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monda a necessidade àe=uina loa administra-çrtfri. = Du boa administração quanto á arrecadação da receita, e da boa administração quanto ás despezas. Se as Nações a que alludiu um dos meus Collegas que me precedeu, Nápoles, Dinamarca e Suessia, prosperam, e ainda que não tem mais recursos do que Portugal, tem a sua Marinha, e as suas tropa» em melhor pé, é por que, tendo voltado ;io seu eslndo normal, depois da pai geral da Europa, restabeleceram as suas finanças, e a boa ordem da sua administração. Diversa ordem de cousus tem havido em Portugal, por que depoij da paz do Continente tom passado por uma série de mudanças políticas, que nlém de perturbarem a boa ordem publica, tem interrompido o desenvolvimento da nossa industria, e destruído, em pura perda, uma grande massa de Capitães. E hoje, apezar de regido por um Governo Representativo, a arrecadação da fazenda nunca esteve em tào mau estado, e quanto a deapezas hn urn grande numero delias, o de sinecuras que se devem snpprifjnr. Porén» esta matéria , tem maior correlação com o artigo seguinte, como tenlm observado.

O Sn. (iLíMiflAL Z AG ALLO: — Parece-oie que , quando hn pouco usei da palavra, de modo algum exoibilei da questão, por quanto, tendi> ditn que approvava o paragiaplio lal qual está no Projecto, unicamente nccrescentei as razões pie elle Unha era a palavra imprevista, mas que para uiim não o era, por isso mesmo que eu despjo que nos preparemos para todos os casos, previstos e imprevistos. Per occosião do Sr. Conde de Villa Real fal-lar em or^nnisaçâo militar, eu fiz também algumas observações sobre o mesmo objecto ; e o Sr. Miranda pediu a palavra sobre a ordem , P disse que era impróprio tal In r nesta matéria; entretanto o mesmo illostre Senador fallou depois n e! l a mais talvez do que eu o linha feito, por qiíe se psiendeu a mostrar até que ponto devia chegar a força a qtie nos devíamos limitar, por que disse «pie essn força convinha que seestabelecesse relativamente á população. . . (O Sr. Miranda: — hn tal nào d-.sse.) Rnlão estava eu surdo, ou intendi mal o illustre Senador; mas se tal não di««e, rotno atVirma, nesse caso acabou a questão.— Uu podei ia com tudo mostrar a S. t£x.a que as Nações pequenas não podem preparar-se paro n guerra na proporção das forças da sua população; poderia provar-lho rom exemplos, e até bem recentes: rnas em fim quando tructarmos dessa maleria eu direi qual é a minha opinião sobre csle ponto. Por íijiora liiniln-ine a esta explicação, por queco-mu n Sr. Conde de Villa Real fallou em anos-ía organisaçào miliiur, e na Sessão passada eu havia proposto um Projecto du liegolamento para a organisuçào e adniiniítraçâo do Exercito, de modo al^uin podia ser laxado de exceder os l.nutK» da ordem alludmdo a uma espécie que se lutviu tocado nesla discussão.

O Su. DUDUE DU PALMELLA : —Sim-plRimenttí pedi a palavra pnra explicar ao Sr. Vellez Culdeira que aquillo que se disse (pelo menos aquillo que eu disse) acerca da injus-

NJo havendo quem mais reclamasse a palavra sitbre o paragrapho G.*, passou-se ao

§ 7.° Os sacrifícios extraordinários, que esla inopinada occurroncia tem exigido, e pôde uihda exigir, hão de ser soportados com generosa constância pela Nação Porlugueza, para quem é leve c suave Indo o que a honra, e o patriotismo aconselha, ou demanda. O Senado porém os considerará como um novo e mais urgente motivo para na presente Sessão empregar todos os possíveis esforços na definitiva orgamsaçào do syslema da Fazenda , sem a qual nào só é impossível obter qualquer gráo de prospeiidade publica; mas até se torna i precária a liberdade da Nação, e arriscada a £ua própria independência. , . Teve primeiro a palavra • O SR. VELLEZ C A LDEIR A : — Não posso -deixar de dizer que a Falia do Throno, (no que tespeita ás nossas Relações externas) é a jnais'défflcicnle que se tem apresentado; por

DOS SENADORES.

quanto lendo-se ainda no anno passado infor-nado as Cortes de imporlantantes objectos Dará a Nação,, fazendo-nos esperar o fim das desintelligencias com a Còrle de Roma, para onde se rios disse que já se linha nomeado um Plenipotenciário, esperando-se que alli seria 3em recebido,' e por esse rnolivo, o Plunipo-enciano era um Diplomata de muita consideração.— Também se .nos disse que se'cspe-rava a ultimação de um Traclado com o Bra-zil, assim como a de outro para a etfectiva repressão do odioso trafico da escravatura, e nào só com a Inglaterra, mas também com a França. De nada disto se nos dá presentemente noticia , e por tanto pediria aos Srs. Ministros da Coroa quizessem dar á Camará

junias explicações a este respeito. Se SS. BÉx.BS estiverem deste accòrdo, peço desde já a palavra para depois dos Srs. Ministros falarem.

