, e o armazém na rua nov# d,o Cães do Tojo, onde foi fabrica de cordoaria, o que °,tudo se acha com escriptos. As pessoas a quem convier algum dos citados arrendamentos deverão comparecer "nos ^paços do concelho no referido dia e hora, a fim de se le-"var a effeito comTss sólemnidades legaes e tio estylo.

Camará, 10 de junho da 1862. = O escrivão da camará, Nuno de Sá Pamplona.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

A mesa da santa casa da misericórdia d'esta corte manda annunoiar que no dia 20 do corrente mez de junho, pelo meio dia, na sala das suas sessões, ha de pôr em praça o fornecimento da lenha que for necessária para consumo dos banhos do arsenal da marinha no coi rente anno, com as condições que estarão patentes no acto da arrematação.

Contadoria da misericórdia de Lisboa, 10 de junho de 1862. =?= O officiaí maior, António Izidoio de Almeida.

.REPARTIÇÃO DE SAÚDE DO''EXERCITO

Toda a pessoa que quizer vender, a prompto pagamento, gene»os de mercearia, pão, leite, lenha, toucinho e carne de vacca, para consumo dos doentes do hobpital militar permanente ~de Lisboa, no terceiro trimestre * do eerrente

(anno, poderá comparecer no dia 21 do corrente mez, pelas dez^oras da manhã, no referido hospital, á Estrella, onde, -perante a respectiva commifsão administrativa, «terá lo-

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' O cirurgião em chefe do exercito, Francisco

ALFÂNDEGA GRANDE DE LISBOA

Quaría-feira 18 do corrente, pelas onze horaa dai manhã, haverá n'esta alfândega leilão das fazendas que têem ficado dos anteriores leiloes — mais chalés de algodão, cintas de lã, cortes de coletes de setjm, ditos de veludilho, vinho da lei de Moyses, uma lancha e vários outros artigos que estarão presentes.

Alfândega grande de Lisboa, 10 de junho de 1862.

INTENDÊNCIA DAS OBRAS PUBLICAS DO DISTR1CTO DE LISBOA

Esta repartição precisa contiatar a dou-radura dos capiteis e bases das columnas, e differentes florões que ornam o interior do edifício da sé de Lisboa, segundo as condições que se acham patentes na mesma intendência, aonde as pessoas que pierenderem tomar este trabalho deverão comparecer quarta-feira 18 do corrente, pelo meio dia.

Lisboa, 10 de junho de 1862. = José Bento de Sousa Fava, intendente. JUUUL_

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE MARINHA

No dia 14 do corrente, pelo meio dia, ha de o conselho de administração de marinha proceder, na sala das suas sessões, ena hasta publica, á compra de um casco de azeite de oliveira para consumo da armada.

No mesmo dia, cela uma hora da tarde, ha de o dito conselho proceder em hasta publica á compra de 200 moios de cal para as obras a que se procede no quaitel do corpo de marinheiros da armada real.

Conselho de administração de marinha, 10 de junho de 1862. = O secretario, António Joaquim de Castro Gonçalves.

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO CORREIO

DE LISBOA

Pela administração central do correio de Lisboa se faz publico que saíião, a 14 do corrente, para a Bahia, o patacho Flor de Maria; a 15, para S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge e Faval, o vapor Açoriano;, e para S. Miguel o patacho Segredo e escuna Boa Fé.

A correspondência será lançada na caixa geral até aos referidos dias, e na da estação postal do Terreiro do Paço meia hora antes da que ali for annuneiada para a mala ser levada a bordo.

Administração central do correio de Lisboa, 10 de junho de 1862. = O administrador, Luiz José Botelho Seabra.

LISBOA, 10 DE JUNHO

Segundo as ultimas noticias, continua em iodos os distri-etos do reino a manutenção da ordem publica.

GAMARA DOS DIGNOS PARES

SESSÃO DE 2 DE JUNHO DE 1S62 PBBBIDE3SCIA. Do EX.rao SR. VISCONDE DE CASTRO

VICE-PSESIDENTE SUPPLEHENTAB.

