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Diário das Sessões do Senado

porque não quero de modo algum ser embrulhado nesssa questão o estou certo que o Sr. Bulhão Pato há-de ir contrariado fazer qualquer depoimento.

O Sr. Presidente: — O que está estabelecido é isto: se o Sr. Senador quere ir, vai, se não quere, não vai. É facultativo.

O Orador: —

O Sr. Presidente: — Não, senhor.

O Sr. Silva Barreto:—Parecia-me mais correcto não ser determinada a hora., e S. Ex.a entender-se com o juiz de investigação criminal, dizendo qual a hora a que convém ir fazer o seu depoimento.

O Sr. Presidente: — Desde que os Srs. Senadores têm a liberdade de ir ou não ir, se quiserem ir combinam com o Sr. juiz a hora a que desejam ir.

O Sr. Bulhão Pato: —É-me muito desagradável, como muito bem disse o ilustre Senador Sr. Eibeiro de Melo, ter que ir depor sobre um caso a^quo sou absolutamente estranho.

Fui Ministro das Colónias, na ocasião cm que foi Ministro das Finanças-o Sr. Daniel Rodrigues, mas pela minha pasta eu não tive o menor conhecimento'dêsso assunto.

. E claro que ser-me. ia mais cómodo que a justiça aqui viesse interrogar-me; no emtanto, a Câmara autorizando-me a ir depor, eu irei, mas desde já declaro que é muito constrangido.e aborrecido que o faço.

Consultada a Câmara, é concedida a .autorização.

O Sr. Presidente:-r-Está sobre a Mesa um outro ofício do juiz Sr. Alves Ferreira, pedindo a comparência do Sr. Rego Chagas, para servir de testemunha, no dia 29 pelas 12 horas.

Os Srs. Senadores que autorizam tenham a bondado de levantar-se.

Foi concedida.

O Sr. Presidente : — Vai ler-se o acórdão da comissão de verificação de pode-

res proclamando Senador o cidadão Mi^ guel do Espírito Santo Machado. É lido.

O Sr. Presidente: — Proclamo Senador o Sr. Miguel do Espirito Santo Machado^

O Sr. Presidente: — Encontra-se Passos Perdidos o Sr. Miguel do Espírito Santo Machado.

Convido os Srs. Pereira Gil, Lima Dur-quo, Vasco Marques e Álvaro de Mendonça a introduzir S. Ex.a na sala*

O Sr. Ramos da Costa: — Sr. Presidente : eu sinto que não esteja presente nenhum Sr. Ministro. .

S. Ex.as concorrem mais à Câmara do& Deputados, onde naturalmente têm muito que fazer o onde decerto ouvem discursos muito bonitos, não merecendo o Senado a atenção da presença dum únicc* membro do Governo.

Simplesmente o Sr. Ministro da Justiça. nos honra mais assiduamente com a sua. presença, com o que me congratulo.

Eu pedi a palavra para mais unia, vez: pedir a atenção do quem de direito para o estado em que se encontra a Torre de-Belém.

Agora a Companhia do Gás faz depósito de carvão junto à torre. Continua a explorar a indústria de sucedâneos da fa.-bricação do gás, cujas emanações vão deteriorar o material quo existe na torre.

Muitos outros monumentos estão nas-mesmas condições.

Ainda há poucas semanas, por ocasião* de grandes chuvas ficaram inutilizados m> Palácio da Ajuda muitos maços de documentos de valor.

Pois preguntando eu ontem ao Sr. Admir-nistrador Geral de Edifícios Públicos & Monumentos Nacionais — serviços quo-ainda hoje estão juntos, não sei porquo-razão — se tinha sido chamado para fazer o orçamento das obras no Palácio da. Ajuda.

S. Ex.a, o engenheiro Sr. Abecassis> me respondeu que ninguém o tinha chamado sobre o assunto.