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SESSÃO N.° 59 DE 24 DE AGOSTO DE 1911 5

Pedroso Junior, José Antonio Simões Raposo Junior, José Augusto Simas Machado, José Barbosa, José de Barros Mendes de Abreu, José Bernardo Lopes da Silva, José Bessa de Carvalho, José Botelho de Carvalho Araujo, José Carlos da Maia, José de Castro, José Cordeiro Junior, José de Cupertino Ribeiro Junior, José Dias da Silva, José Estevam de Vasconcellos, José Francisco Coelho, José Jacinto Nunes, José Luis dos Santos Moita, José Machado de Serpa, José Maria Cardoso, José Maria de Moura Barata Feio Terenas, José Maria de Padua, José Maria Pereira, José Maria Vilhena Barbosa de Magalhães, José Mendes Cabeçadas Junior, José Miranda do Valle, José Montez, José Nunes da Mata, José Perdigão, José Pereira da Costa Basto, José Relvas, José da Silva Ramos, José Thomás da Fonseca, José Tristão Paes de Figueiredo, José do Valle Matos Cid, Julio do Patrocinio Martins, Leão Magno Azedo, Luis Augusto Pinto de Mesquita Carvalho, Luis Fortunato da Fonseca, Luis Innocencio Ramos Pereira, Luis Maria Roaette, Manuel Alegre, Manuel de Arriaga, Manuel de Brito Camacho, Manuel Goulart de Medeiros, Manuel Jorge Forbes de Bessa, Manuel José Fernandes Costa, Manuel José de Oliveira, Manuel José da Silva, Manuel Martins Cardoso, Manuel Pires Bravo Junior, Manuel Rodrigues da Silva, Manuel de Sousa da Camara, Mariano Martins, Miguel de Abreu, Miguel Augusto Alves Ferreira, Narciso Alves da Cunha, Pedro Alfredo de Moraes Rosa, Pedro Amaral Botto Machado, Pedro Januario do Valle Sá Pereira, Philemon da Silveira Duarte de Almeida, Porfirio Coelho da Fonseca Magalhães, Ramiro Guedes, Ricardo Paes Gomes, Rodrigo Fernandes Fontinha, Sebastião Peres Rodrigues, Severiano José da Silva, Sidonio Bernardino Cardoso da Silva Paes, Thomás Antonio da Guarda Cabreira, Thomé José de Barros Queiroz, Tiago Moreira Salles, Tito Augusto de Moraes, Victor Hugo de Azevedo Coutinho, Victor José de Deus Macedo Pinto, Victorino Henriques Godinho, Victorino Maximo de Carvalho Guimarães.

Pouco depois, entra na sala, acompanhado do Sr. Presidente e varios outros Srs. Deputados, o Sr. Presidente da Republica.

Uma grandiosa salva de palmas reboa por toda a sala. soltando-se vivas ao Presidente da Republica e á Republica Portuguesa, correspondidos entusiasticamente pelas galerias.

O Sr. Presidente da Republica, na Presidencia, agradece commovido, agitando o chapéu.

O Sr. Primeiro Secretario agita a bandeira nacional.

Faz-se silencio.

O Sr. Presidente da Republica:- Lê o seguinte

Compromisso

"Affirmo solemnemente pela minha honra, manter e cumprir com lealdade e fidelidade a Constituição da Republica : observar as leis; promover o bem geral da Nação; sustentar e defender a integridade e independencia da Patria Portuguesa".

Nova salva de palmas acolhe as ultimas palavras proferidas pelo Sr. Presidente da Republica.

O Sr. Presidente (agitando a campainha): - Peço silencio.

Estabelece-se profundo silencio na sala.

O Sr. Presidente da Republica Portuguesa (Manuel de Arriaga): - Meus Senhores: esta Assembleia Nacional Constituinte acaba de depositar nas minhas débeis mãos um thesouro quatro vezes precioso: o da Liberdade, em nome da qual trataremos, com o auxilio de todos os que vierem em volta de nós de eliminar todos os privilegios que, sendo mantidos á custa da depressão e offensa dos nossos semelhantes, são para mim malditos.

Depositou, alem da Liberdade, uma cousa sagrada acima de todas: a Honra da Patria.

Perante o estrangeiro e perante a nossa consciencia nós vamos honrar, com os nossos sacrificios, por uma solidariedade inevitavel, uma triste herança - a do passado, cheio de compromissos por culpas que não são nossas - encontraremos, no emtanto, na alma do povo, energias bastantes para nos redimirmos aos olhos do mando.

Nas virtudes democraticas buscaremos os elementos da nossa regeneração.

Não falemos mais nos erros dos contrarios depois de os condemnamos, porque as virtudes da democracia valem bastante para esquecermos os inimigos da Patria.

Ha outro thesouro, principalmente, precioso: o Povo Português - este tutelado de seculos que está completamente desvalido, sem a luz da justiça moderna!...

É necessario acalentar aquellas almas, enriquecer e arrotear aquelles corações perdidos para a Verdade, para a Justiça e para o Amor.

Este o objectivo mais dilecto do meu coração - os opprimidos.

Resta-me lembrar a sympathica missão de chamar á conciliação, á paz, á ordem, á harmonia social a familia portuguesa, em nome da Liberdade, em nome da Republica, em nome da nossa liberrima Constituição.

Segundo os principios nella consignados, e sob a intervenção directa do povo soberano, deixarão de existir, como até agora, oppressores e opprimidos; d'ahi o antagonismo irritante das classes ligadas pela fatalidade e pela força e não, como de hoje em deante, pelo Amor e pela Justiça - cumpre-nos fazer do nosso Estatuto a Cidade Santa do Direito Moderno; conseguir que este direito seja tão invejado pelos nossos inimigos, como outrora o foram as cidades de Athenas e de Roma.

Hão de vir para nós os que de nós fugiram. Em nome da Patria e da Liberdade, nós aqui estamos para os receber.

E, a vós, o tributo inalteravel da minha gratidão, por confiardes num velho que pouco vale, mas que poderá muito com o vosso auxilio.

Após estas palavras, toda a Assembleia solta vivas, frementes de enthusiasmo, ao Presidente da Republica, á Patria, etc.

As galerias, com verdadeiro transporte, associam-se do mesmo modo, dando palmas e correspondendo aos viras.

O Sr. Presidente da Republica agradece da Presidencia.

O Sr. Presidente: - Amanhã ha sessão ás 11 horas da manhã. A ordem do dia é a eleição do Senado.

Está levantada sessão.

Eram 4 horas da tarde.

O REDACTOR = Albano da Cunha.