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Sessão de 2 de Fevereiro de 1926

a longa íncomunicabilidade de seu marido.

Para a 2.a Secção.

Projecto de lei

Do Sr. António dos Santos Graça, constituindo o porto de pesca da Póvoa de Varzim.

Para a l.a Secção.

Telegramas

Do Sindicato Agrícola de Santarém, pedindo providências a fim de que não seja empregado o mosto de figos na destilação de álcool.

Para a Secretaria;

Dos escrivães das execuções fiscais das Caldas. da Rainha, pedindo para não ser aprovado o parágrafo novo do artigo 2.° da lei dos duodécimos.

Para a Secretaria.

Braga, 30. — Comissão Executiva da Câmara Municipal de Braga, interpretando o sentir de todo o concelho, protesta energicamente contra a infâmia levantada sobre o Ex.mo Sr. Domingos Pereira,, cuja personalidade e isenção através de todos os seus actos orgulha esta capital'do Minho. —Presidente.

Para a Secretaria.

O Sr. Presidente: —Encontra-se na sala dos Passos Perdidos o Sr. D. Luís de Castro.

Convido os Srs. Rego Chagas, Caldeira Queiroz e Fernando de Sousa paia introduzirem S. Ex.a na sala.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Eu pedia a V. Ex.a, Sr. Presidente, a fineza de me informar se no edifício do Congresso se encontra algum Sr. Ministro.

O Sr. Presidente: — Já mandei saber.'

O Sr. Ribeiro de Melo: — Não sei se serei extemporâneo pedindo a palavra, mas devo dizer a V. Ex.a e à Câmara que sou levado a isso por uma notícia que vi nos jornais e que hoje me foi confirmada no edifício do Congresso.

Consta que uma unidade militar, ou parte de uma unidade composta por artilharia se revolucionou, estando à frente

dela um civil, director de um jornal chamado O Libertador, muito conhecido nos meios políticos, o Sr. Martins Júnior.

Diz-se também que a revolução é de carácter radical.

E se assim é, eu que me tenho afirmado na Câmara radical, declaro desde já a V. Ex.as que não conhecia nem sabia que se preparava este episódio do mais uma revolução.

E, Sr. Presidente, como republicano que sou, lamento sinceramente que neste momento em que a vida da nação é das mais delicadas, tais factos se dêem.

E, Sr. Presidente, mal dos republicanos, porque outra cousa não podem ser aqueles que se sublevaram que procuram impor à República proclamada em õ de Outubro de 1910, e que bem ou mal está.sendo servida pelos partidos constitucionais, aqueles intituitos patrióticos que proclamam, e que nós republicanos pomos em dúvida, pois saiem de uma insignificante minoria que não tem agasalho sequer na opinião pública, quanto mais na opinião republicana.

Apoiados.

Os radicais, ou os republicanos que se julgaram radicais, há quatro anos tomaram uma atitude muito mais alevantada do que aquela que hoje pretendem tomar.

Queriam esses radicais de então uma República que obedecesse aos ditames não só da consciência nacional, como também da lei básica, estatutária da República, alvoraçado o sentimento republicano por desvarios, muitos praticados na administração política do nosso país, os radicais entenderam que era necessário baralhar os partidos para se tornar a' dar as cartas republicanas. Mas, Sr. Presidente, esse sentimento não passou de uma aspiração e o país viu .então que os republicanos radicais, embora munidos da melhor boa vontade, não tinham como espírito partidário e político aquela prática de costumes honrados e honestos que pudessem impor um partido à opinião pública para que ele pudesse ser o leader dos partidos republicanos dentro do país.