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CAMARÁ DOS DlfiNOS PA8E

EXTRACTO DA SESSlO* DE U DE FEVEREIRO.

Pmídencia do Em,mo Srt Cãfãeal Patriarcha.

Secretários — Os Srs. Qoãdk d6 Mello. Conde da Luuzl.

(Assistiam os Sfs Ministros, do Reino, Marinha, e Justiça; e entrou^ durante a sessão o Sr. Minis* tro da Fazenda.)

Pelas duas horas da tarde, tendo-se verificado a presença de 44 dignos Pares, declarou o Em.m* Sr. Presidente aberta a sessão. Leu-se a acta da antecedente, contra a qual não houve reclamação.

O Sr. Secretario Conde de Mello deu conta do seguinte officio:

«III.01" e Ex.mt Sr. — Tive a honra de receber o officio, q«e V. Ex." me dirigia com a data de

i& de Janeiro ultimo,, tímettenàVme um extracto da acta da Gamara dos dignos Pares, relativo á unanime approvação da proposta feita por S. Ex,* o Sr. Vuconde* de Algés, e assignada também por SS. EE. os Srs. Duque da Terceira, Conde do BomBm, c Visconde de Liborim, para que se declarasse na acta, que a Camará dos Pares tinha ouvido com muito sentimento a noticia de haver fallecido lord Bereiford. Apressn-me a levar ao conhecimento do Governo de Soa Ma-gestade Brítannica, e ao da família do Maiechâl Merques de Cimpo-maior (Visconde de Beres-ford) os nobres sentimeutoa manifestados pela Camará dos dignos Pares, devendo segurar a V. Et.*, que a minha communicação foi altamente apreciada e recebida com profundo reconhecimento, tanto pelo Governo de Sua Magestade Bn-tannica, como pela família do fallecido Maré. chal. Deos guarde a V. Ex.*, Londres, 6 de Fevereiro de 1854. = lll.iao e Ex,m0 Sr. Conde de Mello, Secretario da Camará dos dignos Pares. = Conde de Lavradio.»

O Sr, Presidente — Não sei se a Camará quererá, que se lance na acta esta participação?..., (apoiados). (Pausa ) Lança-se na acta.

Não ba mais correspondência. — Eatranaoi na ordem do dia.

O Sr. Visconde de Fonte Arcada — V. Em.% tem a bondade de me dizer qual é a ordem da inscripção?...

O Sr. Presidente — É o Sr. Visconde d'Aibo-guia, em primeiro logar, depois o Sr. Conde da Thomar (que cedeu a palavra), Ministro dos negócios do Reino, Visconde de Fonte Arcada, Conde de Thomar, Ministro da Fazenda, e Ministro da Justiça. Ha, além destes, o Sr Conde da Taipa, que pediu a palavra pela terceira vez, para fal-lar depois do Sr. Visconde d'Atboguia, se a Camará consentir; porque, na forma do regimento, como e^tou persuadido, sem annuencia da mesma, não se pude fallar terceira vez; e por ultimo o Sr. Visconde de Almeida Garrett, condi-cionalmente.

O Sr. Visconde de Fonte Arcada — Se V. Em.* dá licença, direi, qne estava na intelligencis, de que tinha a palavra logo depois do Sr. Visconde d Athoguia.

O Sr. Presidente — Pôde ser que fosse assim, mas primeiro está inscripto o Sr. Ministro dos negócios do Reino.

O Sr. C»nde de Thomar — Eu peço licença para rectificar também o que V. Em.4 acaba de dizer a respeito da inscripção.

Eu tenho uma quasi certeza, de que tinha a palavra em primeiro logar o Sr. Ministro dos negócios Estrangeiros, em seguida o Sr. Visconde de Fonte Arcada, e depois eu; não ba dúvida, que em seguida a mim pedi o a palavra o Sr. Ministro dos negócios do Reino, mas julgando eu, que não era conveniente, que eu faltasse segunda vez, sem que o Governo se explicasse sobre as observações, que eu tinha apresentado, relativamente a negócios importantes que dizem respeito a diversos Ministérios, fui á Mesa vêr como estava a ordem da inscripção, e vendo que eu estava inscripto antes do Sr. Sfinistro dos negócios do Reino, cedi da palavra, e pedi-a para depoi» de S. Ex.' Esta é a verdade, e nesta forma deve considerar-se a inscripção dos oradores, que ss seguem a fallar.

O Sr. Presidente— A ordem da inscripção, como en a tenho, é a que acabei de ler; entretanto peie ser que eu meenganassf, eneste caso colloca-se nessa ordem, se os dignos Pares quiserem.

O Sr. Ministro do Reino não ne oppõe a qae se rectifique a ordem da inscripção, como ells deve eatar, e é cbronologícamente. Observou que o Sr." Visconde de Fonte Arcada pedia a palavra depois do Sr. Míniatro dos negócios Estrangei-os; spguiu-se o Sr. Conde de Thomar, e depois pe-* diu-a elle orador; mas não o fez nesse logar para ge negar a dar explicações. Parece-lhe extraordinário que qualquer membro da Camará se queira julgar authorisado para mudar a sua inscripção (O Sr. Conde de Thomar — Peço a palavra). O Sr. Ministro não se oppõe à que S. Ex.* falle quando quizer; roas o que dí« é, que lhe parece isto muito extraordinário, e principalmente quando já ba a prevenção de se ter também pedido a palavra para explicação, ou pela terceira vez. S. Bi * nio suppõe que o D. Par o tenha condemnado a fallar antes de S. Ex.*, e todavia acha realmente extraordinário, que se diga — como observei que o Ministro do Reino ptdiu a palavra depois de mim, já não quiro fallar no logar em que estava, e /'aliarei depois delle Ministro, porque este pela sua parte ainda me não respondeu!

O Ministério (diz o Sr. Ministro) já deu aquel-las explicações que quií, que pôde, ou que intendeu dever dar; se a Camará se satisfizesse c»m isso, e com o mais que tem a dizer o Sr. Ministro dos negócios Etlrangeiros, havia, apesar disso, de fallar por força o Ministro do Reino?! E se o Ministro do Reino havia de pedir a palavra, infallivelmente, por que se precipitou o dí-gno Par, pão esperando mais um pouco? Disto resultava a convicção de que S. Ex.* o Sr. Conde de Thomar não tinha razão para vir estabelecer um tal arbítrio: e notou que, se fosse licito fallar cada um as veies que quer, e no logar que mais lhe convém, trocando a ordem da inscripção, nesse caso, em logar de ordem, haveria anarquia.