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N.º 16

SESSÃO DE 26 DE FEVEREIRO DE 1878

Presidencia do exmo. sr. Marquez d'Avila e de Bolama

Secretarios - os dignos pares

Visconde de Soares Franco
Eduardo Montufar Barreiros

(Assistiu o sr. ministro da marinha e ultramar.})

Ás duas horas da tarde, achando-se presentes vinte dignos pares, foi declarada aberta a sessão.

Leu-se a acta da precedente, que se julgou approvada na conformidade do regimento por não haver reclamação em contrario.

Mencionou-se a seguinte

Correspondencia

Um officio do digno par Larcher, participando o fallecimento de seu sogro, o digno par barão de S. Pedro.

Ficou a camara inteirada.

O sr. Presidente: - Devo declarar que, quando tive noticia d'este fatal acontecimento, nomeei uma deputação, para assistir ao funeral d'aquelle nosso collega, e ao mesmo tempo, na conformidade do regimento, mandei desanojar o digno par o sr. Larcher.

Parece-me que a camara quererá que se lance na acta um voto de profundo sentimento pela perda que acaba de experimentar com a morte do sr. barão de S. Pedro, e que d'esta resolução se dê conhecimento á familia do illustre finado.

Assim se resolveu.

Continuou a leitura da correspondencia.

Um officio do ministerio do reino, participando á camara, que na quarta feira 27 do corrente, pelas duas horas da tarde, terá logar na sé patriarchal um solemne Te-Deum, em acção de graças pela exaltação do Papa Leão XIII á cadeira de S. Pedro.

Ficou a camara inteirada.

O sr. Presidente: - Creio que a camara quererá fazer-se representar tanto no Te-Deum em acção de graças pela exaltação do Papa Leão XIII ao solo pontificio, Te-Deum que terá logar ámanhã, ás duas horas da tarde, na sé patriarchal; como nas exequias por alma de Sua Santidade a Papa Pio IX.

Se a camara se não oppõe, nomearei a grande deputação, que já estava nomeada para assistir ás exequias por alma do Summo Pontifice.

Repito os nomes dos dignos pares; são, alem da mesa, os senhores.

(Leu.)

Previno igualmente os dignos pares, que não são nomeados, de que tanto na sé patriarchal como na igreja da Estrella têem logares reservados, e todos os dignos pares que assistirem áquellas solemnidades ficam, por consequencia, formando parte das deputações.

Continuou a leitura da correspondencia.

Um officio do ministerio das obras publicas, remettendo 80 exemplares do relatorio apresentado, á camara dos senhores deputados em data de 2 de janeiro ultimo.

Mandaram-se distribuir.

O sr. Xavier da Silva: - Tenho a declarar a v. exa. que não assisti ao funeral do sr. barão de S. Pedro, deixando de acompanhar a deputação, para que v. exa. me tinha nomeado, porque só hontem ás cinco horas da tarde recebi o officio em que se me fazia o competente aviso.

Já eu não estava em casa quando esta communicação ali foi entregue.

Pedia, pois, a v. exa. que providenciasse para que, quando se dêem casos d'estes, ou o correio indague onde para a pessoa a quem tem de entregar algum officio, ou, pelo menos, lhe deixe dito em casa o fim para que a procura, porque só assim poderá a prevenção ser feita a tempo.

Por occasião do fallecimento do sr. marquez de Ponte de Lima aconteceu a mesma cousa. Fui tambem nomeado para a deputação, e só á noite, depois do funeral, recebi o aviso.

O sr. Presidente: - Para que da falta apontada pelo digno par não recáia responsabilidade sobre pessoa alguma, devo informar a camara de que a familia do sr. barão de S. Pedro só tarde me participou o fallecimento d'este nosso collega; ou, para melhor dizer, eu recebi a participação depois de se ter realisado o funeral.

Logo que me consta que esta camara tem a desgraça de perder algum dos seus membros, apresso-me a nomear a deputação que deve assistir ao enterro; e, por isso, apenas eu soube que o sr. barão de S. Pedro havia fallecido, dei ordem na secretaria para se expedirem cartas avisando os dignos pares que nomeei para a deputação.

Estas cartas só de manhã podiam ser mandadas ao seu destino, e, portanto, nada mais facil do que ser entregue tarde a que se referia ao digno par, sem que esse facto fosse culpa nem da secretaria nem do correio.

A familia do finado é que se demorou em fazer a participação, o que não admira em lances tão afflictivos.

Faço esta declaração para que não recáia a menor censura sobre pessoa alguma.

O sr. Xavier da Silva: - Eu não tive idéa de censurar a secretaria nem pessoa alguma, mas unicamente explicar o motivo por que não assisti ao funeral.

O sr. Palmeirim: - A commissão de fazenda pede que lhe sejam aggregados os srs. Paiva Pereira, visconde da Praia Grande de Macau e visconde de Algés.

Por esta occasião mando para a mesa um parecer d'esta commissão sobre o projecto de lei relativo á receita do estado.

Foi a imprimir.

O sr. Mello e Carvalho: - Mando para a mesa um requerimento dos empregados da administração do concelho de Villa Nova de Famalicão, em que pedem ser attendidos nos seus interesses quando se tratar da reforma administrativa.

Leu-se na mesa e foi remettido á commissão de administração publica.

O sr. Presidente: - Tem a palavra o sr. Barros e Sá.

O sr. Barros e Sá: - Peço licença para ceder da palavra, porque o sr. Palmeirim já me preveniu no que eu tinha a dizer.

O sr. Presidente: - Vae ler-se o requerimento mandado para a mesa na sessão passada pelo sr. conde da Ribeira.

O sr. Secretario: - (Leu.)

O sr. Presidente: - Na conformidade da carta de lei de 11 de abril de 1845, este requerimento ha de ser mandado a uma commissão composta de sete membros, a qual ha de ser tirada á sorte.

A camara comprehende que este requerimento é urgente.

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