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Sessão de 22 de Julho de 1918

como contínuo a crer, que êss.es males são curáveis e que provêem, principalmente, da educação.

A revolução propunha-se combater os erros e os processos viciosos que minaram os regimes anteriores e os conduziram à sua queda. . .

A chama que ardia nps corações dos revolucionários elevava-se até os- céus numa aspiração,de Justiça, de Verdade e de Beleza, que os inspirava, vaga talvez na forma da realização, mas firme e defi-, nida na intenção mais. pura de salvar a Pátria e de basear a felicidade dum Povo. Foi para estes elevados fins que o Gh> vêrno conduziu sempre a sua política interna e internacional. . - - -

A obra .ditatorial vai ser submetida ao vosso esclarecido critério. É vastíssima, e desisto, por isso, de a expor aqui. As suas imperfeições têm alguma desculpa, na canseira do Governo para manter e. assegurar-a ordem, pública. Vós a. julgareis na mais completa liberdade, e, tenho a certeza, com' pojfeita imparcialidade.

Alguns esclarecimentos ,só. quero darmos sobre a: política de relações. Por-dois inflexíveis princípios guiámos, a nossa política .internacional, - desde a primeira, hora da revolução de Dezembro: a nossa, dignidade de povo livre e uma perfeita lialdade para eom os nossos amigos e aliados.

A nossa lialdade corresponderam, em breve, afirmações de amizade que os factos, dia a dia, traduziam na prática. Ao nosso respeito pelas normas invariáveis em matéria de reconhecimento in^er-nacional, correspondeu, logo após a san cão legal do país, o reconhecimento tão pronto, quanto unânime, do Chefe do Estado pelas potências estrangeiras.

Ao valor dos nossos soldados, à sinceridade da nossa cooperação e à nossa fidelidade aos laços contraídos, tem correspondido, invariavelmente, a secular aliada, com repetidos testemunhos de apreço, que ela sabe sempre tributar às nossas qualidades, e que tam publicamente patenteou pela elevação da sua representação diplomática em Portugal. Com a Inglaterra tratámos, em confiada e franca harmonia, os nossos mais vitais interesses, mais do que nunca ligados aos seus, tanto nas colónias como na Europa.

Com ela estudamos,. neste momento, no campo diplomático e também entre.os técnicos, a resolução de um problema, que. tanto importa às. necessidades militares como interessa ao nosso sentimento: a substituição tam. justa, quanto merecida, \ 'dos .bravos soldados, que já há longo tempo honram, em território estrangeiro, o nome. português. , . - < ;

As necessidades mais instantes da^ guerra, as dificuldades do momento presente, têm obstado a; qu.e a substituição > tenha,podido fazer-se; em larga escala,, mas confio que, dentro em breve, poderemos, realizar esse desejo., que é:uma aspiração nacional. . ,

Mantemos, com todos os .nossos aliados,, a' mesma cordealidade de relações; de ; todo s eles tenho recebido provas de amizade'pela nossa Pátria; da Bélgica mártir, como da heróica França, da bela e nobre Itália, como,? dos Estados Unidos., exemplo, grandioso, de poder e de eleva-, cão aos altos ideais.

Com os neutros não têm, nas nossas relações,, surgido, dificuldades, e da Espanha, a nossa:irmã peninsular, recebemos, a cada instante, novas demonstrações, da sua amizade. ...

Devo ainda dizer-VQS que estão, efectivamente, restabelecidas as relações diplo-^ mátieas entre Portugal e a. Santa Sé,, justa aspiração, das consciências católicas,, e.facto que por de mais recebeu a sanção, da opinião para ser necessário exaltá-lo .neste momento.

Srs. Deputados e Senadores:

Pela minha parte posso assegurar-vos que outro desejo não tenho do que ver manter-se a harmonia que deve existir entre os diversos poderes do Estado. Por isso aqui venho, Srs. Deputados e Senadores, retribuir-vos, do fundo do meu coração, as saudações que me fizestes. Elas são á manifestação do vosso empenho de colaborar lialmente com o Poder Executivo na tarefa grandiosa do ressurgimento da nossa Pátria.