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tos nnciwiaes, para seguirmos o nosso senli-menlalUnio ou n» affciçòes louváveis, até um certo ponto, de melhorar e beneficiar as terras d» nossa naturalidade.

Alas, Sr. Presidente, repete-se muitas vezes o mesmo argumento para se fazer ver que estes juros estào applicados a legados pios, dotes, missa», ele. e digo eu que, a Aíisericor-dia possuidora das cas>as que abandona agora, porque é que não vende estas casas e não applica para eslt-s legados o preço d'aquella venda? A Misericórdia recebe o edifício que está avnliado eoi doze coutos de réis, o que actualmente pos-sue valf dous (siipponhamos), enlào porque nào applica e?ses dous contos para com elles fazer o me->mo que faria se o Estado lhos tivesse pago á conta da divida, c nào abate esses dou» ao seu devedor? (Apoiados.) Portanto, Sr. Proiidf-nle, o Senado eslava animado dos mesmos desejos que está por certo a Camará dos Deputados, mas o Senado pesou como devia, ç nào podia deixar de pesar as informações competentes, que não são as informações graciosas dos Administradores eledi-vos, mas sim as dos Procuradores Geraes da Coroa, dos Administradores Geraes, e Consultas da Junla do Credilo Publico: por consequência não vamos prodigalisar tudo ; é muito convenienle , é muito louvável que se bo-«eficie o Seminário dos Orphãos de Coimbra, mas e' mais convenienle que tudo que se satU-faça aos credores do listado, (apoiados.) Por todas estas razões, Sr. Presidente, esperava eu que a Corrm»is'são daria muitos louvores á generosidade que o Sanado teve em votar que r- o Governo ficnase aitthorisado para fazer estas cessões, Hieilianie iiTn razoável ericn/iíro,= o (piai razoável «ncontro ficava á prudência do (iovernn o fixai qual elle devia sfir, deaccòr-do com a conlrahenle. ( /ípoiadtn.)

Nesles termos esto» muito longe de poder approvar o Projecto ta) qual veio da Camará dos Deputados, e npprovo unicamente o Projecto da Camará dos Senadores, porque elle concilia de uma mar.eiia muito efficaz os intp-resses da Fazenda com os da Misericórdia. Eu lambem U uma representação dn Misericórdia, em qucdiz = 9«e»iáo

O Sn. msPO ELEITO DE LEIRIA : — Eu, Sr. Pies.idente, não posso concordar com a Emenda do Senado, porque intondo que ainda quando prevalurussem as razões que acabou de ponderar a illuslre Si-nador, com tudo não era modo de levar a olteilo os seu desejos e senlimenlos, di/.endo-se, que se faça um rasoa-vel encontro, porque não indo na Lei regras lixas c delermiuadas , por onde o Governo se deva regular nesse raaoavel enconiro, nào podia elle fazèlo aenào nos termos de direito; 01 então, se se queria favuiecer mais, era necessário dizer o modo e o quanto ; portanto não pôde ser essa Emenda approvada.

Ag.ora voto ainda («Io Aitigo do primeiro Piojeclo que veio da Camará dos Deputados e voto Sr. Presidente, sem excrupulo, porque estou ao facto dnscircum»taiu-ias, e não mefin excrupulo nenhum de fazer osle beneficio Misericórdia de Coimbra, da que tive a honra de ser Provedor, e de cujo Cariorio lenho ai gum conhecimento. A Misericórdia é credora d< giandca quantias ao Estado; e tem até um divida de rn.iis de 90 contos, que cila cm iii;or nào poderá e\igir do Esludo. — Ern 17ÒQ croio eu, lhe foi unotiicegada a administraçar dos Expostos d'arjiieHa Cidade, <_. de='de' por='por' esta='esta' admi-niílraçào='admi-niílraçào' vigor='vigor' talvez='talvez' dos='dos' altj='altj'> Prov« dores e Mezas qu;: adtriniií-trarunj aquellf Estabelecimento, chegou rio excesso de empenhai wrtros etUeitos da mesma Casa , (sem o pode re«. fazer, porque nào lhe; estava designado pé Io Compromisso, nem peta* Ii;>lituiçoi-.) eu mais de 90 contos de reià ; esU divula nào pôde a Misericórdia pedi Ia ao listado, porque verdadeiramente não é divida do E?lado, esirn dv«qutillc Disiricto que já mais lhe pôde satis fazer.. Tem outra divida do Ksiado de Juros de Padrões Reaes ; mas desta não pôde a Misericórdia diipôr senão para os elfcilos par que ella cslá consignada, por que a maior por-

