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Diário das Sessões do Senado

los de sangue, homens que se matam uns aos outros com a maior facilidade, e roubos os mais extraordinários e complicados, de tal forma que- nos parece estar a ler Ponson do Terrail eu Alexandre Damas, homens de invenções que aos nossos sentimentos se apresentavam inverosímeis pelo exagero, mas que hoje estamos a ver realizadas nas manifestações de de-generecêneia a que estamos assistindo e que nos causam verdadeiro pavor.

Temos que reflectir neste estado moral desgraçado da sociedade portuguesa e todos os que podemos ter uma acção nessa sociedade temos que influir para entravar essa situação e melhorá-la.

Unamo-nos, demo-nos os braços, pondo de parte preocupações de política, para fazermos frente, mas a valer, contra essa canalha que nos quere destruir.

Doa a quem doer, este ambiente terá de desaparecer.

Seja essa canalha esmagada por nós ou nós por ela.

O Sr. Elísio de Castro:—Mando para a Mesa um projecto de lei que, em ocasião oportuna, justificarei.

O Sr. Mendes dos Reis:—Mando para a Mesa um projecto de lei que justificarei também em ocasião oportuna.

O Sr. Presidente: — Tendo falecido,os Srs. Aatóaio Bernardino Roque e Domingos Afonso Cordeiro, que foram Senadores, proponho que se lance na acta um voto de sentimento por esses falecimentos.

O Sr. Rego Chagas: — Associo-me, em nome deste lado da Câmara, ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

O Sr. Augusto de Vasconcelos: — Associo-me ao voto de sentimento proposto pelo falecimento dos dois antigos Senado-

res, una dos quais foi meu correligionário e amigo; o Sr. .Bornardino Roque, republicano de todos Oíi tempos, que muito trabalbou para a implantação da República o na Assemblea Constituinte.

A sua perda é daquelas que ó dever de todos lamentar.

Em nome, pois, deste lado da Câmara, associo-me ao voto de sentimento pelo seu falecimento, assim como pelo falecimento do Sr. Afonso Cordeiro, que eu não conhecia, mas que se;, que era um sincero republicano e um verdadeiro homem de bem.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:—Também, em. nome da minoria monárquica, me associo ao voto do sentimento proposto.

O Sr. Cunha Barbosa:—Associo-me, também, em nome da minoria católica, ao voto de sentimento proposto.

O Sr. Lima Duque:—Também'me associo ao voto de sentimento proposto.

O Sr. Presidente:—Etn vista da manifestação da Câmara, considero aprovado por unanimidade o voto de sentimento que propus.

Pausa,

Como não está mais* ninguém inscrito, vai passar-se à ordem do dia.

Interrompo a sessão até estar presente o Ministério.

Eram, 15 horas e 45 minutos.

O Sr. Presidente (às 16 horas e 7 minutos):—Está reaberta a sessão.

Como o Sr. Presidente do Ministério está impossibilitado da comparecer no Se* nado, por ter de tomar parte na discussão da Câmara dos Deputados, encerro a sessão e marco a próxima para amanhã com a ordem, do dia que estava para hoje.

Eram 16 horas e 10 minutos.

O REDACTOE — Alberto Bramão.