Secretaiios, os dignos pares l X18^6

1 ID. Peuio Brito do Rio

(Assistiram os srs. presidente do conselho, e ministros da marinha, reino, guerra e fazenda.}

Depois das duas horas e meia da tarde, tendo-se verificado a piesecça de 36 dignos pares, declarou o es.1300 sr. presidente aberta a sessão.

Leu-se a acta da antecedente, =eontia-a qual mão houve reclamação.

O-sr. 'Secretario (Visconde'de Balsemão): — Mencionou a seguinte correspondência:

Um officio da presidência tia* camará-dos senhores deputados, renaettendo copia de uma proposta approvada por aquella cama» a, tendente a obviara inconveniente da-falta de reunião do numero, "'fixado pela lei, desdigrm pares e 'Benhoies deputados membros .effectivos das com missões mix-tas, para poderem» ter logar*asiespeotivás sessões. — Ficou sobre a mesa. '

-----Do ministério do reino,-enviando uma'relação-das

cadeiras de ensino prhnario para o sexo feminino; satisfazendo o requerimento tio digno par visconde de Balsemão.,

O sr. Presidente:—-V&o ler-se asaltepaç&es feitas no-pro-' jecto que vem da outra-camará, e'f<_5ra p='p' á='á' aos='aos' infenoiesjdos-corpesjdeíinfan-teria.='infenoiesjdos-corpesjdeíinfan-teria.' relativo='relativo' ínciaes='ínciaes' cotn-missão='cotn-missão' remetttdo='remetttdo'>

0 sr. Secretario: — Leu as.

01 f r. Conde da Taipa: — Olhando para." o estado-doí pai z, desde o'Minho entregue 'aos tumultos,-aterão largo da «Ajuda, onde se fez uma verdadeira degoUção dos inHOoentes, tna-is'tyraEiniea do que a de Her-od^s, .porq\re«i«al'fe&ite/era em mnocentes* que riSo sabiam que iam morrer, e^ev vitía que lhes tirava era só a c©rporal,'qivando a que o governo ordenou era em mnoeentes que conheciam o valer daivida qtre se lhes tirava, e Ohsa vida"epat4vivjda»morídra-dai,edu-cação e-rastnicção; atíhou n'isto &vmão do govenno tjaae-so-biecarrega com tnbutos qtte não apphca em proveito do mesmo povo, ao passo que offerfde a-refog-fâo, «^necessidade mais caia dos povos», com actos deploráveis e discursos cheios pelo, menos de inconveniências, e designou expressamente os do sr. mmistro da maunha que acabava de chegar n'este momento.

Explicou o que entendia pela ordem regai n'este paiz, e d'ahi concluiu quem eiam os revolucionai ioã. Tenta-se introduzir na governação pubhca uma theona democratico-isoeial, que ataea a religião, a família e a1'propriedade, e o gabinete que tem por, dever oppor-se a essa revolução ra--dieal nes fins e ímpia nos meios, está pelo contrario ou parece estar disposto a auxilia Ia, re chama como os revolucionários reacção a todos os esforços que se faaem para qon-servar a ordem legal, e reaccionários-noa que se oppõem a que se estabeleça eese estado anti-social em que a torça substitua o direito, a cobiça substitua o trabalho, e a libertinagem a, religião: por elle orador, ha de pertencer sempre a esses reaccionários, honra-se d'isso; mas sente- que o gabinete não conheça que se as formas de governo podem modificar-se lentamente até uma transformação completa, não é assim ^dos grandes princípios em que se firma toda a sociedade humana, a religião, o direito e a moral, que nem podem modificar-se, nem transformar-se por serem eternos. Muitas circumstancias o auctorisam a lamentar a situa--ção do gabinete. Entre ellas as mais fortes são: 1.*, o pro-gramma anti-relrgioso com que se apresentou, e que portal modo commentaram os discursos de alguns srs. ministros, e os artigos dos jornaes immundos (que o apoiam, e que eão generosamente galardoados), que motivaram a demonstração religiosa de Guimarães em que unaa cidade inteira lavrou o seu protesto solemne; 2.°, o que se tem praticado com as irmãs de caridade, cujos serviços â humanidade em geral e aos pobre?, enfermos e meninos em par ticular, são de tal magnitude, que em toda a parte são respeitadas, sendo que u'esse atacamento se combinam n'um sentimento único, o papa, o sultão, o imperador da Rússia, Napoleão e Graribaldi. O gabinete portuguez preferiu a esta unanimidade de sentimentos de amor e respeito, imitar as tropelias de Juarez no México — também este entregue á anarchia, está occupado por três potências estrangeiras para o ensinar a governar . De que virá ainda a ser este gabinete causa em Portugal?

