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Dignos Pares do Reino! Os abaixo assignados, proprietarios, lavradores, e mais pessoas do concelho pe Idanha-a-Nova, districto administrativo de Castello Branco, vão usar do direito de petição, a mais sagrada, e quasi unica garantia deste povo, que se diz livre, para levar ao vosso conhecimento a viva impressão que fez nos povos deste concelho, quasi exclusivamente agricola, a leitura ou noticia dos projectos financeiros, ora em discussão, e a irritação que logo produziu em seus animos.

Os homens illustrados e competentes para ver e calcular o alcance de taes medidas, se forem reduzidas a lei, tremeram logo pela sorte que no futuro póde vir a ter este malfadado paiz, e estes e todos os mais cidadãos tremeram e tornaram a tremer quando viram os tão brilhantes como logicos discursos, que contra taes propostas se tem feito na Camara, quando viram que os mais conspicuos, intelligentes e probos membros da commissão duvidaram assignar um tal parecer, e finalmente quando tem visto, e vão vendo todos os dias, eem todos os periodicos, os ricos artigos que desfiam, analysam, destroem e lançam por terra taes projectos, que podem, quando lei, fazer a desgraça deste povo já bem abatido, já bem pobre, já bem espezinhado, e afflicto com tantos e tão variados tributos, tão mal administrado, e quasi sem nenhuma segurança individual e de propriedade, como muito bem diz a imprensa, orgão fiel da opinião publica.

Nestas circumstancias deixar correr á revelia os nossos direitos e interesses, não emittir a nossa humilde opinião, sobre negocio tão grave, descurar por negligencia, perguiça ou indifferença, uma questão que affecta tão seria e proximamente as nossas rendas e subsistencias, seria motivo bastante para sermos qualificados de egoístas indifferentes ou medrosos, e réos ou cumplices da decadencia ou dissolução da sociedade, para onde parece caminharmos.

Portanto, é só penetrados da força de nossa obrigação em acudir com o nosso contingente ao campo legal da discussão, onde se debatem hoje as questões do maior interesse que protestamos inergicamente, e com toda a força do direito que nos assiste contra os projectos de lei e parecer da commissão, offerecidos em 18 de março ultimo, e por não tomarmos tempo á Camara, e sabermos que não é possivel dar-lhe novidade ou fornecer argumentos novos, que não estejam sabiamente proferidos pelos dignos representantes da nação, seus strenuos defensores, ou exarados na imprensa, vigilante sentinella, e paladio da liberdade, só diremos que para esse fim adoptámos as razões, argumentos e fundamentos de uns e outros, e que se a voragem dos tributos nos levar, é muito contra nossa vontade, e que como cidadãos portuguezes, que nos presâmos ser, tambem protestamos contra a enfeudação ao estrangeiro.

Os abaixo assignados concluem que a decima deste concelho desde 1834 para cá, tem sextuplicado, e por isso, e porque essas douradas venturas, tantas vezes prognosticadas e promettidas, ainda aqui não chegaram é evidente, e declaram elles que não devem, que não podem, e que não querem pagar mais.

De vós, Dignos Pares do Reino, como corpo moderador entre o Throno e os excessos da democracia, esperam os supplicantes a justiça que reclamam, e dest'arte alivieis a Nação da ignominia em que a lançaram as alludidas propostas do Governo, se infelizmente forem convertidas em lei.

Idanha-a-Nova, 17 de Abril de 1856.

