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Sessão de 16 de Dezembro de 1925

espada de Rivera, um ditador impiedoso e enérgico, que irnpõo a ordem à desordem do Espanha.

•Realizou-se assim a profecia de Maura.

Todavia António Msura não concordou com a ditadura riverwta porque era um constiíucionalista, estrénuo defensor dos princípios liberais.

A Espanha não quis seguir aquele aviso tara grande o.tam inteligente" desse graiido homem, e o resultado foi a Espanha sair da sua liberdade constitucional para impor à desordem a ordem,' para impor à. anarquia das multidões a autoridade, que é preciso sempre prestigiar, porque sem ela não pode viver uma sociedade bem organizada o progressiva.

Um homem de tam alta envergadura moral e intelectual, que além de uni grande orador e estadista foi um académico notá.vel, um jurisconsulto distintíssimo, merecendo especial deferência a sua acção na comissão do legislação civil, um artista apreciável, como o demonstram os trabalhos de pintura a' que só dedicava no momento em que a morte o surpreendeu, merece sem dúvida o respeito dos contemporâneos, a sua memória irnpõe-so à consideração dos vindouros.

E quando assistimos à carência cada voz mais assustadora' dos altos valores morais e das grandes inteligências, quando vemos para aí triunfar a mediocridade audaciosa, muito maior é a nossa tristeza perante a perda do homens como Maura, que tam precisos são para travar A marcha para o abismo.

Era no m o deste lado da Câmara asso-; cio-mo pois o muito gratamente ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Augusto do Vasconcelos.

Tenho dito.

O Sr. Gatanho de Meneses : — Sr. Presidente : pedi a palavra para me associar em nome deste lado da Calmara ao voto do sentimento proposto pelo ilustre Senador Sr. Augusto de Vasconcelos.

ílfi.o vou agora. Sr. Presidente, fazer o elogio do ilustro extinto, porque ele está .brilhantemente feito pelos oradores que mo precederam. Há, no em tanto, na vida de António Maura alguns capítulos que não podem passar despercebidos: o capítulo -do homem político, o do orador,

o do homem de sciência o o do homem de letras.

Como político ele teve a coragem dos seus ideais: nasceu conservador, conservador morreu; e da maneira porque dirigiu sempre a sua acção viu-se que ela era filha de uma convicção profunda. Devo no em tanto lembrar quo na questão municipal nianifestou-se sempre absolutamente descentralizado!*. Como orador é supérfluo dizer quo ele era daqueles homens que como Castelar merecem que todos nós prestemos justiça aos seus altos merecimentos.-

Tenho-dito.

O orador não reviu,

O Sr. Cunha Barbosa: — Sr. Presidente: D. António Maura foi um grande •homem do Estaao, uni notável orador parlamentar o académico e um erudito do relevo, cujo nome ecoou em toda a Espanha e passou além das suas fronteiras.

A Espanha deve-lhe o melhor da sua legislação social.

A sua acção enérgica o decisiva, como Ministro da Coroa, na defesa das próprias bases da actual organização social, pró-vocou um protesto apaixonado, sem espontaneidade e sem justiça, a meu ver, promovido pela organização internacional, que ôle rebateu e dominou.

Foi então um homem discutidíssiino.

Não obstante, admiradores e adversários reconheceram sempre o brilhantismo da sua inteligência, o seu fervor patriótico e a nobreza do seu carácter.

Tanto basta, Sr. Presidente, para quo eu, cm nonie da minoria católica, mo associasse- ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Augusto de Vasconcelos.

Tenho dito.