O sr. Presidente do Conselho (Marquez de Loulê): — Peço a palavra.

O sr. Ministro da Marinha (Mendes Leal) • — Peço também a palavra.

O sr. Presidente: — O digno par o sr. conde da Taipa fez uma interpellaçao...

O sr. Conde da Taipa: — Eu não sei o que fiz; vinha com isto na cabeça, e agora dou procuração a v. ex.a para o chrismar da maneira que quizer, pois desde já me louvo em v. ex.a (riso).

O sr. Presidente: — Se é interpellaçao, pediria ao digno par que a formulasse por escripto e a mandasse para a mesa para que o serviço corra com regularidade. (O sr. Conde da Taipa: — Formular isto?!...) Agora se é simplesmente uma conversação, o digno par terá a bondade de o declarar. O sr. Conde da Taipa.—Pois seja conversação. O sr. Presidente: — Tenho por consequência de dar agora a palavra ao sr. Ferrão.

O sr. Conde da Taipa: — Mas então os ministros não respondera?

^ O sr. Presidente: — Na nossa camará não está estabelecido que os srs. ministros tenham a preferencia, e como eu tinha já m&cripto paia antes da ordem do dia o digno par o sr. Ferrão, eis o motivo por que lhe dou primeiio a palavra.

O sr. Ferrão:—É para mandar para a mesa uma proposta urgente, a fim de que a commissão mixta possa func-cionar. Já na sexta feira eu queria apresentar esta proposta, mas infelizmente nem se chegou a'declarar aberta a sessão; portanto vou agora ler a proposta que é pouco mais ou menos como outra que foi apresentada na camará dos senhores deputados.

PROPOSTA

Proponho que esta camará auctorise para que os dignos pares, membros efectivos ou supplentes da commissão mis-

ta, pfossam constitui-ta e

numero inferior ao de doze até oito, igual niaftaero correiatrvot.de -ou supplentes da mes-ma eornraiasao. ===£iíua Borrifo* t -0,>sr. -Presidatíe >—Tnata-r-se lia d^este^as&Hmpto^emi oe-caaião opportuna. Tem a» palavra o*er. presidente do«.

O PI. Piesidente do Conselho.:—Achou que ^eraçSo -no quadro que havia apresentado* o digno-par que-o piecedera. Uma parte das suas apieciacões foram feiífts com'tal generalidade que nuo pôde elle,-sr.

O fcr. Ministro da Marinha (Mendes Ls.nl): — Sr. presidente, entrava eu apenas? n'esta casa, d vê logo'a, honra de ser duectarnente, não dnei mterpelbdo, poixjvo o digno par nilo lhe chamou aat-iai, mas uonverhado, vrsto que s. «x.a preterm esta palavra. Procurarei poitanto responder com-ajguitnas-observações, áâ que s. es.R fez, somente desde o ponto em que tive a foi tuna de o ouvu. Farei -taxio o-possível paia nào coiie&pouJer ao exemplo do digno par na.-violettcia daá expres-ões, nem na.Aggrett&o dos concâi-tos. Ti atarei de expnmir-me com a brevidade, que imporia ao bom aproveitamento do tempo, e com a- modera-çào que--ainda mais importa ao lespeito d'esta casa.