João Chrysostomo Freire Corrêa Falcão, proprietario

José Lopes Xisto, advogado

Francisco Camillo Geraldes de Mello, proprietario

Antonio Carlos de Oliveira, dito

Jeronymo José Manzarra, dito

José Bento Lucas de Sequeira, dito

Antonio de Andrade Pessarra, negociante

Alexandre de Andrade Pessarra, proprietario

Antonio Vicente da Silveira, dito

Diogo Corrêa Sampayo Sotto Maior, dito

Joaquim Cajado Geraldes de Mello, dito

José Martins da Silva, dito

Adrião Pereira da Silva Prctto, logista

José Farinha

Ricardo José Conde

Antonio Joaquim de Sousa Barbosa

Simplicio Nunes de Sousa

Joaquim José de Sousa, lavrador

Manoel Cabeça

Joaquim Lucas Fazenda

José Farinha

Antonio dos Santos Rancolho

Manoel Gomes Roberto

João Ribeiro de Adão

Domingos Rego

Luiz Rodrigues Manto

José de Sousa Magro

Antonio dos Santos Forte

Antonio Ramalho

Fernando Dias Netto

Joaquim Antonio Lobo

José Gonçalves Preito

Pedro Lopes Xisto

Francisco Gonçalves Pretto

Fernando Gouvêa

Francisco Pires

Fernando Malcato

Francisco Marques Folgado

João Fernandes Carreiro

José Luiz Domingues

José Antonio de Lima

Francisco Carriço

Gonçalo José

José Pereira da Silva

Jeronymo Antonio Delgado

Manoel Saraiva

Albano Moreira

João Nunes Mourão

Fernando Roballo

José Joaquim Borges Monteiro

João Manoel Vinagre

Antonio Affonso Soares

Sebastião Nunes Mourão

Joaquim Tavares

Joaquim Ramos

Sebastião Ramos

Manoel Capello

Theodozio de Almeida Ereio

Januario Marques

Manoel Cordeiro Leal

João Ciborro

Gonçalo Fazenda

João Pereira da Silva, proprietario

Manoel Soares Camejo lavrador

Francisco Portey.

Os cidadãos abaixo assignados unem os seus votos á representação que os cidadãos deste concelho de Manha Nova dirigem aos Dignos Pares da Nação, para que hajam de rejeitar as propostas do Sr. Ministro da Fazenda, relativas aos novos impostos.

Oledo. 18 de Abril de 1856.

Rodrigo da Fonseca Coutinho e Castro de Refeios

O Vigario João Martins Duarte de Campos

O Padre Filippe José da Silva

O Padre Manoel Esteves Gonçalves

O Padre José Rodrigues Loureiro

O Regedor Pedro José Antonio Proença

O Juiz eleito Antonio Jacinto Ferreira, lavradores

Manoel José da Costa

Antonio Proença

José Milheiro Ferreira

Antonio Baleiros

José Vicente Nadro

José Antonio Proença

Manoel Fernandes Serrão

Antonio Nunes Moacho

José Antunes

José Ribeiro Garrido

José Mineles

Manoel Bicho

Francisco Pereira Ramos

Lourenço Roballo

José Lobato

Manoel Gomes

João Maria Pereira

João Esteves Roballo

Manoel Salgueiro

Francisco Roballo

João Bicho,

Manoel Elias

Luiz Fernandes Mosso

José Roballo

Manoel Antunes

José da Silva Cordeiro

João Gonçalves Caramello

Joaquim da Silva

José dos Santos Proença

Antonio Antunes Amaro

Francisco Pires

Antonio Felix

Manoel José Garnel

Francisco Agostinho Bispo

José Mendes Salgueiro

Antonio Salvado Mirrado.

Os cidadãos abaixo assignados unem os seus votos á representação que os cidadãos deste concelho de Idanha-a-Nova dirigem aos Dignos Pares da Nação, para que hajam de rejeitar as propostas do Sr. Ministro da Fazenda, relativas aos novos impostos.

S. Miguel de Acha. 18 de Abril de 1856.

João Antonio Garnel

Manoel Pereira Prazeres

Bartholomeu de Lemos Vianna

José Francisco da Cruz Taborda

Domingos Simões

Antonio Antunes Dias Gago

José Jeronymo de Carvalho

Pedro José Gonçalves Ferreira

Nicoláo José de Carvalho

João Gonçalves de Almeida

José Dias da Cruz

Antonio Roballo Lisboa

João Filippe Magro

Manoel Antunes Valente Junior

José Nunes da Cruz

José dos Reis

Manoel Affonso

João Pedro Gaspar

Thomé da Cruz Taborda

Gonçalo Dias Valiente

Pedro Gonçalves de Almeida

José Antonio Valiente

José Rei,

Francisco Fernandes Ruivo

Francisco Gonçalves Lisboa

Manoel de Lemos Vianna.

Os abaixo assignados unem seus votos á representação que os cidadãos deste concelho de Idanha-a-Nova dirigem aos Dignos Pares do Reino, para que hajam de rejeitar as propostas do Sr. Ministro da Fazenda, relativas aos novos impostos.

Ladoeiro, 18 de Abril de 1856.

João José Proença Saraiva Oliveira

José Pereira

José Alves Mendes Barata

Domingos Alves da Silva

Antonio Romeiro Falcão

Manoel Marques Rufino

João dos Reis

Patricio Antunes Magro

Francisco Antunes Magro

Antonio Marques Ribeiro

Joaquim Domingues

José Vinagre

Domingos Perelhos

José Gonçalves Paratendo

Manoel Gonçalves Prilhaz

José Pires Falcão

Manoel Pires Rufino

João Luiz Vinagre

Pedro Marques

Joaquim dos Santos