DOS SENADORES.

cão destes Juros Ueaes são estabelecidos para dotes estabelecidos em Pereira ; foi um loMa-dor que morrendo nas Manilhas deixou grande herança, parte «i Misericórdia de Coimbra, e parle á de Lisboa, s^ndo esta a teslenjentei-n, a qual quando recebeu os fundos (]iiv vj?. ram das Manilhas, o Estudo tinha precisão de dinheiro, e por consequência tirou-ns dando Padrões de Juros Heaes, e esles não tem sido jagos.—Aqui existem as Representações da Misericórdia de Pereira, por nào ler dado os doles de 400 inil réis que devia dar HS famílias e parentes desse instituidor (e do seu sangue); e eis-aqui como se explica o que diz a Misericórdia de que não pôde fn^er este encontro, 'forque eííes tem c*ta npplicaçrio própria e particular de ser para dotes, e para a tustcntarfio dos Cnpeííáes que devem exúlti- na

Coinihra é uma das Cidades que com as reformas experimentou urna perdu muito sensível para os pobres, cento» de mil cruzados ali se depositaram : dos quaes grande parle era applicada para a pobreza ; R hoje esla não tem outro amparo mais do qun a Misericórdia; é lia a única que soccorre os prezos, e faz uma grande dispeza que o Estado é obrigado a fazer ; e elln que soccnrre os enfermos, (não in-lendo os do hospital) os mtrevados e necessitados, que não lem hoje em Coimbra outro soccorro senão o da miseiicordia. Alem disto todos conhecem que o Edifício do Collegio novo é uma obra prima de archiloclura; tem uma Capelia que e un> dos monumentos móis dignos de se con&ervar ( sípoinra compra de lidificios para os Órfãos eOrf-ins, porque csbes Padrões pertencem a outros efleilos, e lem uma applicação especial, por isso, repilo, me nào (ira

O Sn. SILVA CAItVALHO: —Pedia a V. Ex.a quuesse cousuliar a CommisaÀõ para ver se julga a matéria suficientemente discu-lidn.

O SR. VELLRZ CALDEIRA : —(Sobre a ordem.) A Com m i «ao pôde decidir em sua sabedoria o que intender; mas eu digo que não tiulia assistido ás Sessões da Commissào quando se Iracloij em ^«-ral dos Projecto* ; que hoje aiuda ie não jallou nesla espécie, que e nova , e inteiramente ditTere-nlc das outras; por consequência desejava ser mais instruído: entretanto a Commisaào pôde decidir o que qui-zer.

f'nnsulíndn a ComtnisKtín^ decidiu que n mn-leriti «e achava sufjif.ienlfnícule dikcutidn} foi pnr tanto posto y vuiaçúo o slrtigo, e Jicou em-

Em consequência proseguio o debate, lendo a palavra

O Sit. AGUÍAK:—«Quem é pobre (disse o illustre Senador) acceila o que lhe dào, e com as condições com que lhe dão ? !» Nào é exacto islo ; por que pôde dar-se com condições laca que seja mais oneroso acccilar a esmola , do q m» rccuiala. Quem é pobre acceila o que lhe dào; mas o que nào pôde fazer quem é pobre, é comprar aquillo que pede só lhe dê; a isto e' que se reduzia a emenda apresentada pelo Senado, por que com quanto o illustre Senador pretendesse mostrar que gran-do favor se faziu á Mi^nricordia, porque se deixava ao Governo o arbítrio de faz»ír um encontro razoável , com tudo o illustre Senador ha de perrnitlir que lhe diga que, não pôde intender-se o Arligo pelo modo que elle o explicou aqui, mas pelas palavras que estão escriplas. Um razoável encontro , nào quer