O Sn. DUQUE DE PALMELLA : —Levanto-me não porá dar as explicações que o Sr. Senador acaba de pedir, por que me não coinpple dalas, nem eu o poderia -ftizcr e.i-->almenle, mas só paru.observar que , lendo sido dn lào pouca duração o inlervallo entre o nceiramenlo da passada e a abertura da presente Sessào, que pôde quasi dizer-se que esta í. uma continuação claquella, não pareceu ne-, .•ess-ario que na Fulla do Throno se tornassem x mencionar expressamente todos aquellcs as-uinplos, alia* importantes, que se tinham ndicado no Discurso da abertura . da precedente Seísiio, c sobre os quaes não ha talvez coinmunicação nova que mereça ser levada 10 conhecimento das Camarás ; e por tanlo esle silencio unicamente prova que não se nchatn ainda concluídas aí negociações , lan-io para mn dos lids que o Sr. Vellez Caldeira indicou, (certamente da maior importância , e que está .no roraçào de todos os Portugue-zes) — o termiuur a* nossas desintelligencias com a Corte de Roma,-7-como para os Tra-claclos acerca da repressão do trafico illicito de escravos. Nern. admira que se nos não iallc nestes assumptos no principio de uma Sessão que nào' é outra cousa mais do que a continuação da do anno passado , sobretudo quando havia um objecto de lauta magnitude sobre que" chamar a atlenção do Corpo Legislativo como a.juelle que se apresenta logo nos primeiros paragraphos do Discurso da Coiôa

Mas o paragrapho que eslá em discussão trncta do objecto o mais importante de todos para Portugal, do objecto que sobre tudo deve atlrahir a allcnçào de ambas as Camarás, do objecto que o Governo nào lem deixado de lhes recommendar ern todos os Discursos, tanto du abertura como de encerramento, das ultimas Sessões, e que pela sua parte lambem os Membros do Corpo Legisjativo devem recommendar ao Governo como o primeiro e o mais sério de Iodos aquelles que estão a seu cargo, quero dizur, a organiaaçào definitiva da Fazenda Publica, e a apresentação de planos pelos quaes se possa salnr da situação, sempre precária sempre provisória , na qual lemos vivido a esle respeito, buscan"doos meios necessários para' igualar a receita ú despeza, assegurando assim a estabilidade do Governo liepresentalivo, e 'a prosperidade do Paiz, (Apoiados.) Isso é o que diz o paragrapho; esse tí o objecto que de certo tom'mais direito á attenção do Corpo Legislativo, e a respeito do qual estou persuadido que nào haverá diífe-rença de opiniào.

O SP.. PLIRSEDENTE DO CONSELHO DEMINÍSTUOS:—O que acaba de dizer o nobre Duque é de tanto senso, que, sem eu accrescentar qualquer reflexão, parece-rne que a Camará convirá em que o Governo nào tinha outro caminho a seguir.

Pelo que respeita, ás explicações que o meu nobre amigo, o Sr. Vellez Caldeira, deseja da parte do Governo , o que posso por ora. assegurar a S. Ex.a, é que o Diplomata, a que alludiu, efectivamente foi para o seu destino, lá tem estado em exercício, e das suas com-municaçòes se vê que devemos esperar o melhor resultado dessa missão: por ora não se pôde ainda declarar cousa mais posiliva ; e S Ex.a estará persuadido que um objecto que tem durado tantos annos nào é para estranhar que se nào concluísse no curto espaço que medeou entre a conclusão da passada e o começo da actual Sessão do Parlamento. . Em quanto a parecer-lhe que no Discurso da Coroa se deveria ler leito alguma allusão acerca do Traclado para a extiticção da escra-

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valura, intendo que com o qup disse o Sr, )tique de Palmella ficou amplamente respondido o seu argumento. O que posso, todavia asseverar, e que o Governo de Sua Mageslade e não lem discuidado um instante densos abertos que considera de tanta importância co-no o nobre Senador, c a Camará toda; que ifio ha motivo algum para desconfiar que PÍSUS negociações deixem de vir ao termo que se de-eja, mas por isso mesmo que existem negociações, e que quando as ha convém gimidar uma )rudenle reserva, e a razão (e a meu ver suficiente) para que o Governo aqui nào viesse, c com expressões genéricas, failnr em assum-)tos sobre os quaes lhe nào era permitlidd apresentar á Camará urna conta explicita; mas )osso assegurar que esses assumptos tem lido um andamento regular. E este o meu modo de aensar, e dou-me por muito feliz em ver que o decano da nossa Diplomacia, e um illustre Membro do Senado que tem mostrado quanto oopera para o bem deste Paiz, fallou de modo que prevenia os motivos que o Governo poderia apresentar a esle respeito.

Cotno S. Ex.a não tocou no paragrapho em, discussão, quando entenda que o deve fazer darei logo os esclarecimentos que estiverem ao n-eu alcance , reservando para o meu Collci^a da Repartição de Fazenda a exposição de alguns que propriamente lhe cumpra apresentar á Camará.

O Su. CONDE DE LINHARES: — Ap-)rovando em geral as idéas contidas neste pa-rnyrapho em resposta ao correspondente do Discurso da Coroa , desejaria comtudo que uma >arle delle fosse mais explicita sobre a n ature-:a do mal que afiecta as nossas íiuaiiçns, ou, jara melhor dizer, sobre o único romi.-dio que se lhe deve dar. Quanto a mim , uiites de pôr a Naçào on prema para augmentar as-contri--suiçòes que paga, acho que ellá tem dire.ilode exigir uma reforma no modo porque as despegas Dublicas são feitas: debaixo deste» princípios, como a 'primeira parte desle paragrapho é só relaliva ás despe/as exlraordmarias motivadas pela recenle crise, nada tenho a dizer: limitan- • do-me a propor no período que se segue do mesmo paragrapho, a seguinte modificação que passo a ler, e depois terei a. honra de mandar para a Mesa