Rbftíiiu-se P. ex.a a palavras inconvenientes, que sup,poz por num pi ofendas como membro do gabinete. Se eu ao certo soubesse quaes eram designadamente es^as palavras, -,qual o--eiró-dou 11 «aã l q-« e. importa»^, s^ode-^ia aoaso a respeito deltas dar expkeaçues fatis&etouas. Como porém o digno par fítHou somente n'utaa v^ga. g-enei alidade, segundo aceitadamente disc?e o nobi e piesaíente do conselho, mio posso bem deter m mar 41 que *.-ex.a partiiiuiarifiente se referiu.

tPsaiavríis ine<íavíínentes afirontaiam='afirontaiam' tuodo='tuodo' que='que' quepor='quepor' ser='ser' pioiiu='pioiiu' em='em' pa-z='pa-z' do='do' forma='forma' palavras='palavras' dtas='dtas' moto='moto' o='o' este='este' as='as' por='por' ha='ha' paree='paree' a.juo='a.juo' inconvenientes='inconvenientes' subeptibiiidadeb.religiosas='subeptibiiidadeb.religiosas' mas='mas' _='_'>o-as, e não tjei delias. Sei só o que me íittribueni cotn um empenho, cujo íito a opinião teu^ata ha de ter avaliado. Já fobre este as^WBpto disae o-nece»sario aia outra ca-a, do pai lamento, e de ceito heria escubado repeti-lo, se nào te confundisse o quef,tâo claro e manifesto-é.

Concitaram &e contra nirni &*> ira?, poique rue atrevi a fallar geuerixiauiente em abusos uc uma, classe. Escaítidalo inaudito! Heresia! Impiedade!

Fallei

Porventura sei á lefco, como-se.a!ísevera, piopaga e repete com para-abstin^ção, proi/ocar o sentimento religioso? Singular sentimento seria! A religião de Jesus Chnsto, pura e 'g*nuina cctmo -nossos^jnaes no-la u>anErnitlii£iin e ensinaram, não se indigna por tal cauca. Peiigosa maneiia de glorifi-•ea'la é essa! A pureza da religião fez o seu ciedito. A sin-•ceridade da fé contribuiu poderosamente paia a obra,da.,ci-vilisaçâo, alumiada por esta mesma religião, que pelos aJbu-sos se comprometteiia, que pelo uso se dilata.

Nega se tal doutiina? Não, certamente não. JRespe>íâmos portanto, vecom mondam os e exaltâmo&, com muita mais energia, vjgor, zelo*e efj&cacia, a religião, os que a desejámos purificada d'e&t>es abusos dos seus ministros, do que todos quantos quizerein defender, ou pacioc'nar5 os que á sombra d'elia postam praticar-se.

Sr. presidente, jiilgou-de, julgaram os mais porfiosos adversários do gabinete, uma phrase tenebrosa, horripilante, inchciunspecta, perigosa e provocadora, nquella em que pon-deiei os privilégios do clero, i efeiindo-me ao púlpito, ao confessionário ao altar. Tambeui a isbo alludi, é certo Mas d'onde vem, f> o que justifica tamanho horror? Contestei acaso alu a legitimidade, a ongein divina do bacevdocio? Por que se repete e assoalha pois o que se não contém no que eu disse? Não manda tal a religião

Não tenho numerosos avós. Tenho, mas não para comparar em esplendor da linhagem... (O sr. Conde da Taipa. —Eu comparei o meu avô com alguma cousa?) V ex a fal-lou com muita veneração em um freu avô, e fez bem. (O sr. Conde da Taipa.—Era com ielaç?vO á iberia ) Por que não poderei eu também fallar do mesmo modo a respeito d'esbe ou de qualquer outro assumpto?

Podem os dignos pares acreditar que uão venho proclamar aqui doutrinas demagógicas, que distinguo das democráticas Respeito uma gloriosa estirpe, como prenda rara e inestimável. Não motejo as arvores genealógicas, nem a do diguo par, nem qualquer outra se continuam a florescer Peinutta-se-me porém que exprima todo o meu pensamento respondendo ao que s ex a disse ^O sr. Conde da Taipa.—Isso é feophisrna.) E sophi&ma o que ainda me não deixou expor? Aqui não ha sopmsnia, nem é preciso havê-los, nem. costumo emprega-los.

Dizia eu que, posto iiào coutar numerosos avós no sentido nobiliário, fui educado por pães religiosos e honrados, cujas doutrinas não nie esqueceram, cujos exemplos procurarei sempre seguir E sophisma justificar as&im os meus sentimentos religiosos? Será intempestivo fallar por este modo dos, meus?