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Diário das Sessões do Senado

trava, esse homem, ergueudo-se a gran-de?:a do mais alto sacrifício patriótico, aceitou o encargo.

Dizer, Sr. Presidente, o que f o rã n estes três meses de Governo, e dizer, muito principalmente, o que foram os primeiros quinze cias deste Governo, gastos em trabalhos exaustivos, de sobressaltos constantes, seria dizer, Sr. Presidente, que foi precise um graúdo espírito de sacrifício e uma alta compreensão, deveras patriótica, para vencer.

E nessas horas de desalento era sempre o nosso saudoso Presidente que com a sua ardente fé patriótica, ncs sugestionava, que, com o sou exemplo, nos animava.

Derrubou-o a morto; vive hoje para a história. Fe: bom, foi forte, foi patriota, foi um grande português.

A Pátria e à República deu o seu esforço, deu o seu sangue, deu, finalmente, a própria vida.

Que a Pátria e a República sa",dem parte da larga dívida contraída para com o grande e honrado português e republicano, res:ituindo à sua desolada ^uha e aos seas filhos orfanádos UIJL quinhão de bem estar material de q u o o ilustre morto primou em fazer da Pátria e da República.

Sr. Presidente: que a memória do grande e ilustre morto nos sirva de incentivo e exemplo a todos nós o. sem ouvida, emquanto a Pátria e £. República contarem com dedicações iguais, a Pátria e a República hão-de continuar na< marcha ascencional, sempre honrr.ds. e gloriosa.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente: já o ilustre leader do meu partido. Sr. Celestino de Almeida, se associou ao voto de sentimento por V. Es.r proposto, pelo falecimento do Sr. coronel António Maria Baptista. Ha, todavia, duas circunstâncias que me levam a asar da palavra. A primeira ó que, certíiruente entre todos os membros desta casa, eu sou o mais antigo amigo do coronel Baptista.

Quando eu fui para Beja matriculcr-me no Liceu, tendo então apenas 10 anos de idade, encontrei lá António Baptista, com 12 anos ; :bmos alunos do mesmo liceu, fomos amigos e amigos ficámos sendo em toda a vida. Não podia, portanto, como

seu amigo de infância, ficar calado neste momento.

A outra circunstância que me levou também a usar da palavra, é que represento aqui o distrito de Beja e julgo interpretar os sentimentos de todo o distrito, associando-me à proposta de V. Ex.a

Xão vou alongar-me a demonstrar as altíssimas qualidades de militar e de republicano que possuía o Sr. coronel Baptista, porque elas são bem conhecidas do país, e o país está-se manifestando pela forma que todos sabemos, junto do seu cadáver.

Apenas como republióano, eu quero pe~a minha parte, como sou amigo de infância, frisar que as três; grandes qualidades o simplicidade, honiadex e fé republicana», D tornam na minha alma merecedor do meu muito e profundo sentimento.

Ainda quero cumprir um dever : V. Ex.a há pouco propôs que se mandassem os sentimentos do Senado à família do ilustre extinto. Associo-me a isso, mas há outrr, família que eu imo posso esquecer e a quem neste momento cumpro o dever de lembrar : é a família do Partido Democrático, de que elo fazia parte. Aqui, portanto, deixo a V. Ex.a, como ornamento mais elevado desse partido, e a todos os camaradas desse partido as minhas cone ciências.

Tenho dito.

O Sr. Pais Gomes: — Sr. Presidente: já em nome do partido a que pertenço, falou o ilustre leader, Sr. Celestino de Almeida.

JCL;, portanto, em meu nome pessoal que uso da palavra neste momento, e ao fa-zô-lo, Sr. Presidente, invoco para aqui o depoimento que há pouco ouvi na Câmara dos Deputados, ao ilustre leader do Partido Liberal, Sr. Dr. António Granjo, que. com o" homenageado, batalhou também nas linhas de batalha da França, e que referi n do-se às qualidades de carácter do Sr. António Maria Baptista, recordou ?.s suas finalidades disaiplinadoras e que a sua acção patriótica de militar na frente francesa :?oi de tal ordem, que os oficiais seus subordinados tinham prazer em lhe fezer as referências mais elogiosas, isto sem espírito de lisonja.