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fieasâo de 20 de Jamiro de 1926

sem que houvesse efectivamente motivo para isso.

O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Melo : — Sr. Presidente: estava longe, ao ouvir ontem o Sr. Vasco Marques pedir a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro da Justiça, que S. Ex.a dirigisse àquele Sr. Ministro as preguntas que acabamos, de ouvir.

Era minha intenção preguntar ao Sr. Ministro da Justiça se tinha conhecimento da falta de cumprimento da lei a propósito de determinadas prisões feitas à volta da escroqúerie do Banco Angola e Metrópole, escroquerie ou roubalheira, como lhe queiram chamar, de carácter particular e não nacional, porque ela não pode envolver a honra nacional ou a dignidade das próprias instituições republicanas. As instituições republicanas não são responsáveis por essa roubalheira praticada pelos homens que montaram em Lisboa o Banco Angola e Metrópole.

Há que marcar a posição: de um lado, com toda a pureza, a dignidade das instituições e da nação; de outro lado a roubalheira, que deve ser condenada pela justiça do país, com o nosso voto e o voto de todos os portugueses honrados.

Sr. Presidente: Envolver no caso «Angola e Metrópole» a dignidade da nação e da República parece-me que é excedermo-nos em demasia, é irmos muito longe, porque uma e outra devem estar afastadas, como o estão de facto, desse triste caso.

O Sr. Ministro da Justiça, numa entrevista que concedeu a um jornal de Lisboa, falou da sua intenção de apresentar na Câmara dos Deputados uma proposta de lei para avaliação dos bens desse Banco, mas cumpre a todos nós preguntar a S. Ex.a se porventura já pensou na situação dos que estão a ferros da Eepública por simples suspeita.

Antes, Sr, Presidente, compete-me a mim e compete a todo o parlamentar, pregnntar ao Sr. Ministro da Justiça se se tem ou não cumprido a lei.

Sabe S. Ex.a muito bem que ninguém pode estar preso e incomunicável sem culpa formada por mais de oito dias e há pessoas que o estão, sem que até hoje ninguém tenha protestado.

Refiro-me ao Sr. Dr. Silveira, que segundo dizem é monárquico ou filiado no

Partido Monárquico, e eu neste caso, como republicano, estou fora de toda a suspeita.

Disse o Sr. Vasco Marques, e disse muito bem, que ó um vexame o que por vezes se está passando.

O Sr. Dr. Silveira, que não conheço, de modo nenhum amanhã estará livre e isento de qualquer pessoa mal intencionada trazer para a publicidade as notícias dos jornais que lhe dizem respeito. E como ele, tantos outros.

De resto, não vejo que haja interesse tam manifesto e urgente em se tratar do caso do Angola e Metrópole quando ainda o próprio Sr. Ministro da Justiça desconhece e ignora o que a tal respeito se dá*

(j Sabe já S. Ex.a quantos são os responsáveis ?

Apontam-se Alves Reis, Bandeira e ou-1 tros, mas de tanto nome que anda nos ouvidos de toda a gente, nos cafés e às esquinas <_ que='que' sejam='sejam' de='de' lugar='lugar' sob='sob' quais='quais' do='do' culpados='culpados' se='se' afirmar='afirmar' investigação='investigação' inocentes='inocentes' verdadeiros='verdadeiros' criminal='criminal' encontram='encontram' entre='entre' _='_' alçada='alçada' a='a' os='os' e='e' encontrem='encontrem' em='em' aqueles='aqueles' qualquer='qualquer' p='p' pode='pode' juízo='juízo' quem='quem' eles='eles' todos='todos'>

Primeiro que tudo, destrinçar e apurar>,

Vamos ver o que diz o Sr. Dr. Alveâ Ferreira, que é um magistrado honrado e é juiz do Supremo Tribunal de Justiça.

E esse juiz já uma criatura de idade, quási na idade da aposentação, e isso deve ser merecedor do nosso respeito e consideração.

Mas não nos resta senão esperar para, depois de ter apurado quem sejam os verdadeiros criminosos, o Sr. Ministro da Justiça nos trazer então as medidas pró-1 prias para se castigar quem o mereça.

O próprio Sr. Ministro da Justiça podia ser levado pelo seu sentimento.