dizer senão o valor que razoavelmente tiver o edifício. (O Sr. fíarâo de Kendu/e : — Nada.) Nada?.. Sim. Eulào se seda pelo razoável valor que tiver o edifício, *>*iá claro que s« não da, mas que se vende. Porem, aiuda que só podessi* sustentar o que o illustre S.-nudor diz, elle estava em perfeitíssima coulradicção corri os seu? princípios, porq-ie o illnstre Senador diz , nua vamos proctitratisar tudo : digo que pasmo, quando \v_|o para aqui apj>licar as idéas de economia ! Kniào devia o illuslre Senador dizer, — nào vamos prodigalizar nada. h'.u não sei como se pôde consentir mesmo pro-digalisocão de dez em logar de vinte ou trinta, e enirelnnto, pelas ideas do illuslre Senador, o Govprno pôde vender o edifício que vale vinie por dez ou cinco; se d prodigalidade dar em logar de vender, ainda é prodigalidade vender por cinco o que vale quinze, f O Sr. Bardo de Itendnffe: — Segundo as palavras.) Segundo o modo de intender as palavras: por coriseguinle o illustre Senador nào consente na prodigalidade de vinte, mas sim na de dez ou quinze a arbítrio do Governo. (O Sr. Bardo de Kcnduffc. —Certamente. Apoiado.)

Disse o illuslre Senador que nós podemos assim conceder com as condieções quequi/ermoi, e que eu negauJo-o ngoia estou eui coutradic-ção com ospiincipios que aqui sustentei, e que lenho approvado; mas tal contradicção não ha: ó, verdade eu» ibese, mas na hypothese, de que se iracla nào; nós não podemos pôr á iVliseri^ cordia uma condicçiío que ella já rejeitou ; ellu já declarou que não queria o edifício pelo encontro da divida, e que nem o podia querer porque a divida tem apphcaçõe

Mas, Sr. Presidente, ainda insisto em que não IPI aqui prodigalidade, antes economia.— O illus.tre Senadoí não pôde negar, nem negou as -inibimações que alu existem; eu demonstrei-lhe que a despeza necessária para o costea-meuto excede muito o rendimento: a conse» querida é que não se vendendo (e não se vende porque todos nós «abemos que não acha comprador, e pela sua localidade, e exlen-ão não pôde ler omio destino que não sejaaquelle que lhe pertende dar a Misencuidia) e continuando a ser conservado por conta do Ésiiulo ha dtí no fim d'a!gunft aunos ter feito grande despeja, e apesar disso h i de arruinar-se, e anuinar se de iodo, porque, apesar do que com elle se gasia annualmente, sorTre grande deterioração. De-te modo pare<_-e-me de='de' laciociuur='laciociuur' sei.='sei.' lo='lo' alguma='alguma' ícico='ícico' poderá='poderá' outras='outras' do='do' bem='bem' saber.='saber.' pródigo='pródigo' uso='uso' justiça='justiça' vendei='vendei' edifícios='edifícios' ia='ia' me='me' um='um' liarão='liarão' burno='burno' sapiência='sapiência' senadoí='senadoí' tem='tem' cto='cto' ter='ter' uão='uão' além='além' senador='senador' sabe='sabe' em='em' rcnditjfci='rcnditjfci' sr.='sr.' illustre='illustre' este='este' eu='eu' pôde='pôde' esta='esta' tag2:_='renduffe:_' informações='informações' deve-o='deve-o' mala='mala' parece-me='parece-me' que='que' edifício='edifício' papeis.='papeis.' dado.='dado.' conta='conta' dos='dos' muito='muito' se='se' illuslre='illuslre' disso='disso' não='não' respeito='respeito' pois='pois' deve='deve' mas='mas' _='_' collegio='collegio' tag0:_='_:_' a='a' consta='consta' e='e' coimbm='coimbm' tag3:_='illusiit:_' banio='banio' pimcipaes='pimcipaes' lhe='lhe' aqui='aqui' é='é' posso='posso' o='o' p='p' deses='deses' hvndtij='hvndtij' ó='ó' t='t' obiigadu='obiigadu' v.='v.' sabei='sabei' jue='jue' da='da' eu.='eu.' xmlns:tag2='urn:x-prefix:renduffe' xmlns:tag3='urn:x-prefix:illusiit'>