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Sessão de 15 de Dezembro de 1925 9

O Sr. Henrique Cabral (interrompendo): - V. Exa. disso que uma, irregularidade praticada dentro das comissões tinha sido dirigida como agravo ao Partido Nacionalista.

O Orador: - Estou certo de que V. Exa. não ouviu o que ou disse agora, porque foi isso mesmo que eu disse.

O Sr. Henrique Cabral (interrompendo): - Isso é uma subtileza.

O Orador: - Estimo muito que o Sr A Henrique Cabral e os outros Srs. Deputados da maioria estejam de acordo em que se discuta o assunto.

Eu não pretendo fazer outra demonstração senão de que, à face da lei e dos documentos, se julgou mal. E estou no meu direito de não acreditar na infalibilidade dessas comissões.

Eu fiz a afirmação do que se julgou mal, o espero que me dêem ocasião para o demonstrar.

Mas, se isto é tam simples, se é tam sem razão da nossa parte, porque é que se não experimenta que alguém que esteja fora dos partidos olhe para o processo com olhos de ver, e diga o que lhe parece que êle é?

Nós desejamos, repito, ver discutido êste assunto, porque depois não ficam nem as minhas palavras, nem as de V. Exa.; fica o que do processo ressalta.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Vai entrar-se na ordem do dia.

Foi lida e aprovada sem discussão a acta da sessão anterior.

O Sr. Presidente: - Está sôbre a Mesa um ofício do Conselho Superior de Disciplina Militar, pedindo autorização para o Sr. Maximino de Matos comparecer na sede do mesmo Conselho, e, por isso, consulto a Câmara sôbre se a concede ou não.

Consultada a Câmara, esta negou a autorização pedida.

O Sr. Presidente: - O Sr. Homem de Melo mandou para a Mesa com projecto de lei, para o qual pede urgência e dispensa do Regimento.

O Sr. Pedro Pita (para um requerimento): - Requeiro que o requerimento do Sr. Homem de Melo seja dividido em duas partos: urgência e dispensa do Regimento.

Foi aprovado.

O Sr. Presidente: - Está aprovada a urgência.

O Sr. Paiva Gomes (interrompendo): - Peço desculpa a V. Exa., mas não está.

O Sr. Presidente: - Como há dúvidas, vai, proceder-se à contraprova.

Foi rejeitada a urgência.

O Sr. Presidente: - Está também na Mesa um pedido de urgência para o projecto de lei apresentado pelo Sr. Callem Júnior.

Os Srs. Deputados que aprovam essa urgência, queiram levantar-se.

É rejeitada.

O Sr. Presidente: - Vai entrar-se na

ORDEM DO DIA

Continuação do debate sôbre o caso do Banco Angola e Metrópole

O Sr. Elmano da Cunha e Costa: - Sr. Presidente: fiz ontem considerações nesta Câmara tendentes a justificar o voto da minoria monárquica de aprovação à proposta de lei do inquérito parlamentar, apresentada pelo Sr. Amâncio do Alpoim, pretendendo demonstrar que a descabida o infeliz intervenção do Poder Executivo nesta debatida questão do Banco Angola e Metrópole, quando outras razões não houvesse, por si só justificaria a aprovação da proposta da minoria socialista.

Na verdade, o para desde já afastar suspeições de sôbre a minoria monárquica, é preciso que todo o País saiba que quem salpicou de lama, embora pretendendo cobri-los, os directores do Banco de Portugal foi justamente o Govêrno na infelicíssima nota oficiosa que de madrugada forneceu à imprensa.

Não apoiados.