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República procurou desde logo atacar-se o problema de Ambaca.

Sabe-se quanto, anteriormente à implantação da República, aqueles que tinham por dever procurar a resolução deste importantíssimo problema, dele se arredaram pelas dificuldades que a si próprios podiam originar e por lho advinharem os perigos e as más vontades que ele provocaria, conhece-se também a louvável energia com que um dos Ministros da República atacou de frente esta questão, sem se importar com as dificuldades e desgostos que o caso lhe pudesse trazer.

K s s e Ministro foi o Sr. Freitas Ribeiro que caminhou sem hesitação para uma só lução do problema, a qual se não efectivou e se não foi julgada pelo Parlamento a melhor, foi contudo um grande passo para a liquidarão desta questão. E tanto assim que, depois dessa iniciativa, nunca mais se cessou de procurar a melhor solução do problema. A proposta de lei apresentada peio Sr. Freitas líibciro não pude &er aprovada, mas teve a vantagem de delinir. frisar e acentuar que •? Cí.mip;uiliiu do.s Caminhos de Ferro Através de África se negava absolutamente a entrai- em qual quer acordo, para passar a linha para a posse do Estado, fosse por arrendamento.

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ou por qualquer outra forma, sem se liqui-dar previamente uma sórie de contas antigas que. por circunstâncias diversas, legal ou ilegalmente, se tinham avolumado.

A Companhia acentuou que nenhum acordo s r- poderia fazer com ela para se chegar à reivindicação do caminho de forro, transitando das -suas mãos para o Estado, sem essas contas estarem liquidadas.

Seguidamente a ê?se Ministro, um outro atacou com igual energia a questão, apresentando a proposta que está sendo discutida nesta casa do Parlamento, discussão que tem sido viva e promete continuar ainda por largo tempo, visto todos os que nela intervêm, dominados pelos maiores e mais patrióticos desejos de bem servirem o pais, pretendem chegar à mais perfeita possível das .soluções.

Justiça se deve fa/'-r aos Srs. Deputa dos dum o outro lado da, Câmara, porque todos tem trabalhado honestamente nesta complicada questão. Mas omquanto ela se demorar, no Parlamento, seja qual for a solução que, acerca da proposta em discussão, se. tomar, o que é certo é que, na i

Diário da Câmara dos Deputados
melhor das hipóteses, não se poderia efectivar a passagem do caminho de ferro da Companhia para ' o Estado senão daqui a alguns anos; e entretanto o caminho de ferro de Ambaca continuaria nas mãos da Companhia e. nas suas actuais condições de exploração a ser um bem parco valioso elemento de trabalho da Província de An gola.
Já lá vão quási três anos que a questão de Ambaca se encarou frento a frente a fim de se chegar a uma solução concreta dela e até lioje, de facto, nada se efectuou no caminho dessa soluy?io.
As soluções Freitas Ribeiro e Almeida Ribeiro, partindo do principio de que a Companhia não entrava em qualquer acordo para entregar a linha de Ambaca ao Estado sem o prévio ajuste das contas antigas, começam por procurar realizar esse ajuste de contas. Não tendo sido aceite pelo Parlamento a solução Freitas Ribeiro e não se sabendo quando tempo levará a efectuar-se- o ajuste de contas solucílo Almeida Ribeiro, por alguns anos ainda se i)()(le prolongar a exploração do caminho de ferro mis pouco desejáveis condições cm que ela se cslá ía/etido. Knlenduríiiii decerto es ilustres ex-Ministros das Colónias ao fi-i/crrm as suas propostas que sem sensível agravamento da situação de Angola se pedia espera pelo ajuste de contas para. colocar o caminho de ferro de ferro de Ambaca em melhores condições de trabalho, mas desde HM3 para cá a situação mudou profundamente na província de Angola, e já não é tempo do esperar-se por soluções demoradas em assuntos de tam magna importância. A província de Angola não pode, com gravíssimo perigo das suas condições económicas e financeiras, esperar um dia mais que seja pela solução desta questão.