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Sessão de 19 de Julho de 1918 5

Êste lado da Câmara acompanha tambêm S. Exa. nas saudações respeitantes à,s tropas portuguesas, que combatem na África e em França, pois esta Câmara está, de alma e coração, ao lado dos soldados que, com brilho e sacrifício, defendem a integridade da Pátria.

Associo-me portanto, de todo o coração, às palavras do Sr. Presidente.

O Sr. Mário Monteiro: — Em nome da minoria monárquica, à qual tenho a honra de pertencer, apresento a V. Exa. a manifestação sincera dos nossos mais cordeais cumprimentos e felicitações por o vermos assumir o alto cargo de Presidente desta Câmara, para que acaba de ser eleito.

Não contribuímos nós, os Senadores monárquicos, para essa resolução com os nossos votos porque, embora com muito pesar nosso, não pudemos aproveitar uma ocasião excepcionalmente feliz para a V. Exa. prestarmos a homenagem da subida e alta consideração em que temos as suas nobres e distintas qualidades pessoais.

Mas, servidores intransigentes dum princípio político fundamentalmente divergente e até oposto àquele que V. Exa. com idêntica convicção e ardor defende, não devíamos nós, tratando-se da eleição para um cargo que é, e sempre tem sido, considerado de natureza política, não podemos confundir os nossos votos com os dos nossos adversários.

Todavia, asseveramos e afirmamos a V. Exa. toda a nossa lialdade e esforço, esperançados, como estamos, em que não seremos forçados a quebrar a trégua política que a nós próprios nos impusemos, para que honrada e indefectivelmente possam ser resolvidos os problemas nacionais, dedicando-nos afincandamente ao estudo dêsses problemas, cuja solução é campo neutro largamente aberto a todos os partidos.

Sob êste ponto de vista, e sem reservas, pode V. Exa. e deve. a Câmara contar confiadamente com a mais lial e honesta correcção da minoria monárquica.

Terminando, direi que, em meu nome pessoal e da minoria monárquica, me associo calorosamente à saudação que V. Exa. propôs ao nosso exército de terra e mar em França como na África.

Não podia trazer para Portugal, neste momento, questão mais grave do que a de acudir e ocorrer às necessidades que tenham os nossos compatriotas, entendendo eu que todas as medidas a adoptar pela administração portuguesa deverão ser primacialmente dirigidas para ocorrer, repito, às necessidades daqueles a quem, no actual momento, estão confiados, nos campos de batalha, não só a glória, mas, acima de tudo, a honra nacional — a integridade de Portugal.

O Sr. Pinto Coelho: — Não contava usar da palavra nesta sessão. Nem mesmo, há 24 horas, contava fazer parte desta assemblea, não porque eu não reconhecesse plenamente a minha justiça em vista dos resultados eleitorais, mas porque, francamente, sem alusão nenhuma a quem quer que seja, eu não estava muito disposto a confiar na justiça política, porque essa justiça, em política, é antes excepção do que regra.

Depois não só me vejo fazendo parte desta Câmara, mas levado a um outro cargo que muito me honra, o de vice-presidente.

Após as palavras de V. Exa. seria desprimor da minha parte se não levantasse aqui a minha voz para significar o meu agradecimento pela subida consideração que me foi feita, e à qual procurarei saber corresponder quando exercer tal cargo.

Já que falei na minha proclamação de Senador, não posso deixar de endereçai-os meus agradecimentos à Comissão de Verificação de Poderes, por se ter colocado acima de todas as preocupações políticas não olhando senão à justiça da causa.

Na primeira vez, que tenho a honra de usar da palavra, preciso de acentuar muito nitidamente que represento um grupo católico que, mínimo na sua representação numérica, êle se afirma, contudo, como um grupo autónomo que procura traduzir o sentir de todos os Congressistas católicos.

Aludindo tambêm à saudação que V: Exa. e depois os ilustres leaders fizeram às Nações que combatem aliadas connosco pela mesma causa, ouso dizer em nome dêste grupo que nos associamos com o maior entusiasmo a essa